quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Francês encontra 100 mil euros em caçamba de lixo

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O gerente de uma loja nos arredores de Lille, no norte da França, encontrou uma caixa de metal com 100 mil euros (quase R$ 270 mil) em uma caçamba de lixo da empresa.

Yvon Wonterghem, gerente da loja Bricorama, conseguiu localizar os donos do dinheiro, um casal de idosos, e acabou devolvendo as cédulas.

Wonterghem afirmou que encontrou a lata com o dinheiro enquanto inspecionava a caçamba situada na rua localizada nos fundos da loja e utilizada irregularmente por moradores que jogam ali lixo e objetos grandes.

Ele afirmou ter o hábito de abrir alguns sacos de lixo para tentar encontrar endereços e identificar os moradores que jogam coisas na caçamba pertencente à loja. O gerente costuma passar os dados às autoridades municipais, que multam os infratores.

No último sábado, ao realizar uma nova inspeção da caçamba, Wonterghem encontrou, dentro de um saco plástico, a caixa de metal contendo vários maços de notas de 20, 50 e 100 euros, afirmou, nesta quarta-feira, o jornal La Voix du Nord.

“Os maços estavam minuciosamente organizados. Pequenos bilhetes indicavam os totais. Foi fácil contar, havia 100 mil euros” disse o gerente em entrevista ao jornal.

Wonterghem disse que chegou a pensar em usar o dinheiro para comprar um trailler.

Devolução

Mas na lata de metal havia também um envelope com um nome e um endereço na periferia de Lille.

Por essa razão, ele disse que pensou em “guardar o sonho de volta na lata”.

O gerente guardou o dinheiro em um local seguro e decidiu procurar a pessoa mencionada no envelope.

Segundo ele, o endereço indicava a residência de um casal de idosos. O marido estava no hospital e a esposa estava de mudança para um asilo.

Wonterghem encontrou no local a filha do casal, que preparava a mudança. Após checar se as informações correspondiam, o gerente contou sobre a descoberta da lata com 100 mil euros no lixo.

O dinheiro representava as economias que o casal acumulou ao longo da vida. “Eu sabia que a lata de metal existia, mas não sabia o que tinha dentro. Estou surpresa que meus pais tenham guardado tanto dinheiro. Sei que isso parece inconcebível”, disse a filha do casal, Isabelle, ao jornal La Voix du Nord.

‘Lixo’

Isabelle afirmou que a casa onde vivem seus pais será vendida e o casal se desfez de muitos pertences na preparação para a venda.

Na manhã do último sábado, ela disse aos vizinhos que eles poderiam pegar objetos do casal que lhes interessassem.

“Algum deles deve ter jogado a lata, sem abrir para ver o conteúdo, na caçamba de lixo atrás da loja”, constatou o gerente.

“Sei que 90% das pessoas vão pensar que sou um louco por ter devolvido o dinheiro. Mas penso que se pegassem todas as minhas economias para viver em um asilo de idosos, eu também ficaria contente que alguém as devolvesse”, afirmou Wonterghem.

A filha do casal disse ao gerente que lhe “será grata eternamente”.

“Não sabia que ainda existiam pessoas assim”, disse ela.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Cartão postal para noiva é entregue com 72 anos de atraso

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Um cartão postal enviado por um jovem francês à sua noiva que residia em Mônaco levou 72 anos para ser entregue a um membro da família da destinatária, que faleceu há 40 anos.
Em bom estado de conservação, o cartão postal, com a data de 11 de agosto de 1937 chegou à agência central dos Correios de Mônaco no dia 25 de agosto, proveniente do centro de triagem de Nice, na França.
O cartão, com paisagens de montanhas, havia sido postado na cidade francesa de Saint-Étienne-de-Tinée, na região dos Alpes Marítimos, por J.A Achierdi à sua noiva, a cabeleireira Fernande Robéri, com quem acabou não se casando.
Ela se casou com outro pretendente, que, por coincidência, trabalhou como carteiro.
Fernande Robéri faleceu em 1969 sem nunca receber o cartão postal do noivo. Além de sua assinatura, Achierdi havia escrito apenas a frase “boas lembranças” na correspondência endereçada à noiva.
Percurso
A correspondência levou mais de sete décadas para percorrer os cerca de 100 quilômetros que separam as duas localidades.
O diretor dos Correios de Mônaco, Jean-Luc Delcroix, acredita que o cartão postal tenha caído atrás de um móvel em alguma unidade dos Correios e ficado por ali décadas, até ser encontrado e colocado no sistema de entregas de correspondências.
“A única explicação racional é que o cartão tenha caído atrás de uma subdivisão do móvel onde é realizada a triagem da correspondência e foi achado somente agora”, disse ele à BBC Brasil.
Delcroix realizou pesquisas sobre o selo do cartão postal e descobriu que ele havia sido colocado em circulação entre 1926 e 1936, o que poderia confirmar que a data marcada não seria apenas uma brincadeira do remetente.
O diretor dos Correios contou que lançou anúncios procurando membros da família Robéri, com a mensagem: “Se alguém puder comprovar o parentesco com a destinatária, entregaremos com prazer o cartão postal”.
Na terça-feira, o cartão postal enviado em 1937 foi entregue por Delcroix ao filho da destinatária.
“Ele nos disse que seu pai havia sido carteiro e que seu avô trabalhou na direção dos Correios de Mônaco nos anos 30”, afirmou Delcroix.

TV alemã revela ter feito vídeo de Michael Jackson ‘vivo’

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Uma rede de TV alemã revelou ser responsável por um vídeo que afirmava mostrar o cantor Michael Jackson vivo semanas após sua morte, dizendo que esta foi uma experiência para mostrar o quão rapidamente informações falsas e teorias da conspiração podem ser perpetuadas pela internet.

Produzido pela rede RTL, o vídeo foi divulgado no site YouTube por apenas um dia, há uma semana, tendo sido acessado 880 mil vezes. A emissora removeu o vídeo do YouTube, mas outros sites ao redor do mundo o reproduziram.

"Queríamos mostrar o quão facilmente usuários podem ser manipulados na internet com vídeos fraudulentos", disse o porta-voz da RTL Heike Schultz. "Portanto, criamos esse vídeo de Michael Jackson vivo, apesar de todo mundo saber que ele já está morto, e a reação foi de tirar o fôlego".

Michael Jackson morreu no dia 25 de junho em Los Angeles.

A RTL exibiu o making of do vídeo para mostrar como a fraude foi feita. O vídeo, de pouco mais de 20 segundos, mostra um furgão que entra no que parece ser a garagem de um prédio. Após estacionar, o motorista abre a porta traseira do veículo – que traz escrita a palavra coroner (legista, em inglês) na traseira -, deixando passar uma pessoa de aparência frágil que protege o rosto.

Ambos entram a seguir por uma porta, deixando a garagem.

A placa do veículo leva o mesmo número que a do furgão que transportou o corpo de Jackson no dia de sua morte.

Repercussão

O vídeo já foi visto por milhares de pessoas no site YouTube. Só nas primeiras 24 horas após sua divulgação, foi assistido 140 mil vezes.

O making of da filmagem foi exibido no programa Explosiv, da rede alemã RTL.

“Nós mesmos nos surpreendemos com a rapidez da repercussão do vídeo”, disse à BBC Brasil Heike Schultz, porta-voz da RTL. “Na internet, foram registrados mais de 3,5 milhões de comentários sobre o vídeo”, acrescentou.

Alguns fãs de Michael Jackson se incomodaram com a brincadeira usando a imagem do ídolo.

A emissora, entretanto, destaca que não teve o intuito de ofender os admiradores do cantor.

“Escolhemos Michael Jackson porque, para esse experimento, tínhamos que lidar com um tema atual e de alcance mundial. Mas poderíamos ter optado por um outro personagem, se o momento fosse outro”, disse Schultz.

“Não tivemos a intenção de ofender ninguém, nem de manipular ou confundir as pessoas, por isso a RTL retirou o vídeo da internet poucas horas depois”, afirma.

A RTL lembra que divulgou um comunicado de imprensa informando sobre a falsidade do filme, pouco antes de colocar o clipe na internet.

Mesmo assim, alguns veículos europeus abordaram o assunto, especulando sobre uma suposta encenação da morte do artista.

Entre eles estão o britânico Daily Telegraph e o tablóide alemão Bild.

Velejadora tetraplégica dá volta na Grã-Bretanha

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Uma velejadora tetraplégica se tornou a primeira a dar a volta na Grã-Bretanha sozinha.

Hilary Lister, de 37 anos, realizou a façanha em um barco especialmente adaptado, que ela opera com a boca, assoprando e aspirando em três canudos.

A velejadora foi aplaudida ao chegar de volta ao porto de Dover, no sudeste da Inglaterra. Ela se disse feliz por chegar em casa depois da viagem, e afirmou estar pronta para o próximo desafio.

Lister contou com a ajuda de um barco de apoio durante o trajeto. Os integrantes de sua equipe vinham ao seu barco para içar e baixar a vela, além de trazerem alimentos e remédios para a velejadora.

Problemas

Hilary Lister enfrentou diversos problemas na jornada. O esforço começou em maio deste ano, mas teve de ser interrompido um mês depois, quando ela foi resgatada do mar agitado de Pembrokeshire e precisou de tratamento hospitalar.

A velejadora também teve de abandonar uma viagem parecida no ano passado, devido ao mau tempo, problemas técnicos e integrantes da equipe machucados.

“Tudo o que deu errado, Hilary conseguiu superar e transformar em algo verdadeiramente inspirador. Estamos todos muito orgulhosos dela”, disse o porta-voz de Hilary, Paul Taroni.

Baleias

Hilary Lister

Lister comandava o barco assoprando e aspirando por três canudos

Lister diz que o ponto alto da viagem foi ter visto a vida marinha tão de perto.

“Ver baleias de 10 metros de comprimento saindo de dentro da água foi incrível. Duas delas pulavam como golfinhos, foi maravilhoso”, disse ela.

Hilary Lister ficou tetraplégica por causa de uma doença degenerativa e lutou contra o problema por mais da metade da sua vida. Formada em bioquímica pela Universidade de Oxford, ela diz ter ganhado nova vontade de viver depois que começou a velejar em 2003.

Apenas dois anos depois, ela se tornou a primeira tetraplégica a cruzar o Canal da Mancha sozinha em um barco à vela.

Com a última façanha, Lister conseguiu arrecadar mais de 30 mil libras, o equivalente a R$ 90 mil, para sua instituição de caridade, Hilary’s Dream Trust, que oferece ajuda a deficientes físicos de origem humilde que querem velejar.

França cria praia para cegos

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A cidade de Saint Jean de Luz, no sudoeste da França, instalou em uma praia equipamentos que permitem que os cegos nadem em segurança, graças a um sistema simples de rádio sem fio.

Boias com sensores de áudio colocadas no mar, com uma distância de 15 metros entre uma e outra, ajudam os cegos a se localizarem na água.

Cada um deles usa no pulso um aparelho parecido com um cronômetro. Quando eles apertam o botão, os sensores dizem exatamente onde eles estão em relação às boias. E há um botão de emergência, caso haja algum problema.

Pascal Andiazabal é um frequentador do local e o diz que o problema para nadadores cegos, como ele, é perder o senso de direção na água.

"Quando eu ouço as mensagens dos sensores dizendo perto de qual boia eu estou, eu sei onde estou e não fico desorientado", diz Andiazabal.

O custo de instalar o sistema ficou em cerca de 25 mil euros, mas o projeto ainda precisa de alguns ajustes.

"Isso aqui é uma baía com ondas e marés e, quando a maré está baixa, as boias com os sensores não ficam estáveis e isso precisa ser consertado", diz o vice-prefeito de Saint Jean de Luz, Ferdinand Echave.

Em várias partes do sul da França as praias estão sendo preparadas para receber cegos com segurança.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Incêndio atinge loja de produtos de couro no centro de SP

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Um edifício onde fica uma loja de artefatos de couro pegou fogo por volta das 16h desta segunda-feira na esquina das ruas Monsenhor de Andrade e Eliza Witacker, no Brás, região central de São Paulo.

Segundo o Corpo de Bombeiros, apesar de se tratar de um incêndio de grandes proporções, até as 17h45 não havia registro de feridos. No mesmo horário, os bombeiros estavam na fase final de combate às chamas e se preparavam para o início do rescaldo.

As janelas da empresa explodiram por conta da alta temperatura. Além da rua que dá acesso ao prédio, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) interditou a rua Eliza Witacker. Não havia informações sobre as causas do incêndio.

Dona de parque da Xuxa é condenada por forjar flagrante em SP

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A empresa Lars Empreendimentos Ltda., proprietária do parque de diversões "Mundo da Xuxa", localizado na zona sul de São Paulo, foi condenada a indenizar um advogado de Belo Horizonte (MG) em R$ 50 mil, por danos morais e materiais. A 12ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) condenou a empresa por ter forjado um flagrante e causado a prisão injusta da vítima.

Segundo o processo, um médico de Belo Horizonte, cliente do advogado, esteve no parque "Mundo da Xuxa" em São Paulo com suas duas filhas no dia 2 de agosto de 2003. As filhas do médico sofreram um acidente após a quebra de um dos brinquedos do parque e caíram de uma altura de 8 m, sofrendo vários ferimentos.

O advogado alegou que foi orientado a não fazer um Boletim de Ocorrência e chegar a um acordo com a empresa, com o objetivo de pôr fim ao episódio, para que o acidente não se tornasse público. Após chegar a um consenso sobre o valor a receber, foi marcado um encontro, em um hotel de São Paulo, para a assinatura do acordo.

Ainda de acordo com o advogado, durante o encontro, a sala foi invadida por policiais que deram voz de prisão a ele seu cliente. Eles foram levados à delegacia, onde responderam por flagrante por suposto crime de extorsão.

O advogado argumentou que permaneceu preso por quatro dias, junto a outros dez detentos. Ele contratou um escritório de advocacia em São Paulo e só assim conseguiu liberdade provisória. Após 11 meses, o inquérito policial foi arquivado a pedido do Ministério Público, por inexistência de crime.

Ao julgar o caso em 1ª instância, a juíza Luziene Medeiros do Nascimento Barbosa Lima, da 5ª Vara Cível de Belo Horizonte, entendeu que houve ato ilícito praticado pela empresa e condenou-a a indenizar o advogado. Na sentença, ela mencionou que, conforme apurado, um funcionário da Lars Empreendimentos solicitou o flagrante a um amigo delegado, que saiu do distrito em que estava lotado, o 62º, e se dirigiu ao distrito 99º para efetuar as prisões.

No recurso ao Tribunal de Justiça, a empresa alegou ter agido no exercício regular de direito. O advogado também recorreu, pedindo o aumento do valor da indenização. Os desembargadores José Flávio de Almeida, Nilo Lacerda e Alvimar de Ávila, contudo, mantiveram a sentença.

Jogo em que internauta vira mendigo causa polêmica na França

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Um jogo gratuito lançado na internet que propõe ao internauta "ser o mendigo mais talentoso de Paris” e se tornar, por meio de furtos e brigas, o proprietário de um castelo “e se instalar no Palácio de Versalhes” vem provocando grande polêmica na França.

Várias associações francesas que auxiliam os sem-teto criticam a proposta do jogo, chamado Clodogame (“game do mendigo”, em tradução livre) e afirmam que ele contribui para reforçar os clichês em relação à imagem dos sem abrigo.

“É uma vergonha, é degradante, é humilhante fazer dos sem-teto um objeto de escárnio. A imagem que o jogo transmite é exatamente a que nós tentamos combater”, afirma Jean-François Riffaud, porta-voz da Cruz Vermelha.

Todos os meios são válidos para o “rei das calçadas” se tornar o dono de um castelo, diz o jogo.

Gangue

Para enriquecer, o personagem deve se tornar um exímio trombadinha, aprender a mendigar “para encher os bolsos”, roubar uma máquina de bombons e até furtar moedas dos banheiros públicos de Paris.

Além disso, o internauta, no papel de um falso mendigo, pode se aliar a outros jogadores e criar uma gangue para atacar outros sem-teto “e reinar no bairro, se tornando o mestre das ruas”.

O falso mendigo também deve escolher um animal como companhia e controlar o consumo de álcool.

Nossa adaptação satírica desse mundo permite falar dos sem-teto e de um problema da sociedade.

Niels Wildung, criador do jogo

“Se você beber muito, poderá ir à ruína”, diz o site do Clodogame.

“Como é possível fazer um jogo baseado em um grande sofrimento? Não devemos nos divertir com a infelicidade dos outros. O roteiro desse jogo é vulgar, imoral, discriminatório e violento”, critica David Berly, diretor da associação Coletivo dos Sem-Teto, responsável por três centros de hospedagem para pessoas sem-abrigo na região de Paris.

“Château Clodo”

Na página de abertura do site, uma foto-montagem mostra mendigos em frente à casa de shows Moulin Rouge, em Paris.

A própria palavra mendigo aparece no site sob forma de gíria (em francês, clodo, em vez de clochard).

O jogo propõe ao internauta “criar um mendigo gratuitamente” e “descobrir novos locais para morar”.

Por meio dos pontos conquistados, o jogador pode subir nas 22 categorias de moradias disponíveis, sendo a última delas o Palácio de Versalhes.

O pôster do Clodogame mostra um anúncio fictício de uma safra especial do vinho Château Clodo, como se a bebida fosse a patrocinadora do jogo.

Lançado na semana passada na França, o Clodogame, financiado por anúncios no site, já possui cerca de 4,5 mil internautas inscritos no país.

A empresa que desenvolveu o jogo, a alemã Farbflut Entertainment, criada por dois jovens de 20 anos, informa que “Clodogame retoma o estilo dos jogos tradicionais de estratégia, mas se insere em um contexto mais próximo da nossa realidade”.

Niels Wildung, criador do jogo, afirma que o objetivo “não é criar um mundo virtual baseado em um cotidiano difícil e solitário”.

“Nossa adaptação satírica desse mundo permite falar dos sem-teto e de um problema da sociedade”, diz ele.

Segundo a empresa, a versão alemã de Clodogame, o Pennergame, reúne dois milhões de jogadores e dois bilhões de páginas vistas por mês.

A Farbflut Entertainment disse também que, na Alemanha, o Pennergame é o jogo líder na internet.