O diretor do jardim zoológico de Berlim, Bernhard Blaszkiewitz, de 55 anos, teve o dedo indicador da mão direita amputado, devido a uma mordida de um chimpanzé. O incidente ocorreu na segunda-feira.
Durante um passeio pelo zoológico com um convidado, Blaszkiewitz decidiu dar nozes ao macaco Pedro, através da grade da jaula, quando o animal puxou o seu braço e quase arrancou seu dedo com os dentes.
O indicador, que após o ataque ficara preso apenas por um nervo, foi reimplantado em uma operação de emergência. Entretanto, teve que ser amputado nesta quarta-feira, devido a um alto risco de infecção, causada, segundo os médicos, por germes presentes na flora bucal do animal.
Esse incidente foi o último de uma série de casos envolvendo problemas de segurança no zoológico berlinense, famoso por abrigar o urso polar Knut.
Há dois meses, uma mulher de 32 anos com problemas psicológicos sobreviveu ao ataque de três ursos polares após de ter pulado para dentro do viveiro dos animais. Ela foi resgatada após receber várias mordidas, tendo sido internada em um hospital com ferimentos graves.
Em dezembro do ano passado, um homem apresentando sinais de distúrbios mentais pulou no viveiro do urso Knut, tendo sido retirado antes mesmo que o animal percebesse a sua presença. Semanas depois, o mesmo visitante foi perseguido por seguranças depois de tentar retornar ao local, sendo expulso do zoológico.
Deste então, a direção do zoológico tem negado que seja necessário aumentar a altura dos muros de proteção dos viveiros dos ursos.
Mas o incidente com o chimpanzé aumentou a pressão de ativistas por direitos dos animais, que querem o afastamento de Blaszkiewitz.
"Um diretor do zoológico que ignora todas as regras de segurança em relação a animais selvagens já é, por si só, um mau exemplo", afirmou Frank Albrecht, porta-voz da representação alemã da organização americana Peta (People for the Ethical Treatment of Animals).
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