A Suprema Corte do Paquistão decidiu que os eunucos, travestis e transexuais do país poderão se identificar como um gênero diferente do masculino e do feminino para garantir seus direitos.
A Justiça paquistanesa afirmou que o grupo, conhecido no país como "hijras", deverá receber documentos de identidade que os identifiquem como um gênero distinto.
E o governo também terá que tomar medidas para reconhecer que eles são herdeiros legítimos de imóveis.
Os eunucos do país são homens castrados logo na infância por motivos médicos ou sociais.
Estima-se que cerca de 300 mil hijras vivam no Paquistão. Geralmente eles são discriminados pela sociedade paquistanesa, muçulmana e conservadora em sua maioria.
Os hijras tendem a viver juntos em comunidades e favelas, sobrevivendo pela mendicância e dançando em casamentos e festas.
Uma associação que representa os hijras aprovou a decisão da Suprema Corte e afirmou que foi "um grande passo para dar (ao grupo) respeito e identidade na sociedade".
A medida não é inédita. Em novembro, autoridades da Índia concordaram em registrar eunucos e transexuais com o termo "outros", diferente de homens e mulheres, em registros eleitorais e documentos de identidade, depois de uma longa campanha realizada por membros desta comunidade no país.
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