Os temores que se seguiram ao pedido de moratória feito por Dubai provocaram quedas nas bolsas asiáticas e europeias pelo segundo dia consecutivo.
Os principais índices de Londres, Paris e Frankfurt abriram em baixa de mais de 1%, antes de indicarem uma leve recuperação.
Na Ásia, o índice Nikkei da Bolsa de Tóquio fechou em baixa de 3,2%. O Hang Seng, da Bolsa de Hong Kong, fechou em queda de 4,8%.
Os preços do petróleo também despencaram. Nos Estados Unidos, o preço do barril de petróleo bruto caiu em 4,5% para US$ 74.5. Em Londres, o preço do petróleo do tipo brent caiu em US$ 1,26 para US$ 75,73 o barril.
Os temores nos mercados foram detonados com a notícia, na quarta-feira, de que o conglomerado estatal Dubai World, responsável pela vasta expansão imobiliária do emirado, atrasará o pagamento de suas dívidas, avaliadas em US$ 58 bilhões – a maior parte da dívida do emirado, de US$ 80 bilhões.
O conglomerado avisou credores que suspenderia o pagamento da dívida como primeiro passo para tentar reestruturar seus negócios.
A ameaça do calote de Dubai sacudiu os mercados internacionais, que estavam ou ainda estão tentando se recuperar da crise global financeira iniciada com a crise de crédito do mercado imobiliário americano, em setembro de 2008.
Os problemas deo emirado reacenderam temores de uma nova crise de crédito global - que poderia provocar uma queda na demanda global por várias commodities, entre elas o petróleo.
Dubai, um dos sete emirados que compõem os Emirados Árabes Unidos, tem menos petróleo do que seus vizinhos. O emirado se tornou um importante polo turístico e comercial com ambições internacionais.
Uma das subsidiárias da estatal Dubai World, a Nakheel, foi a construtoras de um badalado condomínio erguido sobre uma ilha artificial em forma de uma palmeira.
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