O número de cadernetas de poupança com saldo superior a R$ 1 milhão praticamente dobrou nos últimos três anos. São 5.759 poupadores.
Eles representam apenas 0,005% do total, mas respondem por 7% dos depósitos, segundo dados do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) divulgados pelo Banco Central. Nesse mesmo período, o total de aplicadores em todas as faixas cresceu quase 20%.
A poupança é oferecida por cerca de 20 instituições financeiras, mas 95% dos depósitos estão concentrados nos cinco maiores bancos. A Caixa Econômica Federal lidera a captação, com 34% dos R$ 340 bilhões depositados. Mais de 90% dos clientes possuem saldo de até R$ 1.500, mas há 1.113 correntistas com saldo superior a R$ 1 milhão.
Segundo o banco, a maioria é composta por pessoas físicas que possuem também outros investimentos e procuram diversificar o risco.
"Para classes emergentes, a simplicidade da poupança é um diferencial muito grande, e, para os de maior renda, ela se apresenta como uma oportunidade de diversificação de investimento", diz o superintendente nacional de clientes de renda básica da Caixa, Humberto Magalhães.
O levantamento mostra ainda que a participação da poupança nos depósitos bancários alcançou, em junho, o maior nível desde dezembro de 2007.
A caderneta chegou a 31% do total de depósitos em produtos garantidos pelo FGC no primeiro semestre, o que inclui todas as aplicações bancárias em renda fixa, exceto fundos de investimento.
Nesse período, a poupança ganhou espaço, principalmente sobre os CDBs. Uma das explicações é que os bancos pagam hoje taxas menores nesse tipo de aplicação, o que reduz a vantagem em relação à poupança.
Quem aplicou R$ 1 milhão no começo do ano na poupança e sacou os recursos no início de setembro, por exemplo, obteve um rendimento de R$ 44.826,50, ou 4,48%. Quem fez um CDB no mesmo período obteve um ganho líquido em média R$ 5.700 superior.
BANCARIZAÇÃO
Os dados da Caixa mostram que o crescimento da poupança está ligado ao processo de bancarização da população, que tem no investimento uma porta de entrada para fazer seu planejamento.
Nesse caso, os principais atrativos são a isenção de tarifas, de tributação e de valor mínimo para aplicação.
O banco também detectou crescimento acima da média no número de correntistas com até 21 anos, o que derruba o mito de que esse é um investimento para pessoas mais velhas e conservadoras.
"O número de jovens com caderneta tem aumentado. São pessoas que querem planejar o seu futuro, juntar dinheiro para compra de bens. E isso está ligado ao aumento da educação financeira", diz o superintendente da Caixa.
Para o professor Liao Yu Chieh, do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa), a poupança se mantém como uma aplicação interessante para quem precisa de liquidez imediata ou quer acumular recursos até encontrar um investimento que ofereça condições melhores.
"Eu mesmo tenho uma poupança, que funciona como um fundo de reserva, se precisar de dinheiro a qualquer hora. O recomendável é poupar aquilo que você acha razoável ter em um momento de emergência, o que varia de acordo com a pessoa", afirma o professor do Insper.
Para Fabio Gallo Garcia, professor de finanças da FGV-EAESP, a poupança deve continuar a atrair investidores, principalmente se a taxa de juros voltar a cair nos próximos anos para um patamar inferior a 10%.
Eles representam apenas 0,005% do total, mas respondem por 7% dos depósitos, segundo dados do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) divulgados pelo Banco Central. Nesse mesmo período, o total de aplicadores em todas as faixas cresceu quase 20%.
A poupança é oferecida por cerca de 20 instituições financeiras, mas 95% dos depósitos estão concentrados nos cinco maiores bancos. A Caixa Econômica Federal lidera a captação, com 34% dos R$ 340 bilhões depositados. Mais de 90% dos clientes possuem saldo de até R$ 1.500, mas há 1.113 correntistas com saldo superior a R$ 1 milhão.
Segundo o banco, a maioria é composta por pessoas físicas que possuem também outros investimentos e procuram diversificar o risco.
"Para classes emergentes, a simplicidade da poupança é um diferencial muito grande, e, para os de maior renda, ela se apresenta como uma oportunidade de diversificação de investimento", diz o superintendente nacional de clientes de renda básica da Caixa, Humberto Magalhães.
O levantamento mostra ainda que a participação da poupança nos depósitos bancários alcançou, em junho, o maior nível desde dezembro de 2007.
A caderneta chegou a 31% do total de depósitos em produtos garantidos pelo FGC no primeiro semestre, o que inclui todas as aplicações bancárias em renda fixa, exceto fundos de investimento.
Nesse período, a poupança ganhou espaço, principalmente sobre os CDBs. Uma das explicações é que os bancos pagam hoje taxas menores nesse tipo de aplicação, o que reduz a vantagem em relação à poupança.
Quem aplicou R$ 1 milhão no começo do ano na poupança e sacou os recursos no início de setembro, por exemplo, obteve um rendimento de R$ 44.826,50, ou 4,48%. Quem fez um CDB no mesmo período obteve um ganho líquido em média R$ 5.700 superior.
BANCARIZAÇÃO
Os dados da Caixa mostram que o crescimento da poupança está ligado ao processo de bancarização da população, que tem no investimento uma porta de entrada para fazer seu planejamento.
Nesse caso, os principais atrativos são a isenção de tarifas, de tributação e de valor mínimo para aplicação.
O banco também detectou crescimento acima da média no número de correntistas com até 21 anos, o que derruba o mito de que esse é um investimento para pessoas mais velhas e conservadoras.
"O número de jovens com caderneta tem aumentado. São pessoas que querem planejar o seu futuro, juntar dinheiro para compra de bens. E isso está ligado ao aumento da educação financeira", diz o superintendente da Caixa.
Para o professor Liao Yu Chieh, do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa), a poupança se mantém como uma aplicação interessante para quem precisa de liquidez imediata ou quer acumular recursos até encontrar um investimento que ofereça condições melhores.
"Eu mesmo tenho uma poupança, que funciona como um fundo de reserva, se precisar de dinheiro a qualquer hora. O recomendável é poupar aquilo que você acha razoável ter em um momento de emergência, o que varia de acordo com a pessoa", afirma o professor do Insper.
Para Fabio Gallo Garcia, professor de finanças da FGV-EAESP, a poupança deve continuar a atrair investidores, principalmente se a taxa de juros voltar a cair nos próximos anos para um patamar inferior a 10%.