quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Cartão postal para noiva é entregue com 72 anos de atraso

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Um cartão postal enviado por um jovem francês à sua noiva que residia em Mônaco levou 72 anos para ser entregue a um membro da família da destinatária, que faleceu há 40 anos.
Em bom estado de conservação, o cartão postal, com a data de 11 de agosto de 1937 chegou à agência central dos Correios de Mônaco no dia 25 de agosto, proveniente do centro de triagem de Nice, na França.
O cartão, com paisagens de montanhas, havia sido postado na cidade francesa de Saint-Étienne-de-Tinée, na região dos Alpes Marítimos, por J.A Achierdi à sua noiva, a cabeleireira Fernande Robéri, com quem acabou não se casando.
Ela se casou com outro pretendente, que, por coincidência, trabalhou como carteiro.
Fernande Robéri faleceu em 1969 sem nunca receber o cartão postal do noivo. Além de sua assinatura, Achierdi havia escrito apenas a frase “boas lembranças” na correspondência endereçada à noiva.
Percurso
A correspondência levou mais de sete décadas para percorrer os cerca de 100 quilômetros que separam as duas localidades.
O diretor dos Correios de Mônaco, Jean-Luc Delcroix, acredita que o cartão postal tenha caído atrás de um móvel em alguma unidade dos Correios e ficado por ali décadas, até ser encontrado e colocado no sistema de entregas de correspondências.
“A única explicação racional é que o cartão tenha caído atrás de uma subdivisão do móvel onde é realizada a triagem da correspondência e foi achado somente agora”, disse ele à BBC Brasil.
Delcroix realizou pesquisas sobre o selo do cartão postal e descobriu que ele havia sido colocado em circulação entre 1926 e 1936, o que poderia confirmar que a data marcada não seria apenas uma brincadeira do remetente.
O diretor dos Correios contou que lançou anúncios procurando membros da família Robéri, com a mensagem: “Se alguém puder comprovar o parentesco com a destinatária, entregaremos com prazer o cartão postal”.
Na terça-feira, o cartão postal enviado em 1937 foi entregue por Delcroix ao filho da destinatária.
“Ele nos disse que seu pai havia sido carteiro e que seu avô trabalhou na direção dos Correios de Mônaco nos anos 30”, afirmou Delcroix.

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