terça-feira, 3 de agosto de 2010

Sindicato: Gol teve tempo de reorganizar escalas e evitar atrasos.

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Segundo representantes do Sindicato Nacional dos Aeronautas, os atrasos ocorridos nos voos da companhia aérea Gol são reflexo de um acordo firmado entre a categoria e a vice-presidência de Recursos Humanos da empresa, para amenizar a carga horária dos tripulantes estabelecida pela companhia. De acordo com o diretor de Segurança de Voo da entidade, Carlos Camacho, a reunião ocorreu há cerca de 10 dias e, por isso, "a empresa teria tempo hábil para reorganizar o protocolo Cross Link (sistema de escalas de seus funcionários)".
Nesta segunda-feira, os principais aeroportos brasileiros registraram 585 (26%) atrasos nos 2.360 voos previstos da meia-noite até as 23h, segundo boletim divulgado pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Do total de voos atrasados, 430 eram da Gol, o que representa 52,6% dos voos fora do horário.
Em nota, a Gol informou que os atrasos desta segunda-feira são, ainda, um reflexo do "intenso tráfego aéreo na sua malha", registrado na última sexta-feira, quando a empresa precisou transferir algumas de suas partidas programadas do aeroporto de Congonhas, que fecha às 23h, para o Aeroporto Internacional de Guarulhos.
"Na ocasião, algumas tripulações atingiram o limite de horas de jornada de trabalho previsto na regulamentação da profissão e foram impossibilitadas de seguir viagem, gerando um efeito em cadeia. A situação, desenvolvida num fim de semana de pico de movimento, com retorno de férias escolares, ocorreu num momento em que a empresa finalizava a implementação de um novo sistema de processamento das escalas dos pilotos e comissários", diz trecho do comunicado divulgado pela empresa.
Pilotos da Gol que desembarcavam em Congonhas demonstraram insatisfação com a situação. Em entrevista ao Terra, os funcionários, que não quiseram se identificar, afirmaram que a categoria estuda entrar em greve nos próximos dias para reivindicar melhores condições de trabalho. Segundo os pilotos, a proposta de paralisação foi uma iniciativa dos co-pilotos, que pediam aumento salarial. Após os problemas verificados no último fim de semana, entretanto, a adesão à greve deve se estender aos comandantes.
De acordo com o sindicato, um movimento anônimo de funcionários da Gol organiza uma paralisação para o dia 13 de agosto, segundo informações publicadas em um blog que seria de trabalhadores da companhia aérea. Segundo Camacho, a iniciativa foi motivada pela insatisfação e constrangimentos internos dos trabalhadores em relação à carga horária estipulada pela empresa. No entanto, o sindicato não reconhece oficialmente o movimento, nem apoia a paralisação.
"Existem outros movimentos como esse. Hoje, por exemplo, 16 co-pilotos não compareceram ao trabalho, e pediram afastamento por motivo de saúde", disse Camacho.

Gol opera 77% dos voos domésticos atrasados no Brasil.

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Os principais aeroportos brasileiros registraram 113 atrasos (15,4%) nos 736 voos domésticos previstos da meia-noite até as 10h desta terça-feira, segundo boletim divulgado pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Do total de voos domésticos atrasados, 88 eram da Gol, o que representa 77,8% dos voos fora do horário.
O índice de atrasos representa 33,1% dos 266 voos domésticos operados pela companhia até as 10h. Três dos oito voos internacionais da companhia previstos para o período também apresentaram atraso. A Gol também responde por grande parte dos cancelamentos na manhã desta terça-feira. Segundo a Infraero, a empresa é responsável por 21 dos 28 voos domésticos cancelados da meia-noite até as 10h.
Em nota divulgada na segunda-feira, a Gol informou que os atrasos eram, ainda, um reflexo do "intenso tráfego aéreo na sua malha", registrado na última sexta-feira, quando a empresa precisou transferir algumas de suas partidas programadas do aeroporto de Congonhas, que fecha às 23h, para o Aeroporto Internacional de Guarulhos.
"Na ocasião, algumas tripulações atingiram o limite de horas de jornada de trabalho previsto na regulamentação da profissão e foram impossibilitadas de seguir viagem, gerando um efeito em cadeia. A situação, desenvolvida num fim de semana de pico de movimento, com retorno de férias escolares, ocorreu num momento em que a empresa finalizava a implementação de um novo sistema de processamento das escalas dos pilotos e comissários", diz o comunicado.
A companhia afirma trabalhar "intensamente" para normalizar a situação dos voos, acionando tripulantes extras e equipes de monitoramento nos aeroportos.
Pilotos da Gol que desembarcavam em Congonhas demonstraram insatisfação com a situação. Em entrevista ao Terra, os funcionários, que não quiseram se identificar, afirmaram que a categoria estuda entrar em greve nos próximos dias para reivindicar melhores condições de trabalho. Segundo os pilotos, a proposta de paralisação foi uma iniciativa dos co-pilotos, que pediam aumento salarial. Após os problemas verificados no último fim de semana, entretanto, a adesão à greve deve se estender aos comandantes.

Funcionários da Gol planejam paralisação no próximo dia 13 de agosto.

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Funcionários da Gol planejam uma paralisação de 24 horas no próximo dia 13 de agosto. A greve está sendo discutida via e-mail desde pelo menos a semana passada, quando começou a circular entre os funcionários uma carta aberta ao presidente da empresa, Constantino de Oliveira Júnior. Uma cópia foi enviada à Folha. Balanço da Infraero (estatal que administra os aeroportos), divulgado às 22h desta segunda-feira, aponta que dos 784 voos da Gol programados em todo o país desde a 0h, 408 (52%) atrasaram mais de 30 minutos e 99 (13%) foram cancelados. Hoje, 70% dos voos atrasados no Brasil são da Gol.Na carta, funcionários reivindicam aumento salarial de 25%, além de `escalas mais humanas`, planos de saúde e de previdência privada pagos pela empresa e a implantação de um plano de carreira. Procurados pela Folha, funcionários da Gol no aeroporto de Congonhas, que não quiseram se identificar, confirmaram a possibilidade da paralisação.Em nota, o Sindicato Nacional dos Aeroviários afirma apoiar a paralisação e que tenta contato com o setor de recursos humanos da companhia há dois meses para discutir as reivindicações.Selma Balbino, presidente da entidade, afirma que a iniciativa dos funcionários, além de ser resultado dos problemas internos da Gol, também está relacionada à lenta fiscalização do Ministério do Trabalho e da Anac (Agência Nacional em Aviação Civil). `Não podemos esquecer que as multas aplicadas pelo ministério e Anac são tão baixas que acabam se tornando um incentivo ao desrespeito à legislação trabalhista e à regulamentação profissional.`LARANJAA carta, anônima, diz a Constantino Júnior que `essa laranja já deu muita laranjada, está na hora do senhor cuidar da laranjeira`. A Gol tem logomarca e uniformes de cor laranja.`Desde o processo inicial de fundação da empresa estivemos motivados, determinados e comprometidos em fazer da Gol Linhas Aéreas uma empresa competente, boa para os clientes e acionistas. No passar dos anos, observamos uma crescente falta de preocupação com os colaboradores, diretores ganhando fortunas (...) enquanto nós da frente de batalha engolimos tapas e palavrões com caos aéreo, deficit de funcionários em todos os departamentos, avião sendo abatido onde amigos perderam suas vidas e não puderam ver a empresa em que trabalhavam prosperar desta maneira`, afirma outro trecho da carta.ACORDOOs atrasos registrados em mais da metade dos voos da Gol nesta segunda-feira foram decorrentes de um acordo feito entre a companhia e o Sindicato Nacional dos Aeronautas para que os tripulantes não ficassem sobrecarregados. De acordo com o secretário-geral do sindicato, Sergio Dias, o acordo amenizou o problema de funcionários com horas de voo acima do previsto por lei.`Participamos de duas reuniões para levar denúncias para a empresa [Gol] sobre a questão da sobrecarga dos tripulantes. Nós cobramos algumas posições da empresa e ela tomou por liberalidade fazer alguns cancelamentos de voos para estancar esse problema`, afirmou Dias à Folha, explicando que outros voos atrasaram justamente pela falta de tripulação disponível.O cumprimento das regras relativas à jornada de trabalho de seus tripulantes é o argumento que a Gol usou, hoje, para justificar os atrasos nos voos. De acordo com nota divulgada pela empresa, com grande quantidade de voos no último dia 30, `algumas tripulações atingiram o limite de horas de jornada de trabalho previsto na regulamentação da profissão e foram impossibilitadas de seguir viagem, gerando um efeito em cadeia`.De acordo com a Infraero, o problema com a Gol foi provocado pela `implantação de um novo sistema de escalas, o que ocasionou a falta de tripulantes`. A Gol disse ainda que o problema foi agravado pelo tráfego aéreo intenso.