O governo dos Estados Unidos vai introduzir novas regras para a revista de passageiros que chegam nos aeroportos do país vindos de países que acredita ter ligações com terrorismo.
De acordo com as últimas informações, os passageiros vindos da Nigéria, Paquistão, Síria, Irã, Sudão, Cuba e Iêmen terão suas bagagens de mão revistadas e também serão revistados individualmente por policiais.
As novas medidas entrarão em vigor nesta segunda-feira.
A Autoridade de Segurança em Transportes dos Estados Unidos informou em uma declaração que as novas regras se aplicam a passageiros que chegam ou passam pela chamada lista de "Estados Patrocinadores do Terrorismo", elaborada pelo Departamento de Estado americano - Cuba, Irã, Sudão e Síria - e outros países envolvidos.
Como parte do novo sistema de segurança, passageiros que viajam de qualquer outro país para os Estados Unidos também passarão por revistas aleatórias.
O presidente americano, Barack Obama, condenou as falhas de segurança nos aeroportos do país depois que foi revelado que o nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab tentou explodir um avião que viajava da Holanda para os Estados Unidos no Natal.
Obama prometeu "agir rapidamente para sanar as falhas" no sistema de segurança.
Envolvidos
A Nigéria e o Iêmen tem ligação com o suposto plano para explodir um avião no dia de Natal. O governo do Iêmen confirmou que Umar Farouk Abdulmutallab esteve no país entre agosto e o início de dezembro.
Antes de pegar o voo para Detroit, Abdulmutallab embarcou em Gana, fazendo conexão em Lagos, na Nigéria, rumo a Amsterdã.
Abdulmutallab também recebeu treinamento da Al-Qaeda no Iêmen.
A correspondente da BBC em Washington Jane O'Brien afirmou que ainda não se sabe se a revista individual, na qual os policiais apalpariam os passageiros, poderia ter impedido o nigeriano de 23 anos de ter embarcado com os explosivos que levava amarrados em seu corpo e que tentou detonar quando o avião, que levava quase 300 pessoas, se preparava para aterrissar.
O anúncio das novas regras de segurança ocorre no mesmo dia em que os governos dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha fecharam temporariamente suas embaixadas em Sanaa, capital do Iêmen, alegando ter recebido ameaças de ataque do grupo Al-Qaeda.
Em uma nota publicada no seu site na internet, a embaixada dos Estados Unidos no Iêmen pediu que os cidadãos americanos tenham cuidado com sua segurança no país.
Poucas horas depois, o ministério das Relações Exteriores da Grã-Bretanha anunciou que sua representação na capital iemenita foi fechada devido a "motivos de segurança".
Ambas as embaixadas não disseram quando reabrirão suas portas.
O principal assessor do presidente Obama para segurança nacional e contra o terrorismo, John Brennan, afirmou em uma entrevista à televisão americana que a Al-Qaeda tem "centenas de membros" no Iêmen e tem indicações de que o grupo está planejando um ataque na capital.
Brennan acrescentou as duas embaixadas foram fechadas para "dar ao governo iemenita uma oportunidade para evitar a ameaça e os planos que estão em prática neste momento".
"Sabemos que nossa embaixada, nossos funcionários, são alvo deles (Al-Qaeda), e queremos ter certeza de que fazemos tudo o possível para proteger nossos diplomatas e outros que estão lá", afirmou.
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