sábado, 17 de outubro de 2009

Suplicy se complica e pode enfrentar processo

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Não está para brincadeira a situação do senador Eduardo Suplicy (PT-SP). Quanto mais correm pela internet as imagens do parlamentar vestindo uma sunga vermelha sobre o terno, atendendo a um pedido da apresentadora Sabrina Sato, do programa Pânico na TV (Rede TV), mais se irritam seus colegas. Por mais que ele alegue que tudo não passou de uma brincadeira e que não pretendeu ofender ninguém, para alguns, Suplicy ajuda a ridicularizar a imagem do senado. Mas o mais afetado parece ser o próprio petista.

A cena é de uma falta de sentido absoluta. Inexplicável. Não há razão que justifique tamanha boa vontade de Suplicy diante de pedido tão fora de propósito da moça. O corregedor do Senado, Romeu Tuma, fará investigação preliminar para verificar se Suplicy infringiu as normas de decoro da Casa. “Não há como não abrir um procedimento administrativo porque a conduta não condiz com o decoro parlamentar” – afirma Tuma, para quem a atitude de Suplicy fez o senado virar alvo de “chacota”.

O Senado liberou geral para o Pânico. Afinal, não ficava bem proibir a entrada da equipe. Imagina! Seria censura! A situação que se criou a partir daí é completamente absurda. Sabrina Satto, travestida de repórter de televisão, comparece quase diariamente ao senado, onde encontrou palco perfeito para cenas de puro constrangimento aos senadores. Aparece sempre em vestidos sumários, colados ao corpo, sobre saltos altíssimos e posiciona-se diante da principal porta de entrada do plenário. Quem não a atende passa por grosseiro diante das câmeras – cena que certamente irá ao ar. E quem a atende, será invariavelmente exposto ao ridículo. Assim fica fácil fazer humor.

Mas o senador Suplicy foi muito além da alegada inocência e do bom humor, alegados por colegas como Pedro Simon (PMDB-RS) e João Pedro (PT-AM). É certo que o senado tem problemas muito mais graves, e não cabe supliciar Suplicy. Até porque o próprio senador está virando especialista nesta tarefa.

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