sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Cientistas querem exumar Da Vinci para provar semelhança com Mona Lisa

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Monalisa de Da Vinci

Os traços de Monalisa seriam os mesmos detalhes do rosto de Da Vinci

Um grupo de pesquisadores italianos quer exumar o corpo de Leonardo da Vinci para reconstruir o rosto do artista e confrontar a teoria de que o famoso quadro Mona Lisa seria um autorretrato.

A teoria ganhou força com sobreposições feitas de um autorretrato oficial de Leonardo com o rosto de Mona Lisa no quadro. Os estudos apontaram para diversos pontos e traços em comum entre as duas faces.

Os cientistas do Comitê Nacional para a Valorização dos Bens Históricos, Culturais e Ambientais da Itália pretendem exumar a ossada do pintor e, a partir da face, reconstruir sua cabeça.

“Somente a partir deles será possível reconstruir o rosto de Leonardo e confrontá-lo com o autorretrato conhecido dele e com a Mona Lisa”, disse à BBC Brasil o antropólogo da Universidade de Bolonha Giorgio Gruppioni, um dos responsáveis pela pesquisa.

A identidade da pessoa retratada no famoso quadro é tida como um dos grandes mistérios do mundo das artes.

As teorias mais comuns são as de que La Gioconda seria a mãe de Leonardo ou a mulher de um mercador de Florença.

Restos mortais

Mas os cientistas terão que enfrentar vários desafios para recriar o rosto de Da Vinci. O primeiro será encontrar os restos mortais do artista.

Leonardo da Vinci morreu em 1519, aos 67 anos, e teria sido enterrado no castelo de Amboise, no vale do Loire, na França. Os proprietários do imóvel devem abrir suas portas para os estudos nos próximos meses.

Como o local foi alvo de saques ao longo dos séculos, não há certeza de que a sepultura seja mesmo a de Leonardo da Vinci. Justamente por isso, os herdeiros do castelo nunca incluíram a informação nos panfletos turísticos locais.

“Ali está escrito que, talvez, ele esteja enterrado ali. A ideia é demonstrar que aqueles ossos, existindo, sejam de Leonardo. Temos que retirar o material e analisá-lo”, afirmou Gruppioni.

Retrato de Leonardo da Vinci

O corpo do artista será exumado para que seu rosto seja "reconstruído"

O presidente do Comitê, Silvano Vincenti, iniciou o projeto Leonardo quatro anos atrás. “As negociações continuam e esperamos que tudo dê certo. Temos tecnologia para avaliar sem fazer maiores escavações. Usaremos incursões com micro-sondas, uma câmera para filmar o interior da tumba e exames de imagens tridimensionais para verificar o estado da tumba e nos certificarmos da presença de ossos”, afirmou ele à BBC Brasil.

A etapa seguinte seria comprovar se os ossos, caso sejam mesmo encontrados, são de Da Vinci. Para isso, os pesquisadores estão na busca por descendentes vivos, o que é pouco provável, ou por familiares sepultados nos cemitérios da Itália, com maior probabilidade nos arredores de Bolonha. Essa é a parte mais complexa da pesquisa. “Ao extrair o DNA dos ossos teremos que compará-lo com o de alguém que tenha tido um grau de parentesco com Leonardo da Vinci”, explica Gruppioni.

Um ponto de partida já foi identificado mas ainda precisa ser melhor avaliado. “Encontramos um pintor, que seria um descendente de linha paterna de Leonardo da Vinci, enterrado em Bolonha, na virada dos séculos 15 e 16, mas temos que aprofundar a pesquisa”, disse Vincenti.

Crânio

O último passo será a reconstrução do crânio, que poderá estar fragmentado. A equipe usará sistemas virtuais e métodos de morfologia para recompor as partes ausentes. “Podemos hoje dar respostas que dez anos atrás não seriam imagináveis”, diz Vincenti.

A partir dos crânio, a face será restaurada em um computador e depois modelada em plástico. “O rosto é modelado segundo um protocolo de antropologia forense que requer a mão artística para dar forma às partes moles, de acordo com critérios anatômicos e científicos que não deixam espaço para a livre interpretação”, explica Gruppioni.

No caso da relação entre Mona Lisa e Da Vinci, Gruppioni se diz cético. “Não tenho elementos para afirmar que Leonardo, quando pintou a Mona Lisa, tenha decidido incluir traços seus. Acho pouco plausível, mas devemos investigar”, disse ele, mais preocupado em desvendar o rosto de Leonardo da Vinci do que em constatar se ele tinha traços efeminados ou se teria sido homossexual.

“Acho que teremos fila para visitar a tumba de Leonardo caso a pesquisa chegue ao final com sucesso e desvende mais este mistério”, concluiu.

Susan Boyle diz estar bem após invasão de sua casa

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Susan Boyle em frente de casa em Blackburn

Apesar do sucesso, Boyle ainda mora na casa onde foi criada

A cantora britânica Susan Boyle disse nesta quarta-feira que “está bem” após sua casa, na cidade escocesa de Blackburn, ter sido invadida na noite de terça-feira, de acordo com informações da polícia local.

"Está tudo nas mãos da polícia agora", afirmou a cantora na porta de casa, sorrindo e acenando para o público.

Um porta-voz da polícia escocesa informou que eles foram chamados à casa da cantora devido a informações de problemas na região.

Os detetives afirmam que o invasor é um jovem branco, que tem entre 15 e 16 anos de idade, e pouco mais de 1,6 m de altura, usando jaqueta e calça escura.

"A proprietária estava muito angustiada por ter encontrado alguém dentro da casa dela e queremos conversar com qualquer um que possa nos ajudar em nossas investigações", disse o porta-voz da polícia.

Logo depois da fuga do invasor, um adolescente de 16 anos foi preso, interrogado e liberado em seguida.

Caridade

Boyle teria acabado de voltar de Londres, onde gravou juntamente com outros artistas uma música cuja renda das vendas será revertida para as vítimas do terremoto no Haiti.

Ao chegar a sua casa em Blackburn, ela encontrou o invasor.

Apesar de seu sucesso mundial, Boyle ainda mora na casa simples onde cresceu.

A cantora foi finalista do programa Britain’s Got Talent, e um vídeo de uma de suas apresentações no programa foi o mais assistido em 2009 no site YouTube.

A surpreendente interpretação da cantora escocesa de I Dreamed a Dream foi vista por mais de 120 milhões de usuários em todo o mundo.

Ela não venceu o programa, mas, desde sua participação, estabeleceu uma carreira de cantora e chegou a gravar um álbum, cujo título é o mesmo da música que a lançou para o sucesso no YouTube.

Análise: Como 'Avatar' afundou 'Titanic'

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Cena de 'Avatar'

O filme foi considerado por alguns como 'antiamericano'

O navio Titanic afundou em 1912. Agora, o campeão de bilheteria de cinema que ele inspirou também se foi.

Desta vez, contudo, não foi por causa de um iceberg, mas um filme de 3D sobre extraterrestres de pele azul que defendem o seu planeta de invasores humanos.

No final da década passada, o épico de James Cameron, Titanic, tornou-se o filme de maior bilheteria já visto, com arrecadação global de US$ 1,843 bilhão.

Mas o recorde foi superado graças a Avatar, também dirigido por Cameron, e que esta semana sagrou-se o maior campeão de bilheteria de todos os tempos, com uma arrecadação mundial de US$ 1,859 bilhão.

Surpresa

É um feito surpreendente para o canadense de 55 anos, e um que dificilmente ele deve repetir na vida.

E este também é um triunfo para o estúdio cinematográfico 20th Century Fox, e a sua proprietária, NewsCorp, que financiaram este filme ousado - uma estória de ficção científica que teve boa parte feita através de imagens geradas por computador.

Avatar é um fenômeno que identificou tendências dos tempos atuais de uma maneira que poucos poderiam ter previsto.

E conseguiu isso apesar das poucas estrelas e sem elogios unânimes entre os críticos. Vários não se impressionaram com a trama e nem com o diálogo.

'Antiamericano'

O filme também foi criticado por blogueiros - alguns disseram que ele tem um sub-texto antiamericano e defende os interesses de ambientalistas.

Teve quem dissesse que o filme é racista por apresentar um herói branco que dá ajuda a uma população indígena - boa parte retratada por atores afro-americanos ou indígenas americanos.

Ninguém iria considerar Avatar uma obra de alto valor artístico, e tampouco ver Titanic como uma obra-prima moderna.

Mesmo assim, ele tem a seu favor efeitos visuais de última geração que transportam o espectador para um mundo extraterrestre espetacularmente elaborado.

Avatar foi o primeiro filme de Cameron desde Titanic, que levou onze Oscars em 1998, e isso já iria garantir um lançamento estrondoso. Além disso, o filme chegou às telas na hora certa, acompanhado de marketing agressivo e de uma iniciativa da indústria cinematográfica para reavivar a moda de filmes em 3D.

Competição

Se Avatar tivesse sido lançado há seis meses, teria enfrentado uma competição muito maior por público e salas exibidoras.

Como veio às telas em dezembro, o filme ficou um mês sem um competidor à altura.

Os rivais da Fox podem ter evitado, deliberadamente, lançar outro produto ao mesmo tempo de Avatar, cientes da expectativa que cercaria este filme tão promovido.

Notícias não confirmadas sugerem que a Fox gastou até US$ 150 milhões para promover um filme que, segundo alguns, custou US$ 300 milhões.

Talvez o fator-chave para o sucesso de Avatar tenha sidoa forma como ele tirou proveito do formato 3D.

No ano passado, filmes como Monstros Vs Alienígenas e A Era do Gelo-3 mostraram que os filmes 3D eram comercialmente viáveis.

Avatar conseguiu capitalizar no sucesso deles e nos preços mais altos de ingressos de cinemas que apresentavam o filme em 3D.

De acordo com a empresa de análise da área de entretenimento, Nielsen EDI, as exibições do filme em "2D" representam apenas 15% da bilheteria de Avatar - o restante veio de exibições em 3D ou em telas IMAX 3D.

Estes dados são um bom prenúncio para as futuras estreias de Alice, no País das Maravilhas, de Tim Burton, Toy Story-3 e Tron: Legacy.

Eles também encorajam mais cinemas a instalarem equipamento digital necessário para a exibição de filmes em 3D.

E como fica a situação de Cameron? Agora ele fica ombro a ombro com o diretor da série O Senhor dos Anéis, Peter Jackson, e de Piratas do Caribe, Gore Verbinski. Eles tiveram dois filmes entre os 10 maiores campeões de bilheteria.

Supermercado britânico proíbe clientes de pijama

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O sinal colocado na porta do Tesco em Cardiff

Cartaz pede que clientes não usem pijamas e usem sapatos

Um supermercado na cidade de Cardiff, no País de Gales (sudoeste da Grã-Bretanha), colocou cartazes na sua entrada pedindo a seus clientes que não entrem na loja vestindo pijamas.

"Para evitar ofensa ou constrangimento para outras pessoas, pedimos que nossos clientes se vistam de forma apropriada quando visitarem nossa loja (calçados devem ser usados todo o tempo e nenhuma roupa de dormir é permitida)", informam os cartazes.

Um porta-voz do supermercado, da rede Tesco, afirmou que o supermercado não tem regras rigorosas para as roupas de seus clientes, mas não quer pessoas andando por seus corredores usando pijamas porque isto poderia ofender os outros clientes.

"Não somos uma casa noturna com um código de vestimenta severo, e, claro, jeans e tênis são bem-vindos. No entanto, pedimos que nossos clientes não comprem usando pijamas ou camisolas. Para não causar ofensa ou constrangimento a outros", afirmou.

Um porta-voz do supermercado afirmou que não tem conhecimento de um pedido como este em qualquer outra loja da rede Tesco, uma das maiores da Grã-Bretanha.

Elaine Carmody

Elaine Carmody queria comprar cigarros mas teve entrada proibida

'Ridículo'

Elaine Carmody, 24, dona de casa e mãe de dois filhos, descreveu a proibição como "ridícula" e "patética".

Ela afirma que ia várias vezes fazer compras no supermercado usando pijama até que, há cerca de uma semana, ela teve sua entrada proibida quando foi até o local comprar cigarros.

Carmody afirma que apenas iria permanecer rapidamente na loja e acrescentou que, se fosse fazer a compra completa, então, “obviamente”, teria que se vestir de forma diferente.

"Eles (o supermercado) deveriam estar felizes, pois você vai gastar seu dinheiro na loja".

"Eles vão perder clientes, as pessoas vão para outras lojas comprar coisas onde podem entrar de pijama", acrescentou.