domingo, 16 de agosto de 2009

'Fora Sarney' reúne cerca de 500 pessoas na Paulista

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Marcha ocupou pistas da avenida Paulista, na região da Consolação
Marcha ocupou pistas da avenida Paulista, na região da Consolação

Hermano Freitas

Direto de São Paulo


Cerca de 500 manifestantes, segundo estimativa da Polícia Militar (PM), fizeram em São Paulo uma marcha em protesto contra a corrupção no Senado Federal e pela saída do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP). O protesto terminou por volta das 16h no saguão do Masp com os participantes cantando em coro o Hino Nacional.

O protesto começou por volta das 14h e percorreu o trajeto do Masp até a rua Bela Cintra e de volta ao museu. Alguns manifestantes apareceram com os rostos pintados e outros, usando nariz de palhaço. Eles levavam cartazes com as expressões "Fora Sarney" e "Sarney, você está demitido". Dezenas de motoristas que passaram pela região buzinaram em apoio aos manifestantes.

A PM acompanhou a manifestação com carros e motos, tentando manter a fluidez do tráfego. A maioria das pessoas presentes era jovem, grande parte, estudantes. Uma das faixas erguidas pelos manifestantes indicava a participação da Assembleia Nacional dos Estudantes Livre (Anel).

Na altura do parque Trianon, os participantes da manifestação aproveitaram o ensaio da bateria da Cásper Libero para angariar mais participantes. Marcelo Macedo, 22 anos, estudante de Publicidade e Propaganda, disse que gostou da experiência.

"Fazia muito tempo que não víamos um protesto contra os políticos deste tamanho", disse ele.

A professora de Espanhol Fernanda Cassain, 30 anos, afirmou que o protesto é diferente dos ocorridos na época do impeachment do ex-presidente e agora senador Fernando Collor (PTB-AL), porque naquela época os estudantes queriam matar aula e hoje, em um sábado, não se pode dizer o mesmo. "Veja ao ponto que chegou a indignação para tirar esses jovens da internet e levá-los à rua", disse.

O ator Adilson Martins, 39 anos, também ressaltou o fato de que o protesto saiu do mundo virtual e disse que o movimento ganhou força a partir da detenção de estudantes na quinta-feira durante um protesto no Senado. "A indignação extrapolou a internet e ganhou as ruas", afirmou ele.

Distribuindo narizes de palhaço, a publicitária Ana Lúcia Paes, 43 anos, aproveitava para divulgar sua ONG, que é chamada Rir para Não Chorar. "Estou aqui porque estou indignada", disse.

Ao final do protesto, no saguão do Masp, os participantes prometeram se reunir de novo no sábado que vem, no mesmo horário, com o compromisso de cada um trazer cinco amigos para dar mais corpo ao protesto.

Sarney é acusado de cometer irregularidades na administração do Senado, empregar pessoas ligadas à sua família e desviar dinheiro público por meio de uma fundação que leva o seu nome. Onze pedidos para investigar as dénúncias contra ele foram apresentados no Conselho de Ética do Senado, mas todos foram arquivados pelo presidente do órgão e aliado de Sarney, Paulo Duque (PMDB-RJ).

Bancos italianos dão empréstimo em troca de parmesão

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Parmesão

O valor de um bloco de parmesão pode chegar a US$ 430

Um grupo de bancos italianos apresentou uma solução criativa para um problema antigo: como dar empréstimos para pessoas que não têm bens valiosos para oferecer como garantia. Eles agora aceitam queijos como garantia.

Alguns bancos estão aceitando queijos parmesão em troca dos empréstimos e já têm estocados milhares de quilos do valorizado produto.

Se os devedores não pagam o empréstimo, os bancos vendem o queijo.

O banco Credito Emiliano, no norte da Itália, é um desses bancos, oferecendo emprestar dinheiro vivo em troca de blocos de queijo parmesão.

Os cofres do banco já têm 400 mil blocos de parmesão guardados.

Cada um desses blocos vale aproximadamente US$ 430, o que significa que o banco tem cerca de US$ 170 milhões guardados em forma de queijo.

O objetivo do novo empréstimo garantido por queijo é ajudar os pequenos produtores locais que enfrentem dificuldades financeiras.

Cerveja pode fortalecer ossos de mulheres, diz estudo

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Cerveja

Hormônio presente na cerveja pode ser responsável por efeito em ossos

Mulheres que bebem quantidades moderadas de cerveja podem fortalecer seus ossos, segundo um estudo de pesquisadores espanhóis.

O estudo com cerca de 1.700 mulheres, publicado na última edição da revista científica Nutrition, verificou que a densidade dos ossos era melhor em mulheres que bebiam regularmente do que em mulheres que não bebiam.

Mas a equipe de pesquisadores adverte que o efeito pode ser mais ligado a hormônios de plantas presentes na cerveja do que ao álcool.

Especialistas também sugeriram cautela em relação è descoberta. Eles advertem que o consumo diário de mais de duas unidades de álcool prejudica a saúde dos ossos.

A osteoporose, condição na qual a densidade dos ossos fica menor, deixando a pessoa mais suscetível a fraturas, é um problema comum em mulheres após a menopausa.

Força dos ossos

Os cientistas vêm pesquisando possíveis suplementos que possam ajudar as mulheres a manter a força de seus ossos após a meia idade.

Os autores do novo estudo, da Universidade de Extremadura, na Espanha, disseram não recomendar que as mulheres comecem a beber cerveja para fortalecer seus ossos, mas sugeriram que novos estudos sejam feitos com um ingrediente da cerveja chamado fitoestrogênio.

Para a pesquisa, eles recrutaram voluntárias com uma idade média de 48 anos e usaram ultrassom para medir a densidade dos ossos em seus dedos das mãos.

Os resultados foram comparados, levando-se em conta fatores como peso, idade e consumo de álcool.

Mulheres definidas como consumidoras “leves” ou “moderadas” de cerveja – até 280 gramas de álcool por semana, ou o equivalente a até cinco unidades por dia – tinham uma densidade óssea maior na média do que as abstêmias.

O resultado da pesquisa está de acordo com outros estudos anteriores, incluindo um conduzido no Hospital St. Thomas, em Londres, que sugeriu que beber em média oito unidades de álcool por semana pode ser benéfico.

Porém especialistas advertem que é difícil estabelecer um limite certo entre uma dose “saudável” de álcool e uma prejudicial.

O limite máximo estabelecido pelo estudo espanhol, de 35 unidades por semana, é o dobro do máximo recomendado para as mulheres.