domingo, 18 de abril de 2010

Hackers invadem o site do PMDB e deixam mensagem a "corruptos"

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Hackers chamam página do PMDB de site dos corruptos Foto:  Reprodução

Hackers chamam página do PMDB de "site dos corruptos"


A página do PMDB na internet foi atacada por hackers na noite deste sábado. Ao acessar o endereço da sigla, o internauta é redirecionado para outra página, com um texto destinado "aos corruptos de plantão". Na mensagem, os invasores listam "40 propostas para o Brasil".

As sugestões estão divididas em seis tópicos: educação, ambiente, economia, liberdade de imprensa, democracia, raça e pobreza, e megacidades. As sugestões incluem "fomentar a competição entre as universidades" e "reforma da previdência já".

No final, a frase "contrate um hacker" aparece em destaque, com um e-mail de contato. Há também agradecimentos e uma logomarca da Faculdade de Tecnologia de Ourinhos (Fatec Ourinhos) com a bandeira do Estado de São Paulo.

Nesta semana, a página do Partido dos Trabalhadores (PT) foi invadida por hackers duas vezes.

Procurado, o PMDB afirmou que está trabalhando para retirar a página modificada do ar e reforçar a segurança do site. Não há informações sobre a autoria da invasão.

A Fatec Ourinhos não foi localizada.

Taxista fatura R$ 1,8 mil com voos cancelados na Grã-Bretanha

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Joe Duffy em seu táxi

Joe Duffy está volta a Belfast depois de sua viagem de 24 horas

O cancelamento de voos da Irlanda do Norte para destinos fora da Grã-Bretanha, devido às cinzas expelida por um vulcão da geleira de Eyjafjallajoekull, na Islândia, levou um taxista de Belfast a ganhar 700 libras (cerca de R$ 1,8 mil) em uma única corrida.

Na quinta-feira um grupo de empresários pediu ao taxista Joe Duffy que os levasse para Londres, numa viagem de cerca de 640 km, devido ao cancelamento dos voos.

O taxista levou o grupo até o terminal de balsas de Belfast e, depois de atravessar o mar entre a Irlanda e a Grã-Bretanha, pegou novamente a estrada até o aeroporto de Heathrow, a oeste de Londres.

Duffy afirmou que inicialmente pensou que os empresários queriam uma corrida apenas até o terminal de balsas de Belfast.

"Recebi um chamado para ir até o Hotel Hilton, em Belfast. No caminho para a balsa, eles me perguntaram se eu poderia levá-los a Londres. Pensei que era piada, mas eles falaram que era sério", disse.

Os empresários falaram que precisavam chegar a Heathrow para pegar os carros que tinham deixado no aeroporto de Londres e acrescentaram que pegar um táxi sairia bem mais barato do que pagar por passagens de ônibus ou trens.

A viagem custou 650 libras (cerca de R$ 1,7 mil), mas os passageiros ainda deixaram uma gorjeta de 50 libras (aproximadamente R$ 135 reais).

"Fechei um preço e acabei em Londres ontem à noite (quinta-feira). Estou na estrada desde as 13h (horário local, 9h, em Brasília) de quinta-feira e mal posso esperar para chegar em casa e ir para cama", disse Duffy.

A empresa de táxis de Belfast para qual Duffy trabalha, a Fonacab, afirmou que a viagem até Londres foi a mais longa e cara que qualquer taxista da empresa já fez.

Caos aéreo na Europa continua sem prazo para acabar

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Milhões de pessoas estão sendo afetadas pelas cinzas do vulcão

O caos no transporte aéreo na Europa continua sem fim à vista neste domingo. Milhares de passageiros permanecem no aguardo de voos que vêm sendo cancelados há quatro dias, desde o início da erupção do vulcão Eyjafjallajoekull, na Islândia, que lançou uma nuvem de partículas vulcânicas na atmosfera.

A maioria dos aeroportos internacionais europeus continua inoperante e cerca de 20 países – entre eles Grã-Bretanha, Alemanha, Suécia, Holanda e Bélgica – permanecem com o espaço aéreo totalmente fechado, enquanto a nuvem vulcânica não se dissipa.

No sábado, cerca de 17 mil voos, três quartos dos voos previstos, foram cancelados. A proibição de voos na Grã-Bretanha foi estendida até as 19h deste domingo (15h, no horário de Brasília), já os aeroportos do norte da França e da Itália devem permanecer fechados até segunda-feira.

Na Alemanha e na Holanda, as companhias aéreas Lufthansa e KLM realizaram voos de teste e estudam as aeronaves para detectar qualquer problema que possa ter sido provocado pelas partículas vulcânicas.

Segundo o glaciologista britânico Matthew Roberts, que trabalha no serviço de meteorologia da Islândia, o vulcão islandês já está produzindo menos cinzas.

"Entretanto, ainda há cinzas vulcânicas na atmosfera e um efeito retardado entre a emissão do material pelo vulcão e as cinzas flutuando para o espaço aéreo europeu", afirmou.

Países afetados

Espaço aéreo fechado:

Bélgica, Bulgária, República Tcheca, Dinamarca, Finlândia, Alemanha, República da Irlanda, Letônia, Luxemburgo, Holanda, Polônia, Eslováquia, Suécia, Suíça e Grã-Bretanha

Espaço aéreo parcialmente fechado:

França (Paris e norte do país fechados até segunda-feira), Belarus, Croácia, França, Itália (norte do país fechado até segunda), Lituânia, Noruega (voos reduzidos no norte), Espanha (aeroportos no norte fechados)

Operações normais:

Grécia, Portugal, Rússia e Turquia.

Além disso, meteorologistas afirmam que as condições meteorológicas continuam não colaborando para dissipar a nuvem de cinzas vulcânicas.

De acordo com Brian Golding, chefe de pesquisa de previsão da Agência Meteorológica Britânica (Met Office), ela deve permanecer sobre o país "durante vários dias".

"Precisamos de uma mudança na direção dos ventos que permaneça assim durante vários dias. E não há qualquer sinal disso no futuro imediato", disse Golding.

Prejuízos milionários

Somados às dificuldades enfrentadas por milhares de pessoas, estão prejuízos milionários provocados pela nuvem vulcânica. Além dos voos europeus, a grande maioria dos voos transatlânticos – apenas 55 de 337 viagens previstas foram realizadas – também está sendo cancelada, bem como os voos da China para a Europa.

Em cidades como Bangcoc e Cingapura, cujos aeroportos são muito usados como escalas para voos da Ásia para a Europa, as informações são de que a ocupação dos hoteis está próxima de sua capacidade máxima.

A estimativa é que o caos aéreo esteja provocado prejuízos de cerca de US$ 200 milhões (cerca de R$ 350 milhões) por dia às companhias aéreas. Para os passageiros ilhados, a conta pode incluir despesas imprevistas com diárias de hotel, extensão de seguros de viagem, médicos e com alimentação, entre outros.

De acordo com o editor de economia da BBC Robert Peston, os problemas podem se transformar em um "grande desastre econômico", já que várias companhias aéreas vinham atravessando dificuldades financeiras mesmo antes do caos vulcânico.

Peston afirma que, segundo informações de executivos das empresas aéreas, se os problemas continuarem por muito mais dias, várias delas vão afundar em dificuldades financeiras e talvez precisem de socorro dos governos.

Testes aéreos

As duas empresas aéreas que realizaram testes de voo, Lufthansa e KLM ainda não divulgaram conclusões definitivas sobre as experiências.

A holandesa KLM afirmou que uma de suas aeronaves, um Boeing 737, atingiu a sua altitude máxima de cruzeiro, sobrevoando a Holanda a cerca de 13 km, e não registrou problemas durante o voo.

No entanto, as autoridades aéreas só vão liberar os voos no país depois de extensos testes técnicos em terra para detectar qualquer possível avaria aos sistemas.

Na Alemanha, a Lufthansa afirmou ter realizado dez voos entre Frankfurt e Munique.

"Todos os aviões foram inspecionados ao pousar em Frankfurt, mas não detectamos danos às janelas da cabine dos pilotos ou à fuselagem e nenhum impacto sobre os motores", disse um porta-voz.

Mesmo assim, a previsão é que o espaço aéreo da Holanda e da Alemanha permaneça fechado até as 14h e 19h, respectivamente.

Especialistas acreditam que as cinzas expelidas pelo vulcão – uma mistura de partículas de vidro, areia e rocha – podem danificar seriamente os aviões, entupindo as turbinas e fazendo com que os motores parem de funcionar em pleno ar.

Alternativas de transporte

Na Europa, passageiros estão buscando alternativas como trens, ônibus e barcas.

O serviço Eurostar, que liga a Grã-Bretanha ao continente europeu está lotado até segunda-feira.

"Em termos de fechamento de espaços aéreos, isso é pior que 11 de setembro. A interrupção é pior do que qualquer coisa que já vimos", disse um porta-voz do órgão que regulamenta a aviação na Grã-Bretanha, a Civil Aviation Authority.

Entre os milhares de pessoas afetadas pela nuvem de cinzas vulcânicas estão a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, que foi obrigada a pousar em Portugal na sua volta dos Estados Unidos, e a cantora americana Whitney Houston, que foi forçada a viajar de carro da Grã-Bretanha para a Irlanda para fazer um show.

Vulcão em erupção

Vulcão continua a expelir cinzas na atmosfera

A segunda erupção do vulcão da geleira de Eyjafjallajoekull em um mês começou na quarta-feira, lançando uma nuvem de fumaça a uma altura de 11 quilômetros na atmosfera. Uma fissura de 500 metros apareceu no topo da cratera.

O calor do vulcão derreteu parte do gelo em volta, provocando enchentes na região na quarta-feira.

Nos primeiros momentos, cerca de 800 pessoas tiveram que abandonar as suas casas. O vulcão, no entanto, continuou emitindo nuvens de poeira em direção à Europa.

Especialistas não sabem quanto tempo esta erupção deve durar. A última erupção vulcânica debaixo da geleira, antes deste ano, começou em 1821 e continuou por dois anos.

Hotel promete refeição a hóspede que pedalar para gerar energia

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Imagem de arquivo

A ideia principal é incentivar o debate sobre o consumo de energia

Um hotel na Dinamarca anunciou que passará a oferecer uma refeição grátis a hóspedes que produzirem eletricidade por meio de uma bicicleta ligada a um gerador.

O Crowne Plaza de Copenhague está instalando duas destas bicicletas e diz que o objetivo é, ao mesmo tempo em que promove a forma física dos hóspedes, reduzir suas “pegadas de carbono” (quantidade de dióxido de carbono que produzem como resultado direto ou indireto de uma atividade).

Hóspedes vão precisar produzir pelo menos 10 watts/hora de eletricidade, o equivalente a 15 minutos de pedalada de uma pessoa medianamente em forma para ter direito à refeição.

A administração afirma que isso será o suficiente para acender apenas poucas lâmpadas, mas a ideia principal é incentivar o debate sobre o consumo de energia.

O hotel já produz energia renovável com 2500 m² de painéis solares.

A Dinamarca possui uma das capitais do mundo mais adaptadas ao ciclismo e investe bastante em energias renováveis, incluindo fazendas eólicas, que geram um quinto da eletricidade que o país consome.