Estatísticas divulgadas nesta sexta-feira mostram que a economia alemã não cresceu no último trimestre de 2009 interrompendo sua trajetória de recuperação. A estagnação do Produto Interno Bruto (PIB) preocupa o governo e confirma a maior queda na economia no pós-guerra, de 5% no ano passado.
O departamento federal de estatísticas alemão registrou crescimento zero nos últimos três meses de 2009 em relação ao trimestre anterior.
"O consumo interno e o nível de investimentos caíram e frearam o crescimento econômico", informou o departamento em uma nota divulgada nesta sexta-feira.
A notícia é um banho de água fria para o otimismo da grande maioria dos analistas, que previam um leve crescimento da economia. A Alemanha já tinha tecnicamente saído da recessão com crescimento em dois trimestres consecutivos, de 0,4% no segundo trimestre de 2009 e de 0,7% no terceiro.
Dados divulgados também nesta sexta-feira na França indicam que a economia do país continuou nos trilhos da recuperação com crescimento de 0,6% no último trimestre de 2009 e queda de 2,2% no ano.
Recuperação
Com o resultado ruim, aumenta a apreensão na Alemanha com o desempenho da economia do país em 2010.
Até agora, um esquema de subsídios governamentais para empresas, que reduzem a carga horária sem demitir empregados, evitou que o desemprego aumente consideravelmente no país.
No entanto, analistas esperam uma elevação na taxa de desemprego neste ano já que em muitas empresas o período coberto por esse programa estatal está perto do fim.
O setor industrial alemão já registrava em dezembro de 2009 uma redução de 4,5% no número de vagas comparado ao mesmo mês do ano anterior.
Apesar dos perigos para a economia o governo alemão ainda espera que a economia cresça em 1,4% neste ano. No entanto o presidente do banco central alemão, Axel Weber, disse que o PIB poderá se retrair no primeiro trimestre de 2010.
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