segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Enade termina com desmaio, briga e confusão

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Prova terminou às 17h, em todo o país; aluna ficou desacordada em Brasília


A aplicação do Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes) terminou neste domingo (8), às 17h, após confusões e problemas em locais de prova de São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro.

Cerca de 1,1 milhão de alunos eram esperados no exame. O MEC (Ministério da Educação) não soube informar se um balanço dos ausentes será divulgado.

A prova do Enade avaliou calouros e formandos de universidades particulares e federais em todo o país. No total, 22 cursos foram avaliados.

São Paulo

Na capital paulista, cerca de dez alunos pularam o portão do colégio Caetano de Campos, no centro da cidade (unidade Consolação), para tentar fazer o exame. Eles chegaram atrasados e foram barrados por fiscais da prova.

Os alunos queriam garantir que assinariam a lista de presença da prova. Além do portão, eles tiveram que pular mais um muro para chegar na entrada da escola, onde era aplicado o exame.

A jovem Emanuela Vitorino, 23, formada em administração pela Unicsul (Universidade Cruzeiro do Sul), afirma que tomou a medida por ter chegado apenas um minuto atrasada e não concordar com a "má organização" do exame.

- A gente pulou o muro porque ninguém foi nos atender no portão. Cheguei só um minuto atrasada e não pude fazer a prova. Só quero assinar a lista de presença.

Outra que pulou o portão, a estudante Daiene da Silva Santos, 19, do primeiro ano do curso de administração da Uninove, disse que faltava sinalização na porta do colégio indicando que ali seria realizado o Enade.

- A logística do Inep [instituto responsável pela aplicação do Enade] é muito ruim. Por que não faço a prova na minha própria faculdade? Eu moro em Mairiporã (Grande São Paulo) e tive de vir até o centro para fazer o exame, ainda peguei muito trânsito.

A coordenação do Enade no local acionou a Polícia Militar, mas não houve confronto.

O coordenador de aplicação da prova no colégio conversou com os estudantes, mas não autorizou que eles assinassem a lista de presença. A polícia os orientou a fazer um boletim de ocorrência.

O MEC (Ministério da Educação) considera o problema em São Paulo "algo menor" e que não prejudicou a aplicação da prova. Segundo a assessoria de imprensa, a coordenação "soube lidar com o problema" na escola.

Brasília

Nos colégios La Salle e Instituto Fátima, em Brasília, o movimento nas portarias de saída já era grande às 13h30, meia hora após o início do Enade.

Vários alunos afirmaram ter apenas assinado o nome, enquanto outros disseram que responderam todas as 40 questões da prova em 30 minutos, como Yuri Carneiro, estudante de direito da UDF (Universidade do Distrito Federal).

- É o Enade. Se fosse um vestibular, eu daria mais atenção. Mas o exame estava muito fácil.

AO menos uma candidata passou mal após encontrar fechados os portões da escola onde faria o Enade, em Brasília. Viviane Rodrigues de Lima, do quarto ano de direito na UDF, se atrasou por um problema no cartão de inscrições.

Em seu cartão constava o nome "escola franciscana", que confundiu muitos candidatos que deveriam fazer a prova no Instituto Fátima.

Ela, que veio de Valparaíso (cidade-satélite de Brasília) para fazer a prova, ficou cerca de 30 minutos desacordada em frente ao portão da escola.

Os fiscais do Enade no local não a ajudaram. Ela foi socorrida por estudantes que ficaram de fora da prova e por bombeiros, que foram acionados pelos próprios alunos.

Outros alunos enfrentaram problema semelhante - seus cartões também traziam o nome "escola franciscana" no lugar de Instituto Fátima.

Maria Arlandes Vieira, que faz turismo na faculdade Projeção, se confundiu e acabou indo fazer prova no La Salles, enquanto deveria ter ido ao Instituto Fátima para fazer o Enade.

O erro do nome no cartão a prejudicou, diz ela.

Prova que vazou

Um caderno de provas do Enade foi entregue para alunos da UnB (Universidade de Brasília) cerca de meia hora após o início do teste. Um dos candidatos assinou a lista e conseguiu sair com o exame, segundo integrantes do DCE (Diretório Central dos Estudantes da UnB).

Os diretores do DCE aproveitaram o caderno para fazer um protesto inusitado: usaram um megafone para ler as questões do Enade próximo ao Centro de Ensino Fundamental 07, na Ceilândia, cidade-satélite de Brasília.

O MEC (Ministério da Educação) nega que a prova tenha sido vazada. Segundo a assessoria de imprensa da pasta, trata-se de um questionário socioeconômico.

Rio de Janeiro

A reclamação dos cariocas, neste domingo (8), foi fazer a prova do Enade durante um dia muito quente.

No colégio estadual André Maurois (zona sul do Rio), onde 445 pessoas eram aguardadas para fazer o exame, os candidatos só comentavam do calor de quase 40 graus que fez na cidade.

Para Kayo Oliveira, estudante do oitavo período de publicidade da PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio), “o dia ensolarado era mais incômodo” do que ter que ficar quatro horas fazendo a prova.

- Não ligo de perder o dia nisso, mas eu trabalho a semana inteira e no fim de semana que faz sol, calor, eu estou aqui. Isso incomoda. Queria curtir a praia.

Cerca de 15 alunos ficaram do lado de fora no colégio, porque chegaram atrasados. O portão da escola, onde não havia fiscais para dar informações, foi fechado cinco minutos após o horário de início da prova.

André Mielnik, 25 anos, formado em cinema pela PUC-Rio, mostrou indignação ao notar o portão trancado.

Ele balançou a grade e xingou os organizadores da prova.

- Eu dormi até tarde, mas a gente faz a prova, por favor. Qual é a validade de te deixarem de fora? Agora, sem o diploma, não posso tentar um curso de mestrado no ano que vem.

Ingrid Tavares, do R7; Josie Jeronimo, do R7 em Brasília; Daniella Machado, do R7 no Rio

Militares mexicanos encontram túnel na fronteira com os Estados Unidos

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Quinze pessoas foram presas na operação militar; túnel estava pela metade

Daniel Conejo/11.nov.2009/AFP

Foto por Daniel Conejo/11.nov.2009/AFP

Túnel encontrado no México estava a poucos metros da fronteira com os Estados Unidos

Militares mexicanos descobriram um túnel subterrâneo em construção que cruzaria a cidade de Tijuana (no noroeste do país) até San Diego, na Califórnia (sul dos Estados Unidos). Na operação militar, 15 pessoas foram presas. Também foram apreendidos 125 kg de maconha e 23 automóveis, informou neste domingo o exército do México.

"O túnel foi encontrado em uma casa em construção, tem 122 metros de comprimento, 1,85 m de altura e 1,10 m de largura, e está a cerca de 10 metros de profundidade", disse a segunda zona militar da região em um comunicado.

O túnel, que tem sistema de iluminação, eletricidade, oxigenação e tinha 49% de seu trajeto concluído, segundo os militares, está a apenas 143,7 metros de chegar à fronteira que divide o México dos Estados Unidos.

Seis das 15 pessoas detidas estavam dentro do túnel, e os outros - sete homens e duas mulheres - foram localizados durante a investigação iniciada depois da descoberta. Eles trabalham em uma loja que fornecia material de construção para a obra.

Vários túneis deste tipo já foram descobertos em Tijuana, no estado da Baixa Califórnia. Eles são utilizados por contrabandistas, traficantes de drogas e imigrantes ilegais.

da France Presse

Ministério da Educação quer explicação da Uniban sobre expulsão de aluna que usou vestido curto

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Secretária do Ensino Superior diz que universidade é um local para convivência e formação de valores


O MEC (Ministério da Educação) vai pedir explicações à Uniban (Universidade Bandeirante) sobre a expulsão da estudante Geisy Arruda, ameaçada de agressão por colegas depois de ir à faculdade com um vestido curto.

A secretária de Ensino Superior do MEC, Maria Paula Dallari, que a instituição será notificada oficialmente, dentro de um processo de supervisão especial que pode ser aberto a qualquer momento quando há denúncias.

- Uma universidade tem obrigação educacional que precisa estar presente em todos os momentos. É um local não apenas de convivência, mas de formação de valores. Esse caso me parece ter um forte caráter de gênero. O MEC tem o dever de pedir explicações. Seria a mesma coisa em um caso de racismo.

A secretária ressalta que todas as informações que teve até agora vieram das reportagens de jornais e da nota publicitária da Uniban publicada neste domingo (8) para justificar a expulsão de Geisy.

Por isso, Dallari não pode adiantar que medidas poderiam ser tomadas. Isso será feito depois de ouvir a instituição de ensino superior.




Uniban anuncia expulsão de aluna que usou vestido curto

A estudante de turismo Geisy Arruda, 20, foi expulsa da Uniban (Universidade Bandeirante), após o episódio em que outros alunos da universidade a hostilizaram por usar um vestido curto demais, em 22 de outubro.

A instituição de ensino vai divulgar uma nota publicitária no domingo (8) em jornais em que argumenta que a estudante usava trajes inadequados, indicando “uma postura incompatível com o ambiente da universidade e [que], apesar de alertada, não modificou seu comportamento”.

Entrevistado pelo R7, o advogado da reitoria da Uniban, Décio Lencioni Machado, afirma que a estudante tinha atitudes provocativas há um certo tempo e que foi alertada mais de uma vez por funcionários e colegas que sua postura era inadequada.

- Nesse dia [22 de outubro], temos relatos de que ela levantou o vestido e permitiu que as pessoas vissem suas partes íntimas, se olhassem por trás. Ela circulou pelos corredores assim, chegou a entrar em sala de aula desse jeito.

A expulsão não ocorreu por causa do vestido curto, mas devido a essas atitudes insinuantes, afirma o advogado. Ele diz que a decisão saiu na noite de sexta-feira (6).

A estudante nega ter levantado o vestido e diz que não foi comunicada pela universidade da expulsão.
Geisy diz ainda que vai voltar para a faculdade na segunda-feira (9), mesmo que tenha sido desligada. Ela considerou a decisão "um absurdo" e disse que vai processar a universidade:

- É mais um motivo para eu processar a Uniban. Eles não enviaram nenhuma carta, nem para o meu advogado, estou sabendo disso pela imprensa.

Os outros estudantes envolvidos na agressão a Geisy serão suspensos, diz o texto da nota.

Um dos prédios mais altos do mundo vai virar ‘verde’

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Taipei 101

Edifício deve se tornar arranha-céu ecológico mais alto do mundo

Um dos edifícios mais altos do mundo – o Taipei 101, com 509 metros de altura e 101 andares – deve passar por uma extensa reforma no valor de US$ 1,8 milhão (cerca de R$ 3,09 mi), para se tornar o arranha céu ecológico mais alto do mundo.

A administração do prédio, um marco de Taiwan, espera receber um certificado do programa americano Liderança em Design de Energia e Meio Ambiente (LEED, na sigla em inglês), o maior programa de certificados deste tipo e também o que mais cresce.

A corporação financeira de Taiwan, proprietária do prédio, anunciou o investimento nos próximos 18 meses para cortar o uso de energia e de água e diminuir as emissões de carbono em até 10%.

Para isso, deverão ser instalados novos e mais eficientes sistemas de energia e encanamento. A administração também pretende encorajar as 10 mil pessoas que trabalham no prédio a reciclar, manter o ar-condicionado a uma temperatura de 26 graus e usar o transporte público.

A administração também vai pedir aos ocupantes que comprem comida nos arredores, para cortar a emissão de carbono das entregas de refeições.

A vice-presidente assistente do Taipei 101, Kathy Yang, disse que o projeto deve gerar uma economia de US$ 615 mil (cerca de R$ 1,06 milhão) por ano e atrair como novos locatários empresas que desejam ser ambientalmente responsáveis.

“É realmente importante para a indústria da construção olhar para a questão ambiental, levá-la a sério”, disse Yang. “Então, queremos mostrar para o mundo que mesmo um edifício alto como o nosso pode começar a fazer isso, que podemos fazer o melhor para nos tornar um edifício ‘verde’.”

Como se fossem cidades verticais, os arranha-céus do mundo estão entre alguns dos maiores poluidores em zonas urbanas.

Construído em 2004, o Taipei 101 já foi projetado com algumas características de respeito ao meio-ambiente. O prédio coleta água da chuva, que é usada nas descargas e para regar seu jardim, e suas janelas, de duas folhas de vidro, ajudam a evitar que o calor do exterior entre no edifício.

Há cerca de 3.500 prédios em todo o mundo com certificado de ambientalmente responsável, mas a administração do Taipei 101 espera que ele seja o primeiro arranha-céu a obter o documento.