domingo, 28 de junho de 2009

Vitória livra brasileiros de ‘vergonha’ na África do Sul

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Lúcio ergue a taça da Copa das Confederações após a final

O capitão Lúcio fez o terceiro gol do Brasil na final contra os EUA

A vitória, de virada, da seleção brasileira neste domingo sobre os EUA por 3 a 2 fez o time escapar de "passar vergonha", na opinião de torcedores presentes no no estádio Ellis Park, em Johanesburgo.

“Ia ser uma vergonha total”, diz Mariana, moradora da cidade que, com amigos, veio prestigiar o time de Dunga e não esperava nada menos do que a vitória.

“Como poderia explicar perder para os EUA? um time que tinha sido goleado pelo Brasil há uma semana por 3x0?”

Seu amigo, o sul-africano Stephen, disse ter ficado contente com o resultado.“O time mostrou garra. Venceu o melhor”, disse.

Com o resultado, o Brasil foi o campeão da Copa das Confederações 2009.

Mas a seleção brasileira sofreu para vencer o time americano.

Durante o primeiro tempo a seleção dos EUA viveu o sonho de conquistar o título.

Contra um Brasil que não se encontrava em campo, os EUA abriram o placar com Dempsey e ampliaram a vantagem com o astro Landon Donavan.

O time de Dunga voltou ao segundo tempo mais focado e logo nos primeiros minutos Luis Fabiano descontou para o Brasil.

A seleção continuou pressionando e teve um gol legítimo de Kaká não marcado pelo árbitro. Mas o time conseguiu o empate através de Luis Fabiano e a virada com uma cabeçada do capitão Lúcio.

África do Sul x Espanha

Também neste domingo, a Espanha conquistou o terceiro lugar na competição ao vencer os donos da casa em uma partida repleta de drama e reviravoltas.

A África do Sul não havia marcado nenhum gol em três dos quatro jogos disputados até então no torneio e seus únicos gols foram anotados contra a fraca Nova Zelândia.

A seca de gols se prolongou até a primeira hora do confronto com os espanhóis esta tarde em Rustemburg. Mas aos 19 do segundo tempo, o subsituto Katlego Mphela abriu o placar.

Os sul-africanos já se imaginavam com a mão na medalha de bronze quando o espanhol Daniel Guiza, também substituto, marcou dois gols em um minuto, virando a partida.

Mas com três minutos de acréscimo, Mphela, de falta, empatou novamente o jogo, levando a decisão para a prorrogação.

O jogo seguiu equilibrado até a metade da prorrogação, quando, cobrando falta, Xabi Alonso marcou o gol da vitória espanhola.

O desempenho inesperado dos Bafana Bafana (apelido da seleção sul-africana) foi bastante elogiado pela torcida e comentaristas do país.

O técnico, o brasileiro Joel Santana, também elogiou, dizendo que “os Bafana jogaram muito bem. Eles cederam dois gols com facilidade, mas no geral, jogaram bem”.

“A defesa fez sua função bem e os gols foram ótimos. Mas isso é futebol e parabéns para a Espanha”, disse ele.

Balanço final

Pouco antes do jogo final entre Brasil e EUA, a cerimônia de encerramento da Copa das Confederações viu um belo espetáculo que reuniu cantores, músicos e dançarinos no estádio Ellis Park. Entre as presenças ilustres, destaque para a do presidente Jacob Zuma.

A Copa das Confederações é considerada um torneio preparatório, realizado pelo país sede um ano antes a Copa do Mundo. Uma das metas é detectar eventuais problemas com tempo hábil para solucioná-los.

O torneio de 2009 mostrou-se mais organizado do que muitos temiam, sem maiores incidentes no quesito segurança, um dos pontos considerados potencialmente mais problemáticos.

Os estádios que já estão prontos foram bastante elogiados, adequando-se aos padrões internacionais.

As críticas concentram-se ao sistema de transporte, especialmente o escoamento da torcida após os jogos e o tamanho da malha hoteleira, considerada pequena para o grande número de turistas previstos para o ano que vem.

Outra crítica que surgiu no decorrer do torneio foi às vuvuzelas, as cornetas típicas dos torcedores sul-africanos. Esrangeiros, especialmente europeus, pediram pela sua proibição por causa do barulho que elas fazem.

Mas a Fifa acatou o argumento da população local, de que a vuvuzela é parte da forma sul-africana de apreciar o futebol, e descartou banir o instrumento.

Pastor pede que fiéis tragam revólveres à igreja

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Pastor Ken Pagano

Pastor disse querer celebrar direito de portar armas.

Um pastor do Estado americano de Kentucky pediu para que os fiéis trouxessem suas armas para a igreja.

O pastor Ken Pagano convocou os frequentadores da igreja New Bethel, em Louisville, a trazerem seus revólveres descarregados para celebrar o direito de portar armas.

Ele disse que tomou a decisão depois que membros da congregação expressaram preocupação com a possibilidade de o presidente Barack Obama endurecer as leis de controle ao porte de armas de fogo.

Cerca de 200 pessoas compareceram à missa, segundo a agência de notícias AP.

Pastor armado

"Nós queremos mandar a mensagem de que há cidadãos civis, inteligentes e respeitadores da lei que também possuem armas", disse Pagano durante a missa.

"Se não fosse pela crença enraizada sobre o direito de portar armas, esse país não estaria aqui hoje."

Durante a missa, o pastor empunhou uma arma, e deu orientações sobre segurança de armas de fogo.

"Eu gostaria que mais igrejas fizessem isso, que mais pessoas fizessem isso", disse uma das participantes, Doreen Rogers, ao jornal local Louisville Courier-Journal.

"Por algum motivo, as pessoas acham que portar armas é pecado. Não é. Eu acho que minha vida vale ser protegida", disse ela.

Cerca de dez membros de uma milícia local também participaram da missa, segundo o jornal.

Uma coalizão de grupos religiosos e ativistas realizou um evento rival contra o porte de armas ao mesmo tempo, do outro lado da cidade.

"Eu acho que as pessoas acham a idéia de levar armas para igrejas ou qualquer outro local sagrado profundamente perturbante", disse o organizador do evento, Terry Taylor à AP.

Nos Estados Unidos, o direito de portar armas está escrito na Segunda Emenda da Constituição, e acredita-se que mais de 200 milhões de armas estejam nas mãos de cidadãos.

Estudo alemão identifica flauta de 35 mil anos

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Flauta (Foto: H. Jensen)

Os instrumentos de ossos e marfim são os mais antigos já encontrados

Arqueólogos da Universidade de Tübingen, na Alemanha, descobriram restos de flautas de mais de 35 mil anos – os mais antigos instrumentos musicais já encontrados no mundo.

As descobertas e os detalhes das três flautas encontradas na caverna de Hohle Fels, no sudoeste alemão, foram publicados na mais recente edição da revista científica Nature.

Segundo os pesquisadores, os instrumentos eram usados nos primórdios da colonização da Europa, há cerca de 35 mil anos e a música era uma prática generalizada na época pré-histórica.

Entre os instrumentos musicais, a flauta mais bem preservada foi escavada em um osso de 20 centímetros de comprimento, da asa de um abutre, e tem cinco buracos para serem tapados com os dedos e duas aberturas em "v", que teriam sido usados para assoprar.

Os arqueólogos também encontraram pedaços de outras duas flautas de marfim, que os cientistas acreditam ser de mamutes.

A caverna de Hohle Fels é um conhecido sítio arqueológico, com vários objetos dos primeiros seres humanos. Em maio, integrantes da mesma equipe anunciaram ter encontrado lá o que pode ser a mais antiga figura de Vênus do mundo.

Criatividade

As descobertas elevam o número de flautas datadas desta época da pré-história para oito, quatro delas produzidas a partir de marfim de mamute e outras quatro a partir de ossos de pássaros.

O coordenador da equipe da universidade alemã, o professor Nicholas Conard, afirma que fazer música era uma atividade comum entre os humanos que viveram cerca de 40 mil anos atrás.

"Está ficando cada vez mais claro que a música fazia parte do dia-a-dia", disse Conard.

"A música era usada em vários contextos sociais: possivelmente religioso, possivelmente recreativo, mais ou menos como usamos a música hoje, em várias situações."

O estudioso diz ainda que além de uma tradição musical, os humanos modernos que povoaram a região do sudoeste alemão na pré-história também produziram diversos artefatos simbólicos, e figuras artísticas e representações de seres mitológicos, além de enfeites pessoais.

Para os cientistas, o surgimento de arte e cultura tão no início da história do ser humano moderno pode ajudar a explicar porque a espécie sobreviveu, enquanto o homem de Neanderthal, contemporâneo dela, foi extinto.

"A música pode ter contribuído para a formação de redes sociais mais amplas, e assim, talvez tenha facilitado a expansão territorial dos humanos modernos, em detrimento dos neandertais, mais conservadores culturamente e mais isolados demograficamente", diz o estudo.

"Essas flautas fornecem ainda mais provas da sofisticação dos povos que viveram naquela época e do provável abismo comportamental e cognitivo entre eles e os neandertais."