terça-feira, 30 de junho de 2009

População de insetos declina perto de Chernobyl

0

Zona de exclusão de Chernobyl

A região permanece praticamente não-populada, mas ainda está contaminada com radiação

Duas décadas depois do acidente nuclear na usina de Chernobyl, na antiga União Soviética, a radiação ainda provoca um declínio na população de insetos e aranhas da região, segundo estudo publicado na revista especializada Biology Letters.

De acordo com os pesquisadores que trabalham na zona de exclusão estabelecida em torno da usina, há "um forte sinal de declínio associado à contaminação".

Os cientistas concluíram que as populações de espécies de abelhas, borboletas, gafanhotos, libélulas e aranhas foram afetadas.

O estudo foi liderado pelo professor Timothy Mousseau, da Universidade da Carolina do Sul, nos Estados Unidos, e por Andrés Moller, da Université Paris-Sud. Os dois já haviam publicado uma pesquisa mostrando que a radiação da área teve impacto negativo sobre as populações de passarinhos.

"Nós queríamos expandir a cobertura de nosso estudo para incluir insetos, mamíferos e plantas", disse Mousseau. "Este estudo é o próximo da série".

Zona fantasma

O professor Mousseau trabalha há quase uma década na zona de exclusão - a área contaminada em torno da usina que foi evacuada e onde hoje não há praticamente ninguém morando.

Neste estudo, os cientistas usaram o que Mosseau descreveu como "técnicas ecológicas padrão" - usando "linhas" em áreas selecionadas e contando o número de insetos e teias de aranhas que eles encontram ao longo destas linhas.

Ao mesmo tempo, os pesquisadores usaram unidades manuais de GPS e aparelhos para monitorar os níveis de radiação.

"Usamos as linhas nas áreas contaminadas em Chernobyl, em terra contaminada na Bielorrússia e em áreas livres de contaminação", disse Mousseau.

Pesquisadores em Chernobyl

Pesquisadores contaram os insetos e teias de aranha na zona de exclusão

"Encontramos o mesmo padrão básico nessas áreas - os números de organismos declinam com o aumento da contaminação."

Segundo o pesquisador, esta técnica de contagem de organismos é mais eficiente porque leva em conta as diferenças entre os níveis radiação na zona estudada.

"Nós podemos comparar áreas relativamente limpas às mais contaminadas", explicou ele.

Florescendo ou morrendo?

Mas alguns pesquisadores questionaram as conclusões, afirmando que a falta de atividade humana na zona de exclusão beneficiou a vida selvagem.

O pesquisador Sergii Gashchak, do Centro Chernobyl, na Ucrânia, afirmou que sua equipe chegou a "conclusões opostas" com os mesmos dados coletados sobre pássaros.

"A vida selvagem realmente floresce na área de Chernobyl por causa do pequeno nível de influência humana", disse Gashchak à BBC.

Depois do acidente, os organismos vivos não conseguiram suportar a radiação no local, "mas 10 anos depois do acidente, as doses (de radiação) caíram de 100 a mil vezes".

O professor Mousseau respondeu que seu objetivo é usar o local para descobrir os verdadeiros efeitos da contaminação por radiação sobre o ambiente a longo prazo.

"Os estudos de longo prazo no ecossistema de Chernobyl oferecem uma oportunidade única de explorar esses riscos potenciais que não devem ser ignorados."

Invasão de joaninha asiática ameaça mais de mil espécies britânicas

0

Harlequin succinea (Foto: Shirley Taylor)

A espécie Harlequin succinea, originária da Ásia, se espalhou rapidamente (Foto: Shirley Taylor)

Uma espécie de joaninha asiática ameaça mais de mil espécies – entre elas, 45 joaninhas nativas – da Grã-Bretanha, de acordo com cientistas britânicos.

A Harlequin succinea, identificada pela primeira vez no país em 2004, se alimenta de várias outras espécies de insetos, inclusive de larvas de outras joaninhas, e frutos.

"A velocidade da disseminação é dramática e sem precedentes", afirmou a pesquisadora Helen Roy, do Centro para Ecologia e Hidrologia da Grã-Bretanha.

No entanto, um estudo apresentado na Exposição Científica de Verão da Royal Society indica que parasitas de espécies nativas de joaninhas já estão se adaptando à invasora, conhecida como arlequim.

Agora, cientistas querem introduzir uma espécie de ácaro que provoca infertilidade na espécie asiática.

A joaninha-arlequim foi trazida para a Europa para ajudar no controle de pragas de outros insetos.

Desde 2005, o avanço da espécie está sendo acompanhado por um programa científico, que conta com a participação de interessados.

"O que descobrimos é que o reduto delas é o sudeste, mas também já alcançaram Orkney, a Irlanda do Norte, o extremo oeste do País de Gales e a ponta oeste da Cornualha", afirmou Roy.

Grande predador

Os pesquisadores também já sabem que o inseto entrou na ecologia britânica como um grande predador.

"Como não há nada que ataca essas joaninhas em especial, acreditamos que mil espécies podem ser potencialmente impactadas."

A cientista Remy Ware, da Universidade de Cambridge, estuda medidas que possam conter o avanço frenético das joaninhas-arlequim.

Ela afirmou que alguns dos inimigos naturais desses insetos, moscas e vespas conhecidas como parasitoides, estão se adaptando para atacar também a espécie invasora.

Esses insetos botam seus ovos dentro de joaninhas, o que leva à morte delas.

"Temos indícios dos últimos dois anos que esses dois grupos podem estar se adaptando para atacar arlequins como um novo hospedeiro", afirmou Ware.

Ácaros

Outro possível predador para os insetos é um ácaro sexualmente transmissível que provoca infertilidade em joaninhas fêmeas. Para acontecer o contágio, é preciso haver fecundação entre duas gerações de insetos.

Como as espécies nativas britânicas só produzem uma geração por ano, não há tempo hábil para que o ácaro se dissemine entre elas.

Já a joaninha asiática produz até cinco gerações por ano, o que faz dela uma presa ideal para este ácaro.

"Não estamos sugerindo introduzir um novo inimigo na Grã-Bretanha. Ele já está aqui e, com tempo, esperamos que ele ataque as arlequins", disse Ware.

O grupo liderado pela cientista de Cambridge está avaliando métodos artificiais para apressar a disseminação do ácaro em joaninhas asiáticas. Para depois reintroduzí-las à vida selvagem.

Pai para em acidente e descobre que vítima é o filho

0

Thomas Marshall

Thomas Marshall tinha acabado de concluir os exames de ensino médio

O oculista britânico Guy Marshall, de 53 anos, dirigia o seu carro de volta para casa no último dia 12, quando, ao ver um acidente, decidiu parar para socorrer as vítimas. Foi então que percebeu que uma delas era o seu filho, Thomas, de 18 anos.

O adolescente pilotava uma moto Suzuki GS 500C perto da cidade de Orford, em Suffolk, quando bateu contra um automóvel Mazda MX-5. O pai chegou a conseguir fazer o filho voltar a respirar, mas Thomas não resistiu aos ferimentos e morreu pouco mais tarde.

Marshall contou à BBC que decidiu parar ao ver o acidente porque tem treinamento de primeiros socorros e achou que talvez pudesse ajudar.

"Quando saltei do carro e desci a rua, de alguma forma sabia que era o Thomas no pé da ribanceira. Foi só uma sensação, mas tive uma certeza do fundo do coração", afirmou o oculista.

Marshall afirmou que aplicou técnicas de ressuscitação e conseguiu fazer o filho voltar a respirar. Ele ficou com o jovem em seus braços até a chegada dos paramédicos e de uma UTI aérea.

O pai afirmou que Thomas vai ser lembrado como uma pessoa "sempre disposta a ajudar".

"Ele estava sempre de bom humor e era carinhoso."

A polícia de Suffolk ainda está investigando o acidente, que aconteceu às 17h (13h, em Brasília) do último dia 12.

A mãe de Thomas, Wendy Marshall, classificou o fato de o pai ter parado para socorrer o filho de "trágico".

O rapaz morreu pouco depois do acidente em um hospital. Ele tinha acabado de concluir os exames de ensino médio naquele dia e iria sair para comemorar com amigos na cidade de Ipswich, de acordo com a família.

Menina morre afogada em piscina de clube com oito salva-vidas

0

Uma menina de seis anos morreu afogada na piscina de um clube na cidade americana de Winston-Salem, Carolina do Norte, no momento em que oito salva-vidas estavam trabalhando.

A menina, Ja'Nae Nicole McCullum, fazia parte de um grupo de 21 crianças do Clube de Meninos e Meninas do Exército da Salvação, que contava com dois responsáveis adultos que estavam na piscina. A polícia informou que entre 30 e 35 pessoas estavam na piscina do clube Kimberly Park na ocasião.

De acordo com a página na internet do JornalNow, de Winston-Salem, a família de Ja'Nae afirmou que ela não sabia nadar. Os parentes estão questionando a supervisão das crianças no clube.

A bisavó da menina, Betty Fowler, afirmou que assinou a permissão para que Ja'nae McCullum fosse com o grupo a outro clube, na cidade de Greensboro, e não ao clube da cidade, que tem uma piscina mais funda.

Alerta

Ja'Nae McCullum estava no clube Kimberly Park na tarde de sexta-feira com seu grupo do Exército da Salvação quando um homem a viu debaixo d´água, na parte mais profunda da piscina. O homem alertou um salva-vidas que estava em uma das cadeiras próximas, segundo jornais locais.

O salva-vidas imediatamente pulou na piscina, tirou Ja'Nae da água e começou o processo de ressuscitação cardio-pulmonar. A criança foi levada para o hospital por paramédicos.

"Eles não conseguiram fazer o coração dela voltar a bater, o que significa que (Ja'Nae esteve no fundo da piscina) por um tempo, minutos, pelo menos", disse Donald Jason, que fez a autópsia em Ja'nae McCullum, ao JornalNow.

Betty Fowler afirmou que Ja'nae McCullum e seu irmão de sete anos estavam matriculados em aulas de natação, mas afirmou que a bisneta não sabia nadar.

Agora a família questiona como as crianças estavam sendo supervisionadas no clube. O Exército da Salvação não fez nenhum comentário sobre o caso.

Oito salva-vidas trabalhavam no clube no momento do afogamento. Um salva-vidas fica em cada uma das duas cadeiras e os dois salva-vidas têm a responsabilidade primária de vigiar a piscina em turnos rotativos de 15 a 20 minutos, de acordo com Dick Butler, supervisor das piscinas municipais de Winston-Salem.

Butler acrescentou que vai investigar o incidente e descobrir onde cada um dos salva-vidas estava e o que eles faziam quando Ja'Nae McCullum se afogou.

Airbus entrega primeira aeronave fabricada na China

0

A gigante europeia da aviação, a Airbus, entregou nesta terça-feira o seu primeiro avião fabricado na China, em uma cerimônia na fábrica da companhia no norte do país, na cidade de Tianjin.

A aeronave A320, uma linha de modelos de médio alcance, foi entregue em regime de aluguel para a companhia aérea Dragon Aviation e será usado pela companhia chinesa Sichuan Airlines.

De acordo com o correspondente da BBC em Pequim Quentin Sommerville, a Airbus espera que a fábrica na China dê à companhia europeia uma grande vantagem sobre sua principal concorrente no setor, a americana Boeing.

A Boeing já fabrica componentes na China, mas a Airbus é a primeira das duas grandes montadoras de aviões a ter uma fábrica completa no país para atender à crescente demanda da China por aeronaves comerciais.

"Vamos construir um futuro forte com a indústria de aviação da China e para a indústria de aviação no país", afirmou o diretor-executivo da Airbus Thomas Enders.

Aeroportos

Primeira aeronave da Airbus fabricada na China

O Airbus A320 será usado pela Sichuan Airlines

Segundo Quentin Sommerville, em toda a China estão sendo abertos novos aeroportos e, com a ascensão da classe média do país, mais pessoas viajam de avião. É um dos mercados de crescimento mais rápido do mundo.

Nos próximos 20 anos cerca de 2,5 mil novos aviões devem ser encomendados pelas companhias aéreas chinesas.

O governo, por sua vez, apoia o projeto da Airbus, pois quer usar os conhecimentos da companhia europeia para ajudar na criação de um setor de fabricação de aeronaves no país.

Atualmente, as companhias aéreas chinesas compram aeronaves de fabricação europeia ou americana, e o objetivo do governo da China é ter aviões projetados e fabricados inteiramente no país.

O prefeito da cidade de Tianjin, Huang Xingguo, afirmou que a entrega do primeiro Airbus fabricado na China é um "dia histórico" para a cooperação entre chineses e europeus.

"Vamos cooperar ainda mais para escrever um novo capítulo na cooperação entre chineses e europeus", acrescentou.

A fábrica da Airbus na China vai entregar mais nove aeronaves até o final de 2009. E espera-se que a produção aumente para o número de quatro aeronaves por mês antes do fim de 2011.

A Airbus é dona de 51% da fábrica de Tianjin e os demais 49% são do consórcio chinês de aviação.

Inspeção havia detectado defeitos em avião que caiu , diz ministro francês

0

Foto: Arquivo

Vôo caiu 30 minutos antes de aterrissar (Foto: Arquivo)

Autoridades francesas haviam encontrado “defeitos” no Airbus A310 da Yemenia que caiu no Oceano Índico na madrugada desta terça-feira.

O ministro francês dos Transportes, Dominique Bussereau, disse em uma entrevista à rádio Europe 1 e ao canal de TV iTélé que a aeronave “havia sido examinada em 2007 pela Direção Geral da Aviação Civil da França, que havia constatado alguns defeitos” nela.

“A aeronave, após essa data, não reapareceu no território francês”, afirmou o ministro.

Segundo Bussereau, a Yemenia não integrava a lista negra de companhias aéreas que apresentam problemas de segurança, “mas era objeto de controles reforçados por parte das autoridades francesas e deveria ser interrogada em breve pelo Comitê de Segurança da União Europeia”.

A Airbus informou que o avião datava de 1990 e tinha 51,9 mil horas de voo. Ele foi comprado “de segunda mão” pela companhia Yemenia em outubro de 1999.

A aeronave caiu no Oceano Índico na madrugada desta terça-feira (no horário local, às 19h51 de segunda-feira em Brasília) com 142 passageiros e 11 tripulantes.

O ministro francês dos Transportes afirmou que as condições meteorológicas podem ser a causa do acidente, mas ressaltou que “tudo ainda está muito vago”.

“Fala-se de uma tentativa de pouso, de uma tentativa de arremeter o avião (decolar novamente) e de um novo pouso que fracassou”, afirmou o ministro.

Sinais da queda

O avião transportava 66 franceses, segundo fontes aeroportuárias do país, citadas pela imprensa francesa. Vinte e seis teriam embarcado na noite de segunda-feira no aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, e os outros 40 teriam embarcado em Marselha, no sul da França.

O voo havia deixado Sanaa, no Iêmen, com destino a Moroni, em Comores. A aeronave caiu no mar a aproximadamente 15 quilômetros ao norte do arquipélago africano, cerca de 30 minutos antes de aterrissar.

De acordo com uma rádio de Comores, citada pela televisão francesa, o avião teria caído nas proximidades da cidade costeira de Mitsamiouli.

Ainda de acordo com a rádio local, “corpos foram vistos boiando no oceano” e uma mancha de combustível foi vista a cerca de 29 km de Moroni, a capital de Comores.

Segundo autoridades do Iêmen, um sobrevivente teria sido localizado.

Parte da fuselagem do avião também teria sido vista pela aviação civil do Iêmen.

Buscas

A marinha francesa vai enviar dois navios e um avião de transporte militar, que irá transportar até Comores mergulhadores franceses, lanchas infláveis rápidas e uma equipe de médicos e enfermeiros, segundo Christophe Prazuck, porta-voz do Estado Maior das Forças Armadas da França.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, pediu às Forças Armadas do país para fazer o máximo possível para prestar assistência aos passageiros e à tripulação do avião.

O acidente com o Airbus A310 ocorre quando se completa um mês do acidente com o A330 da Air France, que havia decolado do Rio de Janeiro em 31 de maio com 228 pessoas a bordo.

Apenas 51 corpos foram encontrados. As buscas por cadáveres foram encerradas na última sexta-feira.

O BEA, o mesmo órgão francês que investiga o acidente nas águas brasileiras, informou nesta terça-feira em um comunicado que irá enviar ao local do novo acidente, no Oceano Índico, uma equipe de investigadores acompanhada de especialistas da Airbus.

Criança sobrevive após queda de Airbus no Índico

0

Uma criança de 5 anos foi encontrada com vida nesta terça-feira, perto do local onde um Airbus A310 da companhia aérea Yemenia caiu, no Oceano Índico.

O avião levava pelo menos 142 passageiros a bordo, além de 11 tripulantes, e havia decolado de Sanaa, no Iêmen, com destino a Moroni, em Comores. Segundo a Marinha francesa, a aeronave caiu cerca de 30 minutos antes de aterrissar, 15 km ao norte do arquipélago africano.

Autoridades de aviação do Iêmen anunciaram ter retirado do mar pelo menos cinco corpos de possíveis ocupantes do Airbus A310. O avião caiu por volta da 1h51 desta terça-feira (hora local, 19h51 da segunda-feira em Brasília).

O voo IY626 era o trecho final de uma rota que se iniciou em Paris, com escala em Marselha, na França, e conexão no Iêmen até Comores. Havia 66 franceses a bordo, além de comorenses e nacionais de países do Oriente Médio.

França

A Marinha francesa vai enviar dois navios e um avião de transporte militar, que irá transportar até Comores mergulhadores franceses, lanchas infláveis rápidas e uma equipe de médicos e enfermeiros, segundo Christophe Prazuck, porta-voz do Estado Maior das Forças Armadas da França.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, pediu às Forças Armadas do país para fazer o máximo possível para prestar assistência aos passageiros e à tripulação do avião.

Em entrevista à emissora de rádio Europe 1, o ministro dos Transportes da França, Dominique Bussereau, disse que "está se falando" no mau tempo como possível causa do acidente. "Mas neste momento, tudo ainda está muito vago", afirmou.

Autoridades comorenses teriam afirmado ainda que já foram avistados destroços da aeronave.

A companhia aérea Yemenia colocou uma mensagem em seu site na internet, lamentando "o desaparecimento do voo IY626".

A empresa tem 51% de suas ações de propriedade do governo do Iêmen e 49% pertencentes ao governo da Arábia Saudita.

Em 1996, um avião de uma companhia aérea etíope foi sequestrado e caiu na mesma região, matando a maioria das 175 pessoas a bordo.

Comores, um país formado por três das quatro ilhas do arquipélago de Comores, fica a cerca de 300 km a noroeste de Madagascar, no canal de Moçambique, na África.

O país foi protetorado e território ultramarino da França, tendo conquistado a independência em 1975. A grande maioria da população - 98% - é islâmica.

O acidente com o Airbus A310 ocorre no momento em que o acidente com o A330 da Air France, que havia decolado do Rio de Janeiro em 31 de maio com 228 pessoas a bordo, completa um mês.

Apenas 51 corpos foram encontrados e as buscas por corpos foram encerradas na última sexta-feira.

Empresa espanhola lança chocolate que inibe apetite

0

Bombons saciantes (Foto: Divulgação)

Bombons são esverdeados por causa da alga espirulina

Uma empresa da Espanha afirma ter inventado um chocolate que inibe o apetite.

A novidade é uma mistura de cacau, jojoba e a alga espirulina que, segundo seus criadores, produz no organismo, de maneira natural, uma sensação de apetite saciado após o consumo de apenas um ou dois bombons de 15 gramas cada.

A empresa Disnatural é especialista em cosméticos naturais, mas há dois anos investiga a fórmula do chocolate com inibidor.

Para este produto, contou com a ajuda culinária do chef francês Juan Lambert e da engenharia bioquímica. O resultado final tem a aprovação do Instituto Tecnológico Agroalimentar da Espanha.

Hormônios

Segundo o fabricante, a combinação bioquímica dos ingredientes incentiva a produção da fenilalanina, um aminoácido presente no cérebro que ativa neurotransmissores como a colecistocinina (CKK).

A CKK, um hormônio gastro-intestinal, estimula a secreção de enzimas e envia mensagens ao cérebro e ao aparelho digestivo como um aviso de que o corpo já está saciado, eliminando assim o apetite.

Armando Yañez, professor de química da Universidade de Alicante e um dos criadores do novo produto, disse à BBC Brasil que o chocolate saciante "é tão simples e gostoso como qualquer bombom, só que ajuda o organismo a saber a hora de parar."

"Com ele não há gula", afirmou.

Segundo o professor, o ideal é comer o chocolate entre 45 minutos e uma hora antes das refeições para equilibrar as funções digestivas.

Verdes

A empresa não tem mais produtos na linha de alimentos, mas investiga há 15 anos as propriedades da micro-alga espirulina.

"Nossa preocupação sempre foi a de só usar produtos naturais. Assim fomos buscando as substâncias da natureza e sua resposta dentro do metabolismo", explicou Yañez.

"Nesta combinação entram os antioxidantes do chocolate; a semente da jojoba, de onde extraímos outra substância com propriedades digestivas e que também ativa a inibição do apetite; e a espirulina, que estimula a fenilalanina".

O professor disse que o novo chocolate tem um sabor um pouco mais forte do que os tradicionais e uma cor esverdeada por causa da alga.

"Mas garanto que é gostoso. O sabor e o aroma habituais do chocolate estão comprovadíssimos."

Os bombons com inibidores de apetite entrarão no mercado espanhol na próxima Páscoa em três opções de sabores: chocolate ao leite, chocolate amargo e chocolate praliné recheado com amêndoas.