quarta-feira, 29 de julho de 2009

Filme que custou US$ 74 ganha distribuição nacional na Grã-Bretanha

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Foto promocional do filme 'Colin'

Terror barato: filme custou meros US$ 74, o equivalente a R$ 140

Um filme de terror que custou apenas US$ 74 (cerca de R$ 140) para ser produzido vai ser exibido nacionalmente na Grã-Bretanha.

Colin, a história de um homem que é mordido por um zumbi, morre e volta como morto-vivo para comer pessoas, foi filmado com uma câmera amadora portátil por Marc Price e um grupo de amigos.

Em entrevista à BBC Brasil, Price (que além de autor do roteiro também é o diretor e produtor do filme) disse que a ideia nasceu de uma brincadeira despretensiosa entre amigos e que nem sonhava com a repercussão que o filme está tendo.

Colin foi exibido em um festival de filmes de terror no País de Gales e acabou chamando a atenção dos organizadores, que recomendaram a produção a uma agente.

Para a surpresa do diretor, o filme acabou sendo exibido no Festival Cannes e recebeu uma oferta para distribuição na Grã-Bretanha.

"O que me deixa realmente feliz é pensar que esse filme pode inspirar outros a fazerem a mesma coisa, abrindo um mundo de possibilidades para pessoas criativas”, disse.

"Hoje em dia, alguns celulares têm câmeras de alta definição, então é perfeitamente possível fazer um filme usando apenas um telefone".

Orçamento baixo

Colin foi filmado no País de Gales e na Inglaterra. A produção durou 18 meses.

Enquanto editava o filme, Marc Price, de 30 anos, trabalhava para uma empresa de entregas em Londres.

Artista gráfico sem formação específica em cinema, Price disse que aprendeu muito do que sabe sobre filmes ouvindo depoimentos de diretores em DVDs.

"Com essa incrível revolução digital, muita gente se esquece de que as velhas técnicas de cinema ainda se aplicam".

Price disse que já está trabalhando em seu próximo filme e que vai tentar manter o orçamento baixo. A produção, no entanto, certamente não vai custar os mesmos US$ 74.

Colin chega aos cinemas britânicos em outubro, para coincidir com a festa do Halloween.

A assessoria de Price informou que o filme será exibido também em São Paulo, no Festival Curta Fantástico, que será realizado em novembro.

Bordéis com sexo ilimitado a preço único causam polêmica na Alemanha

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Bordel em Berlim (foto de arquivo)

Políticos e ativistas dizem que bordéis atentam contra dignidade humana

Um novo modelo de bordel, em que clientes podem ter sexo à vontade por um único preço, está provocando protestos na Alemanha, país onde a prostituição é um negócio legalizado.

Após se tornarem populares com a recente crise econômica, esses estabelecimentos são acusados de atentar contra a dignidade humana por políticos e ativistas dos direitos humanos. Políticos conservadores querem proibir os prostíbulos.

Em uma grande operação realizada no domingo, cerca de 700 policiais inspecionaram casas do gênero em quatro cidades alemãs, prendendo 10 pessoas.

A blitz foi desencadeada por suspeitas de que os estabelecimentos empregam prostitutas estrangeiras sem permissão de trabalho e sonegam contribuição à previdência social.

Dois estabelecimentos foram fechados por apresentarem condições sanitárias precárias. Em apenas um deles a polícia encontrou um caso com indícios de prostituição forçada.

"Serviços ilimitados"

A cadeia de bordéis Pussy Club, inaugurada em junho, provocou críticas em Fellbach e Heidelberg, no sul da Alemanha, ao atrair clientes para as filiais nessas cidades com o slogan "sexo com todas as mulheres, quanto e como você quiser".

Os locais prometem “serviços ilimitados”, incluindo sexo em grupo, pelo ingresso de 70 euros (cerca de R$ 187).

A propaganda irritou o secretário de Justiça do Estado de Baden-Württemberg, Ulrich Goll. “Se levarmos o anúncio a sério, podemos concluir que há uma violação da dignidade humana das prostitutas que lá trabalham”, disse.

Entidades de direitos humanos e representantes da Igreja também criticam a oferta. Uma associação de cidadãos da região reivindica o fechamento desse tipo de prostíbulo em carta enviada a diversas autoridades, incluindo a chanceler Angela Merkel.

Justiça indica guardião para cuidar de interesses financeiros de óctuplos

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Nadya Suleman, mãe dos óctuplos

Suleman autorizou a participação dos filhos em um reality show

Um juiz na Califórnia indicou um guardião para cuidar dos interesses financeiros dos óctuplos da americana Nadia Suleman, que deu à luz aos oito bebês em janeiro.

O pedido de indicação de um guardião foi feito por um ativista dos direitos das crianças na indústria do entretenimento depois que a mãe dos óctuplos, Nadya Suleman, assinou um contrato para a participação dos filhos em um reality show.

Suleman assinou, na última semana, um contrato com uma emissora de televisão para fazer uma série de reality show sobre seus filhos. Além dos óctuplos, os outros seis filhos de Suleman – todos com menos de 9 anos de idade – também participarão do programa.

Segundo o correspondente da BBC em Los Angeles Peter Bowes, o programa televisivo não acompanhará os bebês 24 horas por dia, mas irá registrar alguns momentos importantes da vida das crianças, como aniversários e outros eventos especiais.

Ao todo, as 14 crianças ganharão cerca de US$250 mil (R$470 mil) em três anos de gravações. Do total, 15% será depositado em um fundo que poderá ser sacado quando as crianças atingirem 18 anos.

Os oito bebês de Nadya Suleman nasceram depois de uma cesariana em um hospital perto de Los Angeles no dia 26 de janeiro, nove semanas antes do tempo.

Corante que trata dano na medula produz rato azul

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Camundongo azul   foto: University of Rochester

Camundongos que receberam corante ficaram azuis

Um corante azul usado em doces ajuda a tratar ferimentos na medula espinhal, concluíram cientistas após estudos com ratos.

O tratamento - detalhado na publicação científica Proceedings of the National Academy of Sciences - apresenta, no entanto, pelo menos um efeito colateral: os ratos usados no estudo ficaram temporariamente azuis.

Mudanças moleculares que ocorrem nas horas que sucedem o ferimento inicial podem causar danos ainda mais sérios à medula.

Mas os pesquisadores da Universidade de Rochester, no Estado de Nova York, descobriram que esse processo pode ser interrompido ou minimizado com o uso do corante, conhecido como Azul Brilhante G (BBG, na sigla em inglês).

ATP e receptor

Em estudos anteriores, a equipe da universidade já havia demonstrado que, logo após uma lesão na medula, moléculas de substância conhecida como ATP rapidamente inundam a área do ferimento.

A ATP, ou trifosfato de adenosina, é uma fonte de energia vital para o organismo e mantém as células vivas, mas doses maciças da substância na região do ferimento matam neurônios saudáveis agravando a lesão.

No ferimento, o ATP se liga a um receptor, o P2X7, e na presença desta união que ocorre a morte dos neurônios.

O BBG age contra o P2X7, com a vantagem de poder ser administrado na forma de uma injeção padrão, longe do ferimento.

Dose Alta

Os pesquisadores esperam que um dia seu trabalho possa ajudar a diminuir os riscos de paralisia após lesões na medula.

Mas eles enfatizam que muitas pesquisas terão de ser feitas para que se chegue a um tratamento e acrescentam que esse tratamento só funcionaria se administrado logo após a lesão.

"Não temos hoje um tratamento efetivo para pacientes que sofrem uma lesão aguda na coluna", disse o pesquisador Steven Goldman.

"Nossa esperança é de que este trabalho leve a uma droga prática e segura que possa ser dada ao paciente logo após a lesão para evitar os danos secundários".

O diretor de pesquisas da ONG britânica Spinal Research, que promove estudos sobre a medula, disse que o novo estudo pode ser promissor na busca de tratamentos de proteção para os neurônios saudáveis, evitando os danos secundários que ocorrem nas horas e dias que sucedem a lesão inicial na coluna.

"O fato de que (o BBG) é um corante aprovado para uso em alimentos já parece ser um bom começo", disse Mark Bacon. "Mas as quantidades encontradas nos alimentos não nos fazem ficar azuis".

Resta saber se, em doses maciças, o BBG apresentaria ou não efeitos colaterais perigosos.

Erro de digitação em GPS faz turistas errarem caminho em 650 km

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A ilha de Capri, na Itália (Getty Images)

Casal de suecos errou o caminho em cerca de 650 km

Um erro de digitação no aparelho de localização por satélite GPS fez com que um casal de turistas suecos que pretendia dirigir até a ilha de Capri, que fica no golfo de Nápoles, na Itália, acabasse chegando na pequena cidade industrial de Carpi, que fica no norte do país.

De acordo com o jornal italiano La Repubblica, o casal de turistas – ambos com cerca de 50 anos de idade – saiu da cidade de Veneza e confiou que o aparelho de GPS os guiaria pelo caminho mais curto até a ilha.

No momento em que foram digitar o nome de seu destino no aparelho, no entanto, acabaram trocando a posição das letras "r" e "p", o que fez com que o GPS indicasse o caminho da cidade no norte do país, que fica a cerca de 650 km de distância de Capri.

Aparentemente ignorando o fato de Capri ser uma ilha, os dois estavam convencidos que haviam chegado ao local, e procuraram um escritório turístico para se informarem sobre como chegar à Gruta Azul, um famoso ponto turístico da ilha.

Segundo o La Repubblica, no primeiro momento, o operador do escritório turístico pensou que eles estivessem procurando uma pizzaria ou restaurante com este nome, até perceber o engano.

Após ser informado sobre o erro, o casal entrou no carro novamente e seguiu em direção até a ilha.

Família lucrou mais de R$ 20 milhões pirateando DVDs

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do alto à esquerda: Sami, Rafi,Khalid e Xin Li

A quadrilha empregrava imigrantes ilegais

Um pai e seus dois filhos foram condenados à prisão na Grã-Bretanha por terem armado um esquema de produção de DVDs piratas que movimentou 7 milhões de libras (cerca de R$ 23 milhões).

Khalid Sheikh, de 53 anos, foi condenado a quatro anos de cadeia por violações de direitos autorais. Seus filhos Sami, de 28 anos, e Rafi, de 26 anos, receberam sentenças de seis anos por terem sido considerados culpados também por adquirir propriedade para fins criminosos.

"As evidências sugerem que uma enorme quantidade de material pirata - incluindo dezenas de milhares de dvds - eram produzida semanalmente nas supostas fábricas onde imigrantes ilegais da China eram explorados por lucro", disse o juiz Martin Beddoe, da corte de Southwark Park, em Londres.

'Lamentável'

Falando a Khalid, o juiz disse que ele não era "apenas o chefe da família, mas chefiava também uma organização criminosa".

"O que considero realmente lamentável é que você tenha corrompido e explorado suas crianças para seus próprios interesses financeiros", disse o juiz ao réu.

A polícia prendeu a gangue depois de batidas nas regiões de North Chingford, Harlow e Walthamstow, em 2006.

A família fabricava filmes de alta qualidade e os vendia por cerca de 3 libras cada (R$10 reais), incluindo filmes pornográficos.

A polícia diz acreditar que a maior parte dos lucros da família, que recebia seguro-desemprego, era enviada para fora do país.

Grã-Bretanha tem primeira colônia de férias para ateus

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Camp Quest

Acampamento diz oferecer 'alternativa sem Deus' a crianças

Uma colônia de férias de verão britânica está oferecendo uma experiência pouco comum para jovens de sete a 17 anos. A iniciativa promove uma "alternativa sem Deus", em oposição a acampamentos de verão mais tradicionais administrados por grupos religiosos.

Algumas das 24 crianças que chegaram ao acampamento Camp Quest, na cidade de Bruton, sudoeste da Inglaterra, pareciam jovens demais para lidar com conceitos tão amplos e complexos como religião e Deus.

A colônia de férias tem uma missão ambiciosa. Ela é "dedicada a melhorar a condição humana através de questionamento racional, pensamentos críticos e criativos, e método científico [...] e pela separação entre religião e governo".

O objetivo mais imediato, segundo os diretores, é ensinar cooperação, tolerância e empatia, através de atividades esportivas e brincadeiras. Mas são as visões sobre algumas questões mais complexas da vida que a distingue das demais, sobretudo o tratamento da religião.

Samantha Stein

Se as crianças se depararem com uma questão como criacionismo, por exemplo, nós discutiríamos às evidências. Nós não diríamos 'Criacionismo é bobagem', se elas pesarem os fatos e pensarem que isso não é verdade.

Samantha Stein

"Os participantes aprendem que o comportamento ético não depende de crença religiosa e doutrinas, que essas são às vezes um obstáculo para o comportamento moral e ético, que pessoas sem religião também são boas e totalmente capazes de viver uma vida feliz e cheia de significado", afirma o site do acampamento na internet.

A diretora da colônia de férias, Samantha Stein, afirma que as crianças são estimuladas a pensarem de forma independente.

"Se as crianças se depararem com uma questão como criacionismo, por exemplo, nós discutiríamos as evidências. Nós não diríamos 'Criacionismo é bobagem', diz a diretora.

O pai de uma das participantes do acampamento ateu disse que já levou sua filha a outros acampamentos cristãos e que estava em busca de uma experiência mais ampla para a criança.

Leeroy Murray, pai de três meninos em Camp Quest, disse que não descartaria mandá-los a um acampamento religioso.

"A coisa mais importante para mim aqui é dar para eles uma variedade de experiências e estimular que eles entendam o máximo possível de religiões e de ciências, e dar a eles as ferramentas para que decidam por conta própria o rumo que querem seguir", disse Murray.

Os filhos de Leeroy parecem mais preocupados com os aspectos menos filosóficos do acampamento.

"Eu quero fazer novos amigos, encontrar novas pessoas e fazer todas as atividades preparadas para nós", disse um dos filhos, de 9 anos.

"Eu gosto das atividades porque elas melhoram a sua saúde e fazem com que você esteja em forma", disse outro filho, de 8 anos.

'Unicórnio invisível'

Crianças em Camp Quest

Camp Quest promove esportes, brincadeiras e atividades diversas

Além das atividades esportivas, algumas brincadeiras procuram tratar de questões mais profundas.

A principal atividade "científica" do acampamento consiste em uma busca a dois unicórnios invisíveis.

Os instrutores dizem aos jovens que os unicórnios não podem ser vistos, provados, cheirados ou tocados. Eles também não conseguem fugir do acampamento e não se alimentam de nada.

A única prova da sua existência, segundo os instrutores, está contida em um livro muito antigo repassado por "inúmeras gerações".

Um prêmio de 10 libras (cerca de R$ 30) é oferecido a qualquer criança que conseguir provar que os unicórnios não existem.

Fora do acampamento, no portão de entrada, um solitário manifestante protesta contra o acampamento. Paul Arblaster, membro de uma igreja local, segura cartazes com mensagens críticas ao Camp Quest. Ele protesta também contra o exercício dos unicórnios.

"É claro que eu acho que existe uma pegadinha aí. Eles podem dizer que o exercício dos unicórnios não tem nada a ver com Deus. Mas eu acho que é uma representação razoavelmente velada deste tipo de doutrina", disse o manifestante.

A diretora do acampamento rebate o argumento.

"O objetivo é fazer com que as crianças pensem sobre coisas como ônus da prova", diz Samantha Stein.

"Quem precisa provar que os unicórnios estão lá... é a pessoa que diz que eles estão ou é a pessoa que diz 'Não, eu acho que você não está certo'."

O Camp Quest surgiu há 13 anos nos Estados Unidos, onde escoteiros e grupos religiosos são a maioria no mercado de acampamentos de verão – muito populares entre famílias americanas nas férias escolares. A versão britânica dura cinco dias e custa 275 libras (cerca de R$ 900).