terça-feira, 4 de maio de 2010

Vulcão na Islândia volta a provocar restrições em voos

0

Avião partindo de Glasgow

A nuvem causou um caos aéreo na Europa em abril

As agências de aviação civil da Irlanda (IAA, na sigla em inglês) e da Grã-Bretanha (CAA) anunciaram, nesta segunda-feira, a suspensão da saída e chegada de todos os voos da República da Irlanda, Irlanda do Norte e partes da Escócia em alguns períodos desta terça-feira por causa dos possíveis riscos provocados por uma nova nuvem de cinzas vulcânicas vinda da Islândia.

Na Irlanda e Irlanda do Norte, as restrições passarão a vigorar a partir das 7h de terça-feira. Já na Escócia, onde as regiões de Stornoway, Tiree, Barra e Benbeculla foram afetadas, os voos foram cancelados a partir das 18h (14h em Brasília) desta segunda-feira.

As restrições não incluem aviões que sobrevoam o espaço aéreo das regiões afetadas rumo a outros destinos, já que as cinzas se encontram a baixas altitudes.

Em um comunicado, a IAA e a CAA afirmaram que as medidas foram tomadas porque as regiões se encontram em áreas onde a concentração de cinzas ultrapassa os níveis aceitáveis.

De acordo com a IAA, as restrições serão revisadas na manhã de terça-feira. Segundo a agência, a decisão foi tomada com base nos riscos à segurança de uma nova nuvem vinda do sul da Islândia.

O escritório de meteorologia da Islândia anunciou, nesta segunda-feira, que uma mudança na direção dos ventos nos últimos dias indicava que a nuvem de cinzas estava se seguindo para o sul e o sudeste do país em direção à Europa, e não na direção norte.

O caos aéreo provocado na União Europeia pela erupção do vulcão Eyjafjallajoekull, na Islândia, no mês passado, custou entre 1,5 bilhão e 2,5 bilhões de euros (aproximadamente entre R$ 3,5 bilhões e R$ 5,8 bilhões) às companhias aéreas e às agências de turismo, segundo cálculos preliminares divulgados pela Comissão Europeia (CE), o órgão Executivo do bloco.

Polícia dos EUA prende suspeito por carro-bomba em Nova York

0

A Nissan escura deixada na rua 45, perto da Times Square

Carro foi comprado há três semanas em dinheiro vivo, diz polícia

Fontes da polícia americana informaram ter prendido um suspeito na investigação sobre o carro-bomba desativado no sábado nas proximidades da Times Square, no coração de Nova York.

Segundo informações da imprensa americana, não confirmadas pela polícia, o homem é um cidadão americano de origem paquistanesa que recentemente comprou em o carro usado no frustrado ataque.

A agência de notícias Associated Press afirmou que o suspeito foi identificado no aeroporto internacional de John F. Kennedy, que serve Nova York, prestes a embarcar para Dubai.

O suspeito teria retornado de uma viagem ao Paquistão recentemente e comprado, em dinheiro vivo, a caminhonete Nissan Pathfinder usado na tentativa de ataque.

Segundo a polícia, o carro foi adquirido há cerca de três semanas de um dono em Connecticut sem que fosse feita a atualização do nome do proprietário.

No fim de semana, a polícia descobriu que as placas do carro não batiam com o número do chassi.

O veículo foi deixado na altura da rua 45, em uma das regiões turísticas mais movimentadas da ilha de Manhattan, no sábado.

O artefato, feito com fertilizantes, fogos de artifícios, gasolina e gás propano, foi descrito como "amador", mas segundo as autoridades, tinha o potencial de causar um incidente "mortal".

Alertada por um vendedor de rua, a polícia desativou o carro-bomba e realizou uma detonação controlada.

O correspondente da BBC em Washington Steve Kingstone disse que o caso, tratado até agora como um evento isolado, tomou uma "direção internacional" com os novos eventos.

Uma força conjunta antiterrorismo, que inclui oficiais do Departamento de Justiça e do FBI, a polícia federal americana, está agora analisando as ligações telefônicas feitas pelo homem.

Logo após o atentado, o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, e a secretária americana de Segurança Interna, Janet Napolitano, insistiram que não havia evidências de que a tentativa de atentado tenha ligação com alguma grande rede extremista, como a Al Qaeda ou o Talebã.

Empresas de ônibus derrubam preço de passagens para atrair clientes

0


Nos últimos anos, viajar de avião ficou mais barato, e as companhias aéreas tiraram clientes das rodoviárias. Agora veio o contra-ataque, e as empresas de ônibus anunciam superpromoções. Há passagens para vários destinos do Brasil pela metade do preço, mas o consumidor precisa ficar atento às regras na hora de comprar o bilhete.

Um exemplo de desconto é o preço da viagem de São Paulo para Parnaíba, no Piauí – mais de três mil quilômetros de distância –, que baixou de R$ 399 para R$ 199. Poucos bilhetes, contudo, estão disponíveis a esse preço.

Além de não deixar os ônibus saírem vazios na baixa temporada, as empresas querem ganhar novos clientes e incomodar as companhias aéreas, que sempre fazem este tipo de promoção.

Na rodoviária, não faltam exemplos de pessoas que conseguiram promoções. Na viagem de São Paulo para Porto Alegre, pai e filha conseguiram uma pechincha. A tarifa cheia custa R$ 169 por pessoa, e eles pagaram R$ 80.

O cozinheiro Nailton Melo dos Santos conseguiu uma passagem de R$ 129 por apenas R$ 99. `Trinta reais dá para andar bastante de condução`, brinca.

Ações de garis contra Boris Casoy são julgadas improcedentes

0

O juiz Brenno Mascarenhas, do 4º Juizado Especial Cível do Catete, na Zona Sul do Rio, julgou improcedentes os pedidos de indenização, por danos morais, no valor de R$ 4.080 cada, de 815 garis da Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio – Comlurb. Eles entraram com ações contra a Rede Bandeirantes de Televisão em virtude da gafe cometida pelo apresentador Boris Casoy no período das festas de fim de ano em 2009.

Sem saber que o áudio estava ligado, Casoy teria dito: “Que merda: dois lixeiros desejando felicidades do alto das suas vassouras. O mais baixo na escala do trabalho.” O comentário foi feito no intervalo do Jornal da Band, após veiculação de imagens de garis paulistanos uniformizados desejando feliz Natal aos telespectadores da emissora. Diante da repercussão do episódio, o apresentador se desculpou no dia seguinte, também no ar, classificando a frase de “infeliz”.

Para o juiz, a imputação genérica, indiscriminada e coletiva não configura dano moral, como requereram os autores das ações. Ele disse que a frase produziu “indisfarçável desconforto” e revelou apenas “constrangedor preconceito” por parte do apresentador.

Em sua decisão, o magistrado destacou a diferença entre os danos morais classificados como difusos ou coletivos – que ensejam a punição do ofensor e não a compensação direta para os ofendidos – , e o dano de natureza indivisível, individual, com violação do direito da personalidade.

“Nessa perspectiva, não gera dano moral a imputação genérica, indiscriminada e coletiva, como a que fundamenta a pretensão dos autores. E, mais uma vez, friso que os autores, pelo que se extrai da inicial, não são os garis que aparecem na mensagem de fim de ano do réu”, afirmou.

O juiz Brenno Mascarenhas disse ainda que o enunciado nº 128 da Súmula da Jurisprudência dominante do TJ do Rio considera que a imputação ofensiva coletiva não configura dano moral. Segundo ele, o acórdão “é categórico no sentido de que o dano moral, por atingir a esfera da intimidade do indivíduo, deve atingir pessoa certa, individualizada, não uma coletividade, o que torna impossível a própria quantificação de sua compensação”.

Os garis da Comlurb ajuizaram 163 ações, cada uma com vários autores. A decisão foi proferida em conjunto na sexta-feira, dia 30 de abril. Cabe recurso às Turmas Recursais dos Juizados Especiais Cíveis do Rio.

Processo nº - 0084536-87.2010.8.19.0001