quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Bancos abrem 17 mil novas vagas, mas salários encolhem, diz Dieese.

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Os bancos criaram 17.067 postos de trabalho entre janeiro e setembro de 2010, quando contrataram 43.719 funcionários e desligaram 26.652. A remuneração média dos admitidos, no entanto, foi 38,28% inferior à dos trabalhadores que saíram das instituições. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e pela Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro).

"A geração de novos postos de trabalho no setor financeiro é uma boa notícia para a categoria bancária, que nas campanhas nacionais dos últimos anos tem a defesa do emprego como uma de suas principais bandeiras", avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

O saldo positivo nos primeiros nove meses do ano deste ano contrasta com os dados do mesmo período de 2009, quando foram fechados 2.076 postos de trabalho.

POR REGIÃO

A região Sudeste apresentou o melhor desempenho, com a criação de 11.594 postos de trabalho, enquanto a Região Norte teve o menor resultado positivo (687). Em segundo lugar aparece o Sul, com 2.528, e depois o Centro-Oeste (1.413) e Nordeste (845).

A pesquisa aponta ainda que o saldo positivo do emprego nos bancos está concentrado nas faixas salariais mais baixas, com predominância para o segmento entre 2,01 a 3 salários mínimos, que registrou um saldo de 19.589 postos de trabalho. A partir daí, todas as faixas apresentam saldo negativo de emprego, com destaque para o segmento de 5,01 a 7,0 salários mínimos, onde houve a diminuição de 1.793 postos de trabalho.

"Esse movimento deve-se ao fato de a grande maioria das admissões (59,65%) estar concentrada na faixa de 2 até 3 salários mínimos, enquanto os desligamentos se distribuírem pelas faixas superiores de remuneração", aponta o relatório. A remuneração média de quem é admitido (R$ 2.159,15) é 38,28% inferior à média salarial dos desligados (R$ 3.498,38).

"Esses dados demonstram que os bancos estão usando a alta rotatividade da mão de obra para reduzir custos, demitindo bancários com salários mais altos para substituí-los por trabalhadores com remuneração inferior", afirma o presidente da Contraf-CUT.

Inflação volta a assustar.

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Índice de preços medido pelo IBGE é o mais alto em cinco anos em função dos alimentos Rio - A inflação oficial em novembro, de 0,83%, foi a maior desde abril de 2005, de acordo com o IBGE. Para desgosto dos consumidores, a época em que os preços no supermercado aumentavam toda semana pode estar mais perto do que se gostaria. No ano, o índice está em 5,63%. Alimentação, com alta de 2,22%, teve o maior efeito no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Desde 2002, a comida não tinha um aumento tão grande.

O carrinho do mercado teve vilões já conhecidos. A carne continua a ficar mais cara toda semana. Em novembro, o acréscimo chegou a 10,67%. Desde o começo do ano, a elevação chega a 26,79%. A carne-seca ficou 7,05% mais cara no mês e 18,48% no ano. O frango passou a custar 3,35% mais, alta de 9,42% em 2010.

No sentido oposto, feijão carioca, tomate, arroz e cebola tiveram queda no preço. O açúcar cristal também encareceu bastante: 8,57%. Já a versão refinada está 6,52% mais cara. Outro produto da cana de açúcar, o etanol também aumentou, mas com menos intensidade. Gasolina subiu menos ainda.

O reajuste da energia elétrica no Rio (de 2% a partir de 7 de novembro) afetou a inflação no País todo. O item subiu 0,48%. Em Habitação, aluguel (1,05%) e condomínio (0,88%) também pesaram mais no orçamento.

O INPC, que mede a variação de preços que mais atingem famílias com renda até seis salários mínimos, cresceu 1,03% no mês.

Índice afeta reajustes

O IPCA indica o que esperar do reajuste do IPTU no Rio e do aumento do funcionalismo público municipal na cidade. O IPCA-E, a ser divulgado dia 21, é adotado pela Prefeitura para medir a variação de preços. “A expectativa vem alta. Os efeitos que levaram à alta no IPCA vão se reproduzir no indicador. Tivemos quebra de safra, alta em preços administrados e aumentos de tarifa”, explica o economista e professor do IBMEC Gilberto Braga.

Vinho e bacalhau mais em conta.

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Combinação gastronômica que não faz mal ao orçamento

Rio - Vinhos tintos são quase tão tradicionais à mesa da ceia quanto o bacalhau. A combinação é recomendada por someliers, especialistas na bebida, e pode sair mais em conta do que se imagina. O tradicional bacalhau está 4,15% mais barato este ano, segundo o Índice de Preços ao Consumidor, medido pela Fundação Getúlio Vargas.

No Walmart, o peixe pode vir já dessalgado e cortado de formas diferentes, a partir de R$ 29. No Grupo Pão de Açúcar, que importa da Noruega e de Portugal, o preço está até 10% mais em conta do que em 2009. Nas lojas, o bacalhau Porto está por R$ 23,40. Na rede Princesa, o mesmo tipo custa R$ 34,90 o quilo. O Carrefour tem Bacalhau Saith por R$ 15,90, o quilo. No Guanabara, o mesmo peixe sai por R$ 18,90.

BOAS OPÇÕES A PARTIR DE R$ 19

O vinho que acompanha o prato tem opções a partir de R$ 19, entre nacionais e importados. “Nunca antes nesse País se viu bacalhau, vinho e azeite de qualidade com preço tão baixo”, avisa Marco Quintarelli, especialista em varejo. O Emporium di Vino recomenda o argentino Condor Peack Malbec, comprado por R$ 19.

A sommelier Angélica Marchi, da Enoteca Fasano, selecionou um vinho com excelente custo-benefício e que combina com o bacalhau. “Tintos leves ou brancos encorpados são as melhores opções para acompanhar o prato”. Ela sugere o Ribeira das Canadas, por R$ 25,40.

VINHO — Alternativas brasileiras e importadas lotam as prateleiras de mercados e lojas especializadas e disputam em preço sem deixar a desejar na qualidade. Pesquise antes de comprar.

BACALHAU — Alguns especialistas defendem que o Saith, Ling e Zarbo são peixes tipo bacalhau, por serem vendidos salgados, e não a espécie original, identificada pela família Gadus.