quarta-feira, 24 de março de 2010

Polícia da África do Sul demitirá oficiais obesos

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O Comissário Nacional de Polícia da África do Sul, Bheki Cele, afirmou que a instituição não vai mais tolerar policiais acima do peso.

Cele afirmou que, com a nova política, pretende criar uma nova tradição no país, na qual os criminosos vão temer a boa forma e a disciplina da força policial.

De acordo com o correspondente da BBC em Pretória Jonah Fisher, a força policial da África do Sul tem um problema de imagem.

O país tem uma das taxas de criminalidade mais altas do mundo e seus policiais são vistos por muitos como ineficazes, corruptos em algumas ocasiões e acima do peso.

Programa

Mas Bheki Cele diz pretender mudar esta opinião ao lançar uma nova política de tolerância zero para os policiais obesos do país.

No lançamento do programa, ele completou uma série de exercícios aeróbicos e correu 400 metros em uma pista de atletismo.

O chefe da polícia sul-africana afirmou que os policiais agora terão que caber nas calças que usavam quando foram treinados para entrar para a polícia.

Os que fizerem pedidos de ajustes e alargamento das fardas terão seus pedidos negados e, ao invés dos ajustes, receberão um plano de perda de peso que dura um ano, para que suas antigas roupas voltem a servir.

Aqueles que não conseguirem perder peso depois deste programa, serão demitidos.

Uma recente pesquisa realizada em uma cidade da África do Sul descobriu que quase metade dos policiais, homens e mulheres, estavam obesos.

A Copa do Mundo deve começar em menos de três meses e, segundo o correspondente da BBC em Pretória, a polícia da África do Sul pretende mostrar que está à altura da tarefa de proteger até 400 mil torcedores que devem visitar o país durante o torneio.

Australiano com sangue raro já salvou mais de 2 milhões de bebês

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James Harrison segura bebês (Sydney Morning Herald)

James Harrison ficou conhecido como "o homem com o braço de ouro".

O australiano James Harrison, dono de um tipo sanguíneo raro, já salvou a vida de 2 milhões e 200 mil recém-nascidos, incluindo a do próprio neto.

Seu plasma sanguíneo é usado na criação de uma vacina aplicada em mães para evitar que seus bebês sofram da doença de Rhesus, também conhecida como doença hemolítica ou eritroblastose fetal.

A doença causa incompatibilidade entre o feto e a mãe. A doença acontece quando o sangue da mãe é Rh- e, o do bebê é Rh+. Após uma primeira gravidez nestas condições ou após ter recebido uma transfusão contendo sangue Rh+, a mãe cria anticorpos que passam a atacar o sangue do bebê.

O sangue de Harrison, de 74 anos, no entanto, é capaz de tratar essa condição mesmo depois do nascimento da criança, prevenindo a doença.

Após as primeiras doações à Cruz Vermelha australiana, descobriu-se a qualidade especial do sangue de Harrison. Foi quando ele ganhou o apelido de "o homem com o braço de ouro".

"Nunca pensei em parar de doar", disse Harrison à mídia local. Em mais de uma década, ele fez 984 doações de sangue e deve chegar a de número mil ainda nesse ano.

Harrison se tornou voluntário de pesquisas e testes que resultaram no desenvolvimento de uma vacina conhecida como Anti-D, que previne a formação de anticorpos contra eritrócitos Rh-positivos em pessoas Rh-negativas.

Antes da vacina Anti-D, Rhesus era a causa de morte e de danos cerebrais de milhares de recém-nascidos na Austrália.

Aos 14 anos de idade, Harrison teve de passar por uma cirurgia no peito e precisou de quase 14 litros de sangue para sobreviver. A experiência foi o que o levou, ao completar 18 anos de idade, a passar a doar com constância o próprio sangue.

Seu sangue foi considerado tão especial que o australiano recebeu um seguro de vida no valor de um milhão de dólares australianos, o equivalente a R$ 1,8 milhão.

Feira na Suíça traz relógio feito com fezes de dinossauro

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O relógio da marca Artya tem mostrador de fezes fossilizadas de  dinossauro. Foto: Divulgação

O mostrador lembra a madrepérola, mas é feito com fezes fossilizadas

Um fabricante suíço de relógios criou um modelo com o mostrador feito de fezes fossilizadas de dinossauro – um dos destaques do Salão Internacional de Relojoaria e Joalheria de Bâle, que está acontecendo na Suíça.

Yvan Arpa, dono da marca Artya, já havia utilizado poeira lunar e ferrugem do Titanic para desenvolver suas criações.

“Decidi ir mais longe e utilizar o coprólito”, disse ele, se referindo ao termo científico utilizado para as fezes conservadas naturalmente por um processo de fossilização.

Segundo Arpa, as fezes provêm de um dinossauro herbívoro cuja espécie não pôde ser determinada.

Objeto de arte

Segundo o fabricante, o modelo tem “estilo de objeto de arte contemporânea” e custa cerca de 8,3 mil euros (aproximadamente R$ 19 mil ).

Os excrementos do animal pré-histórico dão ao mostrador do relógio um efeito parecido com a madrepérola, com tons de cinza e laranja.

“A cor interna é magnífica e tem 100 milhões de anos. Há pessoas que gostam de trabalhar o ouro ou a prata. Eu gosto de transformar materiais não nobres em algo majestoso”, afirma o relojoeiro.

A marca Artya também apresenta um objeto pouco comum em outro evento do setor, a feira Baselworld, considerada uma das maiores do mundo nessa área. Nesse evento, o fabricante expõe um relógio cuja estrutura em metal sofreu fortes descargas elétricas, que poderiam atingir até 1 milhão de volts, segundo Arpa.

A marca dele, no entanto, não foi a única a se inspirar nos animais pré-históricos para criar relógios.

Também na feira Baselworld, outro fabricante suíço, Jean-Marie Schaller, da grife Louis Moinet, desenvolveu um modelo cujo mostrador foi realizado com ossos de um dinossauro herbívoro que teria vivido há 150 milhões de anos na América do Norte.

Os relógios, que custam 214,4 mil euros (cerca de R$ 513 mil), têm certificado que atestam a origem dos ossos de dinossauros. O modelo também é cravejado de diamantes.

“Nossa ideia era combinar a arte da relojoaria com materiais especiais”, diz Schaller. Ele já havia criado modelos realizados com fragmentos de meteoritos.

A feira de Bâle, que reúne 2 mil expositores de 45 países, também apresenta outras curiosidades, como um relógio movido a energia solar e um modelo que combina um relógio de bolso a um telefone celular.

Crise

Os fabricantes de relógios de luxo esperam que a originalidade de seus modelos possam contribuir para a retomada das vendas, fortemente afetadas pela crise financeira.

No ano passado, os resultados do setor foram considerados catastróficos. As exportações suíças do setor de relojoaria, considerado o maior do mundo, caíram 22%, atingindo cerca de 9 bilhões de euros (R$ 21,5 bi) em 2009.

Apesar de considerar que o contexto econômico permanece difícil, os fabricantes estimam que o pior da crise já passou e preveem resultados positivos em 2010.

Após 14 meses consecutivos de queda nas vendas, as exportações suíças de relógios cresceram 2,7% em janeiro passado.

Virgem que chora 'lágrimas de óleo' atrai fiéis na França

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Imagem da Virgem que chora lágrimas de óleo

Família organiza horários de visitas à imagem da Virgem

Um quadro com uma imagem da virgem Maria que supostamente “chora lágrimas de óleo” criou um fenômeno de peregrinação na França, atraindo centenas de fiéis semanalmente à residência dos donos da obra, nos arredores de Paris.

Segundo relatos da família Altindagoglu, cristã-ortodoxa e de origem turco libanesa, proprietária do quadro, as supostas "lágrimas" com uma textura oleosa começaram a escorrer do rosto da virgem no dia 12 de fevereiro.

A família vê essa data de uma maneira simbólica, afirmando que o suposto evento teria tido início antes da Quaresma, periodo importante para os cristãos.

Inicialmente, a família teria revelado o suposto ocorrido apenas às pessoas mais próximas.

Mas a notícia teria se espalhado que fiéis de outros países, como Bélgica, Espanha, Suíça e Estados Unidos, segundo a família, foram à sua casa para ver o suposto fenômeno, que também interessou seguidores de outras religiões.

Benção e prudência

Pessoas doentes e os que esperam obter graças e bençãos representam a maior parte dos visitantes, embora também existam curiosos.

Os fiéis levam pedaços de algodão ou tecidos para tentar recolher o suposto óleo que escorreria do rosto da virgem.

Uma missa já foi celebrada na casa por um padre ortodoxo. Mas a Igreja não se pronunciou oficialmente sobre o suposto "milagre".

Em um comunicado, a diocese greco-ortodoxa do Patriarcado de Antioquia na Europa Ocidental afirmou apenas que "se há um significado a ser dado a essa manifestação, é o de que a Virgem abençoa a família".

No texto, a diocese também pede aos fiéis "prudência" em relação ao suposto fenômeno.

Visitas

Devido ao número de visitas diárias, pelo menos 50 mas que podem atingir até uma centena, a família afirmou ter sido obrigada a limitar os horários de acesso à sua casa.

Em frente ao local, situado em Garges-lès-Gonesse, no norte de Paris, a família colocou uma placa informando que as visitas devem ser realizadas entre 12 e 16 horas.

"Fomos obrigados a organizar porque as visitas começavam às 6 horas e havia pessoas que ficavam até a madrugada" afirma a esposa, Selim Altindagoglu.

Ela afirma ter sido a primeira a ter visto as "lágrimas de óleo" escorrerem do rosto da virgem.

Uma proteção em plástico transparente também foi colocada sobre quadro, em madeira, devido ao grande número de visitantes que tocavam a imagem de Maria segurando Jesus em seus braços.

Segundo a família, "lágrimas" de óleo teriam supostamente escorrido do quadro durante três semanas ininterruptas.

Agora, nem sempre os fiéis que vão ver a obra teriam a oportunidade de observar o suposto fenômeno.

Mas o assunto continua suscitando o interesse das pessoas na França. Discussões na internet questionam se seria um “milagre” ou uma fraude.

Marie-Alice Belcour, uma restauradora de obras de arte entrevistada pelo jornal Libération, afirma que materiais de quadros, cobertos com resinas plásticas, "podem derreter com o calor".

Ela afirma que azeite de oliva também possa ter sido utilizado na pintura.

terça-feira, 23 de março de 2010

Devedor não pode ter o nome positivado enquanto tramitar ação

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É indevida a inscrição do nome do devedor nos órgãos de restrição ao crédito quando ainda está em trâmite ação de revisão contratual, sob pena de sujeitá-lo injustamente a punições rigorosas mesmo antes de uma decisão judicial definitiva. Com esse entendimento, a Segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Mato Grosso acolheu o Agravo de Instrumento nº 74628/2009 e determinou a retirada do nome do comprador de uma caminhonete dos órgãos restritivos de crédito e também o manteve na posse do veículo enquanto tramitar a ação revisional que questiona suposta incidência de juros abusivos nas parcelas do financiamento firmado com o Banco Finasa S.A..

Conforme os autos, o agravante firmou contrato no valor de R$ 50 mil para a aquisição de uma caminhonete, a ser liquidado em 36 parcelas de R$ 2,1 mil. No entanto, após quitar 14 parcelas, alegou que, em face dos juros extorsivos e capitalizados, tornou-se impossível cumprir com o valor pactuado, motivo pelo qual ingressou com a ação.

A relatora, desembargadora Maria Helena Gargaglione Póvoas, sublinhou que não se discute a legitimidade da instituição financeira para proceder à inscrição do devedor nos órgãos de restrição ao crédito do devedor. Porém, caso a discussão sobre o débito ainda esteja pendente em ação revisional, deveria se considerar a possibilidade da procedência do pedido, tornando gravosa a manutenção de medida durante todo o trâmite processual. “Com efeito, é sabido que chega a ser taxada de verdadeira coação a inscrição ou manutenção do nome do devedor em qualquer serviço de proteção ao crédito quando a dívida está sendo discutida em ação revisional de contrato, sendo legítima, nestas circunstâncias, a suspensão ou exclusão dos registros até a decisão final do processo”, argumentou a relatora.

Por outro lado, de acordo com a desembargadora, o Superior Tribunal de Justiça tem consolidado entendimento no sentido de admitir, excepcionalmente, que o bem permaneça na posse do devedor até o julgamento da demanda, desde que este seja indispensável ao desenvolvimento de suas atividades, o que se aplica ao caso, segundo os autos. Por último, a relatora consignou que “a retirada do nome do devedor nos bancos de dados de inadimplentes não acarreta nenhum prejuízo ao credor, considerando que não impedirá o banco de, sendo sua tese vencedora, vir a receber o que lhe for devido, ao passo que para o agravante (devedor), a manutenção de seu nome positivado em bancos de dados, significa abalo de crédito que se me afigura perfeitamente evitável”.

Acompanharam o posicionamento da relatora os desembargadores Antônio Bitar Filho (primeiro vogal) e Donato Fortunato Ojeda (segundo vogal).

Coordenadoria de Comunicação Social do TJMT
imprensa@tj.mt.gov.br

MPF abre consulta pública sobre qualidade dos serviços de banda larga 3G no Brasil

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O Ministério Público Federal abriu a consulta pública `Internet 3G, atendimento ao consumidor, qualidade, velocidade, continuidade do serviço, contrato e condições de oferta`.

O objetivo da consulta, segundo o órgão, é colher informações e opiniões de todos os interessados no tema para instruir procedimento do MPF sobre o assunto. O procedimento vai permitir que o consumidor entre em contato com o MPF em um prazo de 60 dias, a partir desta segunda-feira (22).

Em nota, o MPF informa que abriu um inquérito civil a partir de uma representação da associação de defesa do consumidor Proteste, para apurar um eventual prejuízo aos consumidores devido à má prestação de serviços por parte
das operadoras de telefonia celular que oferecem o serviço de banda larga 3G.

Ainda de acordo com o comunicado, na representação da ONG, `constam reclamações sobre ausência total do serviço, baixa velocidade, oferta diferente do que foi oferecido e mau atendimento ao consumidor e até propaganda enganosa`.

O procurador da República Marcio Schusterschitz da Silva Araújo, responsável pelo procedimento do MPF, diz que a qualidade do serviço é garantida pelo código do consumidor. `Há também uma preocupação sobre como esses serviços estão sendo oferecidos e como os contratos estão sendo redigidos, com as operadoras limitando suas responsabilidades`.

Para enviar sua contribuição, envie um e-mail
consultapublica_mssa@prsp.mpf.gov.br ou carta para o endereço: rua
Peixoto Gomide, 768, São Paulo-SP, CEP 01409-904, com o assunto `Consulta Pública - Procedimento 1.34.001.004236/2009-18` no envelope.

As contribuições serão aceitas até às 16h do dia 18 de maio.

Amante é condenada a pagar US$ 9 mi à ex-esposa traída

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Aliança sobre a Bíblia (BBC)

Ex-mulher espera que as pessoas respeitem "a santidade do casamento"

A Justiça do Estado americano da Carolina do Norte condenou uma mulher a indenizar a ex-esposa de seu namorado em US$ 9 milhões, ou R$ 16 milhões, por ter provocado o fim do casamento deles.

Cynthia Shackelford, de 60 anos, resolveu processar a amante de seu ex-marido que, segundo ela, teria sido responsável pelo fim de seu casamento e por sua situação de penúria após a separação.

Com base em uma lei do final do século 19, já abolida em vários Estados americanos, a Justiça da Carolina do Norte condenou Anne Lundquist, reitora de uma faculdade em Nova York, a indenizar Shackelford por adultério e danos morais.

Cynthia se separou de Allan Shackelford, de 62 anos, em abril de 2005, quando seu marido já mantinha um relacionamento extra-conjugal com Anne Lundquist, de 49.

Após o divórcio, Cynthia teve de ir morar com amigos por não ter como manter o apartamento. Ela disse ainda que abandonou sua carreira como professora para cuidar dos dois filhos do casal, enquanto seu marido se dedicava à carreira de advogado.

O julgamento

O tribunal levou dois dias para apreciar o caso, cujo veredicto foi lido na última terça-feira.

Ao jornal local News Record, a ex-mulher contou que o casamento ia bem até seu ex-marido ter conhecido Lundquist, que foi sua cliente no escritório de advocacia.

Nós gostaríamos que as pessoas respeitassem a santidade do casamento. Nós queríamos um valor (de indenização) alto o bastante para prevenir outras pessoas de irem atrás de pessoas casadas.

Cynthia Shackelford

"Eu não fazia a menor ideia de que Allan iria me deixar. Ele vivia me dizendo 'Oh, ela é só uma amiga. Não há relacionamento algum. Eu te amo'", disse.

Lundquist, por sua vez, disse à imprensa americana que não teve tempo hábil para se defender e que pretende recorrer da decisão. Ela afirmou também que só conheceu Shackelford quando ele já estava divorciado.

"Essa decisão não está baseada na realidade. Eu certamente não tenho esse volume de dinheiro nem nunca vou ter", acrescentou.

A lei

A legislação que permite à pessoa traída processar o amante de seu ex-cônjuge existia em diversos Estados americanos entre o final do século 19 e o início do século 20. Porém, ela já foi abolida na maioria deles, exceto na Carolina do Norte e em outros cinco estados.

Segundo o News Record, cerca de 200 casos como esse são julgados nas Cortes do Estado a cada ano. Porém, nenhum deles atinge uma quantia tão elevada quanto a do caso Shackelford.

Após o veredicto, Will Jordan, advogado que defendeu os interesses da ex-mulher, reconheceu que dificilmente conseguirão forçar a ré a pagar a quantia total de US$ 9 milhões.

"Nós podemos não conseguir todos os US$ 9 milhões, mas eu estou esperançoso de que coletaremos uma quantia substancial de dinheiro", declarou à imprensa.

"Nós gostaríamos que as pessoas respeitassem a santidade do casamento. Nós queríamos um valor (de indenização) alto o bastante para prevenir outras pessoas de irem atrás de pessoas casadas", declarou Shackelford ao jornal local.

Hospital de Londres oferece tratamento para viciados em tecnologia

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Usuários de telefones celulares (arquivo)

A terapia visa atender jovens que passam muitas horas por dia online

Um hospital de Londres está oferecendo um tratamento personalizado para os viciados em tecnologia.

O programa, que dura cerca de 28 dias, visa atender jovens que passam muitas horas por dia jogando games por computador ou em sites de relacionamento.

De acordo com o criador do tratamento, Richard Graham, quando privados de seus jogos ou sites, estes jovens ficam "cronicamente agitados e irritáveis".

Graham disse à BBC que o tratamento não tem o objetivo afastar completamente o paciente da tecnologia.

"Não é realista impor um programa de abstinência (de tecnologia)", afirmou.

O médico afirma que o que o motivou a criar o tratamento foi a preocupação com as características "compulsivas e viciantes" dos jogos, redes sociais e telefones celulares.

"A preocupação (dos pacientes) em acessar sites e responder a mensagens é tão forte que vira prioridade... e pode ter impacto em outras áreas da vida, prejudicando a habilidade destes jovens de participar de outras atividades", disse.

Por enquanto, o tratamento está disponível apenas para pacientes do sistema privado de saúde no hospital Capio Nightingale, onde Graham trabalha.

Três fases

O tratamento criado por Graham tem três fases. A inicial começa com psicoterapia, que tem o objetivo de tratar os problemas do paciente com relacionamentos pessoais.

O próximo estágio é desfazer o relacionamento destes pacientes com a tecnologia e encorajá-los a desligar seus aparelhos. Finalmente, eles são encorajados a participar de exercícios físicos e atividades com a família e amigos.

A clínica de Graham não tem presença online fora do site do hospital. Mas os visitantes da página podem fazer testes online para medir o nível de vício em tecnologia, respondendo questões sobre seus hábitos online.

"Qualquer terapia deve tratar de controle do comportamento", afirmou Mark Griffiths, professor em estudos sobre jogos e apostas na Universidade de Nottingham Trent, na Grã-Bretanha. "Você não pode evitar a internet, não pode evitar a tecnologia."

Jogos e apostas online

Para Mark Griffiths, os jogos online representam um perigo maior do que os videogames.

"O número de verdadeiros viciados em tecnologia é relativamente baixo, mas pode aumentar com os games online que, ao contrário dos videogames, nunca param", afirmou.

"A maioria dos comportamentos ligados ao vício tem seu auge durante a juventude e maior probabilidade de ocorrer entre homens. Mas a internet é neutra em termos de gênero. Mulheres podem não ir até uma casa de apostas real, por exemplo, mas você pode fazer o que quiser online."

Outras clínicas de tratamento de viciados em apostas online já apareceram no sudeste da Ásia, por exemplo, onde grandes quantidades de dinheiro gasto no mundo virtual causam problemas graves na vida dos viciados.

Um exemplo recente de vício na vida online foi o do casal da Coreia do Sul que deixou o bebê morrer de fome enquanto jogavam. O casal teria ficado obcecado em criar uma menina virtual chamada Anima, no popular jogo Prius Online.