O secretário-assistente de Estado americano, Thomas Shannon, afirmou nesta sexta-feira que Brasil e Estados Unidos teriam posições idênticas a respeito do caso do menino S.G., pivô de uma disputa judicial sobre sua guarda.
A criança vem sendo motivo de litígio entre seu pai americano, David Goldman, que deseja levar seu filho de volta aos Estados Unidos, e a família de Bruna, a mãe brasileira do garoto, que morreu durante o parto de outra criança.
S.G., de 8 anos, cujo nome não pode ser revelado porque o caso corre sob segredo de Justiça, está no Rio de Janeiro, onde vive com o padrasto.
O padrasto do garoto se casou com a brasileira após ela ter regressado dos Estados Unidos, trazendo seu filho e separando-se de seu antigo marido.
David Goldman vem pedindo a intervenção dos governos brasileiro e americano a fim de que a criança seja mandada de volta para os Estados Unidos.
"Nós deixamos muito claro que, do nosso ponto de vista, este é um caso que cai sob a jurisdição da Convenção de Haia e que S.G. deveria ser devolvido a seu pai", afirmou Thomas Shannon, durante entrevista coletiva nesta sexta-feira.
"O governo do Brasil acredita na mesma coisa e já o disse publicamente. Atualmente, o caso se encontra nos tribunais federais do Brasil", completou.
Mas a posição do governo brasileiro difere da descrita pelo representante americano. O Brasil tem dito oficialmente que a decisão final sobre o caso caberá ao Judiciário do país.
Protesto
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, tem ido em sentido oposto à posição discreta do governo brasileiro e falado exaustivamente sobre o caso.
Hillary também tem defendido que a criança seja devolvida a seu pai americano.
Um grupo de ativistas ligados a David Goldman agendou um protesto em frente à Casa Branca para este sábado, pouco após o encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o líder americano, Barack Obama.
De acordo com os organizadores, a expectativa é de que pelo menos 200 pessoas compareçam à manifestação, mas o pai de S.G. não deverá estar presente, uma vez que se encontra no Brasil atualmente.
Mídia
A mídia dos Estados Unidos também vem dando vasta atenção ao caso.
Nesta sexta-feira, a rede CNN dedicou dois blocos de um de seus programas ao tema.
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