quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Empurra-empurra diminui, mas aperto continua em terceiro dia de controle de embarque no Metrô

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No terceiro dia da operação Embarque Melhor no Metrô de São Paulo, que controla a entrada de passageiros nos trens, o empurra-empurra diminuiu, mas o aperto continua. Quem se aventurou em embarcar na estação Sé, no centro, para Corinthians-Itaquera, na zona leste, entre às 17h30 e aproximadamente 18h10, enfrentou lotação nas baias que cercam os passageiros antes de entrarem no vagão e depois embarcou em um trem super cheio.

A reportagem do R7 fez nesta quarta-feira (30) a viagem Sé-Corinthians/Itaquera e esperou na plataforma cinco trens passarem antes de conseguir embarcar. O trajeto da escada rolante até a tal baia levou cerca de dez minutos. Logo antes do topo da escada uma funcionária sinaliza com o braço e grita a frase “Itaquera segue em frente”. Seguindo a orientação, os usuários descem e encontram à frente uma massa de gente tentando um lugar no cercadinho.

Os funcionários orientam para que os passageiros, principalmente idosos, pessoas com crianças e grávidas, procurem os últimos vagões, teoricamente mais vazios. O problema é que ao longo da plataforma, nas laterais do saguão da escada rolante, a multidão se espreme em um corredor que se forma entre a baia e as paredes da estação. É preciso esperar no meio desse aperto antes de conseguir entrar no cercado.

Dentro desse espaço, o chão é cheio de bolas amarelas onde os usuários deveriam se posicionar. Mas os funcionários colocam dentro dessa cerca muito mais pessoas que o número de bolas. O resultado é que se espera apertado vários trens passarem antes de embarcar, como ocorreu com a reportagem.

Na nova operação, funcionários do Metrô deixam somente 40 pessoas entrarem na baia para o embarque da Sé para Corinthians/Itaquera. O sistema, implantado na segunda-feira (28) passada, começa às 17h30 e vai até as 19h30, horário considerado de pico para usar o metrô. A companhia distribuiu 200 funcionários pela estação para a operação.

O Metrô fez uma pesquisa na terça-feira (29) passada onde perguntou aos usuários sobre o novo sistema de embarque. A companhia diz que 79% dos passageiros aprovaram a nova medida. O sistema está funcionando por completo somente há um dia, já que na segunda o excesso de pessoas na estação por causa da chuva fez o Metrô cancelar a operação.

Mergulhadores na Califórnia encontram destroços de jato perdido há 54 anos

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Pneu em local onde foram encontrados os destroços do jato Lockheed T-33A

Destroços foram encontrados com radar e confirmados com mergulhos

Os destroços de um jato da Força Aérea Americana perdido no mar há quase 54 anos foram encontrados por uma equipe de resgate que procurava por um outro avião, acidentado mais de dez anos antes na costa da Califórnia.

O achado foi obra de um grupo de mergulhadores que se dedica a procurar destroços de aviões e embarcações antigos.

O grupo foi originalmente formado para procurar um submarino alemão da Primeira Guerra Mundial afundado na costa da Califórnia, mas continuou procurando por outros destroços após encontrar a embarcação, em 2003.

Segundo o grupo, o jato encontrado no fundo do oceano próximo ao Aeroporto Internacional de Los Angeles é um Lockheed T-33A , que teria caído no mar logo após levantar voo, em outubro de 1955, com dois tripulantes a bordo.

Radar

Segundo os responsáveis pela equipe de resgate, a aeronave foi encontrada inicialmente em abril, durante uma busca com radar, e sua identificação foi feita durante mergulhos nos meses posteriores.

Os mergulhadores encontraram um número de série em uma parte do avião que foi confirmado pela Lockheed como pertencente ao T-33A. Também foi encontrado um motor turbo Allison J-33, usado pelos aviões desse modelo.

“É significativo também que as rodas da frente do avião não estejam entre os destroços. Isso bate com o relatório do acidente com o T-33A, que relata que as rodas da frente apareceram na costa, levadas pelo mar, alguns dias depois”, diz Pat Macha, um dos responsáveis pelo grupo de resgate.

O objetivo do grupo que encontrou o avião acidentado em 1955 era procurar por um avião P-51D Mustang que teria supostamente se perdido no mar em 1944 quando era pilotado por Gertrude Tompkins, a última mulher piloto da Força Aérea Americana na Segunda Guerra Mundial ainda desaparecida.

Eles esperam agora que a experiência acumulada no encontro do Lockheed T-33A possa ajudar nas buscas do avião mais antigo.

“Nossas buscas combinadas pelo avião de Gertrude Tompkins estão se acelerando. Estamos muito esperançosos de que nossa equipe de especialistas em radar e em mergulho serão capazes de resolver, após 65 anos, o caso de Tompkins, um dos últimos grandes mistérios da Segunda Guerra Mundial”, diz Lew Toulmin, porta-voz do grupo MAST (Missing Aircraft Search Team).

Unesco declara tango patrimônio cultural da humanidade

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Campeonato Mundial de Tango em Buenos Aires (foto: Secretária de Cultura da cidade de Buenos Aires)

Unesco considerou tango patrimônio 'imaterial' da humanidade

A Unesco declarou o tango Patrimônio Cultural "Imaterial" da Humanidade durante reunião nesta quarta-feira do Comitê Intergovernamental do organismo, em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos.

A informação foi confirmada à agência Telam (agência oficial argentina) pelo secretário de Cultura da cidade de Buenos Aires, Hernán Lombardi, que acompanhou, em Abu Dhabi, a decisão do comitê da Unesco.

"Essa é uma homenagem a todos os que sustentaram o tango durante muito tempo. Uma homenagem a aqueles que mantiveram a tradição, transmitindo a poesia e a dança de geração para geração", disse Lombardi.

O diretor de Promoção Cultural de Montevidéu, Eduardo León Duter, disse estar "emocionado" com a decisão.

"Esse anúncio é fruto de um trabalho intenso e é um compromisso de ambos governos para proteger o tango e realizar projetos em comum", disse Duter, em Abu Dhabi.

Buenos Aires e Montevidéu

A candidatura do tango (música e baile) para ser Patrimônio Cultural da Humanidade, foi apresentada, conjuntamente, em novembro de 2008, pelos governos das cidades de Buenos Aires, na Argentina, e Montevidéu, no Uruguai.

Em junho passado, de acordo com a imprensa argentina, numa avaliação da candidatura a Unesco já sinalizava que o tango poderia receber o título como "uma das principais manifestações da identidade dos habitantes do Rio da Prata". O Rio da Prata banha as duas cidades.

O tango é defendido há décadas como bem cultural nas capitais da Argentina e do Uruguai. No passado, habitantes das duas cidades costumavam discutir onde, de fato, esta arte tinha nascido, se em Buenos Aires ou em Montevidéu.

Antes da decisão da Unesco, o governo da cidade de Buenos Aires informou que, se o tango fosse reconhecido, deveriam ser criados uma orquestra oficial do tango do Rio da Prata e um centro de documentação desta arte, entre outras iniciativas para preservá-lo.

Prostíbulos

Segundo historiadores argentinos, o dois por quatro (outra forma de chamar o tango) nasceu nos prostíbulos durante a imigração europeia, no início do século 20.

Desde então, o tango é identificado como cultura das cidades do Rio da Prata. As letras do tango, afirmam os especialistas, sugerem melancolia porque demonstram a solidão dos que saíram de países europeus para uma terra desconhecida.

Nos últimos anos, a musicalidade do tango foi renovada com o nascimento de grupos jovens que adotaram outros instrumentos, além do clássico bandoneón, para tocá-lo. E foram abertas dezenas de "milongas" (lugar para dançar esta música) na capital argentina.

Recentemente, no Campeonato Mundial de Tango realizado em Buenos Aires, um casal de japoneses que aprendeu a dança no Japão venceu a disputa na categoria "dança de salão". No entendimento das autoridades argentinas, foi a confirmação de que o tango já atravessou "há muito tempo" as fronteiras de Buenos Aires e Montevidéu.

Além do tango, outras 76 expressões culturais do mundo inteiro também disputaram o título de Patrimônio Cultural da Humanidade.

EUA negaram homenagem a criadora de Harry Potter por 'bruxaria', diz livro

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JK Rowling (arquivo)

Mais de 400 milhões de livros de Harry Potter já foram vendidos

Um ex-autor de discursos do ex-presidente americano George W. Bush revelou que o governo dos Estados Unidos vetou uma homenagem à autora da série de livros sobre o mago Harry Potter, JK Rowling, porque alguns políticos achavam que ela incentivava a bruxaria.

Matt Latimer afirmou em seu livro Speechless: Tales of a White House Survivor ("Sem Fala: Contos de um Sobrevivente da Casa Branca", em tradução livre) que alguns integrantes do próprio governo Bush acreditavam que a escritora britânica promovia a feitiçaria nos livros.

Como resultado, Rowling nunca foi condecorada com a Medalha Presidencial da Liberdade.

A condecoração reconhece a contribuição dos agraciados para os interesses nacionais dos Estados Unidos, paz mundial ou esforços culturais.

“Pensamento limitado”

Entre os escritores que já receberam o prêmio estão John Steinbeck e Harper Lee.

No seu livro, Latimer escreve que o "pensamento limitado" levou a esta medida das autoridades da Casa Branca.

O autor afirma ainda que o governo Bush também negou a comenda a outras pessoas como, por exemplo, o senador democrata Edward Kennedy, que morreu em agosto deste ano.

Latimer alegou que o político veterano de uma das famílias políticas mais tradicionais e famosas dos Estados Unidos foi excluído da homenagem por ser considerado liberal demais.