quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Golpes na internet.

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Medo de fraudes online cresce entre consumidores, diz estudo

A percepção do consumidor brasileiro em relação a fraudes online aumentou entre 2009 e 2010, de acordo com uma pesquisa divulgada hoje no 2º Congresso sobre Crimes Eletrônicos, realizado em São Paulo. Se, no ano passado, 57% dos consumidores temiam fraudes online, neste ano o número passa para 64%.

"O ponto positivo é que a cautela vem se infiltrando entre a população. O negativo é que, na dúvida, a pessoa não compra online", disse o advogado Renato Opice Blum, que apresentou os resultados da pesquisa, feita com 1.095 pessoas durante o mês de agosto pela Federação de Comércio de São Paulo (Fecomércio).

O estudo também mostrou que o brasileiro adota mais soluções para proteger seu computador, para evitar a captação de senhas, fraudes ou invasão da máquina: passou de 76% no ano passado para 80% em 2010. Quatorze por cento dos respondentes disseram conhecer alguém que foi vítima de crime virtual, contra 11% no ano anterior.

A pesquisa da Fecomercio também identificou as principais fraudes virtuais cometidas. O principal ponto (23,53% das respostas) é a clonagem de páginas pessoais em sites de relacionamento. "Em comparação a outros países, é um número altíssimo. Mas se deve à característica específica do brasileiro ao navegar, que valoriza muito as redes sociais", explicou Opice Blum.

A lista segue com desvio de dinheiro de contas bancárias, empatado com compras indevidas feitas pelo cartão de crédito (22,69% das respostas cada). Segundo o advogado, itens como certificação digital e biometria devem ajudar a reduzir esse tipo de fraude nos próximos anos. Finalmente, 20,17% das respostas indicam o uso indevido de dados pessoais.

Comportamento e redes sociais

Além das fraudes online, a pesquisa da Fecomercio mediu alguns dados de comportamento do consumidor brasileiro na internet. O cenário é positivo para o comércio eletrônico, com 46% dos respondentes afirmando que realizam compras pela internet. Curiosamente, 65% dos entrevistados reclamam que muitas informações no comércio eletrônico não são claras e objetivas ("é um problema de marketing", disse Opice Blum).

E 51% das respostas mostram que o consumidor tem interesse em cursos, produtos e serviços oferecidos por e-mail. "Não é spam, mas e-mails do tipo opt-in, com escolha do consumidor", explicou o advogado. Outros 36% têm o hábito de se cadastrar em sites de empresas para obter informações.

O estudo também destrinchou o alto uso de redes sociais no País, com 74% das respostas. O Orkut, do Google, ainda lidera a lista, com 82% de participação e tendência de migração para o Facebook nas respostas de usuários com renda superior a dez salários mínimos.

O MSN/Live Messenger fica com 75% das respostas, e o Facebook está na marca de 24% dos usuários, ainda. O Twitter, com apenas 17% das respostas, mostra um público altamente qualificado, de acordo com Opice Blum.

Finalmente, 76% dos entrevistados disseram acreditar que não é crime baixar filmes e músicas na internet. O estudo completo está publicado no site da Fecomercio (www.fecomercio.com.br).

Pesquisa inédita

Na abertura do evento foi apresentada a 2º Pesquisa de Crimes Eletrônicos realizada pela Fecomercio com usuários no Estado de São Paulo. Acesse abaixo o arquivo PDF e confira a pesquisa completa.

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