quinta-feira, 5 de novembro de 2009

GM confirma plano de 10 mil demissões na divisão europeia

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GM/Opel

A divisão europeia emprega 54 mil funcionários

O vice-presidente da montadora Americana General Motors (GM), John Smith, confirmou que planeja cortar dez mil postos de trabalho nas subsidiárias europeias Opel e Vauxhall.

O anúncio, feito na quarta-feira, acontece um dia depois de a GM ter declarado que cancelou a venda das duas subsidiárias para a fabricante de autopeças canadense Magna.

O governo da Alemanha – sede da subsidiária – que havia apoiado a venda da Opel ordenou que a GM devolva o empréstimo de 1,5 bilhões de euros que havia feito para garantir a venda.

O governo alemão apoiava a venda para a Magna, que havia prometido manter funcionando todas as fábricas no país.

A Opel emprega 54,5 mil pessoas em toda a Europa - 25 mil delas apenas na Alemanha.

Líderes sindicalistas alemães receiam que, com o anúncio, duas das quatro fábricas da Opel no país fechem suas portas. Por essa razão, os trabalhadores começarão uma série de protestos contra a decisão da GM já nesta quinta-feira.

Smith não indicou que país seria mais afetado pelos cortes, mas disse que a GM pretende apresentar os detalhes “em breve”.

Grã-Bretanha

Apesar do descontentamento provocado pela decisão da montadora na Alemanha, na Grã-Bretanha, onde a GM opera com o nome de Vauxhall, o anúncio foi recebido com otimismo.

Tony Woodley, secretário-geral da Unite, o principal sindicato na Vauxhall, disse que se tratava de “uma decisão fantástica”, apesar de reconhecer que a perda de empregos britânicos será “inevitável”.

Desde que a GM pediu concordata nos Estados Unidos, em junho, a Opel vinha sendo controlada por um grupo que inclui representantes da própria GM, do governo federal alemão e dos Estados alemães onde há fábricas da subsidiária.

Por sua vez, a Vauxhall tem 5,5 mil funcionários na Grã-Bretanha.

A matriz americana hoje tem 61% de suas ações pertencentes ao governo dos Estados Unidos.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Cadela é resgatada depois de seis dias presa em toca

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Dachshund

Bombeiros receberam autorização especial para escavar túnel

Um cão da raça dachshund - conhecido como o cão salsicha - está se recuperando depois ter sobrevivido a seis dias preso na toca de um texugo em Hampshire, na Inglaterra.

Lucy estava passeando com os donos em uma floresta em Burley, Hampshire, quando saiu para explorar a toca e desapareceu a uma profundidade de 2,4 metros.

Seus donos, John e Janet West, ouviram um gemido vindo da toca, cinco dias depois do desaparecimento da cadela.

O serviço de resgate dos bombeiros de Hampshire foi acionado e usou uma escavadeira mecânica para encontrar a cadelinha.

Rabo abanando

A equipe de resgate chegou a usar um equipamento especial de escuta e uma câmera para examinar a rede de túneis, mas inicialmente não conseguiu captar nenhum sinal de Lucy quando ela desapareceu no dia 24 de outubro.

Lucy ficou com a cabeça careca de tanto escavar, mas foi liberada depois de ser examinada por um veterinário.

A dona dela contou: “Eu vi o focinho dela para fora, ela abanou a cabeça e saiu da toca. Ela nos viu e começou a abanar o rabo”.

Hotel escocês proíbe videogames durante o Natal

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O hotel quer estimular os valores familiares tradicionais

Um dos hotéis mais tradicionais da Escócia, na cidade de Crieff, resolveu proibir o uso de videogames pelos hóspedes durante este Natal, alegando querer "restaurar tradicionais valores familiares".

O gerente do hotel Crieff Hydro Hotel, Stephen Leckie, disse que as crianças não deveriam ficar "grudadas" nos games durante a época de festas.

"Como pai de quatro crianças, tenho consciência da importância que os jogos de computador têm na vida das crianças e, sem dúvida, eles têm o seu lugar", disse ele.

"No entanto, nos feriados de Natal, sendo eles a oportunidade ideal para que as famílias fiquem juntas, pedimos para que nossos jovens hóspedes deixem seus games de lado por alguns dias apenas e experimentem novas atividades que nunca fizeram antes", completou.

O estabelecimento, fundado em 1868, é considerado o mais antigo hotel escocês com administração familiar.

O hotel de quatro estrelas oferece mais de 40 atividades para jovens, como equitação, golfe e arco e flecha.

Homem com detector de metais encontra tesouro na Escócia

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Detector de Metais

As jóias foram encontradas enterradas em um campo na Escócia

Um caçador de tesouros amador encontrou joias de ouro da antiguidade enterradas em um campo perto da cidade de Stirling, na Escócia, usando um detector de metais.

Os quatro colares de ouro, que, acredita-se, podem valer mais de US$ 1,6 milhão, datariam do período entre os séculos 1º e 3 a.C.

A identidade do homem que encontrou o tesouro não foi revelada.

Uma descoberta semelhante, feita na região da cidade inglesa de Nottingham em 2005, alcançou cerca de US$ 574 mil em um leilão.

Joias da Coroa

Uma comissão de arqueólogos deve agora avaliar as joias, informou o jornal escocês Daily Record.

De acordo com a lei escocesa, quaisquer objetos arqueológicos encontrados na Escócia pertencem à Coroa britânica.

As pessoas que encontram as peças não têm direitos sobre elas e devem comunicar a descoberta às autoridades.

Entretanto, existe a expectativa de que o homem que encontrou as joias receba uma recompensa equivalente ao valor do tesouro.

Outro tesouro

Em julho desse ano, um outro caçador de tesouros amador, Terry Herbert, desenterrou na Inglaterra a maior coleção de ouro anglo-saxão já encontrada na Grã-Bretanha.

As cerca de 1,5 mil peças datam do século 7.

Uma seleção delas foi exposta em um museu na cidade inglesa Birmingham.

Milhares de pessoas fizeram fila para vê-las.

Feriado de Finados tem menos acidentes, mas aumenta número de mortes

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Brasília - O feriado de finados apresentou queda no número de acidentes nas estradas brasileiras, mas teve aumento na quantidade de mortes, em comparação aos feriados da Independência e de Nossa Senhora Aparecida, em setembro e outubro passados.

A PRF (Polícia Rodoviária Federal) divulgou, em nota, que os acidentes em rodovias diminuíram de 2.329 para 1.901, entre o feriado da Independência e o de Finados. Porém, o número de mortes, que havia reduzido no feriado de Nossa Senhora Aparecida em comparação ao da Independência, voltou a crescer no de Finados, passando de 88 para 93.

De acordo com a PRF, foram registrados, entre a zero hora de sexta-feira (30) e a meia-noite de ontem (02), 1.901 acidentes, com 1.170 feridos e 93 mortes, em 65 mil quilômetros de rodovias brasileiras.

Os estados do Rio Grande do Sul, Bahia e Maranhão se destacaram no aumento do número de mortes durante este feriado. A PRF atribui esses resultados ao clima ensolarado, que levou mais pessoas ao litoral de seus estados.

Já em Minas Gerais, houve queda na quantidade de acidentes e mortes nas estradas no feriado de Finados, mas, mesmo assim, o estado ainda lidera em número de acidentes nos feriados de 2009.

A partir de agora, a PRF, volta sua atenção para as festas de fim de ano e as férias escolares. De acordo com o Diretor-Geral da Polícia Rodoviária Federal, inspetor Hélio Cardoso Derenne, esses são considerados períodos críticos.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Paciente é esquecido por cinco horas em ambulância

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Ambulância

Paciente passou cinco horas preso na ambulância

Autoridades de saúde da cidade de Manchester pediram desculpas a um paciente que passou cinco horas trancado em uma ambulância depois de ser esquecido pelo motorista, que tinha ido para casa.

O homem, de 65 anos, ficou preso na garagem de ambulâncias de Sherston, em Wythensawe, depois de ter sido recolhido em um hospital.

Ele deveria ter sido levado para a casa de repouso onde mora, mas como ele não retornou, a direção da casa entrou em contato com o hospital.

O Serviço de ambulâncias da região afirmou que já abriu um inquérito para investigar o caso, e que um de seus funcionários “foi suspenso imediatamente”.

Garagem

O incidente ocorreu na semana passada, quando o paciente foi recolhido no hospital às 19h15, hora local.

Em vez de ser transportado para a casa de repouso, ele foi levado para a garagem, onde permaneceu até 01h00 do dia seguinte, hora local.

O serviço de ambulâncias disse ter recebido uma chamada da casa de repouso às 20h30 e mais tarde enviou outro funcionário à garagem para recolher a documentação do paciente e descobrir para onde o paciente havia sido levado, quando ele foi descoberto.

“Sentimos muito que este incidente tenha ocorrido”, disse um porta-voz do serviço de ambulâncias.

“Isso nunca aconteceu antes e nunca vai acontecer de novo.”

“Nos encontramos com o paciente e sua família para discutir o assunto e vamos permanecer em contato com eles durante o processo.”

O paciente foi examinado por paramédicos depois de ter sido encontrado e levado de volta para o hospital para novos exames.

Espanha resgata tradição de mulheres pagas para chorar em enterros

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Escultura em homenagem às carpideiras da Espanha (Foto: Arquidiocese de Luanco, Asturias)

Crise fez ressurgir ofício da Idade Média extinto desde o século 18

Um ofício da Idade Média extinto há dois séculos está sendo resgatado na Espanha para salvar a economia de muitas donas-de-casa em tempos de crise. Com a condescendência de sacerdotes católicos de paróquias rurais, estão de volta as carpideiras, mulheres que recebem dinheiro para rezar e chorar por mortos desconhecidos.

A tradição europeia das carpideiras, que atuam em dias de Finados, enterros, missas e datas como aniversários de mortes, foi proibida no século 18. No entanto, com a crise econômica mundial, parte do clero espanhol decidiu ser mais flexível, permitindo que as famílias consigam um dinheiro extra.

"Não se trata de mudar a lei, nem desobedecer à Igreja Católica, mas, se pudermos entre todos dar uma mãozinha a quem precisa, é um ato de caridade cristã", disse à BBC Brasil o padre Antonio Pérez, responsável pela paróquia de Campanário, em Bajadoz (oeste da Espanha).

Na paróquia de Nossa Senhora de Assunção em Campanário, o serviço de carpideiras vem sendo anunciado durante as missas nos últimos três meses.

O sacerdote não só informa aos fiéis sobre o serviço como ainda avisa as "rezadeiras choronas e gemedeiras" (como são conhecidas as carpideiras) quando algum dos 5 mil habitantes da cidade está doente e em risco de morte.

Para rezar e chorar por um morto desconhecido, as mulheres recebem entre 20 e 30 euros (cerca de R$ 60 a R$ 90) por dia.

Em datas como o feriado de Finados, o trabalho inclui ir ao cemitério, lustrar a lápide, trocar as flores, rezar e recitar salmos pelo morto.

Vocação

"O que eu faço é por vocação. Rezar, rezo todos os dias. O dinheiro, não vou dizer que não ajuda agora que a coisa está como está", conta Facunda Santiestéban, de 64 anos, estreando no ofício de carpideira profissional em 2009.

Facunda afirma que, por sua presença constante nas missas, muitas pessoas lhe pediam orações e pagavam com presentes.

"O padre conversou comigo e passou a entrar um dinheiro que não dá para muito, porque para ficar rica tinha que morrer uns sete por dia, mas ajuda a pagar algumas contas", diz a carpideira à BBC Brasil.

Ao contrário das profissionais da Europa medieval que gemiam alto, chegando a rasgar parte das roupas, davam socos no peito e até arrancavam fios de cabelo durante as atuações nas missas e funerais, as novas carpideiras do século 21 são discretas e rezam em silêncio.

Foi por estas encenações, consideradas escandalosas pelo Vaticano, que o ofício passou a ser perseguido a partir do século 13, até a proibição no século 18.

A Igreja Católica ameaçou de excomunhão a quem continuasse chorando e gemendo alto por um morto desconhecido em troca de dinheiro, também porque as atuações assustavam os fiéis e incomodavam os sacerdotes que tinham de gritar para ser escutados durante as cerimônias.

Descontos

Apesar da proibição, em algumas cidades rurais de províncias espanholas como Extremadura, Galícia e Canárias, o ofício se manteve escondido das autoridades eclesiásticas de Roma.

Ángela Díez Compostrana, de 63 anos, é carpideira profissional desde os 21 na cidade de Casar de Cáceres. O trabalho dela vai da oração de salmos e acender velas até cuidar de trâmites legais e documentos do morto para a família.

"Tem gente que não pode ou não quer fazer essas coisas. Tem famílias que saíram da aldeia e custa trabalho vir aqui para isso. Então faço minha parte e ainda uso minha fé para ajudar essa alma a estar em paz", argumenta Ángela à BBC Brasil.

"Com a crise, o serviço aumentou um pouquinho. Algumas famílias deixaram de vir, porque viajar sai mais caro do que me chamar. Mas também me pediram descontos. Até por 10 euros (R$ 30) trabalhei, porque está apertado para todo mundo."

Produtora de cinema no Catar planeja filme sobre Maomé

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Mesquita Jama Masjid, em Nova Delhi (foto de arquivo)

Segundo produtora, objetivo do projeto é educar sobre o Islamismo

Uma empresa produtora de filmes do Catar, pequeno e rico país na região do Golfo Pérsico, anunciou que pretende fazer um filme sobre o profeta Maomé.

Com orçamento em torno de US$ 150 milhões, o filme deverá ser falado em inglês e produzido pelo americano Barrie Osborne, homem por trás de sucessos de bilheteria como as séries O Senhor dos Anéis e Matrix.

Segundo a produtora, o objetivo do projeto é educar as pessoas a respeito do Islamismo e corrigir idéias errôneas sobre o profeta.

O analista de assuntos árabes da BBC, Magdi Abdelhadi, disse que o filme é mais um em uma série de projetos de mídia lançados nos últimos anos com um objetivo: defender o islamismo contra seus detratores no Ocidente.

A empresa que deverá financiar o filme disse que o roteiro estará pronto no ano que vem e que as filmagens devem começar no ano seguinte.

Um estudioso do islamismo, Youssef Al Qaradawi, foi contratado para orientar a equipe de pesquisa para assegurar precisão histórica e religiosa.

Ele disse que o filme será uma oportunidade para ressaltar a mensagem do profeta, de paz para todo o universo.

Desafio

O produtor, Barrie Osborne, disse que o projeto será um desafio, já que a religião islâmica proíbe qualquer representação visual do profeta Maomé.

O analista da BBC lembra que a idéia de que a fé islâmica está sob ataque e não é compreendida no ocidente é antiga, mas ganhou nova urgência nos últimos anos com a invasão do Afeganistão e do Iraque, liderada pelos Estados Unidos.

A polêmica em torno de cartoons com imagens do profeta publicados por um jornal dinamarquês também reacendeu entre os muçulmanos o sentimento de que sua religião é tratada com injustiça e incompreensão.

O novo filme seria o segundo desse tipo, direcionado primariamente ao público global, com o intuito de atacar o chamado preconceito ocidental.

Em 1976, o filme Maomé - O Mensageiro de Alah, estrelado por Anthony Quinn, foi lançado em meio a acusações de que o violava a proibição de representações do profeta.

Na verdade, não violava, diz o analista da BBC. Quase 30 anos mais tarde, o diretor do filme, o sírio Mostafa Al-Aqqad, foi uma entre várias outras vítimas de um múltiplo ataque suicida por militantes islâmicos na Jordânia.