quarta-feira, 26 de maio de 2010

Após Twitter, Chávez anuncia criação de blog

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AP

O presidente investe pesado em comunicação

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou o lançamento de um blog pessoal nesta terça-feira, pouco mais de um mês após a criação de sua conta no Twitter - que se tornou a mais seguida do país.

"Decidimos criar um blog oficial, deste seu servidor", disse Chávez durante reunião da direção do partido do governo, o PSUV, na noite da segunda-feira.

De acordo com Chávez, o novo blog www.hugochavez.org.ve será um espaço para seus simpatizantes publicarem comentários, denúncias e ter acesso a noticias relacionadas a seu projeto de governo.

"A página vai contar com várias sessões. Chávez punho e letra, as Linhas de Chávez, transcrição de discursos, Alô Presidente, as Reflexões de Fidel (Castro) e o muro do povo, para que as pessoas escrevam ali", disse Chávez.

Chávez argumenta que o blog foi criado para proteger a identidade de seus simpatizantes, que segundo ele estariam expondo seus dados pessoais, como números telefônicos e endereço, ao comentar seus posts no Twitter.

" (O blog) vai oferecer segurança a quem me segue através do Twitter", afirmou o mandatário.

"Algumas pessoas estão se queixando de que ligam para enganá-las ou até para fraudá-las", disse.

Criada no final de abril, a conta de Chávez no serviço de microblogging Twitter é a mais seguida da Venezuela, com mais de 432,9 mil seguidores.

Neste espaço, Chávez recebe diariamente elogios, críticas, insultos, denúncias de má administração pública e pedidos de ajuda.

"Isso é todos os dias, compadre, isso é trabalho adicional para mim", afirmou Chávez na noite da segunda-feira, enquanto acessava sua conta no Twitter, @chavezcandanga.

"É mais trabalho que antes, mas eu assumo", acrescentou.

Chávez e novas mídias

Dias depois de se render à nova ferramenta de comunicação, antes criticada por ele, Chávez anunciou a contratação de 200 pessoas para ajudá-lo a responder as milhares de mensagens recebidas em seu twitter.

O uso de novas ferramentas de comunicação coincide com o ano eleitoral, considerado decisivo para o chavismo. Em setembro, os venezuelanos vão às urnas decidir a nova composição do Congresso, pleito no qual a oposição pode recuperar espaços abandonados em 2005, quando decidiram retirar suas candidaturas ao Parlamento.

Recentemente Chávez anunciou por meio de sua conta, durante a madrugada, o afundamento de uma plataforma de gás venezuelana e já interrompeu atos públicos para escrever a seus seguidores no twitter.

Desde o golpe de Estado de 2002 contra seu governo, Chávez tem aumentado sua presença na área de comunicação, com o objetivo de fazer frente ao que chama a "guerra midiática" que acusa a oposição de travar contra ele. Desde então, seu governo apoiou a ampliação da rede de tvs e rádios comunitárias no país, criou os canais ViVe TV, o Teves - que substituiu o canal opositor RCTV no sinal aberto depois que sua concessão não foi renovada - a multiestatal Telesur e Ávila TV, uma espécie de MTV para os jovens venezuelanos.

Pouco antes de lançar sua conta no Twitter, Chávez criou o programa Guerrilha Comunicacional, no qual centenas de jovens, munidos de spray e cartolina, espalham grafites por toda a capital, Caracas. O bicentenário da independência do país, críticas ao governo dos Estados Unidos e ao candidato presidencial na Colômbia, Juan Manuel Santos, foram pintadas recentemente nos muros da cidade.

Consumidor quadruplica renda com crédito fácil.

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Antes era preciso conversar com o gerente, esperar dias pela análise de crédito e ainda correr o risco de ter o pedido negado. Com o cenário econômico favorável, tomar um empréstimo ficou tão fácil que nem é mais preciso ir ao banco.

Dados obtidos pela reportagem com os bancos e com correntistas mostram que, com os limites concedidos hoje, os clientes conseguem pelo menos quadruplicar sua renda nas cinco maiores instituições do país, considerando empréstimos no cheque especial, crédito pessoal e cartão de crédito.

A facilidade do empréstimo pré-aprovado, retirado diretamente no caixa eletrônico, vem aumentando o poder de compra do brasileiro e o consumo de bens duráveis, como TV, geladeira e máquina de lavar. Por outro lado, estimula as decisões por impulso e pode levar ao endividamento excessivo.

Nilton Pelegrino, diretor de empréstimos do Bradesco, compara a importância do crédito ao sangue para os seres humanos. `Se for dado um litro a mais, mata o cliente.`

Impulsionado por essa mola, o consumo das famílias cresceu pelo sexto ano seguido em 2009, quando ainda ajudou a amortecer a queda do PIB (Produto Interno Bruto) causada pela crise global. `Para a economia como um todo, é bom. Para o indivíduo, pode ser ou não`, afirma o educador financeiro Mauro Calil.

Na opinião do ex-diretor do Banco Central e economista-chefe da CNC (Confederação Nacional do Comércio), Carlos Thadeu de Freitas, uma forma de fazer com que esse consumo seja feito de forma mais consciente é criar obstáculos.

`As crises mundiais mostram que é preciso haver algum constrangimento para tomar dinheiro emprestado`, afirma, referindo-se ao uso equivocado de linhas com juros altos que poderiam ser substituídas se o consumidor conhecesse melhor os produtos oferecidos.

Pesquisa da entidade com 17.800 consumidores em todo o país aponta que o percentual de famílias endividadas que usam o cartão de crédito como uma das formas de financiamento subiu de 69,8% em abril para 71,2% neste mês, contribuindo para a elevação da quantidade das inadimplentes (de 24,4% para 25,1%).

Esse tipo de empréstimo tem juros médios de 10,7% ao mês para quem cai na armadilha do pagamento mínimo, ante 2,4% do CDC, por exemplo.

Assim como Pelegrino, Rogério Estevão, superintendente de empréstimos pessoais do Santander, reitera a necessidade de ensinar os consumidores a tomarem crédito conscientemente, o que viabiliza o crescimento da carteira de forma sustentável, ou seja, sem elevação da inadimplência. `O aprendizado é nosso também`, diz Estevão.

Entre fevereiro de 2007 e de 2010, a concessão de crédito pessoal passou de R$ 83,4 bilhões para R$ 165,5 bilhões. No mesmo período, o número de brasileiros com dívidas acima de R$ 5.000 dobrou, atingindo 25,7 milhões, segundo o Banco Central --não há acompanhamento abaixo desse valor.

A inadimplência considerando atrasos acima de 90 dias, porém, permaneceu no mesmo nível (7,3%). Apesar da estabilidade, Luiz Rabi, da Serasa Experian, ressalta que os consumidores devem ficar atentos. Quem usa linhas `emergenciais` como crédito de longo prazo, afirma, `mais cedo ou mais tarde vai ficar inadimplente`. E resume assim a euforia com a oferta de crédito: `Aprecie com moderação.`

Solução X problema

A facilidade para tomar empréstimos alterou o orçamento da coordenadora financeira Cassia Bastos, 35, e da supervisora de recuperação de crédito Suelen da Silva, 21, de formas opostas.

`Já usei o crédito pré-aprovado várias vezes. Em uma emergência, você não tem de onde tirar o dinheiro`, conta Cassia. `Mas sempre dei um jeito de economizar e quitar as parcelas antes, porque isso barateia o empréstimo.`

Para Suelen, porém, o financiamento acabou gerando problemas sérios. `Peguei um empréstimo de R$ 1.200 para quitar dívidas em cartões de crédito. Não quitei nenhuma e ainda acabei com mais um débito`, diz ela, que perdeu o emprego logo depois.

Sem pagar as parcelas por um ano, Suelen acabou com uma dívida de R$ 5.000. `Eu não sabia que isso podia crescer tanto.` O débito acabou sendo renegociado e ficou em R$ 3.500, já quitados.

Para Suelen, quem se endivida em excesso é `culpado`, mas os bancos poderiam dar mais informações
`A conscientização do consumidor é dever de todos`, ressalta Roberto Pfeiffer, do Procon-SP.

Para Mauro Calil, `o acesso à informação ainda é limitado e existe pouco interesse do próprio tomador em se educar financeiramente`.

Ao contratar o seguro do carro, mais barato pode sair caro, dizem especialistas.

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SÃO PAULO - Na hora de contratar um seguro de automóvel, o preço não deve ser o fator decisivo de compra para o consumidor. Segundo especialistas, ao analisar somente o custo, o mais barato pode sair caro.

“É um grande erro analisar somente o custo, pois pode faltar algum serviço que, caso ocorra um problema, se pago separadamente, pode sair mais caro do que se constar da apólice”, explica o presidente do Sincor-SP (Sindicato dos Corretores de Seguros), Leoncio de Arruda.

O presidente da Comissão de Automóvel da FenSeg (Federação Nacional de Seguros Gerais), Maurício Galian, concorda e acrescenta: “Cada vez mais, as seguradoras têm colocado serviços para que a pessoa não utilize o seguro somente quando ocorre o sinistro. Assim, estes serviços agregados também devem ser avaliados pelo consumidor”, alerta.

O que é essencial?

Antes de analisar preços, na hora de contratar um seguro de automóvel, o consumidor deve analisar se as coberturas oferecidas atendem as suas necessidades, se os valores de indenização são compatíveis com os eventuais prejuízos que possam ocorrer e se há uma garantia de prazo de indenização.

Além disso, dizem, é necessário verificar o valor da franquia e se a seguradora oferece carro reserva e serviços adicionais.

“É necessário que o consumidor entenda que o preço é importante, mas não deve ser item decisório na hora de contratar um seguro”, finaliza Galian.

Loja de departamento é condenada a indenizar homem vítima de fraude

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Um homem vítima de fraude vai ser indenizado em R$ 5 mil por ter tido seu nome utilizado indevidamente na celebração de um contrato com as Lojas Renner. A sentença é do juiz da 1ª Vara Cível de Brasília, e cabe recurso. Ao tentar realizar uma compra parcelada, ele ficou sabendo que seu nome estava no cadastro de inadimplentes em virtude de um débito no valor de R$ 915,58 que nunca contraiu. No entendimento do juiz, a inscrição do nome do autor causou constrangimento capaz de abalar sua honra e bem-estar.

Segundo o autor, por conta da fraude, informou à Renner sobre a utilização indevida de seus documentos, mas a empresa não realizou a baixa, mesmo ciente do crime. Sustenta que a pessoa que utilizava indevidamente seus documentos foi presa, ao tentar abrir uma conta corrente na Caixa Econômica Federal, em Anápolis, além de assegurar que não realizou contrato com a loja. A inclusão do seu nome nos cadastros de inadimplentes lhe causou constrangimentos.

A Renner, em sua defesa, sustentou que o autor efetuou várias compras, mas nenhuma foi paga, além de assegurar que inexiste dano moral a ser indenizadotendo, já que o autor possuía inscrições nos órgãos de proteção ao crédito. Alegou também ter agido no exercício regular de um direito ao inscrever o cliente nos cadastros de inadimplentes, além de assegurar que também foi vítima de fraude, tratando-se de fato de terceiro.

Para o juiz, não há dúvidas quanto à ocorrência de fraude praticada por terceiro que, valendo-se dos documentos extraviados do autor, realizou diversas compras, vindo a ser preso posteriormente. Por outro lado, assegura o julgador que tais dívidas ficaram sem pagar, culminando com a inclusão do nome do autor nos cadastros de inadimplentes.

`A consecução da fraude somente logrou êxito em virtude da falha na segurança do serviço prestado pela ré que não tomou os devidos cuidados na celebração do pacto`, assegurou o juiz. Para o magistrado, é dever da loja indenizar o autor, já que o contrato de adesão apresenta assinatura grosseiramente diversa do padrão de assinatura do autor, conforme documentos anexos aos autos.

Nº do processo: 2007.01.1.131501-0