sábado, 22 de agosto de 2009

Lei antifumo em Paris leva a aumento de queixas contra o barulho

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A proibição de fumar em ambientes públicos fechados na França provocou o aumento das queixas contra o barulho causado à noite nas ruas por clientes de bares e restaurantes que fumam nas calçadas.

"As petições de moradores contra o barulho feito por clientes nas mesas ao ar livre vêm se multiplicando. Esse problema já existia antes, mas a lei antifumo agravou a situação", disse Thierry Ottaviani, presidente da Associação SOS Barulho em entrevista ao jornal Le Figaro.

Em ruas repletas de bares e restaurantes, muitos vizinhos pedem o fim dessas áreas com mesas ao ar livre, ocupadas principalmente por fumantes, afirma Ottaviani.

Segundo o Centro de Informação e Documentação sobre o Barulho (CIDB), a probição de fumar em bares e restaurantes, que entrou em vigor em janeiro de 2008 na França, contribuiu para o aumento do número de mesas ao ar livre nesses estabelecimentos.

Mais da metade

De acordo com o órgão, o número de pedidos de autorização para bares e restaurantes colocarem mesas nas calçadas cresceu 27% em Paris em 2008 na comparação com o ano anterior.

Somente no ano passado, após a entrada em vigor da proibição, mais de mil bares e restaurantes da capital francesa solicitaram autorizações para instalar mesas nas calçadas.

Mais da metade dos mais de 15 mil bares e restaurantes em Paris, 8 mil, pode colocar mesas nas ruas, segundo o CIDB francês.

Como atualmente é verão na Europa e as temperaturas na França têm sido elevadas, os clientes de cafés e restaurantes podem ficar ao ar livre a noite toda.

A proibição de fumar em locais públicos entrou em vigor na França em fevereiro de 2007, mas bares, restaurantes, tabacarias e discotecas obtiveram um prazo suplementar, até janeiro de 2008, para se adaptar à lei antifumo.

Outras cidades

Uma das áreas com o maior número de queixas contra o barulho dos clientes é a rua Mouffetard, próxima ao Panthéon, que possui inúmeros bares.

Os gerentes dos cafés e restaurantes dessa área foram convocados pela prefeitura para tomar providências. Alguns contrataram funcionários que ficam na rua fiscalizando o barulho feito pelos clientes.

Em Paris, as autoridades lançaram pela primeira vez desde a entrada em vigor da lei antifumo uma campanha de prevenção contra o barulho nos bares e restaurantes.

Pôsters que pedem aos clientes para “respeitar a tranquilidade da vizinhança” foram distribuídos aos donos desses estabelecimentos

Em outras cidades, como Grenoble, associações de moradores também se mobilizam contra as áreas dos restaurantes instaladas nas calçadas.

O centro histórico de Grenoble reúne cerca de 50 bares e restaurantes. Segundo um representante de uma associação de moradores do bairro, há queixas até contra as bitucas de cigarro deixadas no chão pelos clientes.

Província chinesa obriga funcionários públicos a fumar

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Funcionários públicos da província de Hubei, na região central da China, que se recusarem a fumar uma cota determinada de cigarros serão multados.

A nova regulamentação, do governo da cidade de Gong'an, determina os padrões para o número de cigarros consumidos e as marcas que devem ser compradas pelos funcionários.

No total, todas as agências governamentais e instituições da província devem consumir 230 mil maços de cigarros produzidos na província por ano, ou 4 milhões de iuans (cerca de R$ 1,2 milhão) em cigarros.

Chen Nianzu, membro da equipe de supervisão do mercado de cigarros de Gong'an, disse ao jornal chinês Global Times que a determinação vai melhorar a economia local.

'Abuso'

Mas para o professor de gerenciamento e administração Wang Chunying, da Universidade de Negócios Exteriores de Hubei, o governo da província está abusando de seu poder ao determinar o protecionismo regional e encorajar o hábito de fumar.

"O governo central colocou um imposto pesado no cigarro para proteger a saúde pública e o meio ambiente", afirmou ele ao Global Times. "O governo local pode se beneficiar com a medida (obrigatoriedade do fumo), mas o país vai pagar por isso no final."

O jornal de Pequim Beijing News relatou o caso de um professor que contou que os cinzeiros da escola pública onde trabalha estão sendo fiscalizados.

A descoberta de três pontas de cigarro de marcas fabricadas em outra província levou à ameaça de sanções contra os fumantes.

Apesar de a nova regulamentação incluir punição para os fumantes que não a obedecerem, ainda não foram decretadas aplicações de multas, segundo um porta-voz do departamento de relações públicas.

Um representante do escritório de finanças do distrito, que não quis se identificar, disse ao Global Times que a regulamentação é apenas um guia de conduta e não determina marcas específicas de cigarro.

Jingzhou, outra cidade de Hubei, também determinou uma regulamentação semelhante em 2007 para encorajar o consumo de cigarros produzidos localmente e aumentar a arrecadação de impostos da indústria de cigarros. Mas esta regulamentação foi abandonada seis meses depois, segundo o Global Times.

Bedel 'obriga aluno a fumar 42 cigarros' na Malásia

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Um aluno teria sido obrigado a fumar 42 cigarros como punição por ter sido flagrado com tabaco em uma escola secundária na Malásia.

Segundo a imprensa local, outros estudantes e professores testemunharam a aplicação da pena por cerca de duas horas em um dormitório de estudantes na ilha de Pulau Tuba, no noroeste do país.

"Fui forçado a fumar quatro cigarros por vez até chegar a 42", disse o adolescente Mohd Alif Arifin, 16, ao jornal malaio New Straits Times.

A rigorosa medida foi tomada depois que cigarros e um isqueiro foram encontrados no armário do adolescente.

Segundo o jornal britânico The Times, o rigor foi ainda mais severo porque, até então, o garoto era um modelo de bom comportamento na escola.

Após a punição, o garoto, que mora com os tios, foi mandado de volta para casa. Eles perceberam que o menino tinha os lábios inchados. Quando souberam do episódio, deram queixa na polícia.

"Ele não pôde comer por cinco dias", disse a tia ao New Straits Times.

A escola já pediu desculpas à família, que aceitou o pedido. Uma autoridade educacional malaia confirmou que a punição não foi "apropriada" e que uma sindicância foi aberta no departamento de Educação para estudar possíveis medidas.

Em 2007, houve indignação junto à opinião pública da Malásia depois que uma professora obrigou quase 150 alunas a permanecer por uma hora dentro de um lago fétido e a passar a noite na chuva do lado de fora do dormitório, porque ninguém assumiu a culpa por entupir os canos dos banheiros.

Segundo correspondentes, uma forma de punir indisciplina nas escolas do país são palmadas com bastões de junco cobertos com sal.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Navio com lixo devolvido pelo Brasil chega à Inglaterra

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Um navio desembarcou no porto de Felixstowe, em Suffolk, na Inglaterra, carregado com 71 contêineres com lixo exportado indevidamente ao Brasil. Os demais 18 contêineres devem retornar mais tarde. As informações são da agência AP.

Ao todo, o Brasil recebeu 89 contêineres com lixo do Reino Unido, que foram importados como polímeros de etileno para reciclagem. Por meio de denúncia anônima, a Receita Federal descobriu que as cargas tratavam-se, na verdade, de lixo tóxico e doméstico.

Dos 89 contêineres, 40 foram embarcados no porto de Rio Grande (RS) e deixaram o local no dia 3 de agosto. No dia 5, o resto do lixo foi embarcado no porto de Santos (SP) e o navio seguiu viagem à Inglaterra, fazendo antes uma parada no porto de Itaguaí, no Rio de Janeiro.

Redação Terra

Oceanos podem estar escondidos sob a crosta da Terra, indica estudo

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Cientistas dizem que poderia haver mais água sob o fundo do mar do que em todos os oceanos juntos

Um estudo que mediu a eletrocondutividade no interior do planeta indica que talvez haja imensos oceanos sob a superfície da Terra.

A água é um condutor extremamente eficiente de eletricidade.

Por isso, cientistas da Oregon State University, nos Estados Unidos, acreditam que altos níveis de condutividade elétrica em partes do manto terrestre - região espessa situada entre a crosta terrestre e o núcleo - poderiam ser um indício da presença de água.

Os pesquisadores criaram o primeiro mapa global tridimensional de condutividade elétrica do manto. Os resultados do estudo foram publicados nesta semana na revista científica Nature.

As áreas de alta condutividade coincidem com zonas de subducção, regiões onde as placas tectônicas - blocos rígidos que compõem a superfície da Terra - entram em contato e uma, geralmente a mais densa, afunda sob a outra em direção ao manto.

Geólogos acreditam que as zonas de subducção sejam mais frias do que outras áreas do manto e, portanto, deveriam apresentar menor condutividade.

"Nosso estudo claramente mostra uma associação próxima entre zonas de subducção e alta condutividade. A explicação mais simples seria (a presença de) água", disse o geólogo Adam Schultz, coautor do estudo.

Mistério geológico

Se a água não estiver sendo empurrada para baixo pelas placas, seria ela primordial? (Estaria) lá embaixo há bilhões de anos? E se foi levada para baixo à medida que as placas lentamente afundam, seria isso um indício de que o planeta já foi muito mais cheio de água em tempos longínquos? Essas são questões fascinantes para as quais ainda não temos respostas.

Adam Schultz, coautor do estudo

Apesar dos avanços tecnológicos, especialistas não sabem ao certo quanta água existe sob o fundo do mar e quanto dessa água chega ao manto.

"Na verdade, não sabemos realmente quanta água existe na Terra", disse um outro especialista envolvido no estudo, o oceanógrafo Gary Egbert. "Existem alguns indícios de que haveria muitas vezes mais água sob o fundo do mar do que em todos os oceanos do mundo combinados."

Segundo o pesquisador, o novo estudo pode ajudar a esclarecer essas questões.

A presença de água no interior da Terra teria muitas possíveis implicações.

A água interage com minerais de formas diferentes em profundidades diferentes. Pequenas quantidades de água podem mudar as propriedades físicas das rochas, alterar a viscosidade de materiais presentes no manto, auxiliar na formação de colunas de rocha quente e, finalmente, afetar o que acontece na superfície do planeta.

E se a condutividade revelada pelo estudo for mesmo resultado da presença de água, o próximo passo seria explicar como ela chegou lá.

"Se a água não estiver sendo empurrada para baixo pelas placas, seria ela primordial? (Estaria) lá embaixo há bilhões de anos?", pergunta Schultz.

"E se foi levada para baixo à medida que as placas lentamente afundam, seria isso um indício de que o planeta já foi muito mais cheio de água em tempos longínquos? Essas são questões fascinantes para as quais ainda não temos respostas".

Os cientistas esperam, no futuro, poder dizer quanta água estaria presente no manto, presa entre as rochas.

Este estudo teve o apoio da Nasa, a agência espacial americana.

Motorista de caminhão salva menino em carro desgovernado

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Um motorista de caminhão do País de Gales salvou um menino de 4 anos que estava em um carro desgovernado.

O menino Mcauly Jones estava no carro quando o freio de mão se soltou e o veículo começou a se movimentar em direção a uma ladeira íngreme, em Gilfach Goch.

O motorista Dyfrig Willis, que dirigia seu caminhão de entregas, posicionou o veículo em frente ao carro, impedindo que ele chegasse até a ladeira de 300 metros.

Segundo a mãe de Mcauly, Amy Morgan, se não fosse por Willis, seu filho teria ficado seriamente ferido e poderia ter morrido.

Depois de posicionar seu caminhão em frente ao carro, Willis saltou e tentou ajudar a mãe do menino a parar o carro, antes que ele se chocasse contra o caminhão.

Apesar de não terem conseguido evitar o choque, eles conseguiram reduzir a velocidade do carro, diminuindo consideravelmente o impacto.

Apesar de ter ficado coberto de cacos de vidro, Mcauley escapou ileso do incidente, ocorrido na última quinta-feira.

“Ele fez tanta diferença para a gente, mas depois pareceu sem graça por tudo o que tinha ocorrido”, disse a mãe do menino.

“Aconteceu depois de eu estacionar o carro e quando saí e fui abrir a outra porta, ouvi um barulho e o carro estava passando por mim.”

“O caminhão de Willis vinha ladeira acima e foi colocado no caminho do carro e nós dois tentamos pará-lo, mas não conseguimos e ele se chocou contra o caminhão.”

“Nós conseguimos reduzir sua velocidade antes do choque. O para-brisas, o capô e a lateral e dois espelhos laterais ficaram destruídos, além de vários arranhões e amassados, mas meu filho saiu ileso.”

“Se o carro tivesse passado pelo caminhão, teria seguido ladeira abaixo e caído em uma rua movimentada”, disse Willis.

“Não quero nem pensar no que poderia ter acontecido. É uma montanha muito alta e reta como uma seta. Ela tem cerca de 30º de inclinação e é bastante íngreme.”

“Não pensei muito sobre o assunto. Quis ter certeza de que todo mundo estava bem, dei meu telefone para a mãe dele e segui para o meu dia normal”, disse o motorista.

Homem encontra aliança de casamento no mar 16 meses após perdê-la

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Um neo-zelandês que prometeu à sua esposa encontrar a aliança de casamento depois de perdê-la no mar cumpriu a promessa, 16 meses depois.

O ecologista Aleki Taumoepeau estava trabalhando no porto de Wellington, no ano passado, quando a aliança caiu no fundo da baía, a três metros de profundidade.

Ele jogou uma âncora no local, insistindo que encontraria o anel.

Seus amigos agora o chamam de "Senhor do Anel", em referência ao livro de J.R. Tolkien, cujo filme foi rodado na Nova Zelândia.

“O anel caiu no ar e todo mundo no barco ficou olhando. Parecia uma cena de Senhor dos Anéis em câmera lenta”, disse sua mulher, Rachel Taumoepeau ao jornal Dominion Post.

Os dois estavam casados há apenas três meses quando ele perdeu a aliança.

A primeira busca, três meses após Aleki perder a aliança, fracassou, mas recentemente, ele voltou ao local, durante o inverno, determinado a encontrá-la.

“Eu estava ficando com frio e cansado, então disse a Deus que seria muito bom encontrar o anel naquela hora”, disse ele, que usou coordenadas de sistema de GPS durante sua busca.

Ele então avistou a âncora, com o anel a apenas alguns centímetros de distância.

“Não acreditei que podia ver a aliança tão perfeitamente”, disse ele. “Toda a superfície do anel estava brilhando.”

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Relógio perdido em naufrágio é devolvido à família 128 anos depois

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O relógio que foi encontrado no mar depois de 128 anos (foto: Wales News)

O relógio ficou no fundo do mar e Freshwater West desde 1881

Um relógio de bolso prateado que ficou no fundo do mar por quase 130 anos foi devolvido à família de seu dono na Grã-Bretanha.

O mergulhador Rich Hughes, que o encontrou, viu a peça brilhando na areia quando explorava uma antiga embarcação naufragada durante uma tempestade em 1881 na costa de Pembrokeshire, no País de Gales.

Hughes realizou um trabalho de detetive para encontrar os descendentes do dono do relógio, que pertencia ao capitão do navio, Richard Prichard. O nome do capitão estava gravado na tampa do relógio, com os dizeres:"Richard Prichard 1866 Abersoch North Wales".

"Fiquei surpreso com as boas condições do relógio, depois de ficar no fundo do mar durante gerações", disse o mergulhador. "Assim que vi o nome comecei a pensar em Richard Prichard. Sabia que ele devia ser o comandante do navio, porque ninguém da tripulação conseguiria pagar por um relógio caro."

A antiguidade será entregue ao dentista aposentado Owen Cowell, da cidade de de Pwllheli, o mais próximo parente vivo de Prichard.

Morte misteriosa

Hughes descobriu que Prichard era o capitão do Barbara, um navio pequeno que naufragou durante uma tempestade em 1881, há 128 anos. O comandante havia morrido misteriosamente durante uma viagem para buscar um carregamento de arroz em Mianmar.

Seu corpo foi lançado ao mar seguindo a tradição dos marinheiros, e o seu substituto, conhecido apenas como capitão Jones, ficou com o relógio - possivelmente para entregá-lo à família de Pritchard depois da chegada em Liverpool.

Mas o navio nunca chegou ao seu destino. Por falta de habilidade, o capitão Jones levou a embarcação para o Canal de Bristol em vez do canal de St George.

Atingido pela tempestade, o navio afundou. Toda a tripulação foi resgatada, exceto o capitão Jones, que afundou junto com o Barbara.

O mergulhador Rich Hugues (foto: Wales News)

Rich Hughes pediu a ajuda de um historiador amador para localizar a família

"É possível que ele tenha morrido com o relógio prateado no bolso", disse Hughes. "Os restos dele já se foram há muito tempo mas o relógio sobreviveu, possivelmente pelo fato de ter sido enterrado em sedimentos, o que teria preservado o relógio."

Historiador

Após a descoberta, o mergulhador afirmou que sentiu a necessidade de entregar o relógio a alguém da família do seu dono original.

"O relógio não era meu e eu queria retorná-lo a quem de direito", afirmou Hughes.

Ele entrou em contato com um historiador amador, David Roberts, para tentar encontrar a família do capitão Prichard.

"Pela inscrição (gravada no relógio) sabia que ele era de Abersoch, então visitei dois cemitérios na área. Através de sua árvore genealógica, consegui encontrar os descendentes do capitão Prichard e me surpreendeu que eles ainda vivessem no norte do País de Gales", disse Roberts.

O historiador descobriu duas homenagens ao capital Prichard, uma em um túmulo de seus familiares e outra no túmulo de sua esposa e filho.

A avó do dentista aposentado Owen Cowell, que receberá a antiguidade no fim deste mês, era prima de Prichard.

"Estou muito contente que o relógio vai voltar para casa depois de todos estes anos", afirmou Cowell. "Foi uma grande surpresa que meus ancestrais tivessem uma vida tão movimentada em navegação."

A peça, fabricada pelo relojoeiro Richard Thomas, do norte do País de Gales, será exposta no vilarejo, mas não será consertada para voltar a funcionar.