quarta-feira, 8 de julho de 2009

Atletas deveriam beber cerveja todo dia, diz estudo

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Cerveja

O estudo espanhol levou em conta o consumo de calorias de atletas

Além de matar a sede e relaxar, a cerveja ajuda na recuperação após a prática esportiva. A afirmação é do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC) da Espanha, que apresentou um estudo defendendo o consumo moderado da cerveja para os atletas como fonte de hidratação diária.

O estudo "Idoneidade da cerveja na recuperação do metabolismo dos desportistas", apresentado nesta terça-feira, foi baseado em relatórios e pesquisas de especialistas em medicina, fisiologia e nutrição da Universidade de Granada com o aval do CSIC.

Segundo o documento, os componentes da cerveja ajudam na recuperação do metabolismo hormonal e imunológico depois da prática desportiva de alto rendimento e também favorece a prevenção de dores musculares.

A tese é defendida pelo cardiologista e ex- jogador de basquete da seleção espanhola, Juan Antonio Corbalán, medalha de prata nas Olimpíadas de Los Angeles (1984).

O estudo foi realizado em dois anos e recomenda o consumo de três tulipas de 200 ml de cerveja (ou de 20g a 24g de álcool) para homens e duas para mulheres (10g a 12g) por dia; volume que os autores do relatório definem como moderada.

Cerveja ou suco de laranja

De acordo com os pesquisadores, a cerveja contém 95% de água e é a bebida alcoólica com menor gradação (5% em média). Uma tulipa de 200 ml possui 90 calorias, o mesmo que um copo de suco de laranja.

Para chegar a essa conclusão de consumo na dieta de desportistas, os cientistas fizeram pesquisas com 16 atletas universitários com idades entre 20 e 30 anos, em boa forma física e que alcançavam uma velocidade aeróbica máxima (VAM) de 14 km/h.

Além disso, todos deveriam ser consumidores habituais e moderados de cerveja, manter uma dieta mediterrânea, não ter hábitos tóxicos nem antecedentes familiares de alcoolismo.

Os testes foram feitos durante três semanas em baterias diárias de uma hora de corrida, sob calor de 35º, 60% de umidade relativa e duas horas de pausa para hidratação.

Nesse intervalo os atletas bebiam água ou cerveja (máximo de 660 ml), alternando as bebidas em cada pausa de hidratação para comparar resultados.

'Tão boa quanto água'

A conclusão foi que a cerveja permitia recuperar as perdas hídricas e as alterações do metabolismo tão bem quanto a água.

Os cientistas usaram parâmetros indicativos como: composição corporal, inflamatórios, imunológicos, endócrino-metabólicos e psico-cognitivos (coordenação, atenção, campo visual, tempos de percepção-reação, entre outros) para comprovar que o álcool não afetava a atividade de hidratação.

O estudo destaca ainda que a cerveja contém substratos metabólicos que substituem algumas substâncias perdidas durante o exercício físico como aminoácidos, minerais, vitaminas e antioxidantes.

Mas apesar desta defesa do consumo da cerveja, os pesquisadores espanhóis afirmam que o consumo nunca deve passar da moderação, porque o excesso de álcool não se metaboliza e, por isso, afeta o sistema nervoso central.

No caso dos desportistas a recomendação do relatório é beber durante as refeições. Nunca momentos antes de praticar exercícios nem logo depois.

O intervalo indicado para a cervejinha da hidratação é de duas horas antes ou depois de suar.

Google desafia Windows e anuncia sistema operacional

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Logo do Chrome

Novo sistema operacional é desafio direto ao Windows, da Microsoft

A gigante de softwares Google está desenvolvendo um sistema operacional para computadores pessoais, em um desafio direto ao líder de mercado, o Windows, desenvolvido pela Microsoft.

O Google Chrome OS (operating system) será voltado inicialmente para netbooks, computadores portáteis menores, mais baratos e com menos recursos que os laptops.

Máquinas equipadas com o Google Chrome OS devem estar no mercado em meados do ano que vem. A idéia é, no futuro, usar o sistema operacional também em PCs.

"Rapidez, simplicidade e segurança são os aspectos-chave do Google Chrome OS", anunciou a empresa em seu blog oficial. Segundo a Google, o sistema operacional será uma "extensão natural" do seu navegador de internet, Chrome.

O novo sistema operacional será um software de código aberto (open source). Para a Microsoft, a notícia vem poucos meses antes do lançamento da nova versão do seu sistema, o Windows 7.

Volta aos princípios

Os autores do post, Sundar Pichai, vice-presidente de produtos do Google, e Linus Upson, diretor-engenheiro da empresa, disseram que o novo sistema foi desenhado "para ser rápido e leve, iniciar e levá-lo para a internet em questão de segundos".

"Os sistemas operacionais que os usuários têm à disposição foram desenhados em uma era em que não havia a rede", eles argumentaram, acrescentando que o Chrome OS é "nossa tentativa de repensar o conceito de sistemas operacionais".

A pesquisa levou os programadores de volta aos princípios, afirmaram. "Estamos redesenhando completamente a arquitetura de segurança subjacente do sistema, de forma que os usuários não tenham que lidar com vírus, programas malignos e atualizações de segurança."

Para a Google, um sistema operacional "tem simplesmente que funcionar".

A gigante de software já possui um sistema operacional para telefones celulares, que também pode ser usado em netbooks. O Chrome OS será voltado também para laptops e computadores de mesa de usuários que passam muito tempo conectados.

Competitividade

O anúncio pode mudar dramaticamente o mercado de sistemas operacionais, especialmente o nicho da Microsoft, cuja participação nele é de cerca de 90%.

"Este é um grande anúncio", disse um analista, Rob Enderle, presidente do grupo Enderle. "É a primeira vez que temos no mercado um sistema operacional competitivo de fato. Este tem o potencial de balançar as coisas e é a primeira tentativa real de fazer frente à Microsoft."

O analista disse à BBC que "a Google está chegando (neste nicho) de cabeça fresca", e que o Chrome OS "é o primeiro sistema operacional pós-internet, baseado em uma série de serviços da web, desenhado de baixo para cima e repensado para um mundo conectado".

No ano passado, a empresa lançou seu navegador Chrome, anunciado como para "pessoas que vivem na web - procurando informações, checando emails, acompanhando as noticias, comprando ou simplesmente mantendo o contato com os amigos".

Para Stephen Shankland, da CNET, o lançamento tem grandes implicações.

Isto é a Google soltando a mãe de todas as bombas sobre sua rival, a Microsoft.

MG Siegler, do blog TechCrunch

"Uma é mostrar quão séria é a proposta da Google de tornar a rede uma base não apenas para páginas estáticas, mas aplicativos ativos, especialmente os seus próprios, Google Docs e G-mail", ele afirmou.

"Outra é iniciar uma nova competição com a Microsoft e, potencialmente, dar uma nova razão para autoridades de regulação da concorrência prestarem atenção aos passos da Google."

Para outros analistas, as motivações da Google são bastante claras.

"Um dos principais objetivos da Google é tirar a Microsoft (do mercado), destruir sistematicamente a sua participação no mercado", disse Enderle. "A Google quer eliminar a Microsoft e esta é uma batalha única. A estratégia é boa. A grande questão é: será que vai funcionar?"

Em um blog popular, TechCrunch, o autor de uma postagem sobre o tema, MG Siegler, disse que é preciso "ser claro sobre o que isto realmente é".

"Isto é a Google soltando a mãe de todas as bombas sobre sua rival, a Microsoft."

A companhia de Bill Gates deve lançar o seu Windows 7 no fim deste ano para substituir o Windows Vista e o Windows XP, que já tem oito anos. Segundo a empresa, hoje 96% dos netbooks funcionam com Windows.

Garoto que 'não tem fome' se alimenta por tubo no estômago

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Joe Bell

Joe se alimenta por tubo, mas está aprendendo a engolir alimentos

A família de um garoto britânico de dois anos que nasceu com uma disfunção rara - a falta quase total de apetite - está fazendo uma campanha para tentar conscientizar outras pessoas sobre o problema.

O garoto Joe Bell, de Aspatria, no condado de West Cumbria, norte da Inglaterra, tem hiperinsulinismo congênito, decorrente da produção excessiva do hormônio insulina pelo pâncreas. Com isso, os níveis de açúcar no corpo caem a "níveis perigosos". A disfunção pode ser fatal.

A família diz que precisa alimentá-lo três vezes ao dia através de um tubo no estômago, porque um dos efeitos colaterais do hiperinsulinismo congênito é "praticamente" uma ausência de fome.

"Desde o primeiro momento em que nasceu, ele nunca se interessou pela amamentação", disse a mãe de Joe, Vicky Bell. "Depois de algumas horas no hospital, os níveis de açúcar no sangue dele foram testados e eram praticamente imperceptíveis."

Vicky contou à BBC sobre a dificuldade de alimentar seu filho, e como os médicos chegaram à conclusão de que o tubo estomacal era a melhor solução.

"Nos primeiros dez meses depois que saímos do hospital, ele tinha um tubo que descia pelo nariz até o estômago para alimentá-lo, porque simplesmente não tinha fome", relatou.

"Mas ele continuava tirando o tubo, por isso os médicos acharam melhor que o tubo passasse pela barriga."

Segundo Vicky, "agora tudo é muito natural, e Joe aceita tudo que fazemos".

Esperança

Joe Bell

Quando nasceu, nível de açúcar no sangue de Joe era 'imperceptível'

A mãe disse que, hoje em dia, Joe já está se acostumando a, simplesmente, engolir a comida, mesmo que não tenha fome. Ela tem esperança de que o filho "se livre" do problema no futuro.

Vicky organizou um evento, a ser realizado em agosto, para levantar recursos para o Children's Hyperinsulinism Fund, que financia a pesquisa e promove a troca de informações sobre o hiperinsulinismo na Grã-Bretanha.

Joe está sendo tratado em dois hospitais diferentes, o Great Ormond Street, em Londres, e o Royal Manchester.

A enfermeira especialista do hospital infantil de Manchester, Linsey Rigby, disse que o hiperinsulinismo é "controlável" com o paciente em casa, mas que achar uma solução pode requerer "um longo período no hospital, para que os médicos encontrem a melhor maneira de gerenciar a condição da criança".

"Talvez seja necessária uma cirurgia ou talvez a criança tenha de tomar uma série de medicamentos em casa", ela afirmou. "Mas é pedir demais que os pais administrem toda a medicação que prescrevemos."

Parque britânico oferece R$ 160 mil por ano para emprego de 'bruxa'

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Estátua de bruxa no Wookey Hole (Foto: Divulgação)

Parque quer recriar clima da Idade das Trevas em suas cavernas

Um parque temático da Grã-Bretanha está oferecendo um salário anual de 50 mil libras (cerca de R$ 160 mil) para quem quiser o emprego de bruxa.

Em anúncio colocado em agências de emprego e em jornais do país, o parque Wookey Hole, em Somerset, descreve o candidato ideal: "Ele precisa saber gargalhar e não pode ser alérgico a gatos".

Segundo a administração da atração, o emprego consiste em "morar em uma caverna, agir como bruxa e fazer o que as bruxas fazem".

"O Wookey Hole quer que a pessoa siga com seus afazeres diários como uma feiticeira, para que os visitantes que passem pelas cavernas captem o espírito de como o lugar era na Idade das Trevas", disse Daniel Medley, representante do parque.

Em um texto colocado no site da atração, naquela época, uma velha morava nas cavernas do local com algumas cabras e um cachorro. "Diz a lenda que ela provocou vários problemas de saúde pública, como doenças, o estrago de plantações e até azendando o leite local", afirma o texto.

Sem discriminação

A vaga foi aberta depois que a atual bruxa se aposentou.

Devido a leis britânica contra a discriminação sexual, o parque não pode exigir que o posto seja ocupado por uma mulher.

O site do Wookey Hole afirma que os candidatos podem ser homens, mulheres e "transgêneros".

O processo de seleção deve incluir uma entrevista e um teste de tarefas no próprio parque no dia 28 de julho.

Uma representante do local disse à BBC Brasil que até agora a resposta aos anúncios foi "muito maior que a esperada".

"Tivemos até candidatos dos Estados Unidos", afirmou.

A maior parte do trabalho deve se concentrar nas férias de verão, na época do Halloween e nas festas de fim de ano.