sábado, 20 de março de 2010

Seguradora é condenada a pagar mais de meio milhão a aposentada por LER

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O juiz da 4ª Vara Cível de Brasília condenou a Companhia de Seguros Aliança do Brasil a pagar mais de meio milhão de reais (R$ 519.542,57) a uma titular de dois seguros de vida e acidentes pessoais. No entendimento do juiz, é inequívoco o acidente pessoal que vitimou a autora, caracterizado pela doença do trabalho (DORT/LER), com repercussões intensas e sem possibilidade de recuperação cirúrgica. `Nesse caso, a autora faz jus ao recebimento do valor citado pela seguradora em contestação`, assegurou.

Segundo o processo, os contratos de seguros celebrados pela autora lhe garantiriam o pagamento de R$ 81.815,65 e mais R$ 438.356,92, totalizando o valor de R$ 520.172,57 (quinhentos e vinte mil, cento e setenta e dois reais e noventa e dois centavos). Assegura a autora que adquiriu DORT/LER no trabalho, caracterizando-se tal enfermidade como acidente de trabalho, conforme a Lei nº 8213/91, tendo sido aposentada por invalidez pelo Tribunal de Contas do Tocantins já que está totalmente incapacitada. Por esse motivo, afirma ter direito de receber a integralidade dos dois contratos de seguro.

Na defesa, a companhia de seguro afirma que o caso em questão se trata de seguro de vida e acidentes pessoais (Ouro Vida Grupo Especial), cuja cobertura se dá por morte natural, acidental, invalidez permanente total ou parcial por acidente e uma antecipação de 100%, caso o segurado venha a ser portador de doença terminal.

No mérito, a seguradora sustenta a inexistência de cobertura contratual para o risco reclamado pela autora, já que a doença DORT/LER não se enquadra em acidentes pessoais, por tratar-se de doença de caráter profissional e passível de cura. Nesse sentido, destaca a cláusula 2.11.3 do contrato de adesão para excluir as doenças profissionais, suscitando a necessidade de perícia médica.

Ao apreciar a causa, o juiz entende ser desnecessária nova perícia, pois existe um diagnóstico incontroverso de DORT/LER, cuja incapacitação advém de doença de trabalho, sendo considerado acidente pessoal indenizável pela seguradora. `A autora está aposentada por incapacidade permanente e foi periciada como demonstram os documentos do processo, sem possibilidade de correção cirúrgica`, assegurou o juiz.

Ainda sobre o assunto diz que a realização de nova perícia é desnecessária, recaindo sobre a seguradora a obrigação de pagar o seguro, pois não se caracteriza cerceamento de defesa o fato de considerar-se a invalidez laborativa para fins de cobertura securitária. `O contrato prevê a indenização por invalidez permanente e a irreversibilidade está provada, prevalecendo assim a equivalência do acidente pessoal indenizável`, concluiu o julgador.

Da decisão, cabe recurso.

Nº do processo: 2006.01.1.065361-4
Autor: (LC)

Proposta de reabertura de bordéis causa polêmica na França

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Foto: PA

Para deputada, medida daria mais segurança às prostitutas

A proposta de uma parlamentar francesa de permitir a reabertura de bordéis no país – proibidos logo após o final da Segunda Guerra Mundial – está provocando debates na França.

A deputada Chantal Brunel, do partido governista UMP, defende a iniciativa dizendo que ela permitiria eliminar as redes mafiosas que exploram as mulheres e daria às prostitutas mais segurança contra agressões nas ruas, além de um acompanhamento médico e jurídico no trabalho.

O Ministério do Interior da França determinou que um grupo de estudos, integrado por Brunel, discuta a questão. De acordo com a deputada, a primeira reunião preparatória desse grupo será realizada na próxima semana.

Uma pesquisa do Instituto CSA feita para o jornal Le Parisien, divulgada na quinta-feira, indica que 59% dos franceses são favoráveis à reabertura das casas de prostituição.

Apenas 10% são contrários à iniciativa, e o restante não se pronunciou sobre a questão. Há sete anos, uma pesquisa apontou que 26% das pessoas ouvidas eram contra a mudança.

‘Trabalhadores do sexo’

Segundo estimativas, haveria entre 20 mil e 30 mil “trabalhadores do sexo” na França, embora não existam estatísticas oficiais. Cerca de 60 mil pessoas se prostituiriam ocasionalmente.

A grande maioria (80%) das prostitutas seria de origem estrangeira, principalmente do leste europeu e da África.

Para apoiar sua ideia de reabrir os bordéis na França, a deputada afirma que estabelecimentos desse tipo já existem há anos em países como Holanda, Suíça, Espanha e Alemanha.

“Nos países onde essas casas são autorizadas, as mulheres pagam uma quantia aos proprietários, mas muito menor do que elas dariam aos seus cafetões”, afirma Brunel.

Oposição

Algumas associações de auxílio às prostitutas, no entanto, se opõem à reabertura dos bordéis no país, de acordo com o jornal Le Parisien.

“O que seria de uma sociedade que deixa mulheres fechadas em um lugar para o prazer dos homens?”, questiona Bruno Lemettre, presidente de uma associação que presta auxílio às prostitutas.

Lemettre afirma que em bordéis na Bélgica, por exemplo, “as prostitutas ficam fechadas doze horas por dia na penumbra e bebem álcool o dia inteiro para não ter consciência do que estão fazendo”.

As casas de prostituição na França foram proibidas em abril de 1946 pela lei Marthe Richard. Na época, existiam 1,4 mil estabelecimentos do tipo na França, sendo 300 deles em Paris.

Os arquivos nacionais da prostituição no país também foram destruídos.

Novo dinossauro carnívoro é descoberto

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Linheraptor exquisitus

O esqueleto do Linheraptor exquisitus está praticamente completo (Foto: Zootaxa)

Uma nova espécie de dinossauro relacionada ao carnívoro emplumado Velociraptor foi descoberto no norte da China.

O predador de 2,5 metros de comprimento e cerca de 25 quilos foi batizado de linheraptor exquisitus e é da família dos dromeossaurídeos, que teria dado origem aos pássaros modernos.

A descoberta, feita por um grupo de pesquisadores das Universidades George Washington, nos Estados Unidos, e de Londres, na Grã-Bretanha, foi anunciada na última edição da revista de taxonomia Zootaxa.

O esqueleto da espécie desconhecida foi encontrado em um fóssil do período Cretáceo Superior (entre 99,6 milhões e 65,5 milhões de anos) na região chinesa da Mongólia Interior.

Segundo os pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências, em Pequim, que analisaram o fóssil, ele está “excepcionalmente bem conservado”, com garras completas e dentes, e seria um dos esqueletos mais completos já encontrados na região.

Eles descreveram várias das características particulares do novo dinossauro que permitiram classificá-lo como membro da família dos dromeossaurídeos.

Ágil e veloz

“Vi a ponta de uma garra que saia de um penhasco e me surpreendi totalmente ao perceber que todo o esqueleto estava enterrado na profundidade da rocha”, disse Jonah Choiniere, um dos pesquisadores da Universidade de Londres.

“Este fóssil vai nos trazer muita informação sobre a evolução dos esqueletos do grupo que inclui o Velociraptor”, acrescentou.

O exemplar foi encontrado na formação de Wulansuhai durante uma pesquisa de campo em 2008.

Acredita-se que o Linheraptor tenha sido um predador muito veloz e ágil, que se alimentava de pequenos dinossauros.

Assim como outros dromessaurídeos, o Linheraptor tinha grandes garras e patas curvadas, com as quais provavelmente prendia suas presas.

Os pesquisadores acreditam que agora, com o esqueleto da nova espécie, eles poderão reconstruir uma série de mudanças evolutivas dentro da família dos dromeossaurídeos.

“Este é um lindo fóssil e documenta uma etapa de transição na evolução dos dromeossaurídeos”, disse Xu Xing, professor do Instituto de Paleontologia e Paleontropologia da Academia de Ciências da China.

Ex-namorado e produtor musical processa Lady Gaga

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Lady Gaga

Cantora iniciou carreira sob o nome Stefani Germanotta

Um compositor e produtor musical que alega ter ajudado a lançar a carreira de Lady Gaga co-escrevendo sucessos e garantindo um contrato com uma gravadora está processando a cantora americana.

Rob Fusari, que é citado no disco de Gaga, The Fame, alega que não recebeu sua parte nos royalties das músicas e nos ganhos com merchandising.

Na quinta-feira, ele entrou com uma ação legal no valor de US$ 30,5 milhões contra a cantora que já recebeu dois Grammys, em Nova York.

Fusari afirma que a ex-namorada o abandonou depois que sua carreira deslanchou.

O porta-voz de Lady Gaga, Dave Tomberlin, não comentou o caso.

Nos documentos apresentados, Fusari – que colaborou em Bootylicious, do Destiny’s Child – afirma que conheceu Lady Gaga quando ela ainda se apresentava sob seu nome real, Stefani Germanotta, em março de 2006.

Apesar de não ter dado muita atenção inicialmente, ele percebeu seu potencial depois de ouvi-la tocar piano em seu estúdio em Parsipanny, Nova Jérsei.

Fusari afirma que passou vários meses “recriando radicalmente seu estilo” e a transformando em Lady Gaga – o nome artístico que ela adotou por sua sugestão, diz ele.

Em uma entrevista no ano passado, a estrela pop de 23 anos de idade teria dito: “Eu era Gaga desde os 19 anos, no meu primeiro contrato de disco”.

“Sempre me vesti assim antes de as pessoas me conhecerem como Lady Gaga. Sempre fui assim”.

Contrato de disco

Fusari alega que ele e Germanotta já estavam romanticamente envolvidos quando formaram a empresa Team Love Child LLC em maio de 2006 para promover a carreira de Gaga.

O compositor também alega que foi instrumental ao garantir o contrato de discos com a Interscope Records, que lançou o álbum The Fame em 2008. O disco vendeu mais de 3 milhões de cópias só nos Estados Unidos.

Com o fim de sua relação, Fusari afirma que os negócios da dupla entraram em colapso.

O produtor afirma que não recebeu seus 20% pelos royalties das músicas, 15% pelos ganhos com merchandising, além de outros pagamentos.

Fusari reconhece ter recebido cerca de US$ 611 mil, mas afirma que tem direito a receber muito mais.

Em janeiro, Lady Gaga recebeu dois Grammys – melhor gravação de dance por Poker Face e melhor álbum de Dance por The Fame.