Há 50 anos, nascia um mito brasileiro. Hoje, seria aniversário de Ayrton Senna da Silva, tricampeão mundial de Fórmula-1, que reunia famílias inteiras em frente à TV na expectativa de ouvirem tocar o Tema da Vitória, imortalizado pelos triunfos do ídolo nas pistas. Se estivesse vivo, Senna já teria se aposentado. Mas dificilmente estaria afastado do automobilismo, na opinião de sua irmã Viviane Senna, mãe de Bruno Senna, que disputa a sua primeira temporada na categoria.
— Na época dos fiscais do Sarney (José Sarney, ex- presidente da República), ele dizia que queria ser fiscal da natureza. Mas ele era muito ativo e estaria trabalhando em alguma coisa ligada ao automobilismo — disse Viviane, que administra o Instituto Ayrton Senna, projeto social que atende a crianças e jovens de todo o Brasil: — O Ayrton provalvente teria formado uma família. Ele tinha este sonho, adorava crianças.
Senna morreu com 34 anos, no dia primeiro de maio de 1994, na curva Tamburello, no GP de Ímola. O tricampeão pilotava uma Willians e estava longe de pisar no freio em sua carreira. Segundo Viviane, seu irmão lhe revelou, em Mônaco, entre 1992 e 1993, que só se aposentaria depois que superasse o argentino pentacampeão mundial Juan Manuel Fangio, à época recordista de títulos, e pilotasse uma Ferrari.
— Ele chegou a ter uma porposta da Ferrari, muito dinheiro. Mas ele não achou que o carro tinha condições de ganhar, e era só isso que ele queria: ganhar corridas — contou Viviane.
Adriane Galisteu, apresentadora de TV e namorada de Senna na época de sua morte, confirma os sonhos do ídolo de superar Fangio, pilotar uma Ferrari e ter filhos. Além desses, no entanto, há outra vontade que o piloto não satisfez: ir à Disney,
— Ele seria hoje muito mais bonito. Com 33, estava melhor do que com vinte. Ele tinha uma vida saudável, de atleta, dentro e fora das pistas. Ele era um cara simples, que valorizava as coisas simples da vida.
Os objetivos nas pistas provavelmente seriam alcançados, na visão do jornalista e comentarista de F-1, Lito Cavalcanti. Para ele, o piloto poderia ter chegado a mais dois ou três títulos, dificultando o reinado de Michael Schumacher. O alemão é heptacampeão da categoria. Lito Cavalcanti, no entanto, vê Ayrton como o maior piloto da história:
— Eu acho que ele foi o maior de todos. Eu o vejo como o Michael Jordan ou o Pelé, ou seja, o maior da história em seu esporte.
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