O número de pessoas que tiveram seus nomes incluídos no cadastro do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) em março deste ano subiu 22,61% na comparação com fevereiro. De acordo com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), a alta expressiva de março registra inadimplência dos consumidores com faturas não pagas das compras de Natal em função dos compromissos típicos do início do ano, como IPTU e IPVA. A CNDL também atribui a alta aos gastos com viagens durante o Carnaval.
Na comparação com março de 2010, março deste ano registrou alta na inadimplência de 4,32%. A quantidade de pessoas com nome incluído no SPC também aumentou 1,81% nos três primeiros meses do ano, na comparação com o mesmo período do ano passado.
O presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, mostrou preocupação com os números e com as medidas para restrição do crédito anunciadas pelo governo desde o final do governo Lula. Na noite de ontem, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou aumento do prazo para isenção de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em empréstimos no exterior.
"Acendeu o sinal amarelo, o perfil do consumidor, que era todo positivo, com aumento de venda a prazo, queda da inadimplência e melhoria do crédito, já teve números ruins em março, os números não são bons. Achamos que a inadimplência vai aumentar. O que deve acontecer agora, com base nesses números, é que o varejo vai se tornar mais exigente para conceder crédito", disse.
Para Roque Pellizzaro, as medidas de restrição do crédito não surtem o efeito desejado pelo governo, que é reduzir a pressão inflacionária, já que os setores mais inflacionados não são atingidos pelas medidas. "Todas as medidas estão direcionadas a restringir o crédito, mas onde está crescendo a pressão inflacionaria é em itens que independem do crédito: alimentação, habitação e transporte. Você não compra bife a prazo. Restringe o crédito, aumenta os juros, mas os setores afetos ao crédito já foram parados, vão ser mais parados ainda", avaliou.
Para o presidente da CNDL, a excessiva valorização do real, que preocupa o governo, é uma condição favorável ao mercado interno, pelo menos no curto prazo. "É uma medida necessária no curto prazo, ajuda a segurar a inflação porque a vinda de produtos mais baratos para dentro do mercado brasileiro pode suprir a diferença entre demanda e oferta, que há agora. Por outro lado, é muito ruim, a médio prazo afeta o processo de competitividade externa", afirmou.
Consultas
As consultas dos lojistas ao SPC para compras a prazo e pagamentos em cheque subiu 6,87% em março, na comparação com fevereiro. A CNDL atribui o aumento de consultas ao aquecimento do mercado, resultado do aumento do valor do salário mínimo para R$ 545, o que, segundo a entidade, deve injetar R$ 36,7 bilhões na economia. A confederação também atribui a alta nas consultas às liquidações nas lojas típicas da troca de estação.
O indicador, no entanto, sofreu queda na comparação entre março de 2010 e 2011 de 5,17%. Nos três primeiros meses deste ano, o número de consultas ao SPC subiu 1,43% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Na comparação com março de 2010, março deste ano registrou alta na inadimplência de 4,32%. A quantidade de pessoas com nome incluído no SPC também aumentou 1,81% nos três primeiros meses do ano, na comparação com o mesmo período do ano passado.
O presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, mostrou preocupação com os números e com as medidas para restrição do crédito anunciadas pelo governo desde o final do governo Lula. Na noite de ontem, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou aumento do prazo para isenção de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em empréstimos no exterior.
"Acendeu o sinal amarelo, o perfil do consumidor, que era todo positivo, com aumento de venda a prazo, queda da inadimplência e melhoria do crédito, já teve números ruins em março, os números não são bons. Achamos que a inadimplência vai aumentar. O que deve acontecer agora, com base nesses números, é que o varejo vai se tornar mais exigente para conceder crédito", disse.
Para Roque Pellizzaro, as medidas de restrição do crédito não surtem o efeito desejado pelo governo, que é reduzir a pressão inflacionária, já que os setores mais inflacionados não são atingidos pelas medidas. "Todas as medidas estão direcionadas a restringir o crédito, mas onde está crescendo a pressão inflacionaria é em itens que independem do crédito: alimentação, habitação e transporte. Você não compra bife a prazo. Restringe o crédito, aumenta os juros, mas os setores afetos ao crédito já foram parados, vão ser mais parados ainda", avaliou.
Para o presidente da CNDL, a excessiva valorização do real, que preocupa o governo, é uma condição favorável ao mercado interno, pelo menos no curto prazo. "É uma medida necessária no curto prazo, ajuda a segurar a inflação porque a vinda de produtos mais baratos para dentro do mercado brasileiro pode suprir a diferença entre demanda e oferta, que há agora. Por outro lado, é muito ruim, a médio prazo afeta o processo de competitividade externa", afirmou.
Consultas
As consultas dos lojistas ao SPC para compras a prazo e pagamentos em cheque subiu 6,87% em março, na comparação com fevereiro. A CNDL atribui o aumento de consultas ao aquecimento do mercado, resultado do aumento do valor do salário mínimo para R$ 545, o que, segundo a entidade, deve injetar R$ 36,7 bilhões na economia. A confederação também atribui a alta nas consultas às liquidações nas lojas típicas da troca de estação.
O indicador, no entanto, sofreu queda na comparação entre março de 2010 e 2011 de 5,17%. Nos três primeiros meses deste ano, o número de consultas ao SPC subiu 1,43% na comparação com o mesmo período do ano passado.
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