Duzentos e quarenta adultos começaram nesta quarta-feira a testar em Adelaide, na Austrália, uma vacina contra a gripe suína.
Os voluntários, com idades entre 18 e 64 anos, passaram a receber injeções da vacina desenvolvida pela empresa CSL Ltd. contra a gripe influenza A (H1N1) no Hospital Royal Adelaide. Quatrocentas crianças também estão participando dos testes.
Os participantes, que ganharam R$ 300 de recompensa, terão que fazer anotações durante os próximos seis meses para registrar sintomas como náuseas e dores de cabeça.
Uma outra companhia farmacêutica australiana, a Vaxine, também começou nesta semana a testar uma vacina em 300 pessoas.
Doses
Segundo Andres Cuthbertson, cientista da CSL, “o dado fundamental que buscamos é saber quantas doses são necessárias para proteger o paciente”.
O resultado dos testes vai mostrar os efeitos de diferentes doses, segundo o pesquisador.
A companhia australiana, que pretende ter as vacinas prontas em setembro, já tem encomendas de 21 milhões de doses do governo australiano (o que significa aproximadamente uma para cada cidadão do país), de 20 a 40 milhões dos Estados Unidos e também de Cingapura.
A Austrália tem mais de 14 mil casos de gripe suína registrados e 40 mortes relacionadas, as piores estatísticas da região Ásia-Pacífico.
Um dos casos mais destacados na mídia local foi o de uma aborígene de 19 anos grávida que perdeu o bebê antes de ter nascido e está em estado grave no hospital.
Cientistas australianos temem que a gripe possa sofrer mutação para uma forma mais grave, como a espanhola e asiática em 1918 e 1958.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, em todo o mundo a gripe já causou 700 mortes.
O vírus H1N1 é o primeiro a causar uma pandemia de gripe em 41 anos.
Outras companhias que devem começar os experimentos em humanos incluem a suíça Novartis AG, Glaxo Smith Kline Plc e Baxter Internacional Inc.
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