segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

ONU confirma morte de brasileiro Luiz Carlos da Costa

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ONU considera o terremoto o 'pior desastre' de sua história

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-Moon, confirmou, neste sábado, que o brasileiro Luiz Carlos da Costa, o segundo na linha de comando da ONU no Haiti, está entre as vítimas do terremoto que devastou o país.

O corpo do brasileiro foi encontrado nos escombros do prédio da sede da ONU no país, destruído pelo tremor que atingiu Porto Príncipe.

Além de Costa, os corpos do chefe da missão de paz da ONU no país, o tunisiano Hedi Annabi, e do comissário policial da Organização no país, Doug Coates também foram encontrado entre os escombros.

“Em todo o sentido da palavra, eles deram suas vidas pela paz”, afirmou Ban em um comunicado.

Segundo Ban, Luiz Carlos da Costa foi, durante muitos anos, “uma lenda nas operações de paz da ONU”.

“O seu profissionalismo e dedicação extraordinárias somente eram comparados ao seu carisma e dedicação a muitos de seus amigos”, afirmou o secretário-geral sobre o brasileiro.

Ban afirmou ainda que o “legado de Costa vive nos milhares que servem a bandeira azul da ONU em todo o canto do mundo”.

O secretário-geral também elogiou o trabalho de Anabbi, o primeiro no comando da missão no país. Segundo Ban, ele era “um cidadão do mundo” e um “dos mais dedicados filhos das Nações Unidas”.

Segundo homem

Luis Carlos da Costa

Luiz Carlos da Costa tinha o cargo de vice-representante do secretário-geral da ONU no Haiti.

Na última quarta-feira, durante uma entrevista coletiva no Itamaraty, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou que Costa era o brasileiro que ocupava o mais alto cargo nas Nações Unidas em todo mundo atualmente.

Nascido em 1949, Costa assumiu o cargo no Haiti em novembro de 2005, após ser indicado pelo então secretário-geral da ONU, Kofi Annan.

Antes disso, Costa já havia servido em missões da ONU na Libéria. Ele trabalha nas Nações Unidas desde 1969, de acordo com o site da organização.

Ainda de acordo com a ONU, ele teria duas filhas.

'Pior desastre'

Ao todo, foram confirmadas as mortes de 14 militares brasileiros, uma civil, a médica sanitarista Zilda Arns, enterrada neste domingo em Curitiba, no Paraná, e do diplomata Luiz Carlos da Costa.

A Minustah atua no Haiti desde 2004, e conta com 6,7 mil militares, 1,6 mil policiais, 548 civis estrangeiros, além de 154 voluntários.

Dentre os militares da missão das Nações Unidas, 1.266 são brasileiros.

O terremoto haitiano já é um dos eventos que causaram o maior número de mortes entre funcionários da ONU.

Um ataque às instalações da entidade na Argélia, em 2007, matou 41 pessoas, 18 delas trabalhadores da Nações Unidas.

Em 2003, um ataque suicida à ONU na capital iraquiana matou 22 pessoas, incluindo o brasileiro Sérgio Vieira de Mello.

Neste domingo, uma porta-voz da Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou, em Genebra, que o terremoto no Haiti é o pior desastre que a ONU já enfrentou em sua história.

“Esse é um desastre histórico. Nós nunca fomos confrontados com esse tipo de desastre na memória da ONU. É como nenhum outro”, disse Elisabeth Byrs, porta-voz do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da Organização.

De acordo com ela, a dificuldade ser deve aos problemas de logística por conta do colapso do governo local e da completa destruição da infraestrutura – o aeroporto está saturado, as ruas bloqueadas, os hospitais têm poucos ou nenhum médico e poucas construções suportaram os tremores.

Byrs comparou o desastre com o tsunami que atingiu a Indonésia em 2004 e afirmou que a situação em Porto Príncipe é “tão ruim quanto ou pior”..

“O desastre é enorme e tão enorme quanto foi o tsunami, talvez pior porque todo o país foi decapitado, os prédios do governo desmoronaram e nós não temos o apoio da infraestrutura local. Na Indonésia nós tínhamos pelo menos o apoio de algumas autoridades locais”, disse.

Na sexta-feira, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, lançou um apelo à comunidade internacional para arrecadar US$ 550 milhões para ajudar ao Haiti.

Ban deve chegar ao Haiti no domingo para acompanhar os esforços humanitários em Porto Príncipe.

A porta-voz do Programa Mundial de Alimentos da ONU no Haiti, Myrta Kaulard, disse que a agência espera atender cerca de 40 mil pessoas.

Apesar disso, Kaulard disse reconhecer que cerca de 1 milhão precisam de ajuda em Porto Príncipe.

Vai tomar crédito? Saiba o que determina uma taxa de juros menor!

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SÃO PAULO – O crédito é o caminho de muitos brasileiros para realizar os sonhos de consumo e, para que ele não pese tanto no bolso, o ideal é que se economize com os juros. Mas como ter acesso às menores taxas do mercado? A resposta está no seu próprio comportamento como consumidor.

De acordo com o vice-presidente da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), Miguel de Oliveira, as taxas de juros estão em queda no Brasil, diante da manutenção da Selic – que é a taxa referencial do mercado – e do aumento da concorrência bancária.

“Mas elas [taxas de juros] se reduzem mais para os bons clientes. Diminuem para clientes cujo histórico no banco é melhor, que têm produtos do banco, que paga em dia”, explicou.

Análise
A análise dos bancos passa, em primeiro lugar, pelos cadastros negativos de débito, como a Serasa e o SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito). Depois disso, é analisado o histórico do cliente no banco e, além disso, o grau de endividamento da pessoa.

Ou seja: para ter uma taxa menor é preciso, de acordo com Oliveira, “cuidar do orçamento, não se endividar muito e pagar os compromissos financeiros em dia”.

Já a diretora de Estudos e Pesquisas da Fundação Procon-SP, Valéria Rodrigues Garcia, acredita que, para ter acesso a uma taxa mais baixa, o consumidor deve fazer mesmo é uma grande pesquisa, já que os juros variam de acordo com o perfil do consumidor.

“Um funcionário público normalmente tem taxa menor porque a garantia de pagamento é maior, pela estabilidade no emprego. Se tem investimento no banco, a taxa é menor também. O banco analisa a reciprocidade do cliente”, avaliou.

Clientes “top”
A renda também é considerada no momento de oferecer uma taxa de juro ao cliente, afinal, quanto mais se ganha, maior a possibilidade de quitar a dívida. Mas isso é válido somente quando a pessoa não tem um grau de endividamento alto.

Os bancos normalmente têm uma divisão para atender clientes de alta renda e, de acordo com Oliveira, são oferecidas taxas de juros menores para estes clientes, o que não abrange todos eles. “Estar nesta categoria não quer dizer que todos têm juros menores. Até nestas categorias existem juros altos. Elas só mostram que a renda do cliente é alta”.

Ser um cliente antigo também pode ser um critério diferenciado, mas desde que a pessoa tenha um histórico bom de pagamento. “Hoje, tudo é importante. Naturalmente que a relação antiga é melhor, mas se as informações não forem boas, não terá juro menor”, destacou.

Teles serão obrigadas a desbloquear celulares

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A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) quer obrigar as teles móveis a cumprirem as normas que já determinam o desbloqueio de telefones, independentemente da existência de contratos de fidelização na compra de aparelhos subsidiados pela operadora.

Hoje, a maior parte das companhias vende telefones subsidiados. Segundo a agência, elas `prendem` os clientes em contratos que preveem multas caso eles cancelem o serviço antes de um ano.

Ainda segundo a agência, justamente por isso, haveria uma resistência das teles ao desbloqueio desses aparelhos, que, uma vez destravados, poderiam funcionar com chips de outras operadoras, gerando receita para a concorrência.

O assunto entrou na pauta de discussão dos conselheiros da Anatel no fim do ano passado e só deve ser retomado no próximo dia 28, quando retorna das férias o presidente da agência, Ronaldo Sardenberg.

Caso o conselho aprove as novas normas, a agência enviará uma súmula ao `Diário Oficial da União` e, imediatamente após sua publicação, as operadoras ficarão obrigadas a desbloquear qualquer celular a pedido do cliente, sem custos.

`O desbloqueio é um direito do cliente`, diz a conselheira Emilia Ribeiro, relatora do processo. `As operadoras não podem bloquear aparelhos como contrapartida à concessão do subsídios aos telefones.`

Para ela, isso já estava previsto no Regulamento do Serviço Móvel Pessoal, mas houve uma polêmica em torno do caso quando, em janeiro de 2008, a Oi enviou à Anatel uma reclamação formal, exigindo que a concorrência cumprisse as regras e fizesse o desbloqueio.

A Oi é a única operadora no país cujo modelo de negócio está baseado na venda do chip, e não na da linha com aparelho subsidiado. Vivo, TIM e Claro também passaram a vender chips avulsos, mas, até o momento, ainda centram suas receitas na venda dos aparelhos.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Vivo informa que vende celulares bloqueados e desbloqueados e faz o desbloqueio, sem custo, para os clientes `fidelizados`. A Claro diz que destrava gratuitamente os aparelhos a pedido do cliente.

A TIM deu um passo além e anunciou que venderá telefones desbloqueados de fábrica a partir de fevereiro. O diretor de marketing, Rogério Takayanagi, anunciou que os pedidos já foram feitos e os modelos destravados chegarão gradativamente. `Apesar disso, nossas próprias lojas continuarão desbloqueando, caso o cliente solicite`, disse. `Isso não significa que ele romperá o contrato de fidelização,` diz.

Para a Justiça, produto importado tem garantia

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RIO - A cotação favorável do dólar levou muitos brasileiros a viajarem para o exterior e a se arriscarem, ao trazer produtos comprados lá e, portanto, sem garantia no Brasil. Se o item quebrar ou der defeito, será difícil consertá-lo. Os consumidores, porém, reclamam, argumentando que as marcas são mundiais e, se o fabricante vende no Brasil, deveria dar a garantia. O Judiciário compartilha desse entendimento e, segundo Beatriz Alves Margoni, sócia da Veirano Advogados, já existem sentenças a favor dos consumidores nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul:

- Nosso escritório pesquisou inúmeros casos de diversas regiões julgados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e pelos Tribunais de Justiça nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná. Apenas no Rio Grande do Sul e São Paulo existem casos relacionados a esse problema, sendo cinco no Rio Grande do Sul e quatro em São Paulo.

De acordo com Beatriz, as ações pesquisadas são contra as empresas líderes de mercado como Hewlett-Packard (HP), Semp Toshiba, Ford Motor, Toshiba e Sony, esta última com o maior número de casos. Ela explica que todas as sentenças de Tribunais de Justiça acompanharam um caso precedente, julgado no STJ, que determinou que a assistência técnica da Panasonic honrasse a garantia do fabricante, mesmo que o fabricante não tivesse colocado o produto no mercado brasileiro:

- Após essa pesquisa, um de nossos clientes decidiu espontaneamente mudar sua postura, antes que os consumidores ajuizassem ação - afirmou ela. - Defendemos essa posição porque acreditamos que todas as próximas decisões seguirão o precedente do STJ.