O letreiro de ferro fundido onde se lê “Arbeit macht frei” (“O trabalho liberta”, em tradução livre), roubado do alto do portão do museu de Auschwitz na sexta-feira passada, foi encontrado no norte da Polônia, informou a polícia local.
Cinco homens foram presos e levados para Cracóvia, onde serão interrogados.
Segundo a polícia, o letreiro, que se tornou um símbolo de atrocidades cometidas pelo regime nazista, foi cortado em três partes.
A polícia iniciou uma intensa operação de busca depois do roubo, que causou comoção em Israel e na Polônia.
Mais de um milhão de pessoas – 90% delas judeus – foram assassinadas pelos nazistas no campo de concentração de Auschwitz durante a Segunda Guerra.
Pawel Sawicki, do museu de Auschwitz, disse que a recuperação do letreiro era “um grande alívio”.
“Somos extremamente gratos à polícia, que fez um trabalho fantástico”, disse ele à agência de notícias AFP.
“Este símbolo, provavelmente um dos mais importantes do século passado, pode ser colocado de volta em seu lugar.”
O museu se prepara para comemorar o 65º aniversário da liberação dos campos de concentração de Auschwitz-Birkenau pelas tropas soviéticas em 27 de janeiro.
Buscas em ferros-velhos
A polícia havia intensificado a segurança nos aeroportos e postos de cruzamento das fronteiras, e realizou buscas em ferros-velhos durante o fim de semana, na caçada pela peça de 5 metros de comprimento.
“Prendemos cinco homens com idade entre 20 e 39 anos, no norte da Polônia”, disse o porta-voz da polícia da Cracóvia Dariusz Nowak.
“Eles foram presos pouco antes da meia-noite, depois que o sinal foi encontrado em uma casa”, disse Nowak, sem dar mais detalhes.
O letreiro de ferro tinha sido em parte desparafusado e parcialmente arrancado do alto do portão na madrugada de sexta-feira.
Segundo a polícia, teriam sido necessárias pelo menos duas pessoas para roubar o sinal, que pesa 40 quilos.
O porta-voz do museu de Auschwitz Jaroslaw Mensfelt disse que, aparentemente, os ladrões carregaram o sinal por 300 metros e passaram por uma abertura no muro de concreto que cerca o local, que tinha sido deixada para preservar uma árvore datada da Segunda Guerra.
As barras de ferro que bloqueavam a abertura foram cortadas. Pegadas na neve encontradas no local levavam até uma estrada nos arredores, onde a polícia presume que o letreiro foi colocado dentro de um veículo.
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