quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Protesto de motoristas prejudica transporte na zona norte de SP

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Ônibus da Sambaíba estão na garagem; a empresa atende diariamente 620 mil pessoas

Apesar da previsão de retorno ao trabalho às 6 horas desta quinta-feira (5), os motoristas e cobradores da Viação Sambaiba, uma das principais que atua na zona norte de São Paulo, continuam parados. Os ônibus permanecem nas quatro garagens da empresa.

A Sambaíba opera 140 linhas entre bairros da região norte paulistana e a região central da cidade, com 1.500 ônibus. A previsão é de que haveria uma paralisação, a partir das 4h, com a retomada do serviço às 6h. Em nota, o sindicato da categoria alega desrespeito à convenção coletiva de trabalho como o motivo do protesto.

Uma das reclamações é a falta do adiantamento de 60% do salário para quem sofre acidente do trabalho, fica doente ou tem de ser afastado pelo INSS. Os trabalhadores também alegam ainda problemas com o vale-refeição e o superfaturamento em orçamentos referente a danos nos veículos.

A Viação Sambaíba atende cerca de 620 mil usuários nos bairros de Santana, Tucuruvi, Fraguesia do Ó, Vila Guilherme e Vila Maria, entre outros. Para tentar minimizar os problemas, a SPTrans, empresa municipal que administra os transporte público de ônibus em São Paulo, disponibilizou 490 ônibus para 70 das 95 linhas prejudicadas.

China aprova construção de parque da Disney em Xangai

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Mickey brinca com convidados na Disney de Hong Kong (foto: Hong Kong Disneyland Media Relations team)

Disney já tem parque temático em Hong Kong e no Japão

A prefeitura de Xangai anunciou na manhã desta quarta-feira que o governo assinou um acordo com a gigante americana da indústria de entretenimento Disney para a construção de um parque temático na cidade à margem leste do rio Huangpu.

O projeto estimado em US$3,5 bilhões deverá ser concluído em 2014 e será uma parceria da Disney com diversas companhias chinesas de capital estatal.

A área de cerca de dez quilômetros quadrados onde o parque será construído fica junto ao distrito de Chuansha, no subúrbio da metrópole.

As terras pertencem em parte ao governo e em parte a moradores que terão de ser removidos.

O jornal estatal China Daily estima que pelo menos cerca de quatro mil pessoas terão de deixar suas casa para dar espaço ao projeto da Disney.

"Ainda não recebemos nenhuma notificação oficial do governo sobre esse parque da Disney, mas temos falado com mais de quatro mil moradores nas últimas semanas", disse ao jornal um oficial do vilarejo.

A comunidade local espera que a avaliação para desapropriação das terras comece ainda em dezembro.

Estima-se que o preço do metro quadrado das terras que o governo oferecerá à Disney atinja o valor de dez mil yuan, isso corresponde a R$ 2.590 por metro quadrado, segundo afirmou o especialista em investimentos imobiliários Zhao Yuchuan ao China Daily.

Em um comunicado, o diretor executivo da Disney, Robert Iger, disse que a China é um país muito dinâmico, empolgante e importante e que o início desse projeto é "um significativo marco" na história da companhia.

A imprensa oficial especula que a visita do presidente americano Barack Obama à China na semana que vem tenha contribuído para a acelerar a aprovação do projeto.

Esse é o segundo parque da Disney na China e o terceiro na Ásia.

O primeiro parque chinês foi construído em Hong Kong e inaugurado em 2005.

Alem da Dineylândia de Hong Kong, há também, desde 1983, uma em Tóquio, no Japão.

Peça com Jesus transexual provoca protestos na Escócia

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Jesus, Queen of Heaven

Peça fica em cartaz até sábado

Cerca de 300 manifestantes realizaram um protesto portanto velas do lado de fora de um teatro em Glasgow, na Escócia, no dia da estreia de uma peça que retrata Jesus como um transexual.

O protesto foi realizado na terça-feira à noite em frente ao Tron Theatre, onde a peça Jesus Queen of Heaven (Jesus, a Rainha do Paraíso, em tradução livre) está em cartaz, como parte do festival de artes Glasgay! Que celebra a cultura gay, bissexual e transexual da Escócia.

Os organizadores do festival afirmaram que não têm a intenção de incitar reações ou ofender ninguém.

A peça Jesus, Queen of Heaven, que fica em cartaz até sábado, foi escrita e é encenada pelo autor transexual Jo Clifford.

Os manifestantes cantaram hinos religiosos e levantaram cartazes. Um deles dizia: “Jesus, Rei dos Reis, Não Rainha do Paraíso”.

Outro dizia: “Deus: Meu Filho Não É Um Pervertido”.

Os organizadores do festival classificaram os cartazes de “provocativos” e disseram que eles podem ser vistos como incitação à homofobia.

O produtor do Glasgay! Steven Thomson disse que “Jesus, Queen of Heaven é um trabalho de ficção literária explorando a viagem pessoal de fé do artista como um transgênero”.

“O Glasgay! Apoia o direito de liberdade de expressão das artes e oferece ao público uma visão diversa da vida GLBT (gays, lésbicas, transexuais e bissexuais).”

“Este trabalho não tem a intenção de incitar ou ofender ninguém de nenhuma crença, mas respeitamos o direito dos outros de discordar desta opinião.”

“Nós vamos dar as boas vindas a membros do público genuinamente interessados que queiram entender a intenção artística por trás deste trabalho”, acrescentou.

O Glasgay! É descrito como “a comemoração anual da cultura gay da escócia” e é financiado pelo Conselho das Artes da Escócia, Event Scotland, pelo Bureau de Marketing da cidade de Glasgow e pelo Conselho da Cidade de Glasgow.

GM confirma plano de 10 mil demissões na divisão europeia

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GM/Opel

A divisão europeia emprega 54 mil funcionários

O vice-presidente da montadora Americana General Motors (GM), John Smith, confirmou que planeja cortar dez mil postos de trabalho nas subsidiárias europeias Opel e Vauxhall.

O anúncio, feito na quarta-feira, acontece um dia depois de a GM ter declarado que cancelou a venda das duas subsidiárias para a fabricante de autopeças canadense Magna.

O governo da Alemanha – sede da subsidiária – que havia apoiado a venda da Opel ordenou que a GM devolva o empréstimo de 1,5 bilhões de euros que havia feito para garantir a venda.

O governo alemão apoiava a venda para a Magna, que havia prometido manter funcionando todas as fábricas no país.

A Opel emprega 54,5 mil pessoas em toda a Europa - 25 mil delas apenas na Alemanha.

Líderes sindicalistas alemães receiam que, com o anúncio, duas das quatro fábricas da Opel no país fechem suas portas. Por essa razão, os trabalhadores começarão uma série de protestos contra a decisão da GM já nesta quinta-feira.

Smith não indicou que país seria mais afetado pelos cortes, mas disse que a GM pretende apresentar os detalhes “em breve”.

Grã-Bretanha

Apesar do descontentamento provocado pela decisão da montadora na Alemanha, na Grã-Bretanha, onde a GM opera com o nome de Vauxhall, o anúncio foi recebido com otimismo.

Tony Woodley, secretário-geral da Unite, o principal sindicato na Vauxhall, disse que se tratava de “uma decisão fantástica”, apesar de reconhecer que a perda de empregos britânicos será “inevitável”.

Desde que a GM pediu concordata nos Estados Unidos, em junho, a Opel vinha sendo controlada por um grupo que inclui representantes da própria GM, do governo federal alemão e dos Estados alemães onde há fábricas da subsidiária.

Por sua vez, a Vauxhall tem 5,5 mil funcionários na Grã-Bretanha.

A matriz americana hoje tem 61% de suas ações pertencentes ao governo dos Estados Unidos.