Um grupo autodenominado Exército Cibernético Iraniano conseguiu invadir o Twitter e um site da oposição iraniana, publicando mensagens anti-Estados Unidos.
O tráfego para o site de relacionamento social foi redirecionado por quase duas horas na noite da quinta-feira.
O site opositor mowjcamp.org permanecia com as mensagens dos hackers nesta sexta-feira.
A oposição no Irã vinha usando os sites para promover protestos e acusar o governo de fraudar as eleições presidenciais de junho.
“Este site foi hackeado pelo Exército Cibernético Iraniano”, diz uma mensagem na página invadida.
A mensagem, escrita em um inglês com erros, diz que os hackers viraram a mesa no jogo contra os Estados Unidos, a quem criticam pelas sanções contra o Irã.
“Os Estados Unidos acham que controlam e administram a internet e seus acessos, mas eles não controlam. Nós controlamos e administramos a internet com nosso poder”, afirma a mensagem.
O texto termina com um tom aparentemente polido, com uma despedida educada seguida de um emoticom (ícone usado em mensagens na internet para expressar emoções) que sugere uma piscadela de olho.
Os hackers deixaram um endereço de e-mail, mas não podiam ser encontrados para comentários.
Senhas
Ao comentar o ataque dos hackers, o site de tecnologia techcruch.com recomendou que os usuários do Twitter que tenham a mesma senha para outros sites, como o Facebook, as alterem.
O Twitter publicou um comentário em seu site dizendo que o serviço de micro-blog foi restaurado uma hora e quinze minutos após o ataque ter sido notado.
O comentário disse que os hackers tiveram acesso aos códigos internos do site e redirecionaram os visitantes ao seu próprio site.
O site mowjcamp.org, que também foi atacado, é administrado por simpatizantes de candidatos reformistas que concorreram contra o presidente Mahmoud Ahmadinejad nas eleições de junho.
Tanto o Twitter quanto o mowjcamp.org se tornaram pontos de encontro para os manifestantes durante as grandes manifestações da oposição nas ruas de Teerã e para noticiar as centenas de detenções que se seguiram aos protestos.
Manifestantes iranianos publicaram nos sites fotos das passeatas e da reação da polícia iraniana e das milícias pró-governo.
Os líderes opositores Mir Hossein Mousavi e Mehdi Karroubi, que concorreram contra Ahmadinejad nas eleições de junho, acusam o presidente de fraudar a votação.
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