domingo, 31 de janeiro de 2010

Australiano tem dedo do pé implantado na mão

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Roslyn (esposa) e Geoff McLaren no hospital de Sydney (imagem: Sydney Hospital)

Geoff McLaren (junto com a esposa Roslyn) está em período de recuperação

Um australiano de 62 anos que perdeu o polegar em um acidente de trabalho teve o dedão do pé implantado no lugar nessa semana em Sydney.

Cirurgiões do hospital de Sydney passaram 11 horas em uma operação complexa para amputar, transferir e conectar na mão esquerda de Geoff McLaren o seu primeiro dedo do pé.

Segundo o diretor do hospital e médico responsável pela cirurgia, Tim Heath, McLaren levará cerca de 12 meses para ter a mão em funcionamento normal novamente. O dedo deverá desinchar e parecer mais com um polegar, ele disse.

A microcirurgia ocorreu há uma semana e na quinta-feira McLaren viu o resultado.

"Meu novo polegar parece estar inchado o tempo todo, mas ao menos levarei menos tempo cortando as unhas", brincou ele, sem parecer se importar, à imprensa local. Para o paciente o único problema agora será usar chinelos, algo que ele gosta muito.

Satisfação

A perda do polegar ou dedos após acidentes, como no caso de Geoff McLaren, muitas vezes resulta em problemas estéticos e funcionais aos pacientes.

De acordo com especialistas, a transferência dos dedos dos pés para as mãos demonstra melhores resultados finais, tanto esteticamente como uma maior satisfação aos pacientes, do que próteses.

Operações de transferências de dedos dos pés às mãos são praticados globalmente desde 1975. No hospital de Sydney o caso de McLaren é o primeiro nos últimos dez anos.

De acordo com especialistas, esse tipo de cirurgia a qual McLaren se submeteu requer dos cirurgiões muito em termos técnicos. Os vasos sanguíneos são conectados usando fibras mais estreitas do que fios de cabelo humano.

Depois da primeira transferência de dedo do pé à mão feita em um macaco em 1966 e da primeira aplicação clínica em 1975, uma série de refinamentos foram introduzidos para reduzir os problemas depois da cirurgia.

Atualmente a técnica é usada em pacientes que desejam ter resultados funcionais e cosméticos melhores nas mãos após traumas e malformações congênitas.

Céticos encenam ‘overdose’ em massa de homeopatia na Inglaterra

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Manifestantes tomam frascos de remédios homeopáticos em Londres. Foto: Cortesia MSS

Os manifestantes tomaram frascos inteiros de remédios homeopáticos

Um grupo de pessoas céticas com relação aos efeitos da homeopatia encenou uma “overdose” massiva de remédios homeopáticos em 13 cidades britânicas para denunciar a falta de provas científicas sobre a eficácia dos tratamentos e tentar provar a ineficiência dos medicamentos.

Os manifestantes tomaram frascos inteiros de remédios homeopáticos em frente a lojas de uma rede de farmácias nas cidades de Londres, Liverpool, Manchester, Edimburgo, Glasgow, entre outras.

O protesto foi organizado pelo grupo Sociedade Merseyside de Céticos (MSS, na sigla em inglês).

Os manifestantes pediram à rede de drogarias Boots para interromper a venda de remédios homeopáticos em suas lojas, alegando que os mesmos são “um absurdo científico”.

“Eu acredito que eles devam estar vendendo pílulas de açúcar para os doentes. A homeopatia não funciona melhor do que um placebo, Os remédios são tão diluídos que não há nada neles”, afirmou Michael Marshall, porta-voz da MSS.

'Mau gosto'

A Sociedade de Homeopatas da Grã-Bretanha classificou a demonstração como um “trote”.

“Esse é um trote publicitário pouco aconselhável, de mau gosto, que não contribui em nada para o avanço do debate científico sobre a forma como a homeopatia funciona”, disse a diretora da Sociedade, Paula Ross.

Segundo ela, os manifestantes não devem sofrer reações adversas por terem tomado uma grande quantidade de remédios homeopáticos.

Já o diretor de padrões profissionais da Boots afirmou que a rede segue as regras da indústria farmacêutica para a venda de homeopatia.

“A homeopatia é reconhecida pelo NHS (o sistema nacional de saúde britânico) e muitos profissionais da saúde e nossos clientes optam por usar remédios homeopáticos”, disse.

De 2005 a 2009, o NHS, sistema nacional de saúde britânico, gastou cerca de £12 milhões em tratamentos homeopáticos, segundo um levantamento encomendado pela rede de televisão Channel 4.

Haiti prende americanos que saíam do país com 33 crianças

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Crianças em orfanato de Porto Príncipe

Governo quer mais controle sobre adoções

A polícia do Haiti prendeu, no sábado, dez cidadãos americanos por suspeita de que eles tentavam levar para fora do país 33 crianças, sem autorização.

Os americanos foram detidos na fronteira com a República Dominicana e, segundo um porta-voz do governo haitiano, não tinham nenhum documento provando que as crianças eram órfãs ou que eles tinham o direito de retirá-las do país.

O grupo pertence à ONG New Life Children's Refuge, com sede no Estado americano do Idaho. Em uma delegacia em Porto Príncipe, onde estão detidos, eles disseram à BBC que tinham a intenção de levar às crianças a um orfanato que montaram na República Dominicana.

Eles afirmaram ainda que a prisão é um erro e que eles achavam que tinham permissão para viajar para o país vizinho.

Adoção

O terremoto do último dia 12 matou até 200 mil pessoas e destruiu vários orfanatos no Haiti.

Muitas crianças ficaram órfãs e as autoridades já manifestaram a preocupação de que redes de tráfico se aproveitem da situação para levá-las para fora do país.

Diante disso, o governo impôs novos controles para a adoção dos órfãos do terremoto. Entre elas, está a exigência de uma autorização do Ministério de Assuntos Sociais para a saída de uma criança do Haiti.

Segundo o ministro Yves Christalin, as crianças acompanhadas pelos americanos tinham entre 2 meses e 12 anos de idade.

Os detidos ainda não foram indiciados.

Milhares de haitianos podem morrer por suspensão de tratamento nos EUA, dizem médicos

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Haitianos em hospital improvisado na Universidade de Miami

Centenas de pessoas com graves lesões já foram levadas para a Flórida

Médicos americanos atuando no Haiti alertaram que milhares de pessoas gravemente feridas no terremoto do último dia 12 podem morrer por causa da decisão dos Estados Unidos de suspender os voos que estavam levando os pacientes para tratamento na Flórida.

"A consequência para crianças com o peito esmagado, que estão com ajuda de máquinas para seguir respirando, e também para alguns adultos é que eles vão morrer", disse à BBC o médico americano Barth Green, que está trabalhando em um hospital de emergência montado no aeroporto de Porto Príncipe.

Segundo ele, há centenas de milhares de haitianos gravemente feridos e incapacitados. "Só estamos tentando mandar algumas centenas para os Estados Unidos. É uma questão realmente pequena."

Os militares americanos interromperam os voos na última quarta-feira. Um porta-voz da Casa Branca disse à BBC que a decisão teve "motivos logísticos" e não por causa dos custos, como havia sido noticiado anteriormente.

"Não houve nenhuma decisão política em se suspender os voos de evacuação de pacientes. Esta é uma operação de apoio sem precedentes, com enormes dificuldades logísticas, e estamos tentando lidar com elas em um esforço para retomar os voos", afirmou o porta-voz.

Disputa interna

Mas segundo o jornal americano The New York Times, representantes militares americanos teriam dito que os voos foram suspensos por causa de uma disputa entre quem pagaria pelo tratamento dos haitianos - se o governo federal ou o Estado da Flórida.

"Aparentemente, alguns Estados não querem aceitar a entrada de pacientes haitianos", disse um porta-voz do Comando de Transportes americano.

"Conseguimos gerenciar as missões de evacuação aérea, mas sem um destino, não podemos levar ninguém. Se não temos permissão para levar esses pacientes, ou se ninguém quer cuidar deles, não podemos fazer nada. É simples", disse o porta-voz, que se recusou a dizer quais Estados estão recusando os haitianos.

Um assessor do governo da Flórida disse não saber de hospitais que estivessem rejeitando pacientes.

Na última terça-feira, o governador Charlie Crist, que é republicano, enviou uma carta ao Departamento de Saúde pedindo que o governo federal acione o Sistema Médico Nacional para Desastres, que ormalmente paga para o tratamento de vítimas de catástrofes dentro dos Estados Unidos.

"O sistema de saúde da Flórida está rapidamente chegando a um ponto de saturação, principalmente na área de tratamento de vítimas altamente traumatizadas", diz a carta.

Centenas de pacientes com fraturas na coluna, queimaduras e outros ferimentos graves foram levados para os Estados Unidos desde o terremoto, que deixou até 200 mil mortos.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Empresa aérea condenada por completo descaso com passageiros

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Um casal de Turvo, no Sul do Estado, será indenizado em R$ 20 mil pela VRG Linhas Aéreas, razão social da nova Varig, por transtornos sofridos durante viagem internacional realizado em maio de 2008 para Montevidéu, no Uruguai.

A decisão, unânime, foi da 3ª Câmara de Direito Civil do Tribunal de Justiça, que majorou o valor da indenização, anteriormente arbitrada em R$ 10 mil. O advogado Geraldo Machado Cota Júnior e sua esposa estavam em férias na capital uruguaia, com passagem de retorno marcada para o dia 5 de maio de 2008.

Por motivos climáticos (neblina), não foi possível a decolagem no horário previsto. Todos os passageiros do vôo foram relocados para um hotel. E começou então o suplício, segundo os autores da ação.

O estabelecimento era de péssima qualidade, sem condições mínimas de habitabilidade, com mofo e inclusive teias de aranha. No café da manhã, os produtos servidos estavam fora do prazo de validade. A empresa também não se ofereceu ao pagamento de alimentação durante o período do atraso.

A VRG, em sua defesa, limitou-se a culpar o imprevisível tempo como força maior e negou qualquer responsabilidade sobre os fatos. Para o relator da matéria, desembargador Marcus Túlio Sartorato, a empresa aérea agravou a situação com o deslocamento dos passageiros para um hotel sem condições de habitação.

Segundo o magistrado, a situação é rotineira nos aeroportos brasileiros e internacionais, cuja responsabilidade, em grande parte dos casos, é atribuída exclusivamente à desorganização das empresas aéreas, que privilegiam o lucro em detrimento à boa prestação do serviço ao consumidor, como nos tradicionais casos de `overbooking`.

`Cumpre registrar, ainda, que o fechamento de aeroportos em virtude da má condição climática não se reveste de tamanha excepcionalidade a ponto de justificar os descasos costumeiramente perpetrados pelas empresas aéreas em face de seus usuários`, disse Sartorato.

Para o relator, a empresa deve, sim, ressarcir as despesas com alimentação realizadas pelos passageiros, bem como indenizá-los por danos morais, para compensar o abalo experimentado pelos autores, e não voltar a reiterar a conduta lesiva. (A.C. n.º 2009.075590-6)

Gastos com vestuário são os que mais levam à inadimplência

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por Gladys Ferraz Magalhães

SÃO PAULO – Os gastos com itens de vestuário são os que mais levam os consumidores brasileiros à inadimplência, segundo revela pesquisa realizada pela TeleCheque e divulgada nesta quinta-feira (28).

De acordo com o estudo, do total de pessoas inadimplentes, 13,92% gastaram com tais produtos. Em seguida, ficaram os gastos com supermercados (10,37%), com itens de telecomunicação e eletricidade (9,71%), com magazines e lojas de departamento (7,86%).

Aparecem na lista ainda os gastos com calçados (6,46%), comércio eletrônico (5,80%), acessórios automotivos (4,40%), farmácias e drogarias (4,24%), postos de gasolina (3,95%), eletrodomésticos (3,07%), entre outros.

Anos anteriores
No geral, em 2009, a inadimplência ficou em 2,63%. O resultado é 27,9% inferior ao apurado um ano antes, quando o índice ficou em 3,65%.

Em 2008, os gastos com itens de vestuário também foram os que mais levaram os consumidores à inadimplência (15,49%). O mesmo ocorreu nos anos de 2007 (20%) e 2006 (18%), quando o item era chamado de confecções.

A análise da TeleCheque é feita sobre valores em reais operados com cheques, com inadimplência a partir de 15 dias de atraso.

MPF recomenda fim da multa por cancelamento de contrato de telefonia móvel

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O MPF (Ministério Público Federal) em São Paulo recomendou que as operadoras de serviço móvel Vivo, Tim e Claro, e as operadoras de TV por assinatura Sky, Net e Telefônica não exijam o prazo mínimo de contratação dos serviços e deixem de cobrar a multa pelo rompimento do contrato. Segundo a procuradoria, a recomendação tem por objetivo deixar o cliente isento de multas quando o consumidor perder a sua renda, especialmente se a demissão ocorrer após a contratação do serviço.

O órgão recomenda que as operadoras não exijam a fidelização nos casos em que houver mudanças nos termos iniciais da prestação de serviço, como a alteração dos planos e condições oferecidas, bem como valor da assinatura, preços, tarifas e outros encargos.

Para o procurador da República Márcio Schusterschitz, autor da recomendação, as operadoras de serviço móvel e de TV por assinatura não devem cobrar multa pelo prazo mínimo de contratação caso o cliente desista do serviço em virtude de defeito, não funcionamento ou funcionamento falho, ou quando houver interrupção, suspensão ou falha no serviço contratado.

Com base na princípio da qualidade do serviço, presente no Código de Defesa do Consumidor, o órgão também recomenda que as operadoras garantam o funcionamento do serviço pelo prazo mínimo de contratação como um garantia complementar à garantia legal, prevista no artigo 24 do Código de Defesa do Consumidor.

No entendimento do MPF, é necessário que haja essa flexibilidade na fidelização do serviço para que o prazo mínimo de contratação esteja de acordo com o Código de Defesa do Consumidor, que prevê a revisão das cláusulas contratuais em razão de fatos supervenientes que importem na excessiva onerosidade das prestações.

A recomendação também foi remetida à Agência Nacional de Telecomunicação, a Anatel, para que a agência reguladora adote as medidas sugeridas. As operadoras e a agência tem até 10 dias para se posicionar sobre a recomendação.

Empresa indeniza por viagem cancelada

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Os desembargadores da 16ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) condenaram a Operadora e Agência de Viagens CVC Turismo Ltda a pagar indenização por danos morais e materiais a um casal residente na comarca de Cataguases, na Zona da Mata mineira. A empresa terá que pagar R$ 6 mil por danos morais e R$ 1,7 mil por danos materiais por ter cancelado o pacote turístico contratado pelo casal e também por ter cobrado as parcelas referentes ao serviço, mesmo depois de a viagem ter sido desmarcada.

Dados do processo revelam que A.L. e sua esposa contrataram, em abril de 2008, um pacote turístico referente a um cruzeiro, de Recife para Fernando de Noronha, com custo de R$ 4,4 mil. A viagem foi marcada para novembro do mesmo ano e o pagamento, por cartão de crédito, começou a ser feito a partir de junho, em oito parcelas. Depois de quitadas cinco prestações, o casal foi informado de que a viagem seria cancelada por problemas técnicos com o navio. O comunicado foi feito dias antes da data de embarque. Mesmo assim, as parcelas restantes continuaram a ser debitadas.

O casal ajuizou ação requerendo a devolução do valor pago pelo pacote turístico, uma indenização por danos morais e o recebimento, em dobro, do que foi pago pela viagem. O pedido foi considerado parcialmente procedente em 1ª Instância, pelo juiz da 2ª Vara Cível da comarca de Cataguases, Edson Geraldo Ladeira. A CVC Turismo, inconformada com a decisão, recorreu ao TJMG, mas a sentença foi confirmada pelos desembargadores da 16ª Câmara Cível.

Os magistrados entenderam que o pagamento dos R$ 4,4 mil não era devido, já que a CVC comprovou ter reembolsado os consumidores. No entanto, fixou a indenização por danos morais em R$ 6 mil e determinou o pagamento de R$ 1,7 mil, referentes ao pagamento, em dobro, das parcelas cobradas após o cancelamento da viagem. O valor será dividido entre os autores.

Decepção

A CVC alegou, em seu recurso, que não deveria ser condenada ou que a indenização deveria ser menor, porque o cruzeiro foi cancelado por motivo alheio à sua vontade, já que o navio teria que sofrer manutenção extra na Europa e, por isso, não chegaria ao Brasil na data prevista para o embarque.

No entendimento do relator do processo, desembargador José Marcos Vieira, o cancelamento da viagem causa dano moral, pois o casal planejou a viagem com antecedência, fez o pagamento, idealizou os dias de descanso e organizou a vida pessoal e profissional para se ausentar no período da viagem. “É inegável que amarguraram enorme decepção. A tese de que o navio não chegou ao Brasil por motivos alheios à vontade da operadora não é convincente, pois, como comerciante de pacotes turísticos, deve ela assumir o risco da atividade comercial”, destacou.

O magistrado entendeu ainda que a operadora de turismo deveria ter oferecido solução alternativa para o cumprimento do contrato, o que poderia ter sido feito com o remanejamento do casal para outro navio em condições similares. Contudo, o relator lembrou que “nada foi feito nesse sentido”. Votaram de acordo com ele os desembargadores Batista de Abreu e Sebastião Pereira de Souza.

Assessoria de Comunicação Institucional
Ascom TJMG - Unidade Raja Gabaglia
(31) 3299-4625
ascom.raja@tjmg.jus.br

Processo nº: 1.0153.09.083616-1/001(1)

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Cientistas querem exumar Da Vinci para provar semelhança com Mona Lisa

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Monalisa de Da Vinci

Os traços de Monalisa seriam os mesmos detalhes do rosto de Da Vinci

Um grupo de pesquisadores italianos quer exumar o corpo de Leonardo da Vinci para reconstruir o rosto do artista e confrontar a teoria de que o famoso quadro Mona Lisa seria um autorretrato.

A teoria ganhou força com sobreposições feitas de um autorretrato oficial de Leonardo com o rosto de Mona Lisa no quadro. Os estudos apontaram para diversos pontos e traços em comum entre as duas faces.

Os cientistas do Comitê Nacional para a Valorização dos Bens Históricos, Culturais e Ambientais da Itália pretendem exumar a ossada do pintor e, a partir da face, reconstruir sua cabeça.

“Somente a partir deles será possível reconstruir o rosto de Leonardo e confrontá-lo com o autorretrato conhecido dele e com a Mona Lisa”, disse à BBC Brasil o antropólogo da Universidade de Bolonha Giorgio Gruppioni, um dos responsáveis pela pesquisa.

A identidade da pessoa retratada no famoso quadro é tida como um dos grandes mistérios do mundo das artes.

As teorias mais comuns são as de que La Gioconda seria a mãe de Leonardo ou a mulher de um mercador de Florença.

Restos mortais

Mas os cientistas terão que enfrentar vários desafios para recriar o rosto de Da Vinci. O primeiro será encontrar os restos mortais do artista.

Leonardo da Vinci morreu em 1519, aos 67 anos, e teria sido enterrado no castelo de Amboise, no vale do Loire, na França. Os proprietários do imóvel devem abrir suas portas para os estudos nos próximos meses.

Como o local foi alvo de saques ao longo dos séculos, não há certeza de que a sepultura seja mesmo a de Leonardo da Vinci. Justamente por isso, os herdeiros do castelo nunca incluíram a informação nos panfletos turísticos locais.

“Ali está escrito que, talvez, ele esteja enterrado ali. A ideia é demonstrar que aqueles ossos, existindo, sejam de Leonardo. Temos que retirar o material e analisá-lo”, afirmou Gruppioni.

Retrato de Leonardo da Vinci

O corpo do artista será exumado para que seu rosto seja "reconstruído"

O presidente do Comitê, Silvano Vincenti, iniciou o projeto Leonardo quatro anos atrás. “As negociações continuam e esperamos que tudo dê certo. Temos tecnologia para avaliar sem fazer maiores escavações. Usaremos incursões com micro-sondas, uma câmera para filmar o interior da tumba e exames de imagens tridimensionais para verificar o estado da tumba e nos certificarmos da presença de ossos”, afirmou ele à BBC Brasil.

A etapa seguinte seria comprovar se os ossos, caso sejam mesmo encontrados, são de Da Vinci. Para isso, os pesquisadores estão na busca por descendentes vivos, o que é pouco provável, ou por familiares sepultados nos cemitérios da Itália, com maior probabilidade nos arredores de Bolonha. Essa é a parte mais complexa da pesquisa. “Ao extrair o DNA dos ossos teremos que compará-lo com o de alguém que tenha tido um grau de parentesco com Leonardo da Vinci”, explica Gruppioni.

Um ponto de partida já foi identificado mas ainda precisa ser melhor avaliado. “Encontramos um pintor, que seria um descendente de linha paterna de Leonardo da Vinci, enterrado em Bolonha, na virada dos séculos 15 e 16, mas temos que aprofundar a pesquisa”, disse Vincenti.

Crânio

O último passo será a reconstrução do crânio, que poderá estar fragmentado. A equipe usará sistemas virtuais e métodos de morfologia para recompor as partes ausentes. “Podemos hoje dar respostas que dez anos atrás não seriam imagináveis”, diz Vincenti.

A partir dos crânio, a face será restaurada em um computador e depois modelada em plástico. “O rosto é modelado segundo um protocolo de antropologia forense que requer a mão artística para dar forma às partes moles, de acordo com critérios anatômicos e científicos que não deixam espaço para a livre interpretação”, explica Gruppioni.

No caso da relação entre Mona Lisa e Da Vinci, Gruppioni se diz cético. “Não tenho elementos para afirmar que Leonardo, quando pintou a Mona Lisa, tenha decidido incluir traços seus. Acho pouco plausível, mas devemos investigar”, disse ele, mais preocupado em desvendar o rosto de Leonardo da Vinci do que em constatar se ele tinha traços efeminados ou se teria sido homossexual.

“Acho que teremos fila para visitar a tumba de Leonardo caso a pesquisa chegue ao final com sucesso e desvende mais este mistério”, concluiu.

Susan Boyle diz estar bem após invasão de sua casa

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Susan Boyle em frente de casa em Blackburn

Apesar do sucesso, Boyle ainda mora na casa onde foi criada

A cantora britânica Susan Boyle disse nesta quarta-feira que “está bem” após sua casa, na cidade escocesa de Blackburn, ter sido invadida na noite de terça-feira, de acordo com informações da polícia local.

"Está tudo nas mãos da polícia agora", afirmou a cantora na porta de casa, sorrindo e acenando para o público.

Um porta-voz da polícia escocesa informou que eles foram chamados à casa da cantora devido a informações de problemas na região.

Os detetives afirmam que o invasor é um jovem branco, que tem entre 15 e 16 anos de idade, e pouco mais de 1,6 m de altura, usando jaqueta e calça escura.

"A proprietária estava muito angustiada por ter encontrado alguém dentro da casa dela e queremos conversar com qualquer um que possa nos ajudar em nossas investigações", disse o porta-voz da polícia.

Logo depois da fuga do invasor, um adolescente de 16 anos foi preso, interrogado e liberado em seguida.

Caridade

Boyle teria acabado de voltar de Londres, onde gravou juntamente com outros artistas uma música cuja renda das vendas será revertida para as vítimas do terremoto no Haiti.

Ao chegar a sua casa em Blackburn, ela encontrou o invasor.

Apesar de seu sucesso mundial, Boyle ainda mora na casa simples onde cresceu.

A cantora foi finalista do programa Britain’s Got Talent, e um vídeo de uma de suas apresentações no programa foi o mais assistido em 2009 no site YouTube.

A surpreendente interpretação da cantora escocesa de I Dreamed a Dream foi vista por mais de 120 milhões de usuários em todo o mundo.

Ela não venceu o programa, mas, desde sua participação, estabeleceu uma carreira de cantora e chegou a gravar um álbum, cujo título é o mesmo da música que a lançou para o sucesso no YouTube.

Análise: Como 'Avatar' afundou 'Titanic'

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Cena de 'Avatar'

O filme foi considerado por alguns como 'antiamericano'

O navio Titanic afundou em 1912. Agora, o campeão de bilheteria de cinema que ele inspirou também se foi.

Desta vez, contudo, não foi por causa de um iceberg, mas um filme de 3D sobre extraterrestres de pele azul que defendem o seu planeta de invasores humanos.

No final da década passada, o épico de James Cameron, Titanic, tornou-se o filme de maior bilheteria já visto, com arrecadação global de US$ 1,843 bilhão.

Mas o recorde foi superado graças a Avatar, também dirigido por Cameron, e que esta semana sagrou-se o maior campeão de bilheteria de todos os tempos, com uma arrecadação mundial de US$ 1,859 bilhão.

Surpresa

É um feito surpreendente para o canadense de 55 anos, e um que dificilmente ele deve repetir na vida.

E este também é um triunfo para o estúdio cinematográfico 20th Century Fox, e a sua proprietária, NewsCorp, que financiaram este filme ousado - uma estória de ficção científica que teve boa parte feita através de imagens geradas por computador.

Avatar é um fenômeno que identificou tendências dos tempos atuais de uma maneira que poucos poderiam ter previsto.

E conseguiu isso apesar das poucas estrelas e sem elogios unânimes entre os críticos. Vários não se impressionaram com a trama e nem com o diálogo.

'Antiamericano'

O filme também foi criticado por blogueiros - alguns disseram que ele tem um sub-texto antiamericano e defende os interesses de ambientalistas.

Teve quem dissesse que o filme é racista por apresentar um herói branco que dá ajuda a uma população indígena - boa parte retratada por atores afro-americanos ou indígenas americanos.

Ninguém iria considerar Avatar uma obra de alto valor artístico, e tampouco ver Titanic como uma obra-prima moderna.

Mesmo assim, ele tem a seu favor efeitos visuais de última geração que transportam o espectador para um mundo extraterrestre espetacularmente elaborado.

Avatar foi o primeiro filme de Cameron desde Titanic, que levou onze Oscars em 1998, e isso já iria garantir um lançamento estrondoso. Além disso, o filme chegou às telas na hora certa, acompanhado de marketing agressivo e de uma iniciativa da indústria cinematográfica para reavivar a moda de filmes em 3D.

Competição

Se Avatar tivesse sido lançado há seis meses, teria enfrentado uma competição muito maior por público e salas exibidoras.

Como veio às telas em dezembro, o filme ficou um mês sem um competidor à altura.

Os rivais da Fox podem ter evitado, deliberadamente, lançar outro produto ao mesmo tempo de Avatar, cientes da expectativa que cercaria este filme tão promovido.

Notícias não confirmadas sugerem que a Fox gastou até US$ 150 milhões para promover um filme que, segundo alguns, custou US$ 300 milhões.

Talvez o fator-chave para o sucesso de Avatar tenha sidoa forma como ele tirou proveito do formato 3D.

No ano passado, filmes como Monstros Vs Alienígenas e A Era do Gelo-3 mostraram que os filmes 3D eram comercialmente viáveis.

Avatar conseguiu capitalizar no sucesso deles e nos preços mais altos de ingressos de cinemas que apresentavam o filme em 3D.

De acordo com a empresa de análise da área de entretenimento, Nielsen EDI, as exibições do filme em "2D" representam apenas 15% da bilheteria de Avatar - o restante veio de exibições em 3D ou em telas IMAX 3D.

Estes dados são um bom prenúncio para as futuras estreias de Alice, no País das Maravilhas, de Tim Burton, Toy Story-3 e Tron: Legacy.

Eles também encorajam mais cinemas a instalarem equipamento digital necessário para a exibição de filmes em 3D.

E como fica a situação de Cameron? Agora ele fica ombro a ombro com o diretor da série O Senhor dos Anéis, Peter Jackson, e de Piratas do Caribe, Gore Verbinski. Eles tiveram dois filmes entre os 10 maiores campeões de bilheteria.

Supermercado britânico proíbe clientes de pijama

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O sinal colocado na porta do Tesco em Cardiff

Cartaz pede que clientes não usem pijamas e usem sapatos

Um supermercado na cidade de Cardiff, no País de Gales (sudoeste da Grã-Bretanha), colocou cartazes na sua entrada pedindo a seus clientes que não entrem na loja vestindo pijamas.

"Para evitar ofensa ou constrangimento para outras pessoas, pedimos que nossos clientes se vistam de forma apropriada quando visitarem nossa loja (calçados devem ser usados todo o tempo e nenhuma roupa de dormir é permitida)", informam os cartazes.

Um porta-voz do supermercado, da rede Tesco, afirmou que o supermercado não tem regras rigorosas para as roupas de seus clientes, mas não quer pessoas andando por seus corredores usando pijamas porque isto poderia ofender os outros clientes.

"Não somos uma casa noturna com um código de vestimenta severo, e, claro, jeans e tênis são bem-vindos. No entanto, pedimos que nossos clientes não comprem usando pijamas ou camisolas. Para não causar ofensa ou constrangimento a outros", afirmou.

Um porta-voz do supermercado afirmou que não tem conhecimento de um pedido como este em qualquer outra loja da rede Tesco, uma das maiores da Grã-Bretanha.

Elaine Carmody

Elaine Carmody queria comprar cigarros mas teve entrada proibida

'Ridículo'

Elaine Carmody, 24, dona de casa e mãe de dois filhos, descreveu a proibição como "ridícula" e "patética".

Ela afirma que ia várias vezes fazer compras no supermercado usando pijama até que, há cerca de uma semana, ela teve sua entrada proibida quando foi até o local comprar cigarros.

Carmody afirma que apenas iria permanecer rapidamente na loja e acrescentou que, se fosse fazer a compra completa, então, “obviamente”, teria que se vestir de forma diferente.

"Eles (o supermercado) deveriam estar felizes, pois você vai gastar seu dinheiro na loja".

"Eles vão perder clientes, as pessoas vão para outras lojas comprar coisas onde podem entrar de pijama", acrescentou.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

TVA condenada a pagar indenização por dano moral

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Osasco - A TVA (Serviços de internet e TV a cabo) foi condenada a pagar R$ 4 mil de indenização, a título de dano moral, por ter inscrito indevidamente o nome de consumidor junto aos órgãos de proteção ao crédito. A decisão final é do 1ª Turma do Colégio Recursal dos Juizados Especiais e Criminais de Osasco, estado de São Paulo, que resolveu manter a sentença de primeiro grau.

Em fevereiro de 2007, José Roberto Frederico cancelou o contrato de prestação de serviços que mantinha com a empresa, mas um ano depois passou a receber cobranças como se ainda estivesse utilizando tais serviços.

E com o nome já cadastrado junto ao Serasa, o consumidor passou por forte constrangimento quando foi comprar mercadorias a crédito parcelado na distante cidade de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul. Teve que pagar à vista.

Além de declarar como inexigível qualquer débito em nome do consumidor referente ao tal contrato, a juíza de primeiro grau relembrou que `a Jurisprudência maciça entende que é presumido o abalo moral no caso de indevida negativação` e entendeu um dano moral indenizável no valor de R$ 4 mil.

A TVA apelou da decisão, pleiteando um valor menor, mas o Colégio Recursal manteve o entendimento.

Na opinião do advogado Carlos Henrique Bastos da Silva, a decisão foi sábia, pois `deu não só um caráter punitivo para que sejam evitadas novas atitudes similares, mas também trouxe um equilíbrio à relação entre as partes. A empresa cometeu um ato grave quando registrou meu cliente no rol dos maus pagadores, e uma indenização de pouca monta seria absolutamente inexpressiva e sem resultados práticos.`

`A decisão final preservou os mais básicos sentimentos de bom senso, boa-fé e justiça`, finaliza o Dr. Carlos Henrique.

Desta decisão só é cabível, no prazo legal, recurso extraordinário ao Supremo Tribunal Federal.

Nº do processo: Nº 405.01.2008.006989-0

Justiça condena TAM a pagar indenização de R$ 18 mil por extravio de bagagem de passageiro

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A 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) manteve a sentença que condenou a empresa TAM – Linhas Aéreas S/A a pagar indenização de R$ 18.410,00 ao empresário J.L.H., que teve sua bagagem extraviada ao fazer o trajeto Suíça-São Paulo. Do total, R$ 16.410,00 foram referentes aos bens extraviados e R$ 2 mil por danos morais.

“O quantum indenizatório fixado na sentença atende aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade”, disse o relator do processo em seu voto, desembargador Francisco Lincoln Araújo e Silva, durante sessão de julgamento ocorrida nesta quarta-feira (27/01).

Conforme os autos, o empresário J.L.H. planejou uma viagem para resolver negócios na França e Suíça, onde pretendia visitar clientes objetivando fomentar as exportações do Ceará naquele continente. Ele comprou as passagens aéreas pela TAM e viajou no dia 29 de setembro de 2001.

De volta ao Brasil, no dia 11 de outubro daquele ano, ao desembarcar em São Paulo, não localizou sua bagagem que continha todos os seus itens de ordem pessoal e profissional.

Pelo prejuízo, a TAM lhe ofereceu a indenização de R$ 812,44, mas o empresário recusou. Alegando que sofreu prejuízos de ordem pessoal e e profissional incalculáveis, ajuizou ação ordinária pleiteando indenização no valor de R$ 40 mil.

Em 26 de fevereiro de 2004, o juiz da 5ª Vara Cível da Comarca de Fortaleza, José Edmilson de Oliveira, fundamentado no Código de Defesa do Consumidor (CDC), julgou a ação parcialmente procedente e condenou a TAM a pagar R$ 16.410,00, montante equivalente ao valor dos bens extraviados. Por danos morais, arbitrou a quantia de R$ 2 mil.

Inconformada, a empresa aérea interpôs recurso apelatório (35068-33.2004.8.06.0000/0) no TJCE, objetivando a reforma da decisão do magistrado.

“É inegável que os fatos ocorridos geraram ao demandante severas angústias e privações. É evidente que houve violação aos direitos da personalidade da parte autora”, disse o relator do processo, razão pela qual a 4ª Câmara Cível negou provimento ao recurso e confirmou a sentença do juiz.

Loja pagará caro por alarme antifurto disparado contra cliente honesta

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Pelo falso disparo de um alarme antifurto, a Ferju Indústria e Comércio do Vestuário Ltda. foi condenada, pela 3ª Câmara Civil do Tribunal do Justiça, ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 5 mil a Joaquina Lealcina de Jesus, que passava pelo sensor naquele momento. Em 1º Grau, a quantia havia sido estipulada em R$ 1 mil.

Segundo os autos, Joaquina, ao deixar as dependências da loja ré, sentiu-se constrangida publicamente pelo fato de o alarme soar no instante de sua saída, o que sinalizaria o furto de alguma mercadoria. Ela, que sofria de síndrome do pânico na época, teve de mostrar seus pertences perante outras pessoas para provar o equívoco do sistema.

Insatisfeita com o veredicto de primeira instância, Joaquina apelou ao TJ e pediu o aumento da quantia indenizatória. O relator da matéria, desembargador substituto Carlos Adilson da Silva, ressaltou que a relação entre cliente/lojista é regida pelo Código de Defesa do Consumidor e, desse modo, não se pode conceber que a consumidora seja prejudicada por uma deficiência na prestação de serviços do lojista.

“Restou cabalmente demonstrado ter sido a autora exposta a situação vexatória, pois que o disparar indevido do alarme antifurto atraiu a atenção de todos, causando a má impressão de que aquela estaria subtraindo produto da loja. Sob esta compreensão, tem-se que a indenização arbitrada pela sentença foi demasiado modesta, pois nem sequer cumpriu seu caráter inibitório, a fim de coibir novas práticas ultrajantes por parte da empresa”, explicou o magistrado ao dar provimento ao recurso. A decisão foi unânime. (A.C. 2006.028030-7)

Concessionária que administra rodovia BR-040 é condenada por omissão e negligência

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A Concer, concessionária que administra a rodovia Rio-Juiz de Fora, terá que pagar R$ 80 mil de indenização, por danos morais, a um idoso que caiu em uma cratera em local de responsabilidade da empresa. A decisão é da 10ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio.

José Paulino, que à época do acidente tinha 74 anos, andava pelo caminho conhecido como `Ponte do Canedo`, em dezembro de 2003, quando caiu em um buraco e lá permaneceu por quase 10 horas até ser socorrido. De acordo com laudo pericial constante nos autos, é clara a relação de causa e efeito entre o acidente e as seqüelas apresentadas pelo idoso. `Pode-se afirmar que a queda, o traumatismo craniano, a demora no atendimento e o stress de ficar preso à noite em um buraco, gritando sem ser atendido, foram fundamentais e definitivos nos problemas do paciente, sendo também a possibilidade do início da doença de Parkinson`, escreveu o perito em seu laudo.

Para o revisor da ação, desembargador Gilberto Dutra, que manteve a decisão de 1ª instância e negou recurso da empresa, é dever da concessionária monitorar, melhorar e conservar a rodovia e seus respectivos acessos.

`Competia à ré efetuar a manutenção da via, ainda que não utilizada por veículos. Ao permitir que os pedestres utilizassem a via, uma trilha de terra batida, sem escada e iluminação como retratada nas imagens de satélite, assumiu os riscos pelos acidentes, até porque mesmo após o fato narrado nos autos não efetuou inclusive o isolamento do buraco onde caiu o autor`, alertou o magistrado.

Processo nº 200800148612

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Produção científica do Brasil ultrapassa a da Rússia, indica levantamento

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Plantação de milho transgênico

Produção científica brasileira é forte na área de agricultura

A produção científica brasileira ultrapassou a da Rússia, antiga potência na área, caminha para superar também a da Índia e se consolidar como a 2ª maior entre os BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China), segundo levantamento feito pela Thomson Reuters.

O levantamento acompanhou a produção científica nos quatro países com base na análise das 10.500 principais revistas científicas do mundo.

Segundo a pesquisa, a produção brasileira avançou de 3.665 para 30.021 artigos científicos publicados entre 1990 e 2008. No mesmo período, a produção russa manteve-se estável – o número de 1990, de 27.603 artigos, é praticamente o mesmo que o de 2008 – 27.605 artigos.

A produção científica da Índia, que em 1990 contabilizava 13.984 artigos publicados, chegou a 38.366 artigos em 2008.

Se o índice de aumento da produção científica dos países se mantiver, o Brasil deverá ultrapassar a Índia nos próximos anos.

O levantamento indica ainda que a produção científica chinesa, que em 1990 ainda estava atrás da russa e da indiana, com 8.581 artigos, chegou a 2008 com 112.318 artigos, numa expansão que, se mantida, verá a China ultrapassar os Estados Unidos e se tornar líder mundial em produção científica até 2020.

Dados revisados

Segundo Jonathan Adams, diretor de avaliação de pesquisas da Thomson Reuters, os dados dos levantamentos foram revisados após 2007, para evitar que a base de revistas científicas analisadas refletisse um viés pró-países desenvolvidos.

“A revisão dos dados levou a uma considerável elevação do número de artigos científicos de China, Brasil e Índia. Porém essas elevações refletiram tendências já evidentes nos dados, em vez de mudar a trajetória geral”, explicou Adams à BBC Brasil.

Segundo ele, os dados dos últimos anos já indicavam que a produção brasileira superaria a russa, o que ficou expresso nos números de 2008, mas ele observa que, se a base de análise já tivesse sido revista antes, isso já teria acontecido há vários anos.

De acordo com os últimos dados compilados, de 2008, a produção científica brasileira naquele ano representou 2,6% do total de 1.136.676 artigos publicados em todas as 10.500 revistas analisadas. Em 1990, o Brasil tinha apenas 0,6% da produção mundial.

A produção científica americana - 332.916 artigos em 2008 - ainda representa 29% de todos os artigos publicados no mundo, enquanto a chinesa é de 9,9%. Em 1990, porém, os Estados Unidos tinham 38% de toda a produção científica mundial, enquanto a China respondia por apenas 1,4% do total.

No mesmo período, a produção russa, que já foi considerada uma das mais avançadas do mundo, passou de 4,7% do total em 1990 para apenas 2,4% em 2008.

A produção indiana, por sua vez, teve sua participação no total mundial elevada de 2,3% para 3,4% no período, numa elevação proporcionalmente menor que as da China e do Brasil.

Gastos

Em sua análise da produção científica do Brasil, a Thomson Reuters observa que os gastos com pesquisa e desenvolvimento no Brasil chegaram em 2007 a quase 1% do PIB, proporção inferior aos cerca de 2% gastos nos Estados Unidos e na média dos países de desenvolvidos, mas ainda bem acima de outros países latino-americanos.

Segundo o levantamento, o Brasil tem 0,92 pesquisador para cada mil trabalhadores – bem abaixo da média de 6 a 8 pesquisadores por mil trabalhadores dos países do G7, o grupo das nações mais industrializadas do planeta.

Apesar disso, o documento afirma que a proporção brasileira é semelhante à de outros países em desenvolvimento, como a própria China, e que a base de pesquisadores vem crescendo.

Segundo a Thomson Reuters, o Brasil formou cerca de 10 mil novos pesquisadores doutores no último ano analisado, num crescimento de dez vezes em 20 anos.

O levantamento indica ainda que a produção científica do país é mais forte em áreas como pesquisas agrícolas e ciências naturais.

Entenda a polêmica entre o governo da Venezuela e o canal RCTV

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Protesto em Caracas

Estudantes saíram às ruas para protestar contra suspensão da RCTV

O canal de televisão RCTV e outras cinco emissoras tiveram seus sinais suspensos na madrugada do domingo por determinação do governo do presidente Hugo Chávez.

A Comissão Nacional de Telecomunicações (CONATEL) - organismo que regulamenta a radiodifusão no país - argumenta que esses canais desrespeitaram as novas regras para transmissão por cabo, que prevê entre outras mudanças, a difusão obrigatória de cadeias nacionais e limita os anúncios publicitários.

A suspensão do sinal do canal RCTV, considerado um dos principais opositores do governo, foi vista pela oposição como um novo ataque à liberdade de expressão. Estudantes anti-governo, apoiados por partidos políticos opositores, sairam às ruas para protestar contra a medida. Dois estudantes simpatizantes do governo morreram durante enfrentamentos entre grupos pró e anti-Chávez.

Para entender a nova disputa entre o canal RCTV e o governo venezuelano, a BBC Brasil preparou uma série de perguntas e respostas sobre a polêmica:

Porque seis canais foram tirados do ar, incluindo a RCTV?

No dia 23 de dezembro foi firmado um decreto que complementa a Lei de Responsabilidade Social em Rádio e Televisão. As novas regras determinavam que os canais teriam até quinze dias para apresentar-se à Comissão Nacional de Telecomunicações (Conatel) e protocolar seu pedido de inclusão ao grupo de produtores nacionais ou internacionais.

Os canais que não compareceram, como a RCTV ou a TV Chile, por exemplo, foram qualificados automaticamente como produtor nacional. Como produtores nacionais, as emissoras teriam de respeitar a legislação interna, o que não ocorreu, segundo o governo.

Dois dias antes da suspensão das transmissões dos seis canais, o diretor da Conatel advertiu que as emissoras teriam de enquadrar-se à legislação, do contrário, seriam tiradas do ar.

A RCTV e os canais os canais Sport Plus, Momentum, Ritmo Son, America TV, TV Chile e American Network foram tirados do ar à meia-noite do sábado, 23 de janeiro.

Quando um canal é considerado Produtor Nacional na Venezuela?

São considerados como produtores nacionais aquelas emissoras com 70% ou mais de produção nacional, que seja realizada com capital, pessoal técnico, artístico e que sejam produzidas em locações venezuelanas.

Neste caso, os canais devem se submeter à legislação nacional, que prevê a transmissão de cadeias nacionais e mensagens governamentais, estabelece limites para a transmissão publicitária e regulamenta a programação por recomendação por faixa etária, entre outras normas.

Para constatar se uma emissora é nacional ou internacional, a Conatel avaliou o conteúdo de programações durante quatro meses consecutivos e constatou, no caso da RCTV, que 94% da programação era de conteúdo nacional e apenas 6% internacional.

A RCTV por sua vez, alega que desde o dia 13 de janeiro sua programação contém 71% de conteúdo internacional e 29% de programação nacional, equação gerada depois da avaliação realizada pela CONATEL.

A decisão é definitiva? Os canais poderão voltar ao ar?

A Conatel afirma que a suspensão é transitória e pode ser revertida se a RCTV e os demais canais se apresentarem ao organismo, solicitando seu registro como produtor nacional audiovisual. As emissoras também devem firmar um documento comprometendo-se a cumprir a lei.

De acordo com o deputado oficialista Manuel Villalba, cinco, dos seis canais suspensos, já apresentaram documentos para regularização de suas transmissões, com exceção da RCTV.

A RCTV decidiu por enquanto não negociar e espera pelo resultado de uma liminar pedida ao Supremo Tribunal de Justiça para que se respeite sua condição de canal internacional.

O que diz a novas regra sobre a publicidade na televisão?

Um dos principais pontos de controvérsia na nova disputa entre governo e o canal RCTV se refere às normas publicitárias. Um decreto firmado no dia 23 de dezembro de 2009 estabelece que a difusão de publicidade nos canais nacionais transmitidos por cabo só poderá ocorrer entre um programa e outro e não mais ao longo da programação, durante os blocos, como costuma ocorrer no sinal aberto.

Para a RCTV essa regra afeta a economia do canal e colocaria em risco sua sustentabilidade financeira.

De acordo com o diretor da Conatel, Diosdado Cabello, essa normativa foi resultado de uma consulta pública com a Comissão de Usuários, que se "queixava" do excesso de publicidade entre os programas.

Quando começou a queda-de-braço entre governo e o canal RCTV?

A disputa entre o Executivo e o canal privado RCTV, que chegou a ser um dos mais populares no país, teve início durante o frustrado golpe de Estado de abril de 2002. Os canais de televisão privados foram acusados pelo governo de participar da conspiração que culminou com o breve derrocamento de Hugo Chávez.

Em 2005 foi promulgada a Lei de Responsabilidade Social em Rádio e Televisão que estabeleceu uma série de novas regras para os comunicadores venezuelanos. Em maio de 2007, sob o argumento de que a RCTV não respeitou a legislação, o governo não renovou a concessão da emissora, que perdeu o direito à transmissão em sinal aberto.

Desde então, com o nome de RCTV Internacional, a emissora passou a transmitir sua programação por TV a cabo, sem estar submetida à legislação nacional. O caráter internacional do canal sempre foi questionada pelo Executivo devido ao conteúdo da programação. No entanto, o Supremo Tribunal de Justiça determinou que a RCTV poderia funcionar sem enquadrar-se às regras internas, até que a Conatel decidisse, pela via legal, o que era um Produtor Nacional Audiovisual. Essa definição saiu em 23 de dezembro e desatou a atual contenda.

Companhia aérea terá camas de casal na classe econômica

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Air New Zealand

A ideia é atrair casais ou famílias pequenas, que poderiam dormir juntos

A companhia aérea neozelandesa Air New Zealand anunciou nesta terça-feira que vai oferecer assentos que viram camas na classe econômica de alguns de seus aviões.

Segundo a empresa, este é o avanço mais significativo em termos de conforto para viajantes da classe econômica dos últimos vinte anos.

As camas são formadas quando os descansos para os pés em três poltronas, uma ao lado da outra, são elevados até o nível dos assentos.

Um cobertor e travesseiros completam o pacote.

Os interessados precisariam comprar os três assentos, mas a companhia está oferecendo o terceiro pela metade do preço.

A ideia é atrair casais ou famílias pequenas, que poderiam dormir juntos.

Preço

A cama econômica foi desenvolvida por engenheiros da Air New Zealand. Cerca de um quarto dos assentos da classe econômica de todos os aviões que fazem as rotas de longa duração serão convertidos.

Eles ocuparão as primeiras 11 fileiras da classe econômica nos novos aviões Boeing 777-300 da empresa.

As camas econômicas estarão à venda a partir de abril.

Para se ter uma ideia dos custos, um casal viajando da Nova Zelândia para a Grã-Bretanha pagaria em torno de US$ 10,8 mil por uma "cama" na classe econômica - ou seja, US$ 5,4 mil cada um.

Passageiros que viajam deitados na classe business pagariam por volta de US$ 7,1 mil cada um pelo mesmo trajeto, e um assento comum na classe econômica custaria quase US$ 4,3 mil.

Dono de 'melhor restaurante do mundo' cria picolé de caipirinha

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A caipirinah comestível é vendida em um restaurante de Madri

O conhecido chef espanhol Ferran Adriá apresentou em um congresso de gastronomia em Madri um picolé de caipirinha.

O picolé é apresentado como parte de um aperitivo num copo com gelo picado nas bordas. O palito, de um centímetro de espessura, é cortado de cana de açúcar. Os ingredientes da caipirinha - cachaça, raspadura de lima e açúcar demerara - são congelados com uma técnica do nitrogênio líquido, desenvolvida por Adriá.

Por último, o palito é salpicado com cristais de ácido cítrico granulado e servido no copo com gelo. O coquetel deve ser mastigado para se saborear a combinação dos elementos

Adriá, dono do famoso restaurante El Bulli, tido há quatro anos consecutivos como o melhor do mundo pela Restaurant Magazine, apresentou e disponibilizou a novidade para degustação do público do Madri Fusión 2010 durante sua aula-palestra no seminário “Teatro das ideias” do fórum gastronômico.

A caipirinha comestível é vendida no seu estaurante, onde o preço médio para um jantar individual está em torno de R$ 1 mil (312 euros).

Fechamento do El Bulli

A versão moderna da caipirinha não foi a única surpresa do primeiro dia do congresso Madri Fusión.

Adriá anunciou o fechamento provisório de seu restaurante. Eleito por quatro anos consecutivos o melhor do mundo, El Bulli, estará fechado durante os anos de 2012 e 2013 para transformar-se em "laboratório de investigação da alta cozinha".

O chef espanhol disse que em “2012 El Bulli fará 50 anos e o momento exige novos desafios para terminar um ciclo e começar outro”.

Para o restaurante que só funciona durante seis meses por ano e tem média de espera para reserva de quatro meses, a proposta é reabrir em 2014 com idéias que revolucionem ainda mais a cozinha futurista de Adriá.

O congresso Madri Fusión que reúne vários dos melhores chefs do mundo promete ainda novidades em sabores e apresentações para alta cozinha, especialmente usando como ingredientes básicos champanhe, caviar, trufas e outros elementos colhidos em bosques.

No seleto clube dos participantes do evento há apenas um restaurante brasileiro: D.O.M. de São Paulo, cujo chef é o paulista Alex Atala.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Chance de encontrar extraterrestres é maior do que nunca, diz astrônomo britânico

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Telescópios de projeto para busca de vida fora da Terra

Cientistas vêm tentando há décadas detectar vida fora da Terra

As chances de se descobrir vida fora da Terra são maiores do que nunca, segundo afirma Martin Rees, o principal astrônomo britânico e presidente da Royal Society, a academia de ciências da Grã-Bretanha.

A Royal Society organiza a partir desta segunda-feira em Londres uma conferência com pesquisadores de várias partes do mundo para discutir as perspectivas de se encontrar formas de vida extraterrestres.

Segundo Rees, que em 1995 foi agraciado com o título de Astrônomo Real, uma descoberta como essa poderia representar um momento de mudança para a humanidade, alterando nossa visão de nós mesmos e de nosso lugar no cosmos.

Cientistas de todo mundo vêm analisando sinais do espaço em busca de emissões de ondas de rádio transmitidas por seres inteligentes fora da Terra, mas tudo o que conseguiram captar até hoje foi estática.

Avanços

Martin Rees

Martin Rees tem desde 1995 o título de Astrônomo Real

Para Rees, porém, o avanço tecnológico torna maior do que nunca a possibilidade de que essa busca se mostre frutífera.

“A tecnologia avançou tanto que pela primeira vez nós podemos realmente ter a esperança realista de detectar planetas não maiores do que a Terra orbitando outras estrelas”, diz Rees.

“Poderemos saber se eles têm continentes e oceanos, descobrir que tipo de atmosfera têm. Apesar de ser um longo passo para sermos capaz de descobrir sobre qualquer forma de vida nesses planetas, é um progresso tremendo ser capaz de ter algum tipo de imagem de outro planeta, semelhante à Terra, orbitando outra estrela”, observa.

Segundo ele, o envio ao espaço de telescópios capazes de detectar planetas semelhantes à Terra no entorno de estrelas distantes agora torna possível concentrar mais os esforços de busca.

“Se encontrássemos vida, mesmo a forma mais simples de vida, em outros lugares, isso seria claramente uma das maiores descobertas do século 21”, diz Rees.

“Desconfio que pode haver vida e inteligência lá fora em formas que não podemos imaginar. E poderia, claro, haver formas de inteligência aquém da capacidade humana, mais avançada do que somos avançados em relação a um chimpanzé”, afirma.

Número de vítimas no Haiti ultrapassa 150 mil, diz governo

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Vítima do terremoto é carregada em maca no Haiti

Apenas um quarto dos haitianos que precisam de comida estão recebendo ajuda, diz ONU

As autoridades haitianas informaram que a contagem de mortos do terremoto do último dia 12 já ultrapassou 150 mil e que este número continuará subindo.

O dado foi apresentado pela ministra das Comunicações, Marie-Laurence Lassegue, que alertou ser difícil fazer uma estimativa sobre o número final das vítimas fatais.

“Ninguém sabe quantos corpos estão soterrados nos escombros – 200 mil, 300 mil? Quem é que sabe a contagem total de mortos?”, disse a à agência Associated Press no domingo.

Em entrevista à BBC Brasil a ministra desmentiu a informação fornecida pela ONU de que as buscas por vítimas nos escombros tenham sido interrompidas.

“O presidente nunca interrompeu as buscas, nem o primeiro-ministro. E ontem (sábado) nós encontramos um homem vivo sob os escombros”, afirmou Lassegue à enviada da BBC Brasil Fabrícia Peixoto.

Resgates

Segundo comunicado do Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (Ocha, na sigla em inglês) publicado na sexta-feira, depois de três dias seguidos sem conseguir resgatar ninguém com vida, o governo haitiano teria declarado o fim das buscas.

Ninguém sabe quantos corpos estão soterrados nos escombros – 200 mil, 300 mil? Quem é que sabe a contagem total de mortos?

Marie-Laurence Lassegue, ministra das Comunicações do Haiti

Até então, 132 pessoas haviam sido salvas dos escombros no país.

Além delas, duas vítimas foram resgatadas com vida na própria sexta-feira. Emmannuel Buso, de 21 anos, e Marie Carida, de 84, foram salvos dez dias depois do terremoto.

Horas depois do suposto fim das buscas, outra vítima foi retirada dos escombros com vida. Wismond Exantus, de 24 anos, sobreviveu porque se refugiou sobre uma mesa quando o hotel em que trabalhava desmoronou. Ele passou 11 dias se alimentando de biscoitos e Coca-Cola.

Transferência

As autoridades haitianas vêm estimulando a população de Porto Príncipe a deixar a capital rumo a outras regiões menos afetadas pelo terremoto.

O Ocha informou que cerca de 225 mil pessoas já usaram o transporte gratuito fornecido pelo governo para deixar a região.

Enquanto isso, 800 mil desabrigados permanecem em acampamentos improvisados na região de Porto Príncipe.

Segundo a ONU, embora meio milhão de haitianos venham recebendo alimento doado pela comunidade internacional, o número total de pessoas que precisem de comida deve chegar a 2 milhões.

A entidade também relata que 90% das escolas da capital e 60% no entorno foram destruídas pelo terremoto, afetando cerca de 500 mil crianças.

Ajuda brasileira

Ao contrário do que a mídia pode pensar, o Brasil não está preocupado com a liderança regional, mas sim em ajudar o Haiti

Celso Amorim, ministro das Relações Exteriores

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse no sábado, durante visita ao Haiti, que o Brasil não está preocupado com a liderança regional, mas sim com a reconstrução do Haiti.

“Ao contrário do que a mídia pode pensar, o Brasil não está preocupado com a liderança regional, mas sim em ajudar o Haiti, com respeito aos mandatos internacionais e com respeito ao governo do Haiti”, disse o ministro brasileiro.

Para Amorim, “é importante que o povo do Haiti sinta que seu governo, o governo que ele elegeu, é o governo que está conduzindo (o processo de reconstrução), naturalmente com o apoio da comunidade internacional”.

O chanceler revelou também que o Brasil deve fornecer mais US$ 15 milhões ao país caribenho. O país já havia aprovado um auxílio com o mesmo valor logo depois do terremoto, dos quais US$ 5 milhões já estão com as Nações Unidas.

O ministro segue nesta segunda-feira para Montreal, no Canadá, onde participará de uma conferência da comunidade internacional para discutir os planos de reconstrução do Haiti.

Apresentadora britânica tenta cruzar Amazonas de caiaque

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Helen Skelton em seu caiaque no início da travessia

Helen Skelton começou a travessia na última quarta-feira

A apresentadora de um programa infantil da BBC quer navegar mais de 3 mil quilômetros pelo rio Amazonas remando sozinha em um caiaque.

Helen Skelton, de 26 anos, apresentadora do programa Blue Peter, iniciou o desafio na semana passada em Nauta, no Peru, e espera concluir a travessia até Almeirim, no Brasil, em seis semanas.

Se concluir a navegação dos 3.235 quilômetros planejados, Skelton deverá ter seu feito reconhecido pelo Guinnes World Records como a maior travessia solo em caiaque.

A travessia faz parte de um desafio britânico bienal chamado Sport Relief, no qual personalidades são encorajadas a realizar feitos esportivos e arrecadar doações para ajudar pessoas necessitadas.

Jiboias, piranhas e jacarés

Helen Skelton antes da travessia, ao lado do rio Amazonas

A apresentadora diz não se preocupar com os desafios da travessia

No trajeto pelo Amazonas, Skelton poderá encontrar jiboias de seis metros de comprimento, cardumes de piranhas e jacarés, além de estar exposta a um ambiente com alto risco de infecção por malária.

Apesar disso tudo e de não ter experiência prévia em grandes travessias em caiaque, ela não diz não estar assustada com o desafio.

"As pessoas dizem que isso não pode ser feito, mas preocupar-me com isso não vai tornar a travessia mais fácil ou encurtar a distância”, disse ela, antes de iniciar a descida do rio.

“Até dois meses atrás, eu só tinha entrado uma vez em um caiaque”, diz a apresentadora.

Ela diz esperar que sua travessia incentive outras pessoas a deixar suas “zonas de conforto” para seguir seu exemplo.

Suspensão de TV provoca protestos pró e anti-governo na Venezuela

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Estudantes durante protesto contra suspensão da RCTV em Caracas

Estudantes fizeram passeata até a sede da Conatel para protestar

A retirada do canal venezuelano RCTV do ar pela segunda vez em menos de três anos, no domingo, provocou fortes manifestações de opositores e simpatizantes do presidente Hugo Chávez em Caracas e outras cidades da Venezuela nesta segunda-feira.

Um jovem de 15 anos, que participava de uma manifestação pró-governo no Estado de Mérida, teria morrido ao ser atingido por disparos, segundo afirmou o ministro do Interior, Tareck El Aissami.

O governo suspendeu o sinal da RCTV e de outros seis canais internacionais na TV a cabo na madrugada de domingo, alegando que eles desrespeitaram as novas regras que determinavam a transmissão de cadeias nacionais e mudanças no conteúdo de publicidade.

A RCTV já havia deixado de operar como TV aberta em 2007, quando o governo venezuelano decidiu não renovar a licença. A emissora, então uma das mais populares do país, era acusada pelo governo de ter participado da conspiração que levou ao frustrado golpe de Estado contra Chávez em abril de 2002.

O governo venezuelano afirmou nesta segunda-feira que os canais que tiveram seus sinais suspensos poderão voltar ao ar se cumprirem com as condições oficiais.

Em Washington, o embaixador venezuelano para a Organização dos Estados Americanos (OEA), Roy Chaderton, rechaçou um comunicado da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), que condenou neste fim de semana a suspensão da RCTV.

Para Chaderton, a CIDH tentou “comprazer uma vez mais os incuráveis golpistas, representantes da ditadura midiática venezuelana e da ultra-direita interamericana” com sua condenação à atitude do governo venezuelano.

'Atentado às liberdades'

Em Caracas, nesta segunda-feira, estudantes de diversas universidades fecharam várias avenidas desde a manhã, e no início da tarde se reuniram em uma praça do leste da cidade para dali seguir em passeata até a sede da Conatel (Comissão Nacional de Telecomunicações) para protestar contra a medida, classificada por eles como “um atentado às liberdades, especialmente à de expressão”.

Mas em frente à Conatel se reuniu também outro grupo de estudantes, simpatizantes do governo, com o objetivo de apoiar a decisão da Conatel. Para este grupo, a decisão “segue sem condições o Estado de Direito”.

Um cordão policial separava os dois grupos, antes de a manifestação opositora ser dissolvida com bombas de gás lacrimogêneo. Alguns estudantes teriam ficado feridos e acusam os simpatizantes do governo de lançar garrafas e pedras em sua direção.

No Estado de Anzoátegui, no leste do país, outro protesto estudantil também terminou com bombas de gás lacrimogêneo e disparos de balas de borracha.

No outro extremo do país, na cidade de Mérida, capital do Estado de mesmo nome, além do estudante cuja morte foi anunciada pelo governo, nove policiais também teriam ficado feridos.

Críticas

Diversos setores da sociedade venezuelana, como a Igreja Católica, se pronunciaram contra a medida que tirou a RCTV do ar pela segunda vez.

“Acompanhamos todas aquelas pessoas que tenham sido vítimas de perseguições por terem expressado seu pensamento ou ideologia”, disse o presidente da Conferência Episcopal Venezuelana, monsenhor Ubaldo Santana.

Em um programa transmitido pela TV estatal Venezolana de Televisión, o diretor da Conatel, Diosdado Cabello, disse que o organismo está elaborando um regulamento para permitir que os canais afetados pela suspensão no domingo retornem ao ar, desde que cumpram algumas condições.

Entre as condições está a assinatura de um compromisso para transmitir as cadeias oficiais e outras exigências do governo por pelo menos quatro meses, período durante o qual a Conatel avaliaria novamente a programação para reconsiderar se os canais afetados transmitem programação nacional ou internacional – os canais considerados internacionais não precisariam seguir as normas.

“Que coincidência que de 105 canais que foram analisados, 104 cumprem com as normas e só um, a RCTV, está contra o que está estabelecido nas leis”, afirmou Cabello.

Até o momento, a posição da RCTV tem sido a de não negociar com o governo. A emissora espera pelo resultado de uma liminar pedida ao Supremo Tribunal de Justiça para que se respeite sua condição de canal internacional, o que o governo nega.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

A partir de julho, máquinas de cartão de crédito devem aceitar todas as bandeiras

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Mudança ocorre com o fim da exclusividade mantida pela empresa que opera as transações
As Máquinas de cartão de crédito usadas em estabelecimentos comerciais deverão passar a aceitar todas as bandeiras a partir d o mês de julho. A mudança decorre do fim da exclusividade mantida pela empresa que opera as transações entre o comércio e os bancos.


Com a modificação nas máquinas o custo para a obtenção dos equipamentos deve diminuir para os comerciantes.


Segundo analistas o usuário ganhará com a maior concorrência e o eventual repasse aos preços da economia para os comerciantes.

Cédulas do real terão primeira reforma

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BRASÍLIA - O Banco Central planeja fazer ainda neste ano mudanças em todas as cédulas de real. Será a primeira vez que as notas serão revistas de uma só vez desde que a moeda foi instituída, em 1994. O objetivo é melhorar ainda mais a segurança do dinheiro brasileiro, evitando falsificações, e facilitar a identificação por parte da população, mostra reportagem de Patrícia Duarte, publicada neste domingo pelo jornal O GLOBO.

Das alterações em estudos, tem a simpatia geral a que prevê a diferenciação de cada nota por tamanho. Quanto menor o valor, menor será o tamanho - o que é muito importante para que deficientes visuais possam saber, com mais agilidade, com que nota estão lidando.

Na área de coloração, um mecanismo em estudo é o uso de uma impressão que, quando se mexe a cédula, os tons de cores mudam. Além disso, poderão ser incluídas impressões que aparecem somente com a incidência de determinados raios ou luzes. As propostas são inspiradas nas cédulas já consideradas bastante modernas, como o dólar americano e o euro. Mas não haverá nenhuma mudança nas moedas metálicas.

- O real está merecendo upgrades. A tecnologia para fazer o real era a mesma desde que ele foi criado - afirmou ao GLOBO uma importante fonte ligada aos estudos.

‘Divórcio’ de cisnes intriga veterinários britânicos

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Cisnes da reserva de Slimbridge

Os cisnes normalmente mantêm o mesmo parceiro a vida toda

Um raro caso de “divórcio” entre cisnes observado em uma reserva natural para aves no centro da Grã-Bretanha está intrigando os especialistas.

Os cisnes normalmente mantêm um único parceiro pela vida toda.

Mas um casal de cisnes surpreendeu os veterinários da reserva de Slimbridge, no condado de Gloucestershire, ao retornar ao local em sua migração de inverno com parceiros diferentes dos que tinham na temporada do ano passado.

Casos de cisnes que encontram novos parceiros após a morte do parceiro anterior não são incomuns.

Mas os veterinários do centro dizem que esta é apenas a segunda vez em mais de 40 anos que um “divórcio” como esse foi observado entre os mais de 4 mil casais de cisnes que passaram pela reserva no período.

Os veterinários descreveram a situação como “bizarra”.

Suspeitas

As primeiras suspeitas sobre a ocorrência rara foram levantadas quando o cisne macho Sarindi retornou da migração anual para o ártico russo sem sua parceira por dois anos, Saruni, e trazendo uma nova fêmea à tiracolo, batizada de Sarind.

A chegada do casal levou os veterinários da reserva a temerem que Saruni havia morrido.

Mas pouco depois Saruni chegou à reserva, trazendo um novo macho, Surune.

Após observá-los, os especialistas concluíram que o relacionamento antigo havia acabado e que novos teriam começado.

Surpresa

Julia Newth, pesquisadora de vida selvagem do centro Slimbridge, disse que a situação surpreendeu os funcionários da reserva.

Segundo ela, os cisnes tendem a manter “verdadeiras lealdades” e longos relacionamentos.

“Enquanto ambos estiverem vivos, eles tentarão se manter juntos. Se eles mudam de parceiros, normalmente é em consequência da morte de um deles, não por escolha própria”, explica.

Segundo ela, o casal antigo não tomou conhecimento um do outro com nenhum sinal de reconhecimento ou de cumprimento, embora eles estejam ocupando a mesma parte de um pequeno lago da reserva.

Questionada sobre a razão da separação, ela diz: “Uma possível razão é a incapacidade para reproduzir, já que eles estavam juntos havia dois anos, mas nunca tiveram filhotes. Mas é difícil dizer a razão com certeza”.

Equipes resgatam 15 corpos do mar após queda de Boeing no Líbano

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Autoridades libanesas disseram que já foram resgatados 15 corpos de vítimas da queda da aeronave da Ethiopian Airlines, que caiu no mar com 92 pessoas a bordo na madrugada desta segunda-feira logo após decolar do aeroporto de Beirute, no Líbano.

O avião, um Boeing 737, levava 83 passageiros e 9 tripulantes.

Testemunhas disseram ter visto uma bola de fogo no céu antes de o avião cair.

A aeronave desapareceu das telas dos radares cerca de cinco minutos após a decolagem, ocorrida em meio a uma tempestade por volta das 2h30 no horário local (22h30 de domingo em Brasília).

O governo do Líbano mobilizou uma grande operação de resgate. Forças navais e helicópteros do Exército libanês e das tropas de paz das Nações Unidas buscam por sobreviventes.

Segundo o ministro dos Transportes e Obras Públicas, Ghazi Aridi, a aeronave caiu a cerca de 3,5 km da costa da cidade libanesa de Naameh, ao sul da capital.

Equipes de resgate disseram à mídia local que o avião pode ter afundado a uma profundidade de 500 metros. Um porta-voz do Exército disseram que o mar agitado e o mau tempo, com chuva e vento forte, estão dificultando o trabalho das equipes de resgate.

Segundo o Ministério da Informação, até agora foram resgatados 15 corpos.

Alguns destroços da aeronave também foram recuperados.

Uma equipe de investigação foi enviada ao local para tentar determinar as causas do acidente.

O presidente do Líbano, Michel Suleiman, descartou um atentado terrorista.

“O incidente é doloroso, mas um ato de sabotagem, até agora, é pouco provável. Uma investigação minuciosa determinará a causa da queda do avião”, disse Suleiman em uma conferência de imprensa.

O primeiro-ministro Saad Hariri declarou a segunda-feira como feriado nacional de luto pelas vítimas.

A sessão no Parlamento libanês desta segunda-feira foi cancelada. O Ministério da Educação também determinou que escolas e universidades cancelassem as aulas para hoje.

Parentes das vítimas procuravam desesperadas por informações no aeroporto de Beirute.

O governo libanês ordenou que equipes de assistência prestassem ajuda aos familiares das vítimas.

A maioria dos passageiros a bordo do voo ET409, que tinha como destino a capital da Etiópia, Adis-Abeba, era de cidadãos libaneses e etíopes.

Mas a empresa aérea disse que também estavam na aeronave cidadãos do Reino Unido, Turquia, França, Rússia, Canadá e Síria.

Entre os passageiros, estava a mulher do Embaixador francês em Beirute, Marla Peitton.

A Etiópia e o Líbano mantêm fortes laços comerciais, e milhares de etíopes trabalham no país árabe como empregados domésticos.

A Ethiopian Airlines opera um voo regular entre Adis-Abeba e Beirute.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Buscas se encerram no Haiti após 2 novos resgates

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Soldado francês checa o pulso de Marie Carida, de 84 anos, resgatada nesta sexta-feira

Marie Carida, de 84 anos, foi resgatada em estado grave nesta sexta-feira

O governo do Haiti declarou encerrada a fase de buscas e resgate de vítimas do terremoto que devastou o país na semana passada, segundo comunicado divulgado neste sábado pela Organização das Nações Unidas (ONU).

A decisão foi tomada mesmo após o resgate com vida, na sexta-feira, de duas novas vítimas, após passarem dez dias sob os escombros.

Uma das vítimas era uma mulher de 84 anos, retirada em estado grave das ruínas de sua casa na capital haitiana, Porto Príncipe, com uma severa desidratação e ferimentos profundos.

Segundo os membros da equipe que a resgataram, ela mal se mexia, tinha ferimentos por todo o corpo e vermes, que se alimentam de carne em decomposição. Ela foi levada ao hospital principal de Porto Príncipe.

Uma equipe de resgate israelense também retirou mais tarde um homem de 22 anos dos escombros de sua casa. Ele saiu debilitado, mas em condição estável, e contou ter sobrevivido bebendo a própria urina.

Ele ficou preso em um bolsão de ar criado pelos móveis de sua casa que caíram sobre ele quando o imóvel desabou.

Mortes confirmadas

O Ministério do Interior haitiano divulgou nesta sexta-feira o número oficial de 111.499 mortes confirmadas no terremoto de magnitude 7 que atingiu a região da capital do país no dia 12 de janeiro.

Estima-se, porém, que o número final de mortos possa chegar a 200 mil.

Segundo o comunicado do Ministério do Interior, ao menos 193.891 pessoas ficaram feridas com o tremor, que afetou ao menos 3 milhões de pessoas, de acordo com estimativas da ONU.

Cerca de 610 mil pessoas estão desabrigadas e vivendo em campos improvisados na capital, segundo o governo.

Na quinta-feira, o governo haitiano havia anunciado a transferência de 400 mil pessoas para campos de desabrigados em outras cidades do país menos afetadas.

Segundo a estimativa da ONU, mais de 130 mil pessoas desabrigadas já deixaram a capital, aproveitando as ofertas do governo de transporte gratuito para cidades no norte e no sudoeste do país.

Ajuda humanitária

O comunicado das Nações Unidas deste sábado afirma ainda que os esforços de ajuda humanitária deverão ser intensificados nas cidades afetadas pelo tremor.

Muitas vítimas do terremoto reclamam que a ajuda não tem chegado até elas. Em muitos campos de desabrigados, falta água potável, e a distribuição de alimentos é difícil.

Apesar disso, a vida em Porto Príncipe começa a voltar à rotina, com lojas abrindo e ônibus voltando a circular.

Mas as preocupações com segurança permanecem. Na sexta-feira, o chefe da polícia na região da favela Cité Soleil, Aristide Rosemont, apelou por ajuda para combater a violência na região, após relatos de saques e roubos.

Cerca de 5 mil prisioneiros conseguiram fugir da principal cadeia de Porto Príncipe durante o terremoto. Muitos deles seriam membros de gangues criminosas de Cité Soleil e teriam retornado à favela.

Show

O ator americano George Clooney organizou um evento nesta sexta-feira para arrecadar fundos para as vítimas do terremoto que devastou o Haiti na semana passada.

Músicos como Sting, Madonna, Bruce Springsteen, Beyoncé, Bono e Justin Timberlake se apresentaram em palcos em Nova York, Los Angeles e Londres.

O evento contou com a participação de todas as redes de TV americanas, e as músicas apresentadas estarão disponíveis para venda no site iTunes.

Todos os cachês e lucros obtidos com a produção serão revertidos para fundos de ajuda para o Haiti.