quarta-feira, 5 de maio de 2010

Greve geral contra cortes do governo paralisa Grécia

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Aeroporto de Atenas

Voos internacionais foram suspensos nesta quarta-feira

Funcionários públicos e do setor de transportes da Grécia realizam uma greve geral nesta quarta-feira - a terceira dos últimos meses - para protestar contra planos do governo de cortar gastos e aumentar impostos.

Todos os voos internacionais foram suspensos a partir das 0h00 locais (18h de terça-feira em Brasília), enquanto trens e balsas permaneceram parados.

Escolas, hospitais e muitos escritórios devem fechar em todo o país. Funcionários públicos e professores já haviam cruzado os braços desde o meio-dia de terça-feira.

Os grevistas também convocaram uma grande manifestação no centro de Atenas.

As medidas de austeridade anunciadas pelo governo no último domingo fazem parte de um acordo com a União Europeia e o FMI por um pacote de ajuda de 110 bilhões de euros, e vêm provocando revolta entre os cidadãos gregos.

Entre elas estão o congelamento de salários, o corte dos fundos de pensão e o aumento de impostos.

O objetivo é reduzir o orçamento em 30 bilhões de euros nos próximos três anos, com a meta de cortar o déficit orçamentário grego para menos de 3% do PIB até 2014. O PIB atual do país é de 13,6%.

O Parlamento grego deve votar as medidas até a sexta-feira.

Alemanha

Ainda nesta quarta-feira, o Parlamento da Alemanha começa a se decidir se aprova ou não o plano de ajuda da UE à Grécia.

A chanceler Angela Merkel deve defender sua decisão de tomar parte no pacote, que vai exigir que a Alemanha pague a maior parte do empréstimo.

As preocupações sobre a economia grega e seu impacto na zona do euro voltaram a derrubar as bolsas na terça-feira nos Estados Unidos e na Europa.

O euro caiu para o menor nível em 13 meses em comparação ao dólar, para US$ 1,3004, e chegou a ficar abaixo de US$ 1,30 durante o dia.

Nos Estados Unidos, as bolsas tiveram o pior desempenho em três meses. O índice Dow Jones despencou 2%, e a Nasdaq teve queda de 2,98%.

Na Europa, o índice FTSE 100 da bolsa de Londres fechou o pregão em baixa de 2,56%; em Paris, o CAC 40 encerrou o dia em -3,6% e na Alemanha, o índice DAX registrou baixa de 2,60%. O principal índice da bolsa de Atenas fechou em -6,7%.

Seguindo a tendência internacional, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou o pregão em baixa de 3,35%, em 64.869 pontos.

Itália usa morcegos para combater mosquitos

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O morcego Myotis Emarginatus  (Foto: Museu de História Natural de  Florença)

Autoridades italianas afirmam que os morcegos do projeto são inofensivos e pequenos

Prefeitos de várias cidades da Itália decidiram substituir pesticidas contra pernilongos por caixas que atraem colônias de morcegos, considerados excelentes predadores de insetos.

O projeto "Um Morcego Amigo" foi criado pela Universidade de Florença para colher informações a respeito dos mamíferos voadores, envolver a população na conservação da espécie e divulgar o uso de um sistema biológico para eliminar os mosquitos.

Para atrair os morcegos de volta às cidades, zoólogos da universidade e do Museu de Historia Natural de Florença, projetaram caixas especiais de madeira, que são espalhadas em locais públicos e servem como refúgio para que os bichos possam hibernar, se reproduzir e criar colônias.

A cidade de Godega Sant’Urbano, perto de Treviso, na região norte da Itália, colocou sua primeira caixa para abrigar morcegos no domingo passado.

Em entrevista à BBC Brasil, o prefeito, Alessandro Bonet, disse que elas vão ser distribuídas em escolas e edifícios públicos, para trazer de volta os morcegos que abandonaram a cidade.

"Dez anos atrás havia muitos morcegos aqui. Por causa da poluição do ar e da falta de lugares onde se instalar, eles foram desaparecendo e aumentou a quantidade de mosquitos. Queremos que os morcegos voltem maciçamente, porque cada um pode capturar até 2 mil mosquitos por noite", disse.

Monte seu refúgio

A campanha começou em 2006 na cidade de Fiesole, na região da Toscana e agora tem adesões em todo o país.

"Cidades de norte a sul Itália, de Nápoles a Milão, participam do projeto. Distribuímos mais de 8 mil caixas, além de divulgar as instruções para as pessoas montarem os refúgios sozinhas", disse à BBC Brasil Paolo Agnelli, zoólogo responsável pelo projeto.

As caixas, de 66 por 40 centímetros, oferecem refúgio seguro aos predadores de mosquitos e foram projetadas para criar um ambiente ideal para os animais. A caixa tem compartimentos diferenciados. As fêmeas preferem a parte mais quente, que fica no alto, e os machos, que gostam do frio, ficam na parte baixa.

Para atrair os morcegos, as caixas precisam ser envelhecidas, as paredes internas devem ser ásperas, com cortes que parecem degraus, para que os morcegos possam ficar pendurados de cabeça para baixo.

O refúgio de morcegos (Foto: Museu de História Natural de  Florença)

Caixas para os morcegos se refugiarem são colocadas em locais estratégicos

Os refúgios de morcegos são colocados durante a primavera em árvores ou do lado de fora dos prédios, a quatro metros de altura, numa área mais protegida e menos exposta. Cada um pode abrigar até 25 fêmeas e apenas três ou quatro machos.

Tempo de colonização

Depois da colocação das caixas nas cidades que aderiram ao projeto, os zoólogos constataram um aumento na população de morcegos, mas observaram que uma colonização leva tempo para se formar.

"Desde 2007 as caixas foram colonizadas em 40% e ficou evidente que as chances delas encherem de animais depende de quanto tempo ficam expostas. Por isso é melhor não tirá-las no inverno", disse Paolo Agnelli.

O prefeito de Godega Sant’Urbano fez um curso em Florença para entender mais sobre morcegos. Ele garante que a população não tem medo dos bichinhos.

"A espécie italiana é inócua e muito pequena. Pesa cerca de cinco gramas", garantiu.

O objetivo do projeto é divulgar os morcegos que, segundo os zoólogos, são muito interessantes do ponto de vista cientifico.

"Ao usá-los para combater mosquitos, as pessoas querem saber mais sobre eles. Há muitas lendas e superstições sobre os morcegos", disse Paolo Agnelli.

Americano é indiciado por atentado frustrado em NY

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Faisal Shazad

Shazad enfrenta cinco acusações, entre elas de terrorismo

Um cidadão americano de origem paquistanesa foi indiciado, nesta terça-feira, pelo envolvimento em um atentado frustrado com um carro-bomba em Times Square, em Nova York, no último sábado.

Faisal Shazad, de 30 anos, era o principal suspeito no caso e enfrenta cinco acusações, entre elas a de tentar explodir uma arma de destruição em massa e praticar terrorismo. Ele foi preso na segunda-feira quando tentava embarcar para Dubai.

O acusado foi interrogado e teria admitido comprar um veículo, equipar o automóvel com uma bomba caseira e dirigir o carro até Times Square - um dos locais com maior concentração de turistas em Nova York - na noite de sábado.

Os investigadores americanos revelaram ainda que Shazad disse que agiu sozinho e que não tem qualquer associação a grupos militantes estrangeiros.

Mas relatos vindos do Paquistão indicam que polícia prendeu dois suspeitos de envolvimento no atentado frustrado. As detenções foram feitas em Karachi e baseadas em ligações telefônicas que relacionavam os suspeitos com Shazad.

As autoridades americanas afirmam ainda que ele teria participado de um treinamento para produção de bombas em um acampamento no Paquistão.

‘Intimidação’

Shazad teria se naturalizado americano no ano passado e voltado recentemente de uma viagem de cinco meses ao Paquistão. O governo paquistanês teria oferecido total cooperação aos Estados Unidos.

O FBI, a polícia federal americana, confirmou ter revistado nesta terça-feira a casa de Faisal em Bridgeport, cidade do Estado de Connecticut. Vários sacos lotados com material coletado foram retirados do local.

Ainda nesta terça-feira, o presidente americano, Barack Obama, afirmou que o atentado frustrado é um "lembrete preocupante dos tempos em que vivemos", mas afirmou que os Estados Unidos não serão intimidados.

Avó de 63 anos corre 27 maratonas em 27 dias

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Rosie Swale correndo no dia 30 de abril

Swale aguarda confirmação de que entrou para o Guinness

Uma avó do condado britânico de Pembrokeshire, no País de Gales, espera ter entrado no livro Guinness de recordes após ter corrido 27 maratonas em 27 dias.

Rosie Swale Pope, de 63 anos, completou sua jornada de 1.137 km ao cruzar a linha de chegada na sua cidade natal, Tenby, no sábado.

Agora, aguarda confirmação de que de fato entrou no livro dos recordes.

No ano passado, Swale recebeu uma honraria da rainha da Inglaterra, uma MBE, por ter dado a volta ao mundo correndo.

Todos os feitos de Swale têm caráter beneficente, angariando fundos para organizações de caridade.

Desafios

Foto: Liz Rundle

Rosie costuma correr para angariar fundos para caridade

O mais recente começou na Sexta-Feira Santa, em Tenby.

Durante os 27 dias de duração da maratona, a atleta puxou um triciclo com comida e equipamento de camping, mesmo equipamento usado durante a épica jornada de Swale pelo globo.

Durante cinco anos, a partir de 2003, ela percorreu 32 mil km, cruzando Europa, Rússia, Ásia e América do Norte.

A maratona de 27 dias, último desafio da atleta, incluiu corridas em cidades como Londres e Bristol.

Em cada local, ela teve de percorrer rotas específicas para completar a distância mínima necessária para que a corrida fosse classificada como uma maratona (mais de 42,195 km).

O dinheiro angariado com as maratonas será doado a residências que abrigam crianças que sofrem de doenças terminais.