sábado, 1 de agosto de 2009

Governo pede multa de R$ 300 milhões para Oi e Claro por falha em call center

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Folha Online, em Brasília

O DPDC (Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor), do Ministério da Justiça, ingressou com duas ações coletivas na Justiça Federal contra a Claro e a Oi/BrT por descumprimento das regras para atendimento em call center. As ações pedem que cada empresa seja condenada a pagar multa de R$ 300 milhões por danos morais coletivos. Assinam as ações 23 Procons estaduais, entre eles o de São Paulo.

De acordo com o balanço divulgado nesta terça-feira pelo DPDC, desde o dia 1º de dezembro, quando entraram em vigor as novas regras do call center, o setor de telefonia respondeu por 57% das reclamações nos Procons.

Na telefonia fixa, a Oi/BrT é responsável por 59% das reclamações. Na telefonia móvel, a Claro é a empresa com maior número de denúncias, com 31%. Os principais motivos das queixas são dificuldades no acesso ao call center; má qualidade no atendimento; e problemas relacionados ao pedido de cancelamento imediato do serviço.

'É inacreditável a postura dessas empresas diante da sociedade brasileira. Não se trata de pessoas [nos call centers] que não são preparadas, mas de decisões empresariais de não atender ao consumidor', disse o diretor do DPDC, Ricardo Morishita.

Para o ministro Tarso Genro (Justiça), a ação judicial representa um movimento importante porque, até agora, as multas eram apenas administrativas e as empresas vinham recorrendo à Justiça e protelando o pagamento. "Se o poder judiciário quiser, essa ação poderá ser julgada brevemente", completou.

Desde dezembro, o DPDC já fez 431 autuações por descumprimento das regras. A Oi/BrT já foi multada em R$ 2,5 milhões e a Claro em R$ 1 milhão.

O DPDC encaminhou ainda à Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) ofício em que destaca, oficialmente, que a agência não está sendo eficaz na fiscalização do atendimento ao consumidor.

"A eficácia regulatória com relação ao consumidor é precária, é ineficaz", afirmou Morishita.

Na telefonia móvel, depois da Claro, Oi/BrT possui o maior percentual de reclamações, 27,75%, seguida pela TIM (20,7%) e Vivo (11,87%). Na telefonia fixa, a GVT aparece em segundo, com 12,31%, seguida pela Telefônica (5,72%) e Embratel (5,17%). Desde dezembro, foram registradas mais de seis mil reclamações contra todos os setores.

Geral

Em uma pesquisa geral nos Procons, os segmentos ligados à telefonia (telefonia fixa, celular, tv por assinatura, internet e aparelho celular) concentraram 32,9% de todos os registros de atendimento entre 2005 e 2009.

Nesse período foram contabilizadas 607.746 demandas relativas ao setor de telecomunicações. O segmento de telefonia celular respondeu por 32,2% dos atendimentos, e o de telefonia fixa, 32,1%. Juntos, esses segmentos responderam por mais da metade (64,4%) do total de demandas do setor.

Speedy

Em outro processo, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) multou na semana passada a Telefônica em R$ 1,96 milhão por descumprir determinação do órgão em relação à oferta de provedores aos clientes Speedy.

Em novembro do ano passado, a SDE (Secretaria de Direito Econômico), do Ministério da Justiça, editou medida preventiva determinando à Telefônica cumprir uma série de requisitos para garantir isonomia na oferta de provedores do grupo e de outros aos clientes do Speedy. Hoje, o Cade entendeu que a Telefônica descumpriu em parte a medida e multou a empresa.

Nova Zelândia decide se palmada em filhos continuará sendo crime

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(arquivo)

A lei procura reduzir os índices de abuso infantil no país

A Nova Zelândia começou nesta sexta-feira um referendo pelo correio para decidir se uma palmada administrada pelos pais em seus filhos deve continuar sendo considerada um crime.

A chamada lei antipalmada foi introduzida em 2007 e dividiu o país, o que levou a Nova Zelândia a realizar a votação.

Os que apoiam a lei afirmam que ela dá às crianças os mesmos direitos que os adultos, enquanto que os que são contra à lei afirma que ela criminaliza os pais.

O referendo pergunta: "Uma palmada (nos filhos), como parte de uma apropriada punição dos pais, deve ser considerada um crime na Nova Zelândia?"

A votação pelo correio deve ocorrer até o dia 21 de agosto, mas o resultado não obrigará o governo a mudar a lei.

Escandinávia

A Nova Zelândia foi um dos seis países que proibiram punição corporal de crianças em 2007.

O primeiro país a adotar a lei foi a Suécia, em 1979, seguida pela Finlândia em 1983 e Noruega em 1987.

O objetivo da lei neozelandesa foi fazer com que as pessoas parassem de usar o motivo "disciplina por parte dos pais" como uma defesa contra acusações de agressão.

A medida, quando implantada, foi vista como um passo importante para combater as altas taxas de abuso infantil e assassinato da Nova Zelândia.

''Boas famílias''

Os ativistas da campanha contra a lei alegam que a lei atual levou "boas famílias a (se transformarem em) vítimas de investigações sem garantias e até a serem processadas pela polícia e... pelo (departamento de governo para) Criança, Juventude e Família".

Os responsáveis pela campanha afirmam que os recursos estão sendo desperdiçados em investigações de casos que "simplesmente não são de abuso".

Já os ativistas da campanha a favor da lei afirmam que "a paternidade ou maternidade positiva, sem violência, é mais eficaz do que a com punição corporal, além de servir de base para um melhor resultado no longo prazo para crianças e para a sociedade".

Os críticos da realização do referendo afirmam que a própria votação é confusa e o primeiro-ministro neozelandês, John Key, reconheceu que a pergunta feita no referendo é "ambígua".

O governo acredita que a lei atual está funcionando bem, com a polícia processando apenas os casos graves.

A Polícia da Nova Zelândia informou que investigou 13 casos entre março de 2007 e abril de 2009, com a instauração de apenas um processo.

Astronauta volta à Terra depois de usar a mesma cueca por um mês

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Imagem divulgada pela Nasa mostra astronauta Koichi Wakata observando bolha flutuar (AP, 24 de junho)

Wakata afirmou que experimento com cueca foi bem sucedido

O astronauta japonês Koichi Wakata, um dos sete tripulantes do ônibus espacial Endeavour, que pousou na Flórida na manhã desta sexta-feira, voltou à Terra vestindo uma cueca que utilizou por um mês seguido.

Wakata, que passou 138 dias hospedado na Estação Espacial Internacional (EEI), passou todo o tempo utilizando a mesma roupa íntima como parte de um experimento. A cueca, desenvolvida no Japão, foi criada para não exalar odores, mesmo depois de ser usada por tanto tempo.

Em uma entrevista pouco antes do retorno da Endeavour, na quinta-feira, o astronauta afirmou que o experimento com a roupa de baixo foi bem sucedido.

"Eu usei (a cueca) por cerca de um mês, e os meus colegas da estação espacial nunca reclamaram, então acho que o experimento deu certo", afirmou.

Retorno

O ônibus espacial Endeavour pousou na manhã desta sexta-feira na Flórida, nos Estados Unidos, ao final de uma missão de 16 dias na Estação Espacial Internacional.

Endeavour pousa na Flórida na manhã desta sexta-feira (Getty Images)

Nasa planeja sete outras missões para finalizar ISS

A nave tocou o solo do Kennedy Space Center às 11h48 (horário de Brasília) em condições meteorológicas praticamente perfeitas.

A Endeavour havia sido lançada no último dia 15 de julho, depois de cinco tentativas terem sido canceladas por condições desfavoráveis de tempo.

A missão tinha como objetivo transportar e instalar novas baterias na Estação Espacial Internacional, além de outras peças de reposição.

Também foi criada na estação espacial uma área que está sendo chamada de "varanda". O local será usado pelo módulo japonês Kibo para fazer experimentos do lado de fora da estação.

Banheiro interditado

Durante a missão da Endeavour, os astronautas fizeram cinco caminhadas espaciais. Com a chegada dos sete astronautas do ônibus espacial, a tripulação na estação atingiu o número recorde de 13 integrantes.

Neste período, os astronautas passaram por alguns inconvenientes, incluindo a interdição de um dos banheiros da estação devido a um defeito.

A Nasa planeja sete outras missões para finalizar a Estação Espacial Internacional - que, atualmente, tem o tamanho de uma casa de quatro dormitórios e está sendo construída há dez anos.

O Discovery será o próximo ônibus espacial a ir até a estação espacial. O lançamento da missão está revisto para 18 de agosto.

Equipe escavará deserto da Mongólia em busca de ‘tesouro budista’

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O deserto de Gobi, na Mongólia. Foto: Huw Cordey

O tesouro teria sido enterrado no deserto de Gobi nos anos 30

Uma equipe de arqueólogos austríacos e mongóis começa, neste sábado, uma escavação no deserto de Gobi, no sul da Mongólia, em busca de um tesouro budista que teria sido enterrado no local nos anos 30.

Os baús guardam o tesouro do Monastério de Khamaryn, destruído durante o governo comunista da Mongólia na década de 30.

Um historiador local, Zundoi Altangerel, disse que seu avô, um monge, salvou as relíquias do monastério e entregou a localização do tesouro ao neto.

Altangerel foi ao local e encontrou metade do tesouro. As peças foram colocadas para visitação pública em um museu criado por ele.

Segundo o historiador, como a segurança do museu era mínima, ele decidiu deixar o restante do tesouro, que inclui estátuas e objetos de decoração, enterrado no deserto.

Aventura

O aventureiro austríaco Michael Eisenriegler ficou sabendo da história e convenceu Altangerel a participar de uma busca pelo resto do tesouro.

Eisenriegler planeja transmitir a escavação, que começa neste final de semana, ao vivo pela internet.

“Não sei exatamente o que vamos encontrar. As outras caixas encontradas por Altangerel continham relíquias budistas preciosas, estátuas, livros, manuscritos”, afirmou Eisenriegler ao correspondente da BBC em Ulan Bator, Michael Kohn.

S egundo Eisenriegler, o objetivo da escavação é ressaltar a história e a cultura budistas em Gobi.

Além disso, Altangerel usará o dinheiro arrecadado com a transmissão ao vivo da escavação pela televisão para pagar por uma melhoria no sistema de segurança do museu.

SP confirma 10 mortes em 5 dias por gripe; País soma 76

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A Secretária de Estado da Saúde de São Paulo informou, nesta sexta-feira, que foram confirmadas dez mortes em consequencia da gripe suína entre os dias 27 e 31 de julho. Com isso, o número de vítimas fatais no Estado chega a 37 e a 76 no País.

O governo de São Paulo não divulga a cidade e o dia em que ocorreram as mortes. Nesta sexta-feira, a Secretaria Municipal de Saúde de Campinas confirmou a morte de uma jovem de 17 anos por gripe suína. Esse caso não consta na relação divulgada nesta noite pelo governo paulista.

O Ministério da Saúde registra 56 mortes por gripe suína em todo o País. Entretanto, números divulgados pelos governos estaduais contabilizam 76 vítimas fatais: 25 no Rio Grande do Sul, nove no Rio de Janeiro, quatro no Paraná, uma na Paraíba, além das 37 de São Paulo.

Veja as mortes confirmadas pela Secretaria de Saúde de São Paulo:

1- Homem, 47 anos, morador da Grande São Paulo, possuía hemoglobinopatia;
2- Homem, 30 anos, morador da região de Campinas.
3- Mulher, 31 anos, moradora da região de Campinas.
4- Mulher, 19 anos, moradora da Grande São Paulo, gestante. Foi submetida à cesariana, mas o feto já estava sem vida no momento do parto.
5- Homem, 22 anos, morador da Grande São Paulo, era tabagista.
6- Mulher, 46 anos, moradora da região de Bauru, possuía obesidade, tabagismo e hipertensão arterial severa.
7- Mulher, 25 anos, moradora da Grande São Paulo, estava grávida de 32 semanas. O bebê também morreu.
8- Mulher, 22 anos, moradora da Grande São Paulo, estava no segundo trimestre de gravidez e tinha asma.
9 - Sexo Feminino, 48 anos, moradora da região de Campinas, portadora de lúpus.
10 - Mulher, 54 anos, moradora da região de Campinas, possuía histórico de obesidade, tabagismo e doença pulmonar obstrutiva crônica.