quinta-feira, 23 de julho de 2009

Trabalhar demais 'aumenta risco de demência', diz estudo

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Estresse (arquivo)

O estresse causado pelo excesso de trabalho pode ser uma das causas do problema

Uma pesquisa liderada por cientistas finlandeses sugere que excesso de trabalho pode aumentar o risco de declínio mental e, possivelmente, de demência.

Demência é um termo genérico que descreve a deterioração de funções como memória, linguagem, orientação e julgamento. Existem vários tipos de demência, mas o mal de Alzheimer, com dois terços dos casos, é a forma mais comum.

O estudo analisou 2.214 funcionários públicos britânicos de meia idade e descobriu que aqueles que trabalhavam mais de 55 horas por semana tinham menos habilidades mentais do que os que faziam o horário normal.

A pesquisa, divulgada na publicação científica American Journal of Epidemiology, descobriu que os que trabalhavam demais tinham problemas com a memória de curto prazo e lembrança de palavras.

Ainda não se sabe a razão de o excesso de trabalho causar estes efeitos no cérebro.

Mas os pesquisadores afirmam que os fatores mais importantes podem incluir o aumento de problemas do sono, depressão, estilo de vida prejudicial à saúde e o aumento do risco de doenças cardiovasculares, possivelmente ligados ao estresse.

"As desvantagens das horas extras devem ser levadas a sério", afirmou a pesquisadora que liderou a pesquisa Marianna Virtanen, do Instituto Finlandês de Saúde Ocupacional.

Efeito cumulativo

Os funcionários públicos que participaram do estudo fizeram cinco testes diferentes para avaliar a função mental, uma vez entre 1997 e 1999 e novamente entre 2002 e 2004.

Os que faziam mais horas extras tiveram pontuações menores em dois dos cinco testes, que avaliavam raciocínio e vocabulário.

Os efeitos eram cumulativos, quanto mais longa a semana de trabalho, piores eram os resultados nos testes.

Os empregados que trabalhavam em excesso tinham menos horas de sono, relatavam mais sintomas de depressão e consumiam mais bebidas alcoólicas do que os que trabalhavam apenas no horário normal.

O professor Mika Kivimäki, que também trabalhou na pesquisa afirmou que os cientistas vão continuar com o estudo.

"É particularmente importante examinar se os efeitos são duradouros e se o excesso de trabalho pode levar a problemas mais graves como demência".

Cary Cooper, especialista em estresse no local de trabalho na Universidade de Lancaster, Grã-Bretanha, afirmou que já se sabe há algum tempo que trabalhar em excesso de forma regular pode prejudicar a saúde em geral, e agora este estudo sugere que também pode haver danos ao funcionamento mental.

"Isto deve enviar uma mensagem aos empregadores de que insistir que as pessoas trabalhem em excesso na verdade não é bom para os negócios", disse.

"Mas a minha preocupação é que em uma recessão as pessoas trabalhem mais. (...) As pessoas irão para o trabalho mesmo se estiverem doentes, pois querem mostrar comprometimento e garantir que não sejam os próximos funcionários demitidos", acrescentou.

Menina de 13 anos é presa por guardar fuzil no quarto em Londres

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Soldados americanos com fuzis M16

O fuzil M16 é a arma mais utilizada pelas Forças Armadas americanas

Uma menina de 13 anos foi presa depois que policiais encontraram um fuzil M16 em seu quarto, em um apartamento no sul de Londres.

Segundo relatos de jornais britânicos, a batida foi realizada na tarde de terça-feira, depois de denúncia anônima, e os 15 policiais envolvidos tiveram que derrubar a porta do quarto da adolescente.

O The Daily Mail informou que os investigadores acreditam que a menina escondeu a arma em uma tentativa de proteger o irmão mais velho, que faz parte de uma gangue.

A Polícia Metropolitana de Londres confirmou que a incursão fez parte de uma iniciativa de combater a violência de gangues na região do subúrbio de Croydon.

Ainda de acordo com a polícia, a menina foi libertada após pagamento de fiança, e um jovem de 19 anos foi detido por suspeita de posse de arma de fogo.

O fuzil M16 é a arma mais usada pelas Forças Armadas dos Estados Unidos.

A arma encontrada no quarto da adolescente está sendo analisada por especialistas, mas a polícia diz acreditar que se trata de uma réplica.

Homens mais altos 'ganham mais', diz estudo

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Executivo no centro financeiro de Londres (arquivo)

Estudo observou diferenças pela altura, mas não pelo peso

Um estudo feito por cientistas australianos indicou que homens mais altos levam vantagens quando o assunto é salário.

Uma pesquisa feita com 7 mil pessoas concluiu que 5 cm a mais de altura equivalem a um adicional no salário de cerca de 950 dólares australianos - quase R$ 1,5 mil - por ano.

É quase igual ao aumento por um ano a mais de experiência, afirmaram os autores do estudo.

A pesquisa foi conduzida na Austrália, considerando a altura média de um homem de 1,77 m.

"Nossas estimativas sugerem que se este homem tivesse 1,82 m ganharia cerca de 1,5% a mais", afirmaram os autores do estudo, os economistas Andrew Leigh, da Universidade Nacional Australiana, e Michael Kortt, da Universidade de Sydney.

"É quase igual ao ganho de salário por um ano a mais de experiência."

Para os cientistas, a explicação para este fato pode estar ligada ao "respeito" que pessoas mais altas despertam em outros indivíduos, ou na confiança advinda de uma vantagem inicial em atividades sociais e esportivas durante a infância e adolescência.

A pesquisa australiana reforça conclusões semelhantes sobre a relação entre altura e salário em pesquisas feitas em outros mercados de trabalho, como os Estados Unidos, a Grã-Bretanha e o Brasil.

Mas à diferença do que se observa em outros países - Alemanha e EUA, por exemplo -, os pesquisadores não observaram relação entre salário e o índice de massa corporal, o indicador que mede se um indivíduo está dentro, acima ou abaixo do peso, ou se é obeso.

"Não detectamos punição salarial por estar acima do peso ou obeso no mercado de trabalho australiano."

Leigh e Kortt disseram que esta discrepância pode ser explicada pela falta de homogeneidade nas estatísticas ou por uma diferença de atitudes em relação à obesidade nos diferentes mercados de trabalhos.

A pesquisa também avaliou a relação entre a altura e salário entre mulheres, mas o efeito, ainda que existente, foi considerado demasiado pequeno.

Segundo Leigh e Kortt, um adicional de 1,5% no salário das mulheres só é verificado entre aquelas com cerca de 10 cm a mais de altura.

Capacidade mental começa a diminuir aos 27 anos, diz estudo

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Cérebro (arquivo)

A pesquisa sugere que a capacidade mental atinge o auge aos 22 anos

Uma pesquisa de cientistas americanos sugere que a capacidade mental de uma pessoa começa a deteriorar aos 27 anos, marcando o início do processo de envelhecimento.

Timothy Salthouse, da Universidade de Virgínia, descobriu que raciocínio, agilidade mental e visualização espacial entram em declínio perto dos 30 anos de idade, depois de chegar ao auge aos 22.

Ele acredita que tratamentos que têm o objetivo de amenizar o processo de envelhecimento deveriam começar mais cedo.

O estudo, publicado na revista Neurobiology of Aging, foi feito ao longo de sete anos e incluiu 2 mil pessoas saudáveis com idades de 18 e 60 anos.

Os participantes tiveram que resolver quebra-cabeças, lembrar-se de palavras e detalhes de histórias, além de identificar padrões em grupos de letras e símbolos.

Os testes são os mesmos já utilizados por médicos para procurar sinais de demência.

Em nove dos 12 testes realizados, a média de idade dos indivíduos que tiveram o melhor desempenho foi de 22 anos.

A idade em que se observou uma piora marcante no desempenho dos participantes em testes de agilidade mental, raciocínio e habilidade para resolver quebra-cabeças visuais foi 27.

Funções como a memória ficaram intactas até os 37 anos, em média, e as habilidades baseadas no acúmulo de informações, tais como desempenho em testes de vocabulário e conhecimentos gerais, aumentaram até os 60 anos de idade.

Segundo Salthouse, os resultados sugerem que "alguns aspectos do declínio da função cognitiva em adultos com boa saúde e nível de instrução começam aos 20 e poucos ou 30 e poucos anos".

Cérebro humano artificial 'pode ser construído em 10 anos' , diz cientista

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Henry Markram - TED/ MJ Davison

Markram já construiu elementos de um cérebro de camundongo

Um cérebro humano artificial pode ser construído dentro dos próximos 10 anos, segundo Henry Markram, um proeminente cientista sul-africano.

"Não é impossível construir um cérebro humano e podemos fazer isso em 10 anos", disse Markram, diretor do Blue Brain Project (BBP), à conferência acadêmica global TED na cidade de Oxford, na Inglaterra.

O BBP é um projeto científico internacional, financiado pelo governo suíço e doações de indivíduos, cujo objetivo é construir uma simulação computadorizada do cérebro de mamíferos.

Markram já construiu elementos do cérebro de um camundongo. A equipe do cientista se concentra especificamente na coluna neocortical, conhecida como neocortex.

'10 mil laptops'

O projeto atualmente tem um modelo de software de dezenas de milhares de neurônios, cada um deles diferente, que os ajudou a construir, artificialmente, uma coluna neocortical.

A equipe coloca os dados gerados pelos modelos junto com alguns algoritimos - uma sequência de instruções para solucionar um problema - em um supercomputador.

"Você precisa de um laptop para fazer todos os cálculos para um neurônio", disse ele.

"Portanto você precisa de 10 mil laptops", afirmou.

Em vez disso, a equipe usa um supercomputador com 10 mil processadores.

As simulações já começaram a fornecer pistas aos pesquisadores sobre o funcionamento do cérebro. Elas podem, por exemplo, mostrar ao cérebro uma imagem, como uma flor, e seguir a atividade elétrica da máquina, ou seja, como é feita a representação da imagem.

"Você estimula o sistema e ele cria sua própria representação", disse ele.

O objetivo é extrair esta representação e projetá-la, permitindo que os pesquisadores vejam diretamente como o cérebro funciona.

Segundo Markram, além de ajudar na compreensão dos mecanismos do cérebro, o projeto pode oferecer novos caminhos para se entender os problemas mentais.

"Cerca de dois bilhões de pessoas no planeta sofrem de distúrbios mentais", disse o cientista, reforçando os benefícios em potencial do projeto.

Volks anuncia plano para fusão com a Porsche

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Veículos da Volkswagen e da Porsche estacionados em Berlim na última quarta-feira (Getty Images)

Porsche passará ao controle da Volks, mas manterá independência

A Volkswagen revelou nesta quinta-feira seu plano para uma fusão progressiva da empresa com a sua principal acionista, a fábrica de veículos esportivos Porsche.

De acordo com um comunicado, o acordo fará com que a Porsche passe ao controle da Volkswagen, embora mantendo uma identidade separada e independência.

Segundo o Conselho de Supervisão da Volkswagen, os executivos das duas empresas iniciarão agora as negociações “para chegar ao conceito final para atingir este objetivo”.

Para correspondentes, o acordo significa, efetivamente, uma aquisição da Porsche pela Volks.

Intenção antiga

As duas montadoras já haviam expressado anteriormente a intenção de formar um grupo automotivo integrado.

O avanço nas negociações, no entanto, foi facilitado pelo pedido de demissão, nesta quinta-feira, do presidente da Porsche, Wendelin Wiedeking, e do diretor-financeiro, Holger Haerter.

Os dois estiveram à frente da tentativa da empresa de passar a controlar 75% da Volkswagen, que fracassou por falta de dinheiro – refletindo a queda das vendas no setor e a crise financeira global.

Hoje, a Porsche tem quase 51% da companhia.

A Volkswagen informou que a nova companhia será formada com o “envolvimento gradual da Volkswagen na Porsche AG (a fábrica de veículos da empresa)”.

“Crescimento de oportunidades”

O presidente da Volkswagen, Martin Winterkorn, afirmou que o negócio “fará duas companhias fortes ainda mais fortes”.

“A Volkswagen e a Porsche têm uma grande experiência e podem usar seus recursos de maneira ainda mais eficiente ao combiná-los”, disse Winterkorn em um comunicado.

“Por este motivo, nós esperamos um crescimento de oportunidades, a garantia dos empregos existentes e a criação de outros”.

“Ao mesmo tempo, assim como a Audi atualmente, a Porsche pode continuar seu desenvolvimento independentemente e preservar sua identidade, sob a égide da Volkswagen.”

Com o acordo, a Porsche se tornará a décima marca sob o “guarda-chuva” da Volkswagen.

Winterkorn também anunciou que o governo do Catar irá comprar 17% das ações da Volks.