segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Anestesista investigada por aborto em MS é achada morta

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A médica anestesista Neide Motta Machado, investigada há dois anos pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul por possuir uma clínica que faria aborto, em Campo Grande, foi achada morta neste domingo na saída da cidade. Ela estava dentro do carro e, em uma das mãos, havia uma seringa com substância ainda não identificada. A médica ia enfrentar júri popular por 25 abortos.

O caso de Neide Motta ficou conhecido em abril de 2007, quando uma equipe do Jornal da Globo exibiu uma reportagem que apontava a prática de aborto na clínica conhecida como de Planejamento Familiar, propriedade da médica, no centro de Campo Grande. Câmeras ocultas foram usadas pelos repórteres.

A polícia local e o MPE abriram investigação contra a médica. A Justiça determinou a prisão dela, mas a anestesista ficou detida apenas um mês. De acordo com o MPE, ao menos 9,8 mil mulheres foram atendidas na clínica da médica nas últimas duas décadas. A Polícia Civil quis ouvir todas as pacientes, mas, por determinação judicial, a solicitação foi negada e as mulheres, inocentadas.

Ainda segundo a apuração do MPE, a anestesista cobrava até R$ 5 mil por aborto, e no sistema de cadastro da clínica havia históricos de pacientes de 14 anos de idade.

Em maio deste ano, o Tribunal de Justiça de MS negou um recurso movido pela médica e manteve a denúncia contra ela e mais cinco ex-funcionárias pela prática de 25 abortos. A decisão dizia que ela enfrentaria júri popular.

O advogado Rui Falcão, defensor da médica, disse que nos últimos dias sua cliente andava "triste, abalada e deprimida". Neide teve o registro de médica cassado e, segundo Falcão, ela vivia com os ganhos do aluguel da clínica e de "bens" que possui em Minas Gerais.

O corpo da médica foi achado dentro de seu carro e levado para o Instituto Médico Legal (IML). Até por volta das 19h30, o motivo da morte da anestesista não havia sido divulgado pelos médicos legistas.


Terra

Para conter poluição, australianos tentam criar ovelha que arrota menos

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Austrália tem 8 milhões de ovelhas

Cientistas na Austrália estão tentando criar uma espécie de ovelha que solte menos arrotos, em um esforço para combater as mudanças climáticas.

Cerca de 10% das emissões de gases poluentes da Austrália provêm do metano produzido pela população de 8 milhões de ovelhas do país, além do gado.

Os especialistas do Sheep Cooperative Research Council estão tentando descobrir se existe alguma influência genética na produção de arrotos pelas ovelhas, observando sua ruminação e sua digestão.

Se provarem que genes estão por trás de uma digestão mais "ecológica", eles esperam obter uma nova espécie de animal mais "amigo do meio ambiente".

Origem genética

Até o momento, os cientistas testaram 200 animais e descobriram que metade arrota mais do que a média, enquanto a outra metade produz uma quantidade de metano consideravelmente menor.

Segundo eles, a explicação para isso é simples: as ovelhas que comem mais arrotam mais.

Mas os especialistas acreditam que outros fatores também influenciam na ruminação e podem apontar para uma origem genética.

O gás metano proveniente do processo digestivo tem uma capacidade de provocar o aquecimento ambiental 17 vezes maior que o gás carbônico.

Novas reduções de IPI provocarão impacto de R$ 2,32 bilhões nos cofres públicos

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Desse total, R$ 1,77 bilhão corresponde ao que o governo deixará de arrecadar em 2010, caso não haja novas desonerações

Com a desoneração do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de móveis anunciada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, o governo deixará de arrecadar R$ 2,2 bilhões.

Se também for levada em conta a diminuição de impostos para os produtos da linha branca (fogões, geladeiras, máquinas de lavar e tanquinhos), o impacto chega a R$ 2,32 bilhões nos próximos sete meses. Desse total, R$ 1,77 bilhão corresponde ao que o governo deixará de arrecadar em 2010, caso não haja novas desonerações.

As novas desonerações ampliaram a renúncia fiscal para R$ 25,66 bilhões neste ano. Antes do anúncio das novas medidas, o impacto estava estimado em R$ 25,2 bilhões. Se forem consideradas apenas as medidas diretamente relacionadas à crise econômica, as reduções de impostos neste ano atingem R$ 15,86 bilhões.

Na última terça-feira (24), o governo prorrogou a redução de IPI para os veículos bicombustíveis e movidos somente a álcool até 31 de março de 2010, além de estender a alíquota zero para os caminhões até 30 de junho do próximo ano. De acordo com o Ministério da Fazenda, essa medida tem impacto fiscal de R$ 1,3 bilhão.

Na quarta-feira (25), Mantega anunciou novas desonerações. Os móveis e painéis de madeira tiveram o IPI zerado até 31 de março e diversos tipos de materiais de construção tiveram a redução prorrogada até 30 de junho. As duas medidas têm impacto combinado de R$ 903 milhões – R$ 686 milhões para a construção civil e R$ 217 milhões para o setor moveleiro.

No final de outubro, a equipe econômica havia anunciado outra desoneração. Os produtos do IPI da linha branca tiveram as alíquotas reduzidas prorrogadas até 31 de janeiro. O benefício, no entanto, só vale para os eletrodomésticos que consomem menos energia e recebem selo verde. O governo estimou o impacto em R$ 132,1 milhões.

Comércio eletrônico cresce 30% em 2009 ajudado pela crise

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Internet facilita pesquisa e comparação de preços

Faturamento das compras pela internet deve chegar a R$ 10,8 bi neste ano

O comércio eletrônico vai crescer 30% em 2009, de acordo com previsão da camara e-net, entidade especializada no setor. Em faturamento as compras pela internet devem alcançar R$ 10,8 bilhões neste ano. As informações excluem os segmentos de leilão online (o site e-bay, por exemplo), passagens aéreas e automóveis.

O diretor-executivo da camara e-net, Gerson Rolim, disse que a crise afetou o setor de maneira positiva porque o cidadão valoriza mais o dinheiro quando o país passa por turbulências.

- Só a internet apresenta ferramenta de comparação instantânea. Só ali você tem certeza de que está pagando o melhor preço.

Nos últimos dez anos o e-commerce cresceu em média 45% ao ano. Nos últimos anos o ritmo diminuiu: em 2008 a expansão ficou em 25% na comparação com 2007. Em 2009 o setor vai crescer 30% sobre o ano passado.

Rolim explica que o crescimento menor não implica redução do setor, mas é uma “acomodação”.

- Crescíamos sobre números pequenos, e agora crescemos sobre bilhões.

A “quebra de paradigmas” é citada pelo diretor como uma das razões da consistência do comércio eletrônico.

Um bom exemplo dessa revolução é um apartamento de R$ 500 mil que a construtora e incorporadora Tecnisa vendeu em junho deste ano, através do Twitter. A promoção foi voltada para os 500 seguidores da companhia no miniblog.

A proposta oferecia R$ 2.000 em vale-compras, além de armários e cozinhas planejados, somente para as compras geradas através Twitter. A oferta levou o consumidor a efetivar a compra de uma unidade de três suítes no Alto da Lapa, em São Paulo.

Segundo a Tecnisa, “provavelmente este é o produto mais caro vendido pelo Twitter no mundo” e a primeira venda de uma empresa “do segmento da construção civil, utilizando redes sociais”.

Espaço

Rolim acredita que o e-commerce tem muito espaço para crescer, e cita pesquisas que mostram a existência de 70 milhões de internautas e de 30 milhões de usuários de internet banking (serviços bancários como transferências, pagamentos e investimentos online) no Brasil. Ainda assim, o diretor explica que apenas 17 milhões são consumidores.

A conclusão fica fácil:

- Se pensarmos que quem usa internet banking pode vir a comprar em sites [já que essas pessoas têm bastante intimidade com os serviços online] vamos passar a milhões de consumidores a mais.