Um novo modelo de bordel, em que clientes podem ter sexo à vontade por um único preço, está provocando protestos na Alemanha, país onde a prostituição é um negócio legalizado.
Após se tornarem populares com a recente crise econômica, esses estabelecimentos são acusados de atentar contra a dignidade humana por políticos e ativistas dos direitos humanos. Políticos conservadores querem proibir os prostíbulos.
Em uma grande operação realizada no domingo, cerca de 700 policiais inspecionaram casas do gênero em quatro cidades alemãs, prendendo 10 pessoas.
A blitz foi desencadeada por suspeitas de que os estabelecimentos empregam prostitutas estrangeiras sem permissão de trabalho e sonegam contribuição à previdência social.
Dois estabelecimentos foram fechados por apresentarem condições sanitárias precárias. Em apenas um deles a polícia encontrou um caso com indícios de prostituição forçada.
"Serviços ilimitados"
A cadeia de bordéis Pussy Club, inaugurada em junho, provocou críticas em Fellbach e Heidelberg, no sul da Alemanha, ao atrair clientes para as filiais nessas cidades com o slogan "sexo com todas as mulheres, quanto e como você quiser".
Os locais prometem “serviços ilimitados”, incluindo sexo em grupo, pelo ingresso de 70 euros (cerca de R$ 187).
A propaganda irritou o secretário de Justiça do Estado de Baden-Württemberg, Ulrich Goll. “Se levarmos o anúncio a sério, podemos concluir que há uma violação da dignidade humana das prostitutas que lá trabalham”, disse.
Entidades de direitos humanos e representantes da Igreja também criticam a oferta. Uma associação de cidadãos da região reivindica o fechamento desse tipo de prostíbulo em carta enviada a diversas autoridades, incluindo a chanceler Angela Merkel.
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