O Sistema de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) começou um trabalho inédito no exterior para impedir o crescimento do número de e devedores brasileiros, principalmente de imigrantes que voltam ao Brasil.
Atualmente, os dados do sistema estão disponíveis apenas aos empresários brasileiros e japoneses que atuam na venda de serviços e de produtos para brasileiros que moram no Japão. Mas a ideia é expandir o serviço em breve para outros países.
`Estados Unidos e Alemanha já demonstraram interesse no projeto. Mas detectamos que países com grande concentração de brasileiros, como Inglaterra e países latinos próximos do Brasil, são locais potenciais para implantação do serviço`, contou à BBC Brasil a consultora de empresas Alice Hernandes, presidente da Trade`s Creditor Protection, que levou o SPC Brasil para o Japão.
O SPC Brasil foi criado com o objetivo de centralizar em um único banco de dados informações de pessoas físicas e jurídicas e, assim, auxiliar as empresas na hora de decidir sobre a concessão de crédito. Hoje são 1,2 milhões de associados e mais de 50 milhões de consultas por mês.
Nos últimos dois meses, cerca de 300 nomes de brasileiros que moram no Japão ou que voltaram ao Brasil foram incluídos na lista do SPC.
`Essa amostra prova que há maus pagadores em todo lugar e que eles são responsáveis pela retração nas vendas e, num processo mais amplo, até a quebra das empresas`, analisa Alice.
Maus pagadores
Segundo ela, a dívida do brasileiro que vive no Japão varia, em média, de US$ 100 a US$ 4 mil. `E pelas informações informais que obtive, é a mesma média nos Estados Unidos`, conta.
As empresas que mais sofrem com a falta de pagamento dos brasileiros no Japão são de telefonia, educação e serviços pós-pagos.
`Por enquanto, temos registrados cerca de 2 mil casos de dívidas ativas assumidas no Japão`, calcula Alice, que prevê um grande crescimento à medida que outras empresas aderirem ao serviço.
A Inphonix, empresa do setor de telecomunicações, é uma usuária do serviço no Japão.
Volta ao Brasil
`Com a crise econômica, um número muito grande de clientes voltou ao Brasil e alguns deixaram de pagar as contas`, afirma, sem revelar números, Wellington Barbosa, gerente de cobranças da empresa.
`Muitos aproveitam para gastar além do que podem e acham que estarão livres das pendências deixadas no Japão quando voltam ao país natal`, completa Alice.
Apesar disto, a recuperação das dívidas tem sido alta. `Principalmente daqueles que voltam ao Brasil, pois eles acabam impedidos de abrir uma conta bancária, comprar um imóvel ou se candidatar a um financiamento para abertura de negócio próprio`, explica a consultora.
A atuação do SPC fora do país é inédita. O projeto de implantação do sistema começou a ser pensado no final dos anos 90, quando era comum que jornais da comunidade brasileira no Japão publicassem uma lista de maus pagadores em suas páginas.
`Em 2008 foi dada a licença para o SPC operar no Japão, mas somente agora estamos com todo o sistema em pleno funcionamento`, conta Cesar Cappelloza, do SPC Brasil, que esteve recentemente no arquipélago para ajudar na divulgação do serviço.
Atualmente, os dados do sistema estão disponíveis apenas aos empresários brasileiros e japoneses que atuam na venda de serviços e de produtos para brasileiros que moram no Japão. Mas a ideia é expandir o serviço em breve para outros países.
`Estados Unidos e Alemanha já demonstraram interesse no projeto. Mas detectamos que países com grande concentração de brasileiros, como Inglaterra e países latinos próximos do Brasil, são locais potenciais para implantação do serviço`, contou à BBC Brasil a consultora de empresas Alice Hernandes, presidente da Trade`s Creditor Protection, que levou o SPC Brasil para o Japão.
O SPC Brasil foi criado com o objetivo de centralizar em um único banco de dados informações de pessoas físicas e jurídicas e, assim, auxiliar as empresas na hora de decidir sobre a concessão de crédito. Hoje são 1,2 milhões de associados e mais de 50 milhões de consultas por mês.
Nos últimos dois meses, cerca de 300 nomes de brasileiros que moram no Japão ou que voltaram ao Brasil foram incluídos na lista do SPC.
`Essa amostra prova que há maus pagadores em todo lugar e que eles são responsáveis pela retração nas vendas e, num processo mais amplo, até a quebra das empresas`, analisa Alice.
Maus pagadores
Segundo ela, a dívida do brasileiro que vive no Japão varia, em média, de US$ 100 a US$ 4 mil. `E pelas informações informais que obtive, é a mesma média nos Estados Unidos`, conta.
As empresas que mais sofrem com a falta de pagamento dos brasileiros no Japão são de telefonia, educação e serviços pós-pagos.
`Por enquanto, temos registrados cerca de 2 mil casos de dívidas ativas assumidas no Japão`, calcula Alice, que prevê um grande crescimento à medida que outras empresas aderirem ao serviço.
A Inphonix, empresa do setor de telecomunicações, é uma usuária do serviço no Japão.
Volta ao Brasil
`Com a crise econômica, um número muito grande de clientes voltou ao Brasil e alguns deixaram de pagar as contas`, afirma, sem revelar números, Wellington Barbosa, gerente de cobranças da empresa.
`Muitos aproveitam para gastar além do que podem e acham que estarão livres das pendências deixadas no Japão quando voltam ao país natal`, completa Alice.
Apesar disto, a recuperação das dívidas tem sido alta. `Principalmente daqueles que voltam ao Brasil, pois eles acabam impedidos de abrir uma conta bancária, comprar um imóvel ou se candidatar a um financiamento para abertura de negócio próprio`, explica a consultora.
A atuação do SPC fora do país é inédita. O projeto de implantação do sistema começou a ser pensado no final dos anos 90, quando era comum que jornais da comunidade brasileira no Japão publicassem uma lista de maus pagadores em suas páginas.
`Em 2008 foi dada a licença para o SPC operar no Japão, mas somente agora estamos com todo o sistema em pleno funcionamento`, conta Cesar Cappelloza, do SPC Brasil, que esteve recentemente no arquipélago para ajudar na divulgação do serviço.
2 comentários:
Mentira! A inphonix inclui os dados dos clientes aqui no Brasil para que constem no SPC, mtas vezes sem avisar o cliente, enviando correpondências a endereços de parentes do Brasil que pediram como referência no Japão. Não facilitam pagamento algum, não possuem escritórios de cobrança aqui, pedem que depositem pelo correio e a dívida não é fixa (cotação em dólar + valor de remessa). É uma vergonha como o Brasil permite abusos de empresas estrangeiras que não seriam aceitos caso a empresa fosse nacional! Se fosse o contrário, uma empresa brasileira teria o poder de negativar o nome de um japonês no Japão? Pois é... Somos o país mais promissor, mas continuamos andando de cabeça baixa diante dos "desenvolvidos"...
Mentira! A inphonix inclui os dados dos clientes aqui no Brasil para que constem no SPC, mtas vezes sem avisar o cliente, enviando correpondências a endereços de parentes do Brasil que pediram como referência no Japão. Não facilitam pagamento algum, não possuem escritórios de cobrança aqui, pedem que depositem pelo correio e a dívida não é fixa (cotação em dólar + valor de remessa). É uma vergonha como o Brasil permite abusos de empresas estrangeiras que não seriam aceitos caso a empresa fosse nacional! Se fosse o contrário, uma empresa brasileira teria o poder de negativar o nome de um japonês no Japão? Pois é... Somos o país mais promissor, mas continuamos andando de cabeça baixa diante dos "desenvolvidos"...
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