domingo, 13 de dezembro de 2009

Empresas listadas no mensalão do DEM recebem até 4.000% a mais durante a gestão Arruda

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Em dois anos, só a firma ligada ao deputado que guardou dinheiro na meia cresceu 2.278%

Agência Brasil

Foto por Agência Brasil

O governador José Roberto Arruda é acusado de comandar um esquema
de arrecadação e propina na administração do Distrito Federal

Empresas citadas no inquérito do Ministério Público Federal como financiadoras do chamado mensalão do DEM ganharam até 4.572% a mais via contratos firmados com o GDF (Governo do Distrito Federal) durante a gestão do governador José Roberto Arruda, acusado de chefiar um suposto esquema de arrecadação e pagamento de propinas. Os valores constam no Siggo (Sistema Integrado de Gestão Governamental do Distrito Federal).

Apenas uma empresa da holding TBA, pertencente à empresária Cristina Boner, saltou de um contrato avaliado em R$ 856 mil em 2007 para repasses de R$ 40 milhões em 2009. A B2BR de Cristina é citada no inquérito como participante do esquema de corrupção e teria negociado o direito de fechar contratos emergenciais com o GDF como acordo por ter doado R$ 1 milhão para a campanha de Arruda em 2006. A B2BR e outras empresas atuam no Na Hora, serviço semelhante ao Poupatempo, de São Paulo, que oferece emissão de documentos.

Procurado pela reportagem, o grupo TBA respondeu ao R7 que os dados presentes no Siggo estão "equivocados" e que todos os contratos mantidos com o governo foram estabelecidos por meio de concorrência.

O levantamento do sistema financeiro do governo - feito pelo presidente do PT-DF, Chico Vigilante, e assessores parlamentares a pedido do R7 – também mostra que a G6, empresa de segurança fundada pelo presidente licenciado da Câmara Distrital, Leonardo Prudente (DEM), ganhava R$ 2,3 milhões no início do governo Arruda e agora recebe R$ 54,4 milhões, um aporte de R$ 2.265%. Prudente foi flagrado em vídeo escondendo dinheiro de suposta propina na meia.

Outra empresa que o governo Arruda ajudou a “levantar” foi a Danluz, que recebia R$ 1,7 milhão do GDF e ampliou seu contrato em 488%, passando a receber R$ 10 milhões pelos serviços de engenharia. Delator do mensalão do DEM, o ex-secretário Durval Barbosa disse à PF que a empresa pertence a Arruda, que é representado por um laranja.

Responsável por grande parte dos trabalhos gráficos e desenvolvimento de programas tecnológicos do GDF, os contratos da Uni Repro com a administração pública cresceram 3.400%, saltando de R$ 1,2 milhão para R$ 42 milhões.

Ainda na área de informática, a empresa Linknet também teve seus contratos turbinados. A empresa de Gilberto Lucena, que aparece nos vídeos sendo reclamando por pagar "pedágio" a integrantes do esquema de corrupção, ampliou sua participação na folha do governo em 741%. De acordo com o inquérito da Polícia Federal, a quadrilha condicionava o aumento e manutenção dos contratos ao pagamento de propina. A Linknet recebia R$ 17 milhões em 2007 do governo e este ano recebeu R$ 143 milhões.

Mesmo após o escândalo, os contratos com as empresas citadas no inquérito continuam vigorando e são investigadas pelo Ministério Público e pela CGU (Controladoria Geral da União). O Ministério Público Federal e a CGU (Controladoria-Geral da União) investigam os contratos das empresas com o governo.

A reportagem pesquisou o CNPJ de 21 empresas e 16 delas tinham contratos já saldados pelo GDF, as outras cinco apareciam na modalidade de "empenho", quando a despesa é prevista, mas o dinheiro ainda não saiu dos cofres públicos. Em dois anos, as empresas citadas no inquérito como financiadoras do mensalão do DF receberão R$ 546 milhões em contratos.

O R7 entrou em contato com as empresas e a assessoria do governo do GDF, mas não obteve resposta até a publicação da reportagem. Prudente está fora da cidade e não foi localizado para comentar o assunto.

Pelo menos 900 são detidos em protestos em Copenhague

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Manifestantes protestam em Copenhague no sábado, 12/12

Manifestação precede semana decisiva que reunirá chefes de Estado

A polícia de Copenhague anunciou ter detido 900 manifestantes neste sábado, durante uma passeata que partiu do centro da capital dinamarquesa e percorreu 6 quilômetros até o centro de convenções onde acontece a conferência da ONU sobre o clima.

Apesar de o ato ter sido pacífico, alguns jovens atiraram tijolos contra a sede da Bolsa de Valores dinamarquesa, e os policiais entraram em ação para realizar o que chamaram de "detenções preventivas".

Imagens de televisão mostram os policiais colocando os manifestantes detidos sentados em filas na rua, com as mãos amarradas atrás das costas.

Segundo o enviado especial da BBC a Copenhague, Matt McGrath, uma fonte próxima ao governo dinamarquês disse que a maioria dos detidos seriam mantidos por até quatro horas, enquanto outros serão levados a juízes dentro de 24 horas.

A polícia informou que a manifestação contou com até 30 mil participantes. Mas organizadores dizem que reuniram mais de 100 mil pessoas.

Futuro

Os manifestantes levavam faixas pedindo ação imediata em frases como "A natureza não pode fazer acordo", "Não temos plano B" e mensagens defendendo direitos povos indígenas e de países pobres.

Ativistas calculam que cerca de 500 organizações não-governamentais participaram do protesto seguido por uma vigília à luz de velas em frente ao centro de convenções.

Entre participantes anônimos de todo o mundo, fantasiados de ursos polares, marcianos e outros personagens, estavam personalidades como a modelo Helena Christensen, o arcebispo Desmond Tutu, o líder da igreja anglicana, Rowan Williams e a ex-comissária para direitos humanos da ONU Mary Robinson.

Só o Greenpeace afirmou ter reunido representantes de 32 países para participar da passeata.

"A nossa mensagem para os mais de 120 chefes de Estado que chegam na semana que vem a Copenhague é unida, é global, é alta e clara: chegou a hora de nos unirmos e o futuro é agora", disse o diretor-executivo do Greenpeace Internacional, Kumi Naidoo.

A reunião da ONU entra em sua última e decisiva semana nesta segunda-feira.

Chefes de governo de cerca de 150 países são esperados no encontro até a sexta-feira, quando se encerram estas discussões para avançar na definição de um acordo de redução de emissões de gases que causam o efeito estufa.

Ouriço obeso faz dieta e 'natação' para perder peso

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Snowball

Tratadores dizem que Snowball comia mal porque precisava 'se virar'

Um ouriço albino que está sendo tratado em um hospital veterinário na Grã-Bretanha entrou em um regime de dieta porque pesa três vezes mais do que o normal para a espécie.

Snowball, literalmente "bola de neve", pesa quase 1,5 kg e precisa perder um quilo para sair de uma zona de perigo e voltar ao seu peso saudável.

Segundo os tratadores, o animalzinho engordou demais por uma questão de sobrevivência. É que, antes de ser levado para a instituição, Snowball era obrigado a comer qualquer coisa que encontrasse pela frente.

"Acho que alguém colocava comida para três ou quatro ouriços no jardim, e Snowball chegava lá antes que os outros", disse Les Stocker, do hospital St Tiggywinkles, no condado de Buckinghamshire, no sudeste da Inglaterra.

"Os outros comiam comida de cachorro e Snowball ia ficando cada vez mais gordo."

Como parte do regime, o bichinho só come comida saudável – para a qual muitas vezes torce o focinho – e faz "natação" diariamente em uma banheira.

Além disso, contou Clare Campbell, responsável pela fisioterapia do 'paciente', o animalzinho é deixado solto para fazer caminhadas pelo quarto enquanto sua jaula é arrumada.

A dieta já resultou na perda de 38g – em compensação, Snowball ganhou outros 26g.

Snowball fazendo 'natação' na banheira

Tratadores dizem que bichinho curte 'natação' na banheira

Quando o programa for concluído, os tratadores pretendem soltá-lo. O problema, diz o hospital, é que o fato de ele ser albino – característica de um cada 10 mil ouriços – o torna mais vulnerável ao ataque de predadores.

"Quando ele perder peso, vamos levá-lo para uma área protegida, que é na verdade um grande jardim", afirmou Stocker.

"Vamos mantê-lo sob observação. Quem sabe até através de monitoramento eletrônico, só para saber que ele está bem."

Cinco baleias morrem encalhadas na Itália

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Escavadeira remove baleia morta na Itália

Para retirar as baleias mortas, foi necessária uma escavadeira

Pelo menos cinco baleias morreram neste sábado depois de terem passado os dois últimos dias encalhadas em uma praia do sul da Itália, no que especialistas dizem ser um acontecimento extremamente raro no Mar Mediterrâneo.

No total, nove animais da espécie cachalote - medindo até 10 metros de comprimento - ficaram presas nas areias de Foce Varano, na região de Puglia.

Duas conseguiram voltar para o mar mais profundo, mas outras duas seguem encalhadas.

Biólogos acreditam que elas ainda estejam vivas, mas por causa de seu estado de desgaste, terão de ser sacrificadas.

Segundo os especialistas, é comum que baleias encalhem em praias oceânicas.