sábado, 22 de agosto de 2009

Província chinesa obriga funcionários públicos a fumar

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Funcionários públicos da província de Hubei, na região central da China, que se recusarem a fumar uma cota determinada de cigarros serão multados.

A nova regulamentação, do governo da cidade de Gong'an, determina os padrões para o número de cigarros consumidos e as marcas que devem ser compradas pelos funcionários.

No total, todas as agências governamentais e instituições da província devem consumir 230 mil maços de cigarros produzidos na província por ano, ou 4 milhões de iuans (cerca de R$ 1,2 milhão) em cigarros.

Chen Nianzu, membro da equipe de supervisão do mercado de cigarros de Gong'an, disse ao jornal chinês Global Times que a determinação vai melhorar a economia local.

'Abuso'

Mas para o professor de gerenciamento e administração Wang Chunying, da Universidade de Negócios Exteriores de Hubei, o governo da província está abusando de seu poder ao determinar o protecionismo regional e encorajar o hábito de fumar.

"O governo central colocou um imposto pesado no cigarro para proteger a saúde pública e o meio ambiente", afirmou ele ao Global Times. "O governo local pode se beneficiar com a medida (obrigatoriedade do fumo), mas o país vai pagar por isso no final."

O jornal de Pequim Beijing News relatou o caso de um professor que contou que os cinzeiros da escola pública onde trabalha estão sendo fiscalizados.

A descoberta de três pontas de cigarro de marcas fabricadas em outra província levou à ameaça de sanções contra os fumantes.

Apesar de a nova regulamentação incluir punição para os fumantes que não a obedecerem, ainda não foram decretadas aplicações de multas, segundo um porta-voz do departamento de relações públicas.

Um representante do escritório de finanças do distrito, que não quis se identificar, disse ao Global Times que a regulamentação é apenas um guia de conduta e não determina marcas específicas de cigarro.

Jingzhou, outra cidade de Hubei, também determinou uma regulamentação semelhante em 2007 para encorajar o consumo de cigarros produzidos localmente e aumentar a arrecadação de impostos da indústria de cigarros. Mas esta regulamentação foi abandonada seis meses depois, segundo o Global Times.

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