terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Arqueólogos encontram casa da época de Jesus em Nazaré

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Arqueólogos trabalham em Nazaré

Arqueólogos encontraram residência de cerca de 2 mil anos

Arqueólogos israelenses revelaram nesta segunda-feira que encontraram os restos da primeira residência encontrada na cidade de Nazaré, no norte de Israel, que pode ser da época de Jesus Cristo.

De acordo com o jornal israelense Haaretz, a descoberta fornece mais dados sobre como era a vida na cidade de Nazaré há cerca de 2 mil anos.

A casa provavelmente fazia parte de um pequeno vilarejo com cerca de 50 residências habitadas por judeus pobres.

Uma porta-voz da Autoridade Israelense para Antiguidades, Yardenna Alexandre, informou que os restos de uma parede, uma cisterna para coleta de água da chuva e um refúgio foram encontrados depois da descoberta do pátio de um antigo convento.

Escavações na residência antiga de Nazaré, com Igreja da Anunciação ao Fundo

Escavações na residência antiga de Nazaré

De acordo com Alexandre, os arqueólogos também encontraram potes de argila, do tipo que era usado pelos moradores da Galileia (região onde hoje fica o norte de Israel) na época, uma indicação de que a casa pertencia a uma família judia simples.

"É provável que Jesus e seus amigos de infância tenham conhecido a casa", afirmou a porta-voz em entrevista.

"A partir das poucas provas escritas disponíveis, sabemos que a Nazaré do primeiro século da era cristã era um pequeno vilarejo judeu localizado em um vale", disse Alexandre, acrescentando que até agora "poucas sepulturas da época de Jesus foram encontradas, mas nunca encontramos os restos de residências daquela época".

Um poço também foi encontrado, e os arqueólogos calculam que ele foi construído como parte dos preparativos dos judeus para a Grande Revolta contra os romanos, entre os anos de 66 e 73 d.C.

Chávez quer restituir o nome indígena do Salto Ángel

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Salto Ángel, Venezuela

Salto Ángel pode acabar conhecido como Kerepakupai-Meru

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, pediu que a mais alta catarata do mundo, o Salto Ángel, seja chamada novamente por seu nome original, Kerepakupai-Meru.

A catarata, no sul da Venezuela, tem uma queda de quase 1 quilômetro de altura e foi chamada de Ángel em homenagem a um aviador americano que, acredita-se, foi o primeiro indivíduo de fora da área a avistá-la, na década de 1930.

Chávez quer que seja restituído o nome usado pelos índios Penom, que vivem na região.

O presidente venezuelano, que vem acusando os Estados Unidos de tramarem contra o seu governo, disse que milhares de indígenas viram a queda d'água antes que Jimmy Angel a tivesse "descoberto".

‘Nome difícil’

Jimmy Angel

As cinzas do piloto americano Jimmy Angel foram jogadas sobre a catarata

Em seu programa semanal de TV, Chávez perguntou aos venezuelanos como eles podem aceitar a ideia de que "a mais alta catarata do mundo tenha sido descoberta por um homem que veio dos Estados Unidos de avião".

"Com todo o respeito àquele homem que veio, que a viu, nós deveríamos mudar este nome, certo?", argumentou.

Chávez disse inicialmente que o nome deveria ser "Churun-Meru", mas depois se corrigiu no ar ao receber um bilhete de sua filha Maria, dizendo que o nome que os índios Pemon deram à catarata era Kerepakupai-Meru.

Depois de vários minutos praticando a pronúncia do nome, o presidente disse que já conseguia dizê-lo corretamente.

"Este é o nome ... o nome dos índios", afirmou.

A catarata está entre as atrações turísticas mais famosas da Venezuela.

Britânica reencontra filha sequestrada por pai líbio

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Nadia Fawzi, aos 4 anos

Nadia Fawzi foi sequestrada pelo pai há dois anos

Uma mulher britânica reencontrou a filha dois anos depois que a criança foi sequestrada pelo pai e levada para a Líbia.

Sarah Taylor deixou o emprego, vendeu a casa na Grã-Bretanha e mudou-se para a Líbia para procurar Nadia Fawzi, de seis anos.

"Eu estou radiante em reencontrar Nadia depois de dois anos", disse ela. "Estou feliz de vê-la com saúde mas, naturalmente, ela está desorientada com esta repentina mudança em sua rotina."

Fawzi Abu Arghub sequestrou a filha, Nadia, depois de fingir que iria levá-la para uma festa. Ele embarcou com a criança em um avião e seguiu para o seu país de origem.

Os tribunais líbios deram a Sarah Taylor a custódia da criança, mas Abu Arghub se recusou a revelar seu paradeiro. O encontro foi na capital líbia, Tripoli.

Ainda não foram divulgados os detalhes da reunião, mas acredita-se que ela tenha sido resultado de anos de diplomacia de bastidores. Segundo a agência de notícias Press Association, o primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Gordon Brown, pediu ao líder líbio Muamar Khadafi, em julho, que ajudasse a resolver o caso.

Nadia não fala bem o inglês e os avós, Dave e Dot Taylor, reconheceram que pode haver dificuldade nos primeiros contatos com a neta mas ressaltaram que poderão "lidar com isso".

"Nós vamos passar os próximos dias apenas nos conhecendo novamente", afirmou Dot Taylor.

A mãe de Nadia agradeceu o apoio da polícia britânica, do deputado de sua área, Grande Manchester, no norte da Inglaterra, do primeiro-ministro britânico e do líder líbio.

"Acima de tudo eu quero agradecer ao Coronel Khadafi, que foi bondoso em me receber e ouvir a minha estória e que fez tanto para tornar (o reencontro com Nadia) hoje possível."

Padre britânico causa polêmica ao sugerir que pobres furtem

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Tim Jones

Tim Jones disse que algumas pessoas não têm outra opção a não ser o crime

Um padre anglicano britânico aconselhou a seus fiéis que roubem em lojas se tiverem passando necessidade.

O padre Tim Jones, da paróquia de São Lourenço e Santa Hilda, no condado de York, no norte da Inglaterra, disse no sermão de domingo que as pessoas deveriam furtar de grandes cadeias de lojas e não de estabelecimentos pequenos.

Segundo ele, a atitude da sociedade para com os necessitados "deixa algumas pessoas sem outra opção a não ser o crime".

"Meu conselho, como padre cristão, é furtar em lojas", disse. "Eu não faço esta recomendação porque acho que furtar é uma coisa boa, ou porque acho que não faz mal, pois faz."

"Eu pediria que não furtem de lojas pequenas, de negócios familiares, mas de empresas de âmbito nacional, sabendo que os custos acabarão sendo repassados para o restante de nós na forma de preços mais altos."

"Quando as pessoas são libertadas da prisão ou se encontram repentinamente sem trabalho ou apoio da família, deixá-las por semanas e semanas com apoio social inadequado (...) é uma insensatez monumental, catastrófica."

'Irresponsável'

Mas o Arquidiácono de York, Richard Seed, disse: "A Igreja da Inglaterra (anglicana) não recomenda que ninguém furte."

"O padre Tim Jones está levantando questões importantes sobre as dificuldades que as pessoas enfrentam quando o apoio social não é oferecido, mas furto em lojas não é a forma de superar essas dificuldades."

A polícia da região, Yorkshire do Norte, qualificou o sermão como "altamente irresponsável".

Um porta-voz da força disse que, apesar de as pessoas sofrerem dificuldades financeiras, "furtar em lojas ou cometer outros crimes nunca deveria ser a solução".

"Fazer isso seria tornar a espiral (social) descendente ainda mais rápida, tanto para o indivíduo quanto para a sociedade como um todo", afirmou.

Mais tarde, em entrevista à rádio da BBC em York, Jones afirmou que sua intenção não era encorajar as pessoas ao furto, mas a doar mais para a caridade para impedir que os necessitados fiquem desesperados.

"Se uma pessoa esgotou todas as oportunidades dentro da lei para obter dinheiro e ainda está em uma situação desesperadora, a melhor coisa a fazer moralmente é pegar apenas o que precisar e só pelo tempo que precisar", afirmou.

O padre Jones chegou às manchetes dos jornais em maio de 2008, quando fez um protesto contra o uso do logotipo da marca Playboy em material de papelaria destinado ao público infantil. Ele foi a papelarias locais e jogou a mercadoria no chão.