sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Excesso de extração de água causa rachaduras gigantes no solo do México

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Fenda no México

A estabilidade do solo é um problema sério na capital mexicana

A Cidade do México está sofrendo com rachaduras gigantes no solo que ameaçam comunidades inteiras. De acordo com as autoridades, o problema se deve ao excesso de extração de água na capital e nos arredores, onde o solo não é estável. Dados oficiais revelaram que há risco de afundamento em oito delegações da cidade, onde vive mais de um milhão de pessoas.

Os moradores de Villas San Martín, no município de Chalco, a leste da Cidade do México, levaram um susto no início de junho, quando um forte ruído foi ouvido e várias casas tremeram.

Do lado de fora, eles encontraram uma rachadura de quase um quilômetro de extensão e seis metros de largura.

"Escutamos um barulho muito forte que vinha de baixo, e logo vimos que o chão estava se abrindo. Me assustei porque tudo aconteceu em poucos segundos", disse à BBC a moradora Martha Ortíz.

'Círculo Vicioso'

O governo mexicano já localizou 172 fendas como a de Chalco, além de 250 comunidades construídas sobre túneis e minas antigas.

As rachaduras no solo se tornam mais frequentes na época de chuvas, que começa em maio e termina em setembro. Segundo Jorge Legorreta, da Universidad Autónoma Metropolitana, o problema se agravou nos últimos dez anos.

"A cidade não tem fornecimento de água de fontes externas e a situação foi resolvida com a extração do subsolo. É um círculo vicioso difícil de ser rompido", explica ele.

Legorreta alertou que as fendas no solo continuarão aparecendo enquanto não se encontrar uma alternativa para a prospecção de água.

A população que vive em terrenos com minas e túneis subterrâneos também está em risco permanente.

Fenda no México

As fendas no chão se tornam mais frequentes na temporada de chuvas

"É um problema que já tem muitos anos e que estamos resolvendo, mas no passado casas inteiras se afundaram", diz o administrador local José Luis Zamorra.

Túneis e minas

Desde 1930, várias regiões foram escavadas para que terra e pedras fossem usadas na construção da Cidade do México. As minas e túneis foram fechados, mas sem que os buracos fossem preenchidos e sem que eles fossem mapeados.

Infiltrações de água, o peso das casas e a circulação de carros na superfície acabaram debilitando o teto e as paredes das minas, aumento o risco de desabamento.

"Fizemos estudos de geofísica rua a rua em algumas regiões para encontrar (os túneis e minas), mas alguns foram escavados a 40 metros de profundidade. Uma vez localizamos um que tinha três níveis", contou o Zamorra.

Apesar dos perigos de se viver em zonas de risco, a capital mexicana continua crescendo e as áreas de maior expansão são justamente os municípios ao redor da cidade, mais afetados pelo problema.

Nos últimos dez anos, cerca de 260 mil novas casas foram construídas, aumentando a pressão sobre o abastecimento de água.

Bisavó comemora 102 anos com volta de moto

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Connie Brown

Connie Brown andou de moto pela primeira vez na vida

Uma bisavó do País de Gales comemorou seu 102º aniversário com uma volta de moto e um passeio em uma Ferrari.

Connie Brown, de Pembrokshire, foi surpreendida por amigos no dia de seu aniversário e levada para uma volta de moto pela cidade de Pembroke. Em seguida, embarcou em outro passeio, dessa vez a bordo de uma Ferrari.

Depois da volta de moto, ainda de jaqueta de couro e capacete, ela disse:

"Todos deveriam experimentar. Foi um dia lindo, nunca vou esquecer".

Em seguida, ao terminar o passeio na Ferrari, Connie afirmou que nunca havia sonhado "com nada parecido".

Connie trabalha todos os dias em uma loja de Fish and Chips - tradicional prato britânico de peixe com batatas fritas - da família. Seu aniversário também marca os 81 anos de seu restaurante, o Brown's Café, aberto com o falecido marido em 1928.

Connie Brown

Comemoração foi organizada por empresa que planeja 'experiências únicas'

A comemoração especial de quinta-feira foi organizada por Peter Kraus, que dirige uma empresa especializada em eventos. Para marcar o centenário de Connie Brown, ele organizou para que ela fosse "sequestrada" por um cavaleiro e levada para um passeio em uma carruagem.

"Não sei bem o que fazer para o próximo aniversário, mas me aguardem!", brincou ele.

"Ela gosta de brincadeiras e eu a adoro", comentou.

Cobra marinha finge ter duas cabeças para enganar predadores

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Arne Rasmussen e um espécime de Laticauda colubrina (Foto: Arne Rasmussen)

Arne Rasmussen fez suas pesquisas nas Ilhas Salomão

Uma pesquisa dinamarquesa revelou que uma espécie de cobra marinha venenosa encontrada na Ásia usa marcas na pele e faz movimentos para dar a impressão aos predadores de que o seu rabo é uma segunda cabeça.

Os cientistas da Real Academia Dinamarquesa, em Copenhague, descobriram que a cobra da espécie Laticauda colubrina torce o rabo de uma forma que dá a ilusão de que tem duas cabeças.

Os estudiosos acreditam que esse “disfarce” seja uma evolução que protege a cobra marinha de ataques enquanto procura por suas presas.

Apesar de ser extremamente venenosas, estas cobras são vulneráveis a vários predadores, incluindo tubarões e outros peixes.

"Isto (a estratégia de fingir ter duas cabeças) pode aumentar as chances (de as cobras) sobreviverem a ataques de predadores, ao expor uma parte do corpo 'menos' vital", afirmou Arne Rasmussen, que liderou a pesquisa.

"Mas, mais importante, pode impedir o ataque se (os predadores) acharem que o rabo é tão venenoso quanto a cabeça da cobra", acrescentou.

Mergulho

Hydrophis pachycercos, Vietnã (Foto: Arne Rasmussen)

Hydrophis pachycercos, outro exemplo de cobra que engana os predadores

Rasmussen e seus alunos estudaram as cobras marinhas ao mergulharem na costa da ilha Bunaken, na Indonésia.

Eles seguiram espécimes da Laticauda colubrina enquanto elas nadavam entre corais e fendas submarinas, procurando por alimento.

Rasmussen notou a ilusão das duas cabeças quando viu uma cobra com a cabeça aparentemente virada para ele enquanto “examinava” os corais com o rabo.

A "segunda cabeça" da cobra então emergiu do meio dos corais e ele percebeu que a primeira cabeça que tinha visto era, na verdade, um rabo.

Rasmussen e seus colegas examinaram quase cem destas cobras marinhas em três grandes coleções de museus em Paris, Berlim e Copenhague, e monitoraram o comportamento de cobras selvagens durante uma expedição às Ilhas Salomão.

A pesquisa confirmou que cada espécime de Laticauda colubrina tem variações de sua coloração característica - uma marca amarela brilhante em formato de ferradura na ponta da cabeça e do rabo e padrões semelhantes de marcas pretas.

A pesquisa foi publicada na revista especializada Marine Ecology.

Ilha de Páscoa tem primeiro jogo oficial de futebol

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A partida aconteceu perto das grandes estátuas da ilha.

A primeira partida oficial de futebol da Ilha de Páscoa, o pequeno território no Pacífico sul administrado pelo Chile, foi realizada nesta quarta-feira.

O time local Islanders perdeu para o Colo Colo por 4x0 em jogo válido pela Copa do Chile.

A Fifa descreveu a partida como o “Jogo do Século” para a ilha, famosa por suas estátuas de pedra.

Com o resultado, o time local foi eliminado da edição deste ano da competição.

Festa

Mas o evento foi mais do que apenas futebol, havia uma atmosfera de carnaval. O jogo foi disputado em um campo em condições péssimas, encharcado, distante poucos metros da praia.

Um vento fortíssimo vindo do Oceano Pacífico piorava ainda mais a situação para os jogadores.

Praticamente toda a população de 4 mil habitantes compareceu para assistir à partida, muitos usando trajes e pinturas faciais típicas da Polinésia.

O jogo foi transmitido ao vivo pela TV chilena para o território nacional. A Ilha de Páscoa fica a cerca de 3.700 km de distância do continente sul-americano.