sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Devedores têm a chance de limpar nome no SPC.

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Lojistas estão chamando consumidores para recuperar o crédito para as compras de fim de ano Os lojistas de Uberlândia estão procurando os clientes devedores para renegociar as dívidas e recuperar o crédito neste fim de ano. A iniciativa foi da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), por meio da campanha de renegociação de dívidas existente há quatro anos. Segundo o presidente da CDL, Celso Vilela, 9% dos consumidores uberlandenses que estavam cadastrados no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e procuraram apoio da instituição saldaram as dívidas. A CDL não soube informar em números a quantidade de pessoas que efetuaram a quitação das dívidas e também de inadimplentes existentes na cidade nos últimos três meses deste ano e do ano passado.

O auxiliar administrativo de uma loja de calçados Braz Eduardo de Oliveira disse que a loja tem cerca de 250 clientes devedores. A renegociação tem sido feita de acordo com a realidade financeira do credor. “Nós retiramos juros, parcelamos a conta e analisamos a possibilidade de pagamento. Tudo para que a loja não fique no prejuízo e também ajude esse consumidor.”

Segundo a responsável pelo setor de cobranças de uma farmácia da região central Simone Vieira Luiz, a venda a prazo é um dos diferenciais em função da grande concorrência. Mas só de contas pendentes de clientes a farmácia acumula R$ 5 mil. “Nós ligamos, parcelamos a dívida para que o cliente volte, mas medicamento é complicado.”

Renegociação aproxima consumidor

A renegociação das dívidas, conforme analisa o presidente da CDL, permite a aproximação do lojista com o consumidor. “O consumidor, quando quita suas dívidas e limpa o nome, volta para o comércio e isso gera economia. A nossa intenção, além de resgatar esse consumidor, é reduzir o índice de inadimplência na cidade”, disse Celso Vilela. Segundo a CDL, a inadimplência é de 2,6%.

A dívida do estoquista Orlando José da Silva Júnior gira em torno de R$ 3 mil e foi contraída há dois anos, quando a empresa onde trabalhava faliu. Segundo ele, com quatro filhos para cuidar foi difícil ficar sem contrair novas contas. “Tinha duas escolhas: pagar dívidas ou comer. Fiz a segunda opção. Agora, juntei um dinheiro e vou aproveitar para saldar.”
Segundo ele, o valor a ser pago será renegociado com os lojistas e também com o banco. O motivo da preocupação, diz, é a vontade de voltar a trabalhar como vigilante. “Com nome sujo não sou contratado, preciso voltar a trabalhar em minha área, que é o que eu gosto.”

A publicitária Vanessa Terra recebeu em casa a negociação do banco. Ela deve R$ 1 mil há dois anos e vai retirar o nome do SPC com pagamento parcelado. “É muito difícil ficar devendo. Fiquei sem comprar a prazo todo esse tempo. Preciso regularizar minha situação.”

Como limpar o nome?

• Confira o valor da dívida
• Tente negociação com a empresa caso seja necessário
• Caso precise de mediador, busque auxílio da CDL - av. Belo Horizonte, 1.290, bairro Osvaldo Rezende -, advogados ou empresas especializadas
• Pague a dívida

Governo limita cobrança de tarifa em cartões de crédito.

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A partir do ano que vem, bancos terão que seguir regras mais rígidas na cobrança de tarifas em seus cartões de crédito. Segundo normas anunciadas nesta quinta-feira pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), o setor só poderá cobrar cinco tipos de tarifas de seus clientes --atualmente são cerca de 80, de acordo com o Banco Central.

O objetivo do CMN é uniformizar os tipos de cobrança feitas pelas instituições financeiras. Pelas regras, as tarifas que poderão ser cobradas pelos cartões de crédito são: anuidade, emissão de 2ª via, saque em dinheiro na função crédito, pagamento de contas e avaliação do limite de crédito do cliente.

As regras entram em vigor em 1º de junho de 2011 para cartões de crédito que sejam emitidos a partir dessa data. Cartões antigos, emitidos antes disso, só terão que obedecer as novas normas a partir de 1º de junho de 2012.

Outra mudança atinge o pagamento mínimo da fatura mensal do cartão de crédito --opção para quem utiliza o crédito rotativo oferecido pelo banco. A partir de 1º de junho do ano que vem, esse mínimo terá que ser de pelo menos 15% do montante a ser pago. A partir de 1º de dezembro de 2011, esse limite mínimo sobe para 20% do total da fatura.

Atualmente não há nenhum limite, embora normalmente o pagamento mínimo seja de 10% do total. Segundo o diretor de Política Monetária do BC, Aldo Mendes, essa alteração foi feita atendendo um pedido de órgãos de defesa do consumidor e tem por objetivo disciplinar o pagamento desse tipo de dívida.

Dicas para o uso consciente do cartão de crédito.

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Abecs reforça a relevância da educação financeira e do acesso à informação para os consumidores e lojistas que fazem uso desse meio eletrônico de pagamento


O Brasil possui atualmente 80 milhões de portadores de cartão e 1,7 milhões de lojistas que utilizam esse meio de pagamento em transações diárias. Trata-se de um setor que movimenta mais de seis bilhões de transações e valores superiores a R$ 500 bilhões anualmente.

Mais informações sobre o mercado no site da Abecs:

http://www.abecs.org.br/novo_site/arquivos%20excel/Mensal_2010_Consolidado.pdf
http://www.abecs.org.br/novo_site/arquivos%20excel/Mensal_2010_Indicadores.pdf

O uso consciente

Os brasileiros utilizam os cartões de crédito e débito como uma das principais formas de efetuar pagamentos e realizar compras. Segundo dados da autoridade monetária, o Banco Central, em abril/2010, 26,8% de todo o crédito da pessoa física foi representado pelos cartões.

Entretanto, a Abecs vem percebendo que, tanto os consumidores como os estabelecimentos, têm muitas dúvidas em relação ao uso do cartão. De acordo com pesquisa realizada pelo instituto Data Folha e Abecs, em outubro de 2009, as pessoas têm receio de utilizar o cartão por acreditarem que não irão saber controlar seus gastos, apesar de reconhecerem seus benefícios e sua praticidade.

Por essa razão, a Abecs reforça a relevância da educação financeira e do acesso à informação para os consumidores e lojistas que fazem uso desse meio eletrônico de pagamento. Essa proposta é materializada na campanha de comunicação educativa “A Dica é Saber Usar”.

O site www.dicasdocartao.com.br oferece dicas ao consumidor e estabelecimentos comerciais, respostas para as dúvidas mais comuns sobre o uso do cartão, além de disponibilizar um Simulador de Despesas para auxiliar no controle dos gastos.

Principais dicas:

1 - Para evitar sustos, guarde e some todos os comprovantes do seu cartão sem se esquecer de incluir as compras parceladas.

2 - Como a fama é para poucos, não leve a mal se a loja pedir sua identidade antes de passar o cartão. Esse é um procedimento importante que garante a sua segurança.

3 - Relacionamento virtual está na moda, mas quando você usa seu cartão para comprar pela internet, prefira sites seguros.

4 - Não passe aperto. Nunca comprometa seu salário com as despesas do seu cartão. Se for preciso, faça uma revisão nos seus gastos.

5 - Cartão é como namorado, não se empresta. Seu cartão e sua senha são de uso pessoal e intransferível, devendo ser muito bem guardados.

6 - Prefira sempre pagar o valor integral da sua fatura na data do vencimento para o cartão não se tornar o vilão da história.

7 - Se aquela roupa que você quer ainda não cabe no seu orçamento, programe-se para comprar futuramente e nunca use o cartão como um segundo salário.

8 - Mesmo quando você perde seu cartão, o final dessa história pode ser feliz. Basta avisar imediatamente a Central de Atendimento do seu cartão.

9 - Confira sua fatura com atenção e, caso não reconheça algum lançamento, avise imediatamente a Central de Atendimento do seu cartão.

10 - Gastar sem se preocupar é coisa que só acontece em filme. Na vida real, é preciso estabelecer um limite real de despesas e seguir rigorosamente essa meta.

11 - Garanta seus direitos: nenhuma loja pode oferecer preço diferenciado para pagamento à vista e com cartão.

12 - Só use pagamento mínimo em uma emergência quando, por exemplo, você gastou a mais e não tem outra alternativa para financiar a dívida.

13 - Parcelar compras deve facilitar sua vida, não complicar. Anote sempre as compras que você parcelou para não perder o controle de seus gastos.

14 - Escape dos juros para não entrar numa bola de neve. Se precisar, procure alternativas de financiamentos com juros mais baixos que o cartão.

Cartilha

A iniciativa da Abecs contempla ainda a criação de uma cartilha, que trará noções de educação financeira, além de editar as principais dicas veiculadas na mídia. O intuito é de ser um material de referência para tirar dúvidas quanto ao uso consciente do cartão. A cartilha deverá ser distribuída em locais de grande movimento.