sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Número de mortos pela chuva no Estado já chega a dez

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Bombeiros retomaram nesta manhã a busca por três desaparecidos na zona leste de SP

Daia Oliver/R7

Foto por Daia Oliver/R7

Veja outras imagens da chuva
Chuva forte de quinta-feira (3) provocou rompimento de asfalto de rua em Pinheiros, na zona oeste de SP

A forte chuva que atingiu a região metropolitana de São Paulo na tarde de quinta-feira (3) matou seis pessoas. Na manhã desta sexta-feira (4), os bombeiros retomaram as buscas por três desaparecidos em uma favela no Jardim Santo André, no bairro de Itaquera, zona leste da capital paulista. No interior do Estado, outras quatro pessoas também morreram.

O CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência), órgão ligado à Prefeitura de São Paulo que monitora o clima na capital, informou que em toda a cidade choveu 31,4 mm. A média do mês é de 201 mm. Cada milímetro equivale a um litro de água por metro quadrado. As regiões mais atingidas foram o centro e a oeste.

A última morte confirmada durante esta madrugada foi de um homem que foi soterrado em Mauá, na Grande São Paulo. Um deslizamento de terra destruiu cinco casas e outras oito pessoas ficaram feridas.

Ainda durante a tarde, dois outros deslizamentos mataram cinco pessoas. Quatro das vítimas eram crianças. Elas foram soterradas em um barraco na estrada do Jararaú, na divisa com o Jardim Ângela, na zona sul, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo.

Na zona leste, um homem morreu e outras três pessoas estão desaparecidas. Os bombeiros fizeram buscas até o início da madrugada. Devido ao cansaço, o trabalho foi interrompido e foi retomado nesta manhã. A Defesa Civil informou que ainda não teve notícias de desalojados.

Um raio matou um casal em Monte Alto, a 356 km de São Paulo. Eles faziam a colheita da manga em uma fazenda quando começou a chover. O grupo de lavradores tentou se proteger em um caminhão, mas os dois foram atingidos por uma descarga elétrica. E em Pinhalzinho, a 112 km de SP, um casal foi soterrado, no bairro Cachoeirinha 2.

Trânsito
A chuva também causou problema no trânsito da capital. O CGE registrou 47 alagamentos. Nesta manhã, um ponto ainda permanecia intransitável: na rua Capachos, no Itaim Paulista, zona leste.

Polícia procura americano que ganhou US$ 31 milhões na loteria

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Abraham Shakespeare (foto: Departamento de Polícia de Polk County)

Abraham Shakespeare não entra em contato com a família desde abril

As autoridades do Estado americano da Flórida ofereceram uma recompensa de US$ 5 mil (cerca de R$ 8,5 mil) por informações que permitam encontrar um ganhador da loteria desaparecido desde novembro.

Abraham Shakespeare, de 43 anos, ganhou US$ 31 milhões (mais de R$ 53 milhões) na loteria da Flórida em 2006. Um colega de trabalho processou o ganhador em 2007, alegando que Shakespeare tinha roubado o bilhete premiado dele, no entanto Shakespeare venceu a ação judicial em outubro daquele ano.

Durante meses, em 2009, circularam boatos na região da cidade de Lakelands dizendo que Shakespeare estava morto ou com alguma doença grave, ou até mesmo de que o FBI estava procurando por ele. No mês de novembro, o nome dele foi incluído na lista de pessoas desaparecidas.

A família de Shakespeare perdeu contato com ele em abril e fez a denúncia de seu desaparecimento no dia 9 de novembro, de acordo com a delegacia de polícia de Polk County.

O site da polícia de Polk County informa que os "detetives não consideram Shakespeare como suspeito de alguma investigação; no entanto eles estão preocupados com seu bem-estar, pois ele não fez contato com sua família desde abril e nem mesmo no recente feriado de Ação de Graças".

"Até que possamos verificar seu paradeiro, consideramos (Shakespeare) como uma pessoa desaparecida e potencialmente uma vítima de crime", disse umas porta-voz da polícia.

De acordo com o jornal da cidade de Lakelands, The Ledger, o advogado Howard Stitzel, que trabalhava para Shakespeare, informou na terça-feira que a última vez que falou com seu cliente foi em outubro, quando discutiram questões ligadas a pensão alimentícia por telefone e ele não parecia estar com problemas naquela ocasião.

"Acredito que ele esteja vivo. Acredito que ele está escondido, não quer ser encontrado", disse o advogado ao jornal.

Brasileiro testa mão biônica pioneira na Itália

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A mão biomecânica

A mão artificial foi criada por pesquisadores italianos

O ítalo-brasileiro Pierpaolo Petruzzello foi o primeiro paciente a testar uma mão biônica capaz de realizar movimentos seguindo ordens do cérebro.

Petruzzello, de 26 anos, teve metade do antebraço esquerdo amputado após um acidente automobilístico. Ele foi selecionado entre três candidatos para testar a mão biomecânica e realizou a cirurgia com a equipe médica da Universidade Campus Biomédico de Roma.

Com a mão biomecânica, que usou por 30 dias, ele foi capaz de fechar os punhos, fazer o movimento de uma pinça e mexer um dos dedos com a nova mão nos trinta dias em que esteve conectado ao membro biônico.

“Este foi o tempo determinado pelas autoridades sanitárias europeias. Eu poderia ter ficado mais quatro, cinco meses, um ano, ninguém sabe por quanto tempo ele poderia ter ficado no meu organismo sem que houvesse uma rejeição do meu corpo”, disse ele à BBC Brasil.

Petruzzello, filho de pai italiano e mãe brasileira, perdeu o antebraço em agosto de 2006 e foi operado em novembro do ano passado.

A mão artificial foi criada por pesquisadores da Scuola Superiore Sant’Anna, de Pisa, na Itália.

Pierpaolo Petruzzello no treinamento antes de receber a mão artificial

Pierpaolo Petruzzello passou por testes antes de receber a mão biomecânica

“Foi o meu pai quem procurou se informar sobre as pesquisas em curso e viu de perto o projeto. Ele me disse que achava que era uma coisa boa para mim antes de pensar em colocar uma mão prostética. Este é um projeto muito importante. Eu ainda tenho um braço inteiro, mas penso em quem perdeu ambos os braços ou as pernas”, disse Petruzello.

“Quando vejo que consigo realizar trabalho fico muito contente. A dor física eu sinto e suporto, mas a dor mental é pior. Eles alfinetavam o meu coto de braço para que eu aprendesse a reagir ao estímulo. Pela primeira vez no mundo, foi possível mexer os dedos de uma mão conectada ao corpo, sem o uso da musculatura, sem ainda ter sido implantada, com a força do pensamento. Foi um gol para mim”, disse.

A mão testada pesava dois quilos, os dedos são em alumínio, os mecanismos internos são de aço, a palma e cobertura são de fibra de carbono.

“A etapa seguinte seria a de implantar. Sei que o peso da mão foi reduzido já para seiscentos gramas”, disse ele à BBC Brasil.

Os movimentos são criados a partir de impulsos do sistema nervoso do paciente. Um grupo multidisciplinar, composto por bioengenheiros, ortopedistas, neurologistas e neurocirurgiões, conseguiu reconstruir uma “ponte” entre a mão artificial e o cérebro do paciente.

Petruzzello durante o treinamento para receber a mão

Petruzzello passou 30 dias com a mão artificial

Quatro eletrodos foram inseridos nos nervos do pulso e do antebraço de Petruzzello e são os responsáveis pelo trânsito gravado de informações entre o homem e a sua mão e vice-versa. Os filamentos são biocompatíveis, com espessura de 10 milionésimos de milímetro (10 nanômetros) e comprimento de 180 nanômetros. Cada um deles possui oito canais para a passagem de impulsos entre o cérebro e o membro.

“Conseguimos fazer o primeiro passo, de testar um novo eletrodo microscópico, com a dimensão de um fio de cabelo, e inseri-lo nas terminações nervosas do braço natural”, explica o cirurgião Paolo Maria Rossini.

Durante dois meses, o paciente foi estimulado durante seis horas diárias pelo eletrodo a decifrar os estímulos enviados pela mão robótica. Desta forma, ele poderia reaprender a movimentar o futuro membro.

O professor Paolo Maria Rossini reconhece a dificuldade extrema desse primeiro passo.

“O cérebro quando perde um membro reorganiza-se de forma aberrante e provoca sensações equivocadas, chamamos isso de síndrome do membro-fantasma. O paciente sente dores associadas à parte do corpo que não existe mais. Ao longo do treino, este fenômeno diminuiu muito, foi cancelado, mas, infelizmente, três meses depois de retirarmos os eletrodos, as dores voltaram”, explica ele.

Mulher quase morre ao tomar sorvete de leite de cabra

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Sorvete

Rachel Devine não sabia que o sorvete continha leite de cabra

Uma turista de County Tyrons, na Irlanda do Norte, quase morreu ao sofrer uma reação alérgica após tomar um sorvete na Turquia.

Rachel Devine, de 24 anos, sofreu um choque anafilático e teve uma parada cardíaca minutos após comer o sorvete, que continha leite de cabra.

Devine passava férias na Turquia com o namorado quando o incidente aconteceu, em agosto.

Seu pai, Stephen Devine, disse que as reações rápidas do namorado e de moradores do local salvaram a vida da filha.

Segundo ele, Rachel descobriu que era alérgica a leite de cabra há dois anos.

Por causa disso, havia colocado um antialérgico na mala de viagem. O problema é que ela não sabia que o sorvete continha leite de cabra.

"Quando você tem uma reação alérgica a qualquer coisa, a primeira coisa que acontece é o fechamento das vias respiratórias", disse Stephen Devine.

Internação

Rachel foi levada para o hospital no complexo turístico onde estava hospedada. Depois, foi transferida para uma clínica especializada em Izmir, a 60 km de distância.

Choque Anafilático

  • Causado normalmente por uma alergia a algum alimento
  • A primeira reação é o inchaço e a sensação de coceira na região por onde o alérgeno entrou no organismo
  • As mucosas começam a inchar e a respiração se torna difícil
  • A pressão do sangue cai, a pessoa desmaia e perde a consciência
  • Dez dias mais tarde, a paciente foi transferida para a Irlanda do Norte e internada em um hospital em Londonderry, antes de ser levada para um outro hospital em Belfast.

    A reação alérgica fez com sua fala e seus movimentos fossem comprometidos. Rachel continua internada na Irlanda do Norte.

    "Ela está fazendo tratamentos intensivos de voz e de linguagem e também fisioterapia, para recuperar sua mobilidade", disse o pai.

    Segundo ele, no entanto, sua memória e sua personalidade estão intactos.