domingo, 28 de março de 2010

Nova Marginal é aberta com trechos inacabados

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As obras custaram mais de R$ 1,3 bilhão até agora e pelo menos seis pontos têm atraso

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O governador José Serra (PSDB) inaugura neste sábado (27) a nova pista da Marginal do Tietê, embora parte da obra esteja inacabada. Há pelo menos seis trechos que não devem ficar prontos até a solenidade. Além disso, não foi colocada sinalização horizontal em trechos da via, como determina o Código de Trânsito Brasileiro, e não há iluminação, que só deve ser instalada em seis meses.

No fim da tarde de ontem, pelo menos seis trechos tinham trabalhos atrasados. No sentido da Rodovia Castelo Branco, embaixo da Ponte Cruzeiro do Sul, por exemplo, havia uma grande cratera com barro onde será feita uma pista auxiliar. As fortes chuvas de quinta-feira alagaram o local e, por volta das 17h30, funcionários ainda tentavam bombear a água.

Pouco adiante, caminhões ainda despejavam massa asfáltica sobre o buraco aberto na altura da Ponte das Bandeiras e a situação é parecida perto da Ponte da Casa Verde. Há problemas perto das Pontes Jânio Quadros e do Tatuapé, com trechos que ainda não receberam asfalto.

Dificilmente ficará pronta também a pista auxiliar na altura do Rio Tamanduateí (sentido Castelo), onde ainda há pedras, barro e escavadeiras sendo usadas.

A marcação que orienta e dá segurança também não está implementada, e a estimativa do governo estadual é finalizar as pinturas horizontais de faixas até o final de abril. As obras custaram mais de R$ 1,3 bilhão até agora.

O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) determina que uma via só pode ser liberada com sinalização concluída. As novas pistas também ficarão às escuras. Os contratos de iluminação foram assinados no dia 17 deste mês, ao custo de R$ 53,3 milhões.

A Dersa, gerenciadora das obras, informou que o sistema de iluminação "estará sendo implantado e restaurado até a conclusão das obras", em outubro. Já a sinalização horizontal "está sendo implantada e finalizada até o fim de abril".

Conheça os escândalos mais recentes na Igreja em vários países

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A denúncia de mais um caso de abuso sexual de menores por padres da Igreja Católica - desta vez nos Estados Unidos - contribuiu para aumentar a pressão sobre o papa Bento 16.

Aqui, um resumo dos escândalos mais recentes em vários países.

ESTADOS UNIDOS

Na quinta-feira, o jornal The New York Times trouxe a notícia de que, em 1996, o cardeal Joseph Ratzinger, que veio a se tornar o papa Bento 16 em 2005, não respondeu a cartas vindas de clérigos americanos acusando um padre do Estado do Winsconsin de abusar sexualmente de menores.

O padre Lawrence Murphy, que morreu em 1998, é suspeito de ter abusado de até 200 meninos em uma escola para surdos entre 1950 e 1974.

Uma das supostas vítimas disse à BBC que o papa sabia das acusações há anos, mas não tomou nenhuma atitude.

Nas duas últimas décadas, a Igreja Católica dos Estados Unidos - principalmente a Arquidiocese de Boston - esteve envolvida em uma série de escândalos de abuso sexual infantil.

Um dos que mais chocou a população veio à tona há alguns anos, quando foi revelado que dois padres de Boston, Paul Shanley e John Geoghan, estavam envolvidos em casos de abuso nos anos 90 e foram supostamente acobertados por líderes da Igreja, que os transferiam de paróquia em paróquia.

Em 2002, o então papa João Paulo 2º convocou uma reunião de emergência com cardeais americanos, mas novos escândalos surgiram.

O arcebispo Bernard Law acabou renunciando ao posto no fim daquele ano, e, em 2003, a Arquidiocese de Boston concordou em pagar US$ 85 milhões depois de receber mais de 500 processos por abuso e omissão.

Um relatório encomendado pela Igreja em 2004 concluiu que mais de 4 mil padres americanos enfrentaram acusações de abuso sexual nos últimos 50 anos, em casos envolvendo mais de 10 mil crianças - principalmente meninos.

Em 2008, em uma visita aos Estados Unidos, Bento 16 se encontrou com vítimas dos abusos e falou "da dor e dos danos" provocados.

ALEMANHA

Desde o início de 2010, pelo menos 300 pessoas acusaram padres católicos da Alemanha de abuso sexual ou físico.

As alegações estão sendo investigadas em 18 das 27 dioceses da Igreja Católica no país natal do papa Bento 16.

Entre as acusações, está o abuso de mais de 170 crianças por padres em escolas jesuítas, além de casos dentro de um coral de meninos dirigido durante 30 anos pelo monsenhor Georg Ratzinger, irmão do papa.

Em março, o padre Peter Hullermann, que foi condenado por molestar crianças quando servia na Arquidiocese de Munique e Freising, foi suspenso de suas funções após violar uma proibição de trabalhar com menores.

No último dia 22, a diocese de Regensburg confirmou novas acusações contra quatro padres e duas freiras, em casos que teriam ocorrido nos anos 70.

O governo alemão anunciou em seguida que vai formar uma comissão de especialistas para investigar todas as acusações.

IRLANDA

No ano passado, dois documentos que examinaram acusações de pedofilia entre clérigos irlandeses relevaram a profundidade do problema no país, com casos de abuso, acobertamentos e falhas hierárquicas envolvendo milhares de vítimas durante várias décadas.

Um dos documentos mostrou que quatro arcebispos de Dublin fizeram vista grossa para casos de abuso ocorridos entre 1975 e 2004.

Quatro bispos renunciaram e toda a hierarquia da Igreja irlandesa foi convocada ao Vaticano para depor pessoalmente diante do papa Bento 16.

Em meio a isso, um novo escândalo veio à tona neste mês de março com a informação de que o chefe da Igreja Católica Irlandesa, cardeal Sean Brady, estava presente em reuniões realizadas em 1975, quando crianças fizeram um voto de silêncio sobre reclamações contra um padre pedófilo, Brendan Smyth.

Dias depois, em 20 de março, o papa Bento 16 se desculpou a vítimas de abuso sexual por clérigos da Irlanda, mas não mencionou denúncias em outros países.

HOLANDA

Ainda neste mês de março, bispos da Holanda pediram uma investigação independente diante de mais de 200 acusações de abuso sexual de crianças por padres, além de três casos ocorridos entre 1950 e 1970.

Inicialmente, as acusações envolviam a escola do mosteiro de Don Rua, no leste da Holanda.

O escândalo fez surgir dezenas de novas alegações de supostas vítimas em outras instituições do país.

ITÁLIA

Em janeiro de 2009, vários homens deficientes auditivos vieram a público para dizer que foram abusados quando eram crianças no Instituto para Surdos Antonio Provolo, na cidade de Verona, entre 1950 e 1980.

No fim do ano passado, a agência de notícias Associated Press obteve uma declaração por escrito de 67 ex-alunos da escola nomeando 24 padres e outros religiosos a quem acusavam de abuso sexual, pedofilia e castigos físicos.

A diocese de Verona disse que pretendia entrevistar as vítimas, depois de uma solicitação do Vaticano.

ÁUSTRIA

Acusações independentes de abuso sexual infantil por padres surgiram em várias regiões do país.

Após um dos escândalos, cinco padres de um mosteiro em Kremsmuesnter foram suspensos.

Em Salzburgo, o chefe de um mosteiro local renunciou ao cargo após confessar ter abusado de um menino há 40 anos, quando ele era monge.

SUÍÇA

Uma comissão formada pela Conferência dos Bispos da Suíça em 2002 vem investigando acusações de abuso envolvendo religiosos do país.

Este mês, um membro da comissão, o abade Martin Werlen, disse em uma entrevista que cerca de 60 pessoas fizeram acusações sobre casos que teriam ocorrido nos últimos 15 anos.

Um padre do cantão de Thurgau foi preso no último dia 19 sob suspeita de abuso sexual de menores.

Escândalos na Igreja 'decepcionam' cidade-natal de Bento 16

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Traunstein

Traunstein criou atrações turísticas por causa do papa

A recente série de escândalos de abuso sexual de crianças envolvendo membros da Igreja Católica em vários países do mundo e as suspeitas de que o papa Bento 16 acobertou muitos dos casos mexeram com os ânimos em um dos lugares onde o pontífice encontrava mais apoio: sua cidade-natal, Traunstein, na Alemanha.

No vilarejo de cartão-postal, localizado aos pés dos Alpes, na região da Baviera, muitos habitantes falam em "decepção".

"Estávamos orgulhosos de termos um papa alemão", disse uma moradora que passeava pela principal praça da cidade. "Mas este orgulho acabou."

Outra habitante declara: "Os escândalos de abuso foram um choque. As pessoas estão deixando a Igreja".

Traunstein, no entanto, ainda atrai visitantes por causa de seu filho mais ilustre. No centro da cidade, turistas se aglomeram para serem fotografados ao lado do busto do papa Bento 16. E um passeio turístico passa pelos locais associados a Joseph Ratzinger.

Castigos e abusos

A Alemanha é um dos países onde recentemente surgiram acusações contra padres católicos.

Até agora, foram relatados mais de 300 casos de abuso físico e sexual, que datam desde a década de 50 e envolvem clérigos de escolas católicas, mosteiros e até o famoso coral de meninos de Regensburg.

Um desses meninos era o hoje compositor Franz Wittenbrink, que foi membro do coral entre 1958 e 1967. Segundo ele, os padres tinham um sistema de "castigo semi-sexual".

"Eles escreviam em um caderno quantas surras os meninos tomavam. Se chegássemos a 20, tínhamos que ir até eles, geralmente em seus aposentos particulares", contou Wittenbrink à BBC.

"Tínhamos que abaixar a calça e apanhávamos com vara. Três dos padres usavam suas mãos para bater nas nádegas nuas."

Ainda de acordo com Wittenbrink, outros meninos eram abusados sexualmente pelo diretor da escola onde funcionava o coral.

Para ele, Joseph Ratzinger, que foi arcebispo de Munique entre o final da década de 70 e o início dos anos 80, e foi nomeado como o papa Bento 16 em 2005, "sabia do que acontecia".

"Não consigo imaginar que ele não soubesse", disse. "Acho que naquela época, a Igreja tentou varrer tudo para debaixo do tapete. Eles não queriam ninguém falando coisas ruins sobre a Igreja."

Na sexta-feira, o Vaticano negou que o papa tenha acobertado casos de abusos.

Marsans e Aerolineas Argentinas terão que indenizar passageiro por atraso de 35 horas em voo

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A agência de viagens Marsans e as Aerolíneas Argentinas foram condenadas a pagar, por danos morais, indenização de R$ 15 mil a Bruno Reis Couto por atraso de quase 35 horas em voo com destino a Bariloche durante as suas férias de 2008. O passageiro também será indenizado por ter tido a sua bagagem extraviada em Buenos Aires, ficando apenas com a roupa do corpo até a solução do problema. A decisão é do desembargador Ademir Paulo Pimentel, da 13ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, que majorou o valor da indenização de R$ 3,5 mil, arbitrada pelo juízo de primeiro grau, para R$ 15 mil por achá-lo mais proporcional e razoável à gravidade dos fatos.

“O dano extrapatrimonial suportado pelo apelante é evidente, porquanto em um momento que deveria ser de mera descontração e relaxamento foi obrigado a se socorrer do Judiciário para garantir o ressarcimento do prejuízo suportado. E, condenar duas empresas ao pagamento de meros R$ 3,5 mil, em razão do pacote contratado, se aproxima mais de um prêmio, do que de uma sanção pelo ilícito praticado”, afirmou o magistrado em seu voto.

Na decisão consta ainda que, segundo vários relatos, os problemas decorreram de overbooking, uma vez que teriam sido vendidos mais assentos do que os disponíveis. “A gravidade do evento não se deve apenas ao terrível atraso do vôo, mas, sobretudo, pela desorganização e descaso das rés”, frisou.

Bruno Reis Couto comprou um pacote de turismo na Marsans para Bariloche e sua viagem estava marcada para o dia 26 de julho de 2008, com saída às 10h do aeroporto do Rio e chegada às 15h05 do mesmo dia à Argentina. No entanto, o autor da ação somente conseguiu chegar ao destino pretendido com quase 35 horas de atraso, pois o voo foi remarcado várias vezes. Além desse transtorno, Bruno ainda teve a sua bagagem extraviada, uma vez que foi obrigado a fazer uma escala não programada em Buenos Aires, e só a recuperou três horas após pousar no aeroporto de Bariloche.

0265673-70.2008.8.19.0001