domingo, 15 de novembro de 2009

Recomendação diária de consumo de calorias pode estar errada

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hambúrguer

Em teoria, seria possível comer mais um cheeseburguer por dia.

O cálculo de calorias usado como base nos últimos 18 anos para criar dietas e dar orientações sobre formas de se manter saudável pode estar errado, segundo uma pesquisa.

A versão preliminar de um estudo feito pelo Comitê Científico Consultivo em Nutrição, ligado ao governo britânico, sugere que o consumo diário de calorias poderia ser 16% maior.

Atualmente, a ingestão diária de calorias recomendada pelos órgãos de saúde é de 2 mil para a mulheres e 2,5 mil para os homens.

O comitê, no entanto, salienta que, diante dos atuais níveis de obesidade da população, as pessoas só devem comer mais se se exercitarem mais.

A pesquisa afirma trazer uma avaliação muito mais precisa de como a energia pode ser queimada por meio da atividade física.

Um aumento de 16% no consumo de energia significaria que adultos poderiam ingerir mais 400 calorias por dia, o equivalente a um cheeseburguer.

A proposta da comissão passará agora por um período de 14 semanas de consultas para que, então, as recomendações finais sejam feitas.

Ativistas da área saúde afirmam que as autoridades britânicas deveriam “varrer o relatório para baixo do tapete” para evitar que mensagens erradas sejam passadas para a população, em meio a uma epidemia de obesidade.

Tam Fry, do Fórum Nacional de Obesidade da Grã-Bretanha, afirmou que sugerir que adultos podem comer 400 calorias extras é “uma ideia perigosa”.

“Isto não pode ser visto como sinal verde para comer loucamente”, disse Fry.

Funeral simbólico marca 'morte' de Veneza

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funeral simbólico de Veneza

Caixão vazio foi levado em barco até a Prefeitura

Moradores de Veneza, na Itália, realizaram, neste sábado, um funeral simbólico para alertar para o declínio da população da cidade.

Os participantes do evento carregaram um caixão vazio em uma procissão de barco até a Prefeitura.

A população de Veneza diminuiu dois terços desde 1950, passando de 180 mil para 60 mil.

Muitos culpam o turismo e a valorização imobiliária pelo êxodo da população.

O organizador do funeral simbólico, Matteo Secchi, disse à BBC que a cidade mudou para pior.

“Há dois anos nós prometemos que quando tivéssemos menos de 60 mil habitantes faríamos um funeral para a cidade, porque uma cidade com essa quantidade de moradores não é mais uma cidade, é um vilarejo”, disse Secchi.

Para autoridades de Veneza é “prematuro” dizer que a cidade está morrendo.

Mara Rumiz, encarregada da demografia de Veneza, disse que as cifras consideradas pelos organizadores do funeral ignoram as 120 mil pessoas que moram nas ilhas de Veneza, como Murano e Lido.

Ela concordou que a administração da cidade tem de fazer mais estimular que pessoas morem na cidade e evitar que o local se torne apenas um destino turístico.

Durante o funeral simbólico, cientistas do Worcester Polytechnic Institute em Massachusetts recolheram amostras de DNA de 5 mil moradores para investigar a origem dos venezianos.

Crescimento ou escuridão?

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O apagão de terça-feira à noite deixou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva preocupado. Não é para menos. O Brasil vive o melhor momento econômico da sua história, com a perspectiva de crescer constantemente pelo menos 5% ao ano por um bom tempo, e está prestes a receber a comunidade internacional para a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos. Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, Lula mostrou-se decepcionado com o grau de confiabilidade do sistema de distribuição de energia elétrica no país. O presidente, 33ª pessoa mais poderosa do mundo, segundo a revista Forbes, que já se ofereceu para acabar com a fome no planeta e buscar a paz entre israelenses e palestinos, não conseguiu proteger o povo brasileiro da falta generalizada e repentina de energia elétrica. Isso apesar de suas muitas afirmações de que um novo apagão não ocorreria no Brasil "em hipótese alguma".

É bem provável que os temores em relação à realização da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016 sejam exagerados. Há muito tempo pela frente, e o Brasil tem condições de reduzir as chances de incidentes como esse ocorrerem novamente. Mas a verdade é que, sem energia elétrica, o país não anda, nem as pessoas vivem. Cidades como São Paulo e Rio de Janeiro simplesmente não podem parar no meio da noite, e as autoridades sabem muito bem disso.

O desafio do governo, durante e ao final das investigações sobre o apagão 2009, será convencer o eleitorado de que tem a situação sob controle e de que a série de blecautes vista na primeira década deste milênio não se repetirá na próxima. A pré-candidata de Lula à Presidência, Dilma Rousseff, era responsável pelo setor de energia e está à frente do projeto de avanço contínuo da economia, simbolizado pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). E, para crescer de forma sustentada, o Brasil, que já precisa investir muito em infraestrutura, educação e segurança, não pode se perder no meio do caminho, no meio da escuridão.

Rogério Simões

Empresa desiste de distribuir dinheiro em Paris

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Dez pessoas foram presas por causa de confusões após o cancelamento

Uma empresa francesa de internet desistiu de distribuir dinheiro ao público neste sábado, em Paris, por causa do número maior que o esperado de pessoas que compareceu ao local.

A polícia pediu para que os organizadores suspendessem o evento nas proximidades da Torre Eifffel “dado o movimento da multidão”.

Cerca de 5 mil pessoas foram ao local. A empresa Mailorama.fr havia prometido distribuir notas de 5 a 500 euros em um evento de divulgação.

“Percebemos que seria difícil garantir a segurança”, disse Jean Baptiste Descroix-Vernier, presidente da companhia que administra o site.

“Sendo assim, decidi cancelar a distribuição do dinheiro ao público por hora”, disse ele, afirmando que o dinheiro será entregue à caridade.

Revoltadas com o cancelamento, muitas pessoas quebraram, vidraças e chegaram a virar um automóvel. A polícia diz que 10 pessoas foram presas.

O governo francês afirmou que vai reclamar formalmente do evento publicitário.